A PF (Polícia Federal) apreendeu mais de R$ 1,5 milhão em um jatinho particular que ia de Salvador para Bahia em meio às investigações sobre desvio de R$ 1,4 bilhão em contratos da Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional.
Segundo a PF, o dinheiro era propina para servidores de Brasília. As informações constam na decisão do juiz Fábio Moreira, que autorizou a operação Overclean, deflagrada na terça-feira (10).
Entre os presos, estão os empresários e irmãos Alex Rezende Parente e Fabio Rezende Parente, o também empresário José Marcos de Moura, que atua no setor de limpeza urbana, além de Lucas Lobão, que comandou o Dnocs na Bahia durante o governo Jair Bolsonaro (PL). As investigações apontam os quatro como líderes de um suposto esquema criminoso.
Leia maisEm 3 de dezembro, os agentes realizaram uma ação controlada, que consiste em retardar uma intervenção policial, sob autorização do juiz, para apreender a quantia que estava sob posse dos suspeitos de desvios.
De acordo com as investigações, Alex Rezende e Lucas Lobão “utilizavam modal aéreo para transportar valores em espécie” e teriam sido monitorados desde o hangar em Salvador até Brasília, quando foram abordados pelos agentes.
Conforme descrito na decisão, no momento da apreensão do dinheiros, os dois investigados teriam caído em contradição. Segundo a PF, Alex alegou que o montante em espécie provinha de vendas de equipamentos, enquanto Lucas Lobão disse desconhecer a existência do dinheiro.
“A autoridade policial concluiu que os valores transportados tinham origem ilícita e destinavam-se ao pagamento de propinas em Brasília/DF, requerendo a manutenção da prisão dos investigados e o afastamento dos sigilos dos objetos apreendidos”, diz trecho da decisão.
A reportagem não localizou até o momento as defesas de Lucas Lobão e dos empresários Alex Rezende Parente, Fabio Rezende Parente e José Marcos de Moura.
O voo que ia para Brasília teria sido organizado por José Marcos de Moura, empresário conhecido como Rei do Lixo.
Os investigadores da PF também apreenderam uma planilha com a relação de contratos suspeitos que totalizam mais de R$ 200 milhões no Rio de Janeiro e no Amapá. O documento trazia escrito “MM” que, segundo das investigações, se refere a Marcos de Moura.
O inquérito policial foi instaurado a partir de notícia-crime da CGU (Controladoria-Geral da União), que apresentou uma série de suspeitas de irregularidades em contratos firmados entre a coordenação do Dnocs na Bahia e a empresa Allpha Pavimentações e Serviços de Construções Ltda.
Os recursos públicos provenientes de emendas parlamentares e convênios eram desviados, conforme as investigações, para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais.
Segundo a CGU, a organização criminosa movimentou só em 2024 aproximadamente R$ 825 milhões em contratos firmados com diversos órgãos públicos.
A PF também prendeu o primo do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil), Francisquinho Nascimento (União Brasil), vereador no município de Campo Formoso (410 km de Salvador). Ele foi secretário-executivo da prefeitura comandada por Elmo Nascimento, irmão de Elmar.
Da Folha de São Paulo.
Leia menosSe o leitor não conseguiu acompanhar a entrevista do cantor, compositor e poeta Zezinho Doceiro ao quadro “Sextou”, do programa Frente a Frente, ancorado por este blogueiro e exibido pela Rede Nordeste de Rádio, não se preocupe. Clique aqui e confira. Está incrível!
Por 9 votos a 1, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitaram nesta sexta-feira (13) o recurso no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro pretende afastar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito do golpe.
A defesa do ex-presidente recorreu ao plenário da Corte para derrubar a decisão individual do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, que, em fevereiro deste ano, negou pedido feito pela defesa do ex-presidente para que Moraes seja impedido de atuar no processo.
A defesa de Bolsonaro sustenta que Alexandre de Moraes figura como vítima nas investigações. Segundo os advogados, pelas regras do Código de Processo Penal (CPP), o juiz não pode atuar no processo em que ele próprio for parte ou diretamente interessado.
Leia maisPrevaleceu no julgamento virtual o voto de Barroso, relator do caso, que foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Nunes Marques.
De acordo com o entendimento de Barroso, Alexandre de Moraes não configura como vítima nas investigações do golpe.
“A simples alegação de que o ministro Alexandre de Moraes seria vítima dos delitos em apuração não conduz ao automático impedimento de sua excelência para a relatoria da causa, até mesmo porque os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de tentativa de golpe de estado têm como sujeito passivo toda a coletividade, e não uma vítima individualizada”, justificou o presidente.
André Mendonça
O ministro André Mendonça proferiu o único voto a favor do impedimento de Moraes. Para o ministro, Moraes está na condição de vítima e não pode continuar no comando do inquérito.
“Ao constatar que o eminente ministro arguido sofreria, direta e imediatamente, consequências graves e tangíveis, como prisão – ou até mesmo morte –, se os relatados intentos dos investigados fossem levados a cabo, parece-me presente a condição de diretamente interessado”, justificou Mendonça.
No mês passado, Bolsonaro e mais 36 aliados foram indiciados pela Polícia Federal (PF) pela tentativa de golpe. De acordo com as investigações, Bolsonaro tinha conhecimento do plano para matar Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Da Agência Brasil.
Leia menosUma publicação nas redes sociais do ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, gerou polêmica ao comemorar o recebimento do Selo UNICEF pela atual gestão municipal, comandada pelo prefeito Simão Durando. Na postagem, Miguel afirmou que apenas três gestores na história da cidade haviam conquistado a certificação: ele, seu pai Fernando Bezerra Coelho e Simão Durando.
Entretanto, a declaração foi contestada por Julio Lossio Filho, filho do ex-prefeito Julio Lossio. Em suas redes sociais, Lossio Filho apontou que a informação divulgada por Miguel não corresponde à realidade. Durante os dois mandatos de Julio Lossio (2009-2012 e 2013-2016), Petrolina também foi reconhecida pelo UNICEF com o selo, como consta no próprio site oficial da organização.
“Ser adversário político é algo natural. Mas não se pode querer apagar a história e tentar confundir as pessoas espalhando Fake News.”, criticou Lossio Filho, que questionou se a declaração de Miguel seria fruto de má-fé ou de uma falha de sua equipe de assessoria.
Leia maisReconhecimentos durante a gestão Lossio
Julio Lossio foi amplamente reconhecido por suas políticas públicas voltadas para a infância e adolescência. Além do Selo UNICEF em dois ciclos consecutivos, sua gestão também recebeu o prêmio Prefeito Amigo da Criança, concedido pela Fundação Abrinq. As iniciativas implantadas durante seus governos, como o programa Nova Semente, que expandiu o acesso à educação infantil, são frequentemente citadas como exemplos de inovação e impacto social.
Lossio Filho reforçou que a busca por reconhecimento político não pode vir à custa da distorção de fatos. “Os resultados positivos de cada gestão devem ser reconhecidos, mas é fundamental que a verdade prevaleça, especialmente quando tratamos de temas tão importantes como a proteção das nossas crianças e adolescentes”, afirmou.
Mesmo após a repercussão do caso, o ex-prefeito Miguel Coelho manteve a publicação em suas redes sociais até o fechamento desta matéria.
Leia menosDaqui a pouco, o Sextou recebe o maravilhoso cantor, compositor e poeta Zezinho Doceiro, de Salgueiro, autor de uma penca de canções que caíram no gosto popular na voz de outros intérpretes, como “Quem ama, cuida”, pelo forrozeiro Flávio Leandro.
Zezito Doceiro tem outras músicas fazendo sucesso pelo grupo musical Limão com Mel, entre as quais “Bote pegado, parêa”. Também gravaram composições dele Dominguinhos, Maciel Melo, Adelmário Coelho, Joquinha Gonzaga, Geraldinho Lins, Claudinha Leite e Amelinha.
Ele é autor também de “Vaqueiro Ruim que dói”, também gravada por Limão com Mel e “De Janeiro a Janeiro”, sucesso na voz de Claudia Leite. O apelido doceiro veio do ofício de entregar em várias cidades do Sertão os doces produzidos na fábrica de seu pai.
O programa vai ar às 18h, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Se você deseja ouvir pela internet, clique no link do Frente a Frente acima ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.
A Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira (12/12) o projeto de lei que cria uma associação entre os estados e o governo federal para o combate ao crime organizado transnacional. O texto, de autoria dos deputados Alfredo Gaspar (União-AL) e Alberto Fraga (PL-DF), pode ser visto como uma resposta do Congresso à proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança, do governo.
Foram 280 votos favoráveis e 78 contrários. O texto agora segue para o Senado.
A intenção é criar uma associação reunindo o governo federal e os governos estaduais, de forma facultativa, para atuar de forma coordenada contra os crimes praticados por esses grupos.
Leia maisO texto determina que quem promove, participa ou financia a organização criminosa terá pena de reclusão de 8 a 20 anos e fixa pena de reclusão de 15 anos a 40 anos para os líderes de organizações transnacionais.
O projeto concede a policiais infiltrados uma espécie de proteção jurídica por meio da Regra de Isenção da Providência Antecipada (Ripa).
Além disso, também prevê a criação de alas específicas para colaboradores em presídios federais e benefícios para as “colaborações por arrependimento”. O dispositivo funcionaria quando delatores permenecessem nas organizações criminosas enquanto fornecem dados.
O Ministério da Justiça alertou que o projeto é inconstitucional e viola a autonomia e independência do Ministério Público.
O PL aparece em resposta à PEC da Segurança Pública, que aumenta os poderes do governo federal no combate ao crime organizado e sua influência na segurança dos estados. O texto, no entanto, está parado na Casa Civil e ainda não foi encaminhado ao Congresso Nacional.
Do Correio Braziliense.
Leia menosA TV Tribuna/Band anunciou a contratação de Rembrandt Júnior, um dos mais respeitados comunicadores esportivos do Brasil, que estreia na próxima segunda-feira, 16 de dezembro, às 13h, no comando do programa Jogo Aberto PE. A chegada do experiente narrador faz parte da estratégia da emissora para fortalecer sua programação, que recentemente incorporou nomes como o diretor de Jornalismo Fernando Rêgo Barros, a chefe de redação Georgia Kyrillos e a repórter e apresentadora Nadya Alencar.
Com 35 anos de carreira, sendo 24 deles no Grupo Globo, Rembrandt traz um vasto currículo, que inclui a cobertura de mais de 40 edições do Campeonato Brasileiro, quatro Copas do Mundo e cinco Olimpíadas, além de torneios como a Libertadores e a Copa Sul-Americana. No meio digital, ele se destaca como apresentador do podcast RembramCast.
A emissora aproveitou a ocasião para agradecer a Carlos Eduardo, conhecido como “o Vibrante”, pelo trabalho desenvolvido à frente do Jogo Aberto PE e desejou sucesso em sua nova etapa profissional.
O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou na manhã desta sexta-feira (13) François Bayrou como o novo escolhido para ocupar o cargo de primeiro-ministro do país.
Veterano na política francesa, Bayrou foi ministro da Educação entre 1993 e 1997.
A decisão acontece após a renúncia de seu último indicado ao cargo, Michel Barnier, que perdeu o voto de desconfiança no parlamento francês e foi obrigado a abdicar da função.
Após divergências com partidos de direita convencionais, em 2007 fundou o Movimento Democrático (MoDem), sigla de centro, pró-União Europeia, que apoia valores democráticos.
Bayrou concorreu à presidência da França em 2002, 2007 e 2012. Em 2017, apoiou a candidatura de Macron, ajudando a formar uma aliança entre o MoDem e o partido do presidente Renascimento.
Da CNN Brasil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva postou um vídeo na tarde desta sexta-feira em que aparece caminhando no corredor do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, ao lado de um dos médicos e da primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja. As imagens mostram um curativo na cabeça do presidente.
“Peço que fiquem tranquilos. Estou firme e forte”, escreveu o presidente na mensagem junto ao vídeo. Na gravação, ele aparece andando pelos corredores do hospital ao lado do neurocirurgião Marcos Stavale. Esta é a primeira imagem do presidente desde a cirurgia feita na madrugada de terça-feira.
Lula ainda afirmou que está se alimentando bem e conversando bastante. “Em breve, pronto para voltar para casa e seguir trabalhando”, publicou.
O presidente saiu da UTI na manhã desta sexta-feira, após três dias internado. A previsão da equipe médica é que ele deixe o hospital e retorne a Brasília no início da próxima semana.
Ainda que esteja sob cuidados especiais e com recomendação médica de “repouso relativo”, nos últimos dias Lula recebeu a visita de filhos, despachou a sanção de atos e conversou com o vice-presidente Geraldo Alckmin e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, por videochamada.
Segundo o novo boletim médico, divulgado hoje, Lula “segue lúcido e orientado” e caminhou pelos corredores do hospital. Na manhã de ontem, ele foi submetido a um procedimento de embolização de uma artéria para evitar novos sangramentos.
Ao longo de quinta, ele passou por novos exames e recebeu a visita de familiares. E, pela noite, retirou o dreno intracraniano que usava desde a cirurgia na madrugada de terça-feira.
Lula deu entrada no hospital Sírio-Libanês de Brasília na noite de segunda-feira (9), após sentir fortes dores de cabeça. Após passar por exames, foi constatado uma hemorragia em um dos ferimentos causados pelo acidente doméstico que sofreu em outubro, e o petista precisou ser levado às pressas para São Paulo para drenar o sangramento em uma cirurgia de emergência.
Do Jornal O Globo.
Por Álder Teixeira
Enquanto me sento em frente ao computador para escrever a coluna de hoje, tem início na Assembleia Legislativa do Ceará a sessão em que será aprovada a indicação de Onélia Santana, esposa do ex-governador e atual ministro da Educação, Camilo Santana, para o cargo vitalício de conselheira do Tribunal de Contas do Estado. Reafirmo: “será aprovada” a indicação, pois que os deputados do Ceará, com raríssimas exceções, apenas confirmam legalmente o que interessa a Camilo, hoje a maior expressão política do estado.
Sem qualquer formação técnica que justifique tal indicação (Onélia Santana é formada em letras e atua como psicopedagoga), a nova conselheira perceberá R$ 39,7 mil reais mensais, fora as mordomias inerentes ao cargo e outros penduricalhos mais.
Leia maisO fato, em si, não envolve qualquer ilegalidade, uma vez que a súmula que impede o nepotismo foi alterada a fim de que se abrisse uma brecha para beneficiar familiares de políticos Brasil afora. Estão nessa situação, por exemplo, Waldez Góes e Renan Filho. Na esteira da falta de escrúpulos, acrescente-se, vieram a fazer o mesmo, há pouco, dois quadros do PT, Wellington Dias e Rui Costa, cujas esposas já usufruem das benesses conferidas aos conselheiros dos Tribunais de Contas do Piauí e da Bahia, respectivamente.
Quanto a Camilo Santana, a situação ainda mais se agravou em demonstração de desfaçatez e falta de correção ética. Em entrevista recente, reportando-se ao fato, o ministro da Educação soltou a afirmação indigna na tentativa de amenizar a indecência em que incorre: “Este é um assunto da Assembleia”, disse, esquivando-se a tecer considerações sobre a indicação da esposa para o Tribunal de Contas do Ceará.
Sabatinada pelos deputados estaduais, conforme é necessário ocorrer em tais nomeações, a psicopedagoga Onélia Santana tornou a emenda pior que o soneto. Disse estar “quebrando barreiras”, enquanto mulher, “… num ambiente político ainda predominantemente masculino”. E, como a assustar os presentes (deputados à parte), concluiu afirmando estar “abrindo caminhos para as novas gerações”. Arre.
Não teve a nova conselheira, sequer, o discernimento de não confundir alhos com bugalhos (que me desculpem o chavão!), indo além na insensatez do que afirmava. Num país em que impera a desigualdade, no qual ser mulher ainda mais é um elemento agravante, lançar mão de raciocínios esdrúxulos e inapropriados, a exemplo do que fez Onélia Santana, ontem, na Assembleia Legislativa do Ceará, é algo a um só tempo inaceitável e revoltante.
Ocorrem-me, na ocasião em que escrevo esta coluna, as teses de Raymundo Faoro e Sérgio Buarque de Hollanda, entre tantos outros, acerca da formação do caráter nacional brasileiro, o que me enseja apontar para livros fundamentais sobre o patrimonialismo, o embaralhamento entre o público e o privado, a prática desenfreada do nepotismo e a ausência de impessoalidade no serviço público.
Cumpriria ao ex-governador Camilo Santana, mesmo vestindo mal a camisa do PT (que nunca lhe coube bem, diga-se em tempo), preservar-se de envolvimento em atos assim, eticamente vexaminosos e nada republicanos. Perde mais uma vez em conceito público, manchando sua imagem e assumindo, desavergonhadamente, o rótulo de oportunista.
Lamentável.
Leia menosO deputado federal Fernando Monteiro apresentou pessoalmente, ao ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Goes, um projeto para recuperação e reabilitação da infraestrutura comum dos perímetros de irrigação da Bacia do São Francisco. O parlamentar vem agindo no sentido de mobilizar o Governo Federal para o drama com o qual convivem as mais de 35 mil famílias do Sistema Itaparica.
O projeto que Fernando Monteiro levou ao ministro Waldez prevê um investimento de R$ 300 milhões e objetiva a sustentabilidade econômica e ambiental do sistema de irrigação que abriga 10 perímetros em Pernambuco e na Bahia. As ações envolvem melhorias no estado de conservação dos perímetros com vistas ao aumento da produção e, ao mesmo tempo, à redução do consumo de água e de energia.
Leia maisConforme defende o parlamentar, os benefícios vão desde a revitalização do rio São Francisco, até a geração de emprego e renda. Em números, a estimativa é de que a reabilitação dos projetos reduziria 38% do consumo total de água, resultando numa economia de cerca de 68 milhões de metros cúbicos por ano. Além disso, o consumo de energia poderia ser reduzido em 25 milhões de kWh por ano, o que representa uma economia anual de R$ 11 milhões.
Quanto à produtividade, segundo o projeto, a revitalização dos perímetros irrigados poderia aumentar em 70% o volume produzido, passando de 340 mil para 580 mil toneladas por ano. “O aumento da produtividade e da renda dos produtores vai gerar novos empregos e inclusão social dos assentados”, frisa o deputado. “São investimentos que culminam na sustentabilidade econômica e ambiental dos sistemas de irrigação”, completa Fernando Monteiro.
O ministro Waldez Góes, mais uma vez, demonstrou sensibilidade ao drama enfrentado pelos assentados e pelos perímetros irrigados. Assim como em outros encontros com o deputado Fernando Monteiro, ele se mostrou receptivo e entusiasmado com o projeto apresentado.
COMO? – Uma das principais medidas para a reabilitação da infraestrutura dos perímetros irrigados é a alteração dos sistemas de irrigação de aspersão convencional para gotejamento ou micro aspersão. Atualmente, cerca de 25% da área total dos perímetros é irrigada por aspersão convencional. Esse tipo de irrigação consome mais que o dobro de água. Também estão previstas a reabilitação de canais, adutoras e bombas.
Outra ação é a instalação de hidrômetros, já que nenhum dos 4.375 lotes dos perímetros possuem controle do volume consumido, o que contribui para o elevado desperdício de água e, por consequência, com gastos exagerados com energia elétrica.
Leia menosO Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar o ex-deputado Roberto Jefferson a nove anos de prisão por atentado ao exercício dos Poderes, calúnia, homofobia e incitação ao crime. Após a conclusão do julgamento, o ex-parlamentar ainda poderá recorrer da pena.
A maioria seguiu o voto do relator, Alexandre de Moraes, que proôs a pena de nove anos de prisão a Jefferson. Além disso, o ministro também propôs o pagamento de R$ 200 mil em danos morais coletivos.
Até agora, acompanharam Moraes os ministros Cármen Lúcia, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Flávio Dino e Luís Roberto Barroso. O julgamento ocorre no plenário virtual do STF e vai até o final desta sexta-feira.
Leia maisEmbora tenha votado pela condenação, o ministro Cristiano Zanin divergiu de Moraes sobre a dosimetria da pena, por entender que houve prescrição no crime de calúnia, e propôs a pena de cinco anos e dois meses de reclusão.
“Enfatizo a enorme gravidade concreta do contexto fático subjacente à presente condenação criminal. A acusação é gravíssima e imputou inúmeros crimes ao denunciado, com incidência do concurso material e igualmente da continuidade delitiva, dada a repetição delituosa veemente, amplamente demonstrada nos autos”, disse Zanin em seu voto.
Jefferson foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que o acusa de incentivar a população a invadir o Senado Federal e a “praticar vias de fato” contra senadores. Além disso, teria defendido a explosão do prédio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ao votar pela condenação de Jefferson pelo crime de atentado ao exercício dos Poderes, Moraes afirma que são inconstitucionais as condutas e manifestações que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, indispensável ao regime democrático, ”quanto aquelas que pretendam destruí-lo”, juntamente com suas instituições republicanas, pregando a violência, o arbítrio, o desrespeito à Separação de Poderes e aos direitos fundamentais, em suma, pleiteando a tirania, o arbítrio, a violência e a quebra dos princípios republicanos”, como se verifica nas condutas praticadas pelo ex-deputado.
O ministro ainda faz uma associação entre a incitação praticada por Jefferson – denunciada pela Procuradoria – e os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro.
“O teor do movimento que culminou nos ataques aos edifícios-sede dos Poderes variava entre ataques antidemocráticos às instituições constituídas, em especial ao Poder Judiciário e ao Poder Legislativo”, diz.
Segundo a PGR, a demonstração de que os crimes foram cometidos por Jefferson está em entrevistas e conteúdos divulgados por ele próprio em 2022.
Do Jornal O Globo.
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