“A obrigação moral é de resistir”: esta é a mensagem fixada no perfil do X, antigo Twitter, de Pedro Urruchurtu, coordenador internacional da campanha de Maria Corina Machado e Edmundo González para as eleições presidenciais da Venezuela de 28 de julho.
Ele e outros opositores estão refugiados desde 20 de março na Embaixada da Argentina em Caracas, atualmente sob custódia do Brasil, após serem acusados pelo governo de Nicolás Maduro de conspiração e traição à pátria.
Entre os asilados estão Pedro Urruchurtu, coordenador internacional da campanha de María Corina Machado; Magalli Meda, diretora de campanha; Omar González; Claudia Macero; e Humberto Villalobos, todos colaboradores do partido Vente Venezuela.
Leia maisRecentemente, Fernando Martínez Mottola, ex-ministro dos Transportes e Comunicações, deixou a embaixada. O Ministério Público venezuelano afirma que ele se entregou voluntariamente e decidiu colaborar com a justiça, enquanto a oposição alega que ele foi detido após uma invasão armada à embaixada.
Os refugiados denunciam que, desde 23 de novembro, enfrentam um cerco das forças de segurança venezuelanas, com cortes no fornecimento de eletricidade e água, além de restrições para a entrega de suprimentos básicos.
A Argentina, juntamente com outros países e organizações internacionais, tem pressionado o governo venezuelano a conceder salvo-condutos que permitam a saída segura dos opositores asilados. O Ministério das Relações Exteriores argentino solicitou à ONU medidas urgentes para resolver a situação.
A situação dos refugiados se agravou após as eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais o Conselho Nacional Eleitoral declarou Maduro vencedor. A oposição denunciou fraude eleitoral, apresentando atas que indicariam a vitória de Edmundo González, que atualmente está exilado na Espanha.
A líder opositora María Corina Machado, impedida de concorrer nas eleições, encontra-se na clandestinidade. Tanto ela quanto outros opositores são acusados de traição à pátria e outros delitos pelo governo venezuelano.
A comunidade internacional continua a acompanhar de perto a situação na Venezuela, com diversos países e organizações expressando preocupação com as violações de direitos humanos e a repressão contra opositores políticos no país.
Do g1.
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