Lula cobrará de ministros ‘colheita’ de resultados em reunião ministerial

Estadão

No momento em que o governo vive a ressaca da “crise do pix”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve cobrar dos ministros, no encontro marcado para segunda-feira, 20, ações concretas das pastas da Esplanada para mostrar à população. Será a primeira reunião ministerial do ano, e o petista quer saber da “colheita” de resultados, já com foco na disputa eleitoral de 2026.

Segundo auxiliares de Lula, ele pediu aos ministros que apresentem na reunião uma lista do que será entregue em 2025. No fim de 2024, em seu pronunciamento de Natal, o presidente da República disse que redobrará as forças do “plantio” para que a “colheita seja cada vez mais generosa”. Mas o discurso foi uma repetição do ano anterior. Na noite de Natal de 2023, ele também havia falado em “colheita”.

Apesar do clima de otimismo com a chegada novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Sidônio Palmeira, parlamentares governistas têm feito um alerta: os ministérios de Lula precisam colaborar com ações concretas que beneficiem a população para que as mudanças na comunicação tenham consequência prática na popularidade do governo e do presidente da República.

Aliados de Lula dizem, contudo, que não basta “virar a moeda da comunicação”, é necessário também entregar resultado em termos de política pública. Há uma interpretação de que Sidônio precisa fazer uma integração entre os ministérios para alinhar o discurso, mas as próprias pastas têm de realizar mais projetos “na ponta” que possam ser usados por lideranças locais como bandeira do governo, em áreas como esporte e cultura.

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Em 2026, Lula deve repetir estratégia de 2006 e subir em dois palanques em Pernambuco

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

A última semana foi de movimentações na política pernambucana, com o PT no centro dos debates para as eleições de 2026. Ao contrário do que os políticos gostam de dizer, as articulações para o próximo ano já estão a todo vapor e os possíveis candidatos tentam garantir as melhores condições para seus grupos, tanto o presidente Lula (PT), quanto a governadora Raquel Lyra (PSDB), como o prefeito do Recife, João Campos (PSB).

A conclusão que dá para chegar neste momento é a seguinte: para a disputa pelo Governo do Estado, tanto a governadora Raquel Lyra quanto o prefeito João Campos estão interessados em ter o presidente Lula nos seus palanques, mesmo que isso signifique dividir o petista com o grupo adversário e esteja Raquel Lyra em qual partido estiver até lá. Apesar da popularidade em queda, Lula ainda é o maior cabo eleitoral de Pernambuco.

No Nordeste, o presidente é imbatível e é preciso considerar que até a eleição do ano que vem, ele ainda tem tempo de recuperar a imagem, fazer entregas, viajar e conversar pessoalmente com os eleitores. Além disso, nenhum outro nome lidera as intenções de voto do campo progressista hoje no Brasil como o de Lula.

É interessante tanto para Raquel quanto para João ter o presidente em seus palanques. Mais do que isso: é muito pouco provável que, o presidente escolhendo um lado ou outro no pleito, quem supostamente ficasse de fora não fosse pedir votos para Lula em 2026, já que o petista ajudou as duas administrações, de Pernambuco e do Recife, com milhões em recursos e com a atenção de ministros que vieram pessoalmente várias vezes ao Estado, nos últimos dois anos.

Tanto é verdade que, na mesma semana em que o titular deste blog revelou que o poderoso ministro da Casa Civil de Lula, Rui Costa, quer Raquel Lyra no PT, João Campos cuidou logo de garantir a foto com o presidente em visita à Brasília. Já a governadora Raquel Lyra não disse nada, mas também não “desdisse”.

O presidente Lula, por sua vez, sabe que a eleição de 2026 não vai ser fácil para a esquerda e também tem interesse em ter os dois principais palanques do pleito pernambucano abertos para ele. Habilidoso e experiente, Lula não vai se fazer de rogado se precisar subir nos dois palanques e agradar todo mundo, como já fez na eleição de 2006, quando apoiou as candidaturas de Eduardo Campos e de Humberto Costa ao Estado.

LULA QUER RESULTADOS – Também pensando em 2026, o presidente vai cobrar mais resultados dos ministros. Ainda em meio a uma espécie de ressaca da “crise do Pix”, Lula vai passar o recado para a equipe na próxima segunda-feira (20). Ele quer ações concretas das pastas para mostrar serviço à população. Vai ser a primeira reunião ministerial do ano e ele pediu aos ministros que apresentem no encontro uma lista do que será entregue por cada um em 2025. Existe um clima de otimismo com a chegada do novo titular da Comunicação, Sidônio Palmeira. Aliados do Governo, no entanto, alertam para a necessidade de o time de Lula colaborar com medidas que beneficiem a população, para que as mudanças na comunicação tenham consequência prática na popularidade do líder petista.

Popularidade em baixa – O presidente vem, desde o ano passado, com a popularidade despencando. A mais recente pesquisa, da Gerp, foi divulgada ontem (17). O governo é aprovado por 38% dos brasileiros e reprovado por 50%, segundo o levantamento. Cerca de 12% dos entrevistados não sabem ou não responderam. As informações são do portal Exame. A pesquisa foi conduzida entre os dias 11 e 15 de janeiro e indica que acontecimentos recentes, como as normas da Receita Federal aumentando a fiscalização das operações financeiras e a disseminação de mentiras sobre a suposta taxação do Pix, podem ter influenciado na avaliação.

Bolsonaro não vai ver Trump – Já o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não vai conseguir ver a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na próxima semana. O ministro do STF Alexandre de Moraes rejeitou, ontem, o recurso da defesa de Bolsonaro para liberá-lo a ir ao evento. O ex-chefe de Estado argumentou que cumpre integralmente as medidas cautelares desde as suas imposições e que “nada indica” que a devolução do passaporte por um período delimitado e justificado possa trazer riscos. Mas Alexandre de Moraes alegou que poderia haver fuga em caso de prisão decretada no inquérito da tentativa de golpe de Estado, em 2022.

Mas os deputados bolsonaristas vão – Ao contrário de Bolsonaro, um grupo de ao menos 20 deputados federais deve participar da posse de Donald Trump. O principal organizador da delegação de parlamentares é o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um dos filhos do ex-presidente e atual secretário de relações institucionais e internacionais do partido. Eduardo mantém relação com aliados de Trump e esteve nos Estados Unidos para acompanhar a eleição, em novembro passado. Ele inclusive participou de um jantar na casa de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida.

Comemorou – A deputada federal Clarissa Tércio (PP) celebrou a decisão do Governo Lula de revogar a nova medida da Receita Federal que ampliava o monitoramento e controle das transações realizadas pelo Pix. Para Clarissa Tércio, a revogação enfatiza a importância da mobilização popular e o papel das redes sociais na influência das decisões governamentais. “Esta vitória é do povo brasileiro, que não aceita ser fiscalizado de maneira opressiva e sem transparência. A revogação desta norma mostra que quando nos unimos e usamos nossa voz, podemos fazer o Governo recuar de medidas que prejudicam a população”, afirmou.

CURTAS

Educação de Pernambuco 1 – Este blog divulgou com exclusividade, ontem, que a Secretaria de Educação do Governo Raquel Lyra pagou com recursos da própria pasta R$3 milhões para a União Nacional de Estudantes (UNE) realizar a 14ª Bienal de Arte e Cultura da UNE. O pagamento ocorreu após a saída conturbada do ex-secretário Alexandre Schneider, que pediu as contas e voltou para São Paulo.

Educação de Pernambuco 2 – O dinheiro enviado à UNE inicialmente seria pago pela Secretaria Estadual da Criança e Juventude, mas cinco dias após a saída de Schneider, houve a mudança e os recursos sairão da Secretaria de Educação, por meio de um “termo de execução descentralizada” dos recursos. A medida revoltou professores e chamou atenção porque chegou após o ex-secretário enviar a nota de despedida para governadora dizendo textualmente que “há valores que são inegociáveis”.

Dificuldade financeira – A prefeita de Sertânia, Pollyanna Abreu (PSDB), reuniu a imprensa, ontem, e afirmou que o quadro financeiro da cidade é crítico. Segundo ela, o ambiente deixado pela gestão do ex-prefeito Ângelo Ferreira (PSB) é de dívidas superiores a R$ 10 milhões, incluindo débitos com fornecedores e pendências previdenciárias. De acordo com a prefeita, a nova equipe encontrou o saldo de apenas R$22 mil no Instituto de Previdência dos Servidores de Sertânia, que antes contava com R$18 milhões. Apesar da situação, Pollyanna garantiu que fará o aporte necessário para assegurar o pagamento dos aposentados.

Perguntar não ofende: o ano letivo em Pernambuco vai começar sem que haja um novo secretário de Educação?

Conheça Petrolina

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira que não será candidato nas eleições de 2026, após ser questiondo se poderia concorrer a diversas cadeiras, como Presidência da República e governo do estado de São Paulo.

— Não tenho intenção de ser candidato em 2026 — afirmou à CNN Brasil.

Haddad é apontado com frequência como um dos nomes do PT que podem substituir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso ele não concorra daqui dois anos. Haddad foi candidato à presidente em 2018, quando Lula não podia concorrer, e perdeu para Jair Bolsonaro. O ministro da Fazenda também foi candidato em 2022, para o governo de São Paulo, mas perdeu para Tarcísio Gomes de Freitas.

— O trabalho que foi feito pelo PT, por todos os partidos progressistas, todo mundo que se juntou para defender a democria. Eu fiquei muito feliz com a volta do presidente Lula.

Camaragibe Avança 2024

O ex-ministro Anderson Torres divulgou uma nota lamentando a decisão da 9ª Vara Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal, que negou seu pedido liminar para permanecer como fiel depositário das aves apreendidas pelo IBAMA em abril de 2023. Torres solicitava a guarda provisória dos animais até que o processo fosse concluído, alegando preocupação com o bem-estar das aves.

De acordo com a nota, desde a apreensão, 16 pássaros do plantel morreram, sendo três deles após perícia realizada pela Polícia Federal. Além disso, a ave considerada mais valiosa desapareceu, motivando a abertura de um inquérito pela Polícia Federal para investigar possíveis irregularidades na guarda desses animais.

A defesa do ex-ministro argumenta que as aves estão em risco e destaca a precariedade das condições do Centro de Triagem de Animais (CETAS) do Distrito Federal, reconhecida pelo próprio IBAMA em reportagem do portal Metrópoles de 2020. O advogado de Torres, Eumar Novacki, afirmou que recorrerá da decisão, defendendo que o ex-ministro, como criador experiente e zeloso, oferece melhores condições para a segurança e o bem-estar das aves.

Caruaru - IPTU 2025

Um leitor do blog enviou um relato sobre a situação de insegurança e abandono no Parque da Macaxeira, no Recife, destacando um assalto ocorrido no local na última terça-feira (14), por volta das 14h30. O furto teria acontecido próximo à guarita de segurança, que, segundo ele, só opera à noite. “Nem a segurança contratada pelos moradores teve sossego”, afirmou o denunciante.

O leitor também criticou a atuação dos guardas municipais responsáveis pela segurança do parque, alegando que eles permanecem em uma guarita com ar-condicionado, na entrada principal da Avenida Norte, e não realizam rondas ou ações preventivas durante o dia. Ele aponta que a ausência de vigilância contribui para a sensação de insegurança e para a deterioração do patrimônio público no local.

Belo Jardim - Construção do CAEE

Por Everaldo Maciel
Do Poder 360

Impressiona muito a celeuma causada pela divulgação de regras aplicáveis à fiscalização de transações financeiras por meio de Pix. Vamos aos fatos. Em 17 de setembro de 2024, a Receita expediu a Instrução Normativa 2.219 que disciplina a prestação de informações sobre operações financeiras de interesse fiscal pelas pessoas jurídicas por meio das quais se efetivaram essas operações. A regra me parece consistente, constituindo uma bem elaborada atualização da prestação de informações protegidas por sigilo bancário, nos termos da Lei Complementar 105 de 2001, sancionada no governo FHC e tida como constitucional pelo STF.

Até aí, mera questão técnica. Ocorre que, neste mês de janeiro, resolveu-se dar publicidade à fiscalização das transações via Pix, que é tão somente uma das inúmeras modalidades de transação tratadas naquela instrução normativa. Não sendo, como presumo, mero diletantismo ou arroubo técnico, posso admitir que a publicidade pretendeu retirar foco da demanda por redução de gastos, para buscar o equilíbrio fiscal por meio do aumento da arrecadação –no caso, pelo enfrentamento de virtuais focos de sonegação. É só uma interpretação, ressalto.

O tiro, entretanto, saiu pela culatra. Formou-se rapidamente uma enorme onda de desconfiança e desinformação. É claro que transações, ressalvado o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), não podem ser tributadas por falta de amparo constitucional. Constituem, quando muito, mero indício que pode pretextar a abertura de um procedimento de fiscalização, não necessariamente implicando autuação.

A desconfiança e a desinformação prosperaram na baixa credibilidade da política fiscal. Acuado pela reação, o governo decidiu-se por revogar a boa instrução normativa, por receio de elevação dos níveis de impopularidade –o que é procedente.

Repete-se a máxima de que “esperteza quando é demais engole o dono”. Consta que, quando Oswaldo Aranha (1894-1960) era ministro da Fazenda de Getúlio Vargas (1882-1954), abriu-se uma sindicância para apurar o desvio de uma pequena quantidade de dinheiro. Ao final, não se conseguiu identificar os culpados e os gastos com a sindicância superaram o valor desviado. O ministro Aranha teria encerrado o caso, com o seguinte despacho: “Quem começou esta m…?”

As pixotadas não querem parar. Reações à malsinada divulgação, que combinavam desconfiança e desinformação, provocaram a revogação da bem elaborada norma. Na 5ª feira (16.jan.2025), as pixotadas tiveram curso com a edição da MP (Medida Provisória) 1.288. Fiquei perplexo ao ler e reler a MP. É uma inconcebível peça com 5 artigos –a rigor 3, excluindo-se o 1º deles que esclarece a natureza da MP e o último que dispõe sobre sua vigência.

O art. 2º diz que constitui prática abusiva a cobrança de encargos, pelo fornecedor de bens ou serviços, nas operações com Pix. Foram e estão sendo realizadas milhões de operações via Pix, um indiscutível caso de sucesso. Alguém conhece 1 –apenas 1– caso de cobrança de encargos nesse tipo de transação? Então, por que a norma?

O art. 4º diz, resumidamente, que compete ao Banco Central administrar o Pix. Já não é assim? É fácil concluir que os arts. 2º e 4º têm por objetivo distrair o leitor. A chave da MP está no art. 3º. Transcrevo-o: “Art. 3º Não incide tributo, seja imposto, taxa ou contribuição, no uso do Pix”.

Define, inacreditavelmente, o que é tributo, conceito conhecido por qualquer iniciante e até mesmo jejunos em matéria tributária. Patético. Em seguida, afirma que não incide tributo sobre o Pix. Porventura, incidia até a edição da MP? Obviamente, a resposta é negativa. Patético, mais uma vez.

Não conheço precedente de MP recheada de obviedades, cujo único objetivo foi responder a um pronunciamento de um congressista. Esse instrumento normativo foi arremessado ao rés-do-chão. Não há nem urgência, nem relevância na edição do MP, conforme requer o art. 62 da Constituição. Existem só truísmos. A MP deveria ser devolvida pelo Congresso, com a qualificação de inepta.

O prefeito de Petrolândia, Fabiano Marques (Republicanos), iniciou seu segundo mandato com ritmo intenso, priorizando obras e novos investimentos que prometem transformar o município. Na quinta-feira (16), o gestor realizou visitas a obras em andamento e anunciou projetos voltados à infraestrutura e serviços essenciais. Um dos destaques é a urbanização da área próxima à Quadra 11, ao lado do Parque de Vaquejada, que contará com uma balança rodoviária, uma escola com 13 salas de aula, uma creche e uma unidade básica de saúde (UBS).

A balança rodoviária, uma demanda antiga da comunidade, será estratégica para os agricultores ribeirinhos e moradores dos blocos 1 e 2 de Apolônio Sales, otimizando o escoamento da produção local e fortalecendo a economia agropecuária. Já na área da educação, o prefeito entregou uma nova van escolar, adquirida com recursos próprios no valor de R$ 300 mil, reafirmando o compromisso da gestão em melhorar o transporte e o acesso ao ensino no município.

Além das entregas, Fabiano anunciou a obtenção de recursos com o Ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o deputado federal, para a aquisição de um compactador de lixo, uma nova Patrol, uma retroescavadeira e um caminhão-pipa, que devem ser entregues entre março e junho. Esses equipamentos reforçarão a patrulha mecanizada e a infraestrutura local, garantindo mais eficiência nos serviços públicos.

Paralelamente, a Prefeitura de Petrolândia passa por uma reforma administrativa, que busca modernizar a gestão municipal com novas tecnologias e estratégias inovadoras. “Estamos avançando em infraestrutura, educação e saúde, sempre pensando no bem-estar da população e no desenvolvimento sustentável de Petrolândia”, destacou Fabiano Marques.

Com informações da Folha das Cidades.

O escritório britânico Pogust Goodhead (PG), que lidera uma ação de indenização pela tragédia de Mariana em Londres, enfrenta questionamentos sobre suas parcerias no Brasil. Entre os colaboradores está o advogado José Marques Pereira, que teve seu registro suspenso pelo Conselho de Ética da OAB do Espírito Santo (OAB/ES) por captação ilegal de clientes. Pereira também responde a uma ação judicial em que é acusado por uma cliente de reter indevidamente valores relacionados a um processo. Pereira tem marcado presença em reuniões com vítimas da tragédia ao lado de Tom Goodhead, sócio do escritório britânico.

A tragédia de Mariana, ocorrida em 2015, é considerada um dos maiores desastres ambientais do Brasil, com impactos sociais e ambientais devastadores.

O cantor e compositor André Rio promete embalar as ruas e ladeiras de Pernambuco no Carnaval 2025 com seu novo sucesso, “Tome Frevo”. A canção traz arranjos instigantes de metais e percussão, características marcantes do ritmo binário pernambucano. Conhecido por suas composições que se tornam hinos carnavalescos, como “Sou teu amor”, “Me leva”, “O Bicho vai pegar” e a icônica “Chuva de Sombrinhas”, o artista reafirma seu papel como um dos principais nomes da música contemporânea do estado.

Com “Tome Frevo”, André Rio busca fortalecer as tradições musicais pernambucanas e espalhar a cultura do frevo por Pernambuco, pelo Brasil e pelo mundo. O novo single integra o show que será apresentado na temporada carnavalesca, acompanhado por uma orquestra completa de metais, prometendo energia, animação e muito frevo no pé e no coração.

O gabinete do governo de Israel deve realizar no sábado (18) a votação completa sobre o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns, anunciado na quarta-feira (15), com o Hamas, de acordo com uma autoridade israelense.

Antes disso, o gabinete de segurança – que é menor – ainda se reúne sexta-feira (17) para votar o acordo, ainda conforme autoridade.

Inicialmente, esperava-se que a reunião do gabinete ocorresse nesta quinta-feira (16), mas o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou que obstáculos de última hora ainda estavam sendo resolvidos na mesa de negociações em Doha.

Funcionários do primeiro-ministro indicaram anteriormente que o gabinete só se reuniria quando essas questões fossem resolvidas.

O acordo será implementado em três fases, sendo que a primeira teria duração de 42 dias. Segundo o primeiro-ministro do Catar, ele terá início no dia 19 de janeiro.

Na primeira, seriam libertados 33 reféns mantidos pelo Hamas e seus aliados desde 7 de outubro de 2023. Em troca, Israel libertaria “muitas centenas” de prisioneiros palestinos. A Suprema Corte do país ouvirá petições de qualquer um que se oponha à libertação de prisioneiros palestinos.

Israel acredita que a maioria dos 33 reféns a serem libertados na primeira fase do acordo ainda estão vivos.

Se o leitor não conseguiu acompanhar a entrevista com a cantora Kátia Cilene, rainha do forró moderno estilizado, ao quadro “Sextou”, do programa Frente a Frente, ancorado por este blogueiro e exibido pela Rede Nordeste de Rádio, não se preocupe. Clique aqui e confira. Está incrível!

Antes do anúncio de recuo no monitoramento do Pix, o novo time de comunicação do governo, sob o comando do publicitário Sidônio Palmeira, concluiu que as fake news sobre o mecanismo da Receita Federal estavam “consolidadas” e já não havia mais o que fazer quanto à estratégia de mídia.

O governo chegou a convidar especialistas externos, além da equipe fixa, para ouvir sugestões. A conclusão foi de que, mesmo com as comprovações de que a possível taxação do Pix era uma mentira, os efeitos negativos na economia popular já estavam alastrados.

Enquanto vídeos de opositores bateram mais de 200 milhões de visualizações, o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o Pix não passou de 16 milhões.

O diagnóstico foi apresentado em reunião com o presidente e para os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias, na quarta-feira (15).

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) tem trabalhado para reduzir expectativas, inclusive de dentro do governo, de que todas crises serão resolvidas a partir de campanhas de publicidade e engajamento digital.

A CNN ouviu de integrantes da comunicação do governo que a crise do Pix atrapalhou a organização da nova equipe, que estava em fase de mudança de integrantes.

Da CNN Brasil.

Por David Nemer*
Para o Jornal O Globo

Um vídeo publicado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alcançou mais de 120 milhões de visualizações em apenas 24 horas. No vídeo, Ferreira admite que o Pix não será taxado, mas insinua que essa possibilidade estaria nos planos futuros do governo Lula. “Não, o Pix não será taxado, mas não duvido que possa ser”, afirma.

O impacto desse tipo de desinformação é profundo. O Banco Central relatou a maior queda no número de transações desde a implementação do sistema, reflexo direto da desconfiança gerada na população. O episódio também evidencia como fake news criam um ambiente de descrédito em relação ao governo e às instituições democráticas.

Essa dinâmica é alimentada por algoritmos das plataformas digitais, que priorizam conteúdos de alta carga emocional negativa – frustração, medo e ansiedade. Histórias como as divulgadas por Ferreira e pelo deputado Osmar Terra (MDB-RS), que publicou um vídeo deepfake atribuindo declarações falsas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seguem exatamente essa lógica. Mesmo com notas de comunidade adicionadas ao post no X (antigo Twitter) para contextualizar a informação, o estrago já estava feito.

O alcance e a velocidade de disseminação de fake news são alarmantes. Um estudo do MIT revelou que notícias falsas têm 70% mais chances de serem compartilhadas do que as verdadeiras e chegam ao público seis vezes mais rápido. Isso demonstra como é difícil para informações verificadas competirem em um ambiente digital onde não existe igualdade de condições.

A situação se agrava com a decisão de Mark Zuckerberg de encerrar parcerias com verificadores de fatos no Instagram e no Facebook, apostando em notas de comunidade semelhantes às do X. No entanto, estudos questionam a eficiência desse mecanismo, como evidenciado no caso da fake news promovida por Osmar Terra, em que as notas não foram o suficiente para contê-la.

Essa realidade é um prenúncio preocupante para as eleições de 2026. Atores antidemocráticos continuarão a se valer de desinformação para manipular a opinião pública, e as plataformas, movidas por seus modelos de negócios baseados em engajamento, seguem promovendo esse jogo sujo. A regulação das plataformas digitais é urgente, mas não suficiente. É fundamental ocupar outros espaços e agir de forma proativa para preservar os processos que sustentam a democracia.

O problema não é apenas a disseminação de fake news, mas também a permissividade que essas práticas encontram. A falta de responsabilização dos que espalham desinformações, somada à lógica das plataformas, cria um ambiente onde a democracia é constantemente minada. Em vez de lamentar a desconexão entre o centro democrático e a população, é hora de reconhecer as dinâmicas estruturais que favorecem a ascensão de narrativas antidemocráticas.

O que está em jogo é mais do que eleições justas em 2026. É a capacidade de a sociedade de discernir entre o real e o falso, de confiar em suas instituições e de sustentar os valores democráticos. O caso do Pix é apena um sinal de um desafio que precisará ser enfrentado com coragem e determinação agora. Afinal, o governo cedeu dessa vez, mas até que ponto está disposto a ceder? Existem princípios inegociáveis em uma democracia, especialmente quando o outro lado age sustentado por mentiras.

*Antropólogo da tecnologia e professor da Universidade da Virginia, EUA