O Governo Municipal de Sertânia esclarece que a portaria de número 5.821 do Ministério da Saúde, que descredencia equipes no âmbito da Saúde da Família, não atingiu apenas o nosso município, mas também outras cidades da nossa região, como Custódia, Flores, Afogados da Ingazeira e Petrolândia, assim como de outras regiões do Estado e de todo o Brasil.
No caso de Sertânia o descredenciamento trata-se de uma unidade que contemplaria a abertura da criação de uma 17ª UBSF no município, logo, não haverá prejuízo para nenhum munícipe, já que não ocorrerá fechamento de nenhuma das 16 unidades de UBSF’s em funcionamento.
A gestão, que dobrou a quantidade de Unidades Básicas de Saúde da Família no município em oito anos, o que dá, em média, uma abertura por ano, reafirma seu compromisso com a saúde do povo de Sertânia. Lamentamos que a Sra. Pollyanna Abreu, que deveria descer do palanque, traga informações dessa natureza com distorções.
O TCE de Pernambuco mandou a gestão de Raquel Lyra suspender pagamentos referentes a uma licitação para propaganda institucional, orçada em R$ 120 milhões para este ano.
O certame foi aberto em julho do ano passado, enquanto a governadora, agora filiada ao PSD, tentava reverter avaliações negativas de sua administração. O montante anual repete o custo da propaganda estadual em 2024 e, ao mesmo tempo, dobrava o orçamento destinado à essa rubrica em 2023 (R$ 65,8 milhões). Em dez anos, a previsão era que R$ 1,2 bilhão saísse dos cofres pernambucanos.
Foram contratadas as agências Nova, BTS Comunicação, BTA Propaganda e E3 Comunicação Integrada. O termo foi firmado em abril passado pela Secretaria Estadual de Comunicação Social. As informações são da coluna de Lauro Jardim, do Jornal O Globo.
O conselheiro Eduardo Lyra Porto, responsável pela ordem para paralisar eventuais repasses (nenhum foi feito até aqui), analisou ontem um pedido feito pelo advogado Pedro Queiroz Neves, de um escritório sediado em Recife.
Ao TCE, Neves indicava possíveis irregularidades no julgamento técnico das propostas enviadas pelas empresas vencedoras das licitação. Ele citava justificativas genéricas para as contratações, falta de relatórios individualizados sobre as propostas, dificuldade de rastrear as decisões dos julgadores com documentos e, por consequência, prejuízo à lisura do certame.
Ao analisar a denúncia, o conselheiro Lyra Porto acolheu a argumentação, autorizando a suspensão dos pagamentos. Ao mesmo tempo, também determinou a instauração de uma auditoria pela Diretoria de Controle Externo (DEX) do TCE de Pernambuco, com prazo de até 60 dias.
Na fundamentação da decisão, para Lyra Porto, está um “fundado receio de grave lesão ao erário”, bem como risco de ineficácia à análise das irregularidades, caso os pagamentos seguissem autorizados.
Filiado ao PDT há cerca de dez anos, o ex-presidenciável Ciro Gomes mantém conversas com o PSDB, que tem interesse no seu regresso. Em 1990, ainda nas fileiras do partido, ele foi eleito governador do Ceará com o apoio de Tasso Jereissati, antecessor no cargo e até hoje o principal cacique tucano no estado. É com Tasso, inclusive, que está a missão de atrair Ciro, que desde a saída da sigla, em 1997, acumula críticas à antiga casa. O político de 67 anos, quatro vezes candidato à Presidência da República, é cotado como possível candidato ao governo do estado no ano que vem.
Presidente nacional do PSDB, que agora estuda novos rumos depois de a ideia de federação com o Podemos ruir, Marconi Perillo afirma que deu aval a Tasso para intensificar as conversas.
— Já autorizei o Tasso a prosseguir nas conversas com ele. Ele será bem-vindo ao partido — diz. As informações são do Jornal O Globo.
Depois que a parceria entre PDT e PT foi rompida no Ceará, em 2022, Ciro passou a se aproximar da direita, mesmo estando num partido de centro-esquerda. Chegou até a trocar elogios com bolsonaristas do PL. Para 2026, o PSDB pretende caminhar a nível local na oposição ao PT, que terá o governador Elmano de Freitas como candidato à reeleição.
O próprio Ciro é considerado um possível candidato ao governo, mas há outros nomes de seu grupo político ventilados. Um deles é o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, que deixou o PDT este ano e migrou para o União Brasil.
Afago de bolsonaristas Nos últimos meses, na esteira da oposição ferrenha aos petistas Elmano e Evandro Leitão, prefeito de Fortaleza, Ciro passou a ser afagado por bolsonaristas. Derrotado na eleição municipal por menos de um ponto percentual no ano passado, André Fernandes (PL) disse em um evento em maio que “Ciro mostrou ser uma pessoa preparada e inteligente, com coragem também para enfrentar o governador Elmano”.
Fernandes reforçou o desejo de unificar a oposição contra o PT no ano que vem. Outro que era adversário de Ciro e passou a ecoar o discurso, também com elogios ao ainda pedetista e possível tucano, foi Capitão Wagner (União), derrotado na eleição estadual de 2022 e na municipal do ano passado.
O racha entre PT e PDT no estado se deu em 2022, quando Ciro decidiu lançar Roberto Cláudio. Os petistas estavam dispostos a apoiar a governadora Izolda Cela, à época filiada ao PDT, mas o presidenciável queria colocar alguém mais ligado a si — Izolda estava na cadeira após a desincompatibilização do atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT), que concorreria ao Senado. O PT, então, recusou-se a apoiar Cláudio e lançou Elmano, que venceu no primeiro turno.
Assim que deixou o PSDB, em 1997, Ciro passou a atacar a antiga legenda. Disse, ao anunciar a candidatura presidencial na eleição do ano seguinte — concorreria pelo antigo PPS e ficaria em terceiro lugar —, que se recusava a conversar com o presidente Fernando Henrique Cardoso.
O próprio Tasso, de quem se reaproximou nos últimos anos, foi alvo. Em 2016, ao analisar o cenário para 2018, classificou um grupo da política cearense, incluindo Tasso, como “indústria de picaretas”.
Já em 2017, outro cacique tucano entrou na mira: o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, classificado por Ciro como “cadáver político”. O mineiro é, ainda hoje, um dos principais quadros tucanos, com ativa atuação nas negociações partidárias.
— Morreu. O que se faz com o cadáver é enterrar — disse Ciro em um evento no Rio, antes de emendar outras críticas aos tucanos. — O PSDB vai fazer campanha situacionista (do governo Michel Temer), segurar a alça do caixão de um governo que tem 3% de aprovação. Vai deixar para véspera da eleição para sair e ficar com justo estigma de oportunista.
Entre o PSDB e o PDT, Ciro passou ainda por PPS, PSB e PROS. Concorreu a presidente quatro vezes, todas depois de deixar de ser tucano. Foram duas pelo partido trabalhista e duas pelo PPS, sigla que virou o atual Cidadania.
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A secretária de Esportes de Pernambuco, Ivete Lacerda, visitou a sede da Associação Beneficente Esportiva Criança Cidadã (ABECC), no Recife, onde acompanhou o Arraiá promovido pela entidade e conheceu de perto o projeto social que beneficia cerca de 150 jovens de comunidades carentes. A iniciativa oferece atividades esportivas, como taekwondo, judô e karatê, além de reforço em português e matemática, e acompanhamento nutricional e psicológico.
“É uma grande satisfação conhecer esse projeto social maravilhoso promovido pela ABECC, que utiliza o esporte para transformar a vida de inúmeras famílias. Todos os envolvidos estão de parabéns”, afirmou Ivete Lacerda. Durante a visita, a secretária também dialogou com a equipe da associação sobre possíveis parcerias com o Governo do Estado.
A coordenadora geral da ABECC, Thais Nery, destacou a importância da presença da gestora e o impacto do projeto. “Sabemos que, mesmo com a agenda extensa, a secretária Ivete fez questão de prestigiar nossa festividade e conhecer mais sobre o trabalho social realizado pela ABECC, que, além de promover a inclusão social, tornou-se um celeiro de atletas que se destacam em competições regionais, nacionais e internacionais”, ressaltou.
O deputado federal Pedro Campos (PSB) deu início, na quarta-feira (18), a um giro por diversas regiões do interior de Pernambuco para acompanhar os festejos juninos e realizar entregas de equipamentos viabilizados por seu mandato. A agenda inclui visitas às cidades de Petrolina, Araripina, Bodocó, Parnamirim, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada e Triunfo. “Vamos acompanhar os festejos, realizar entregas e conversar com a nossa gente, para levar a Brasília às demandas do povo pernambucano. A gente faz da escuta popular o norte do nosso trabalho”, afirmou o parlamentar.
A primeira parada foi em Petrolina, no Sertão do São Francisco, onde Pedro acompanhou os festejos juninos ao lado do prefeito Simão Durando, do vice-prefeito Ricardo Coelho e do deputado estadual Antônio Coelho. Ele elogiou a estrutura do evento: “O São João de Petrolina se consolidou como um grande evento em nosso estado, atraindo turistas de todo o país e impulsionando a economia local. Em nome de Simão, parabenizo todo time da prefeitura pela entrega e pela realização dessa grande festa.”
Em seguida, o deputado segue para Araripina, no Sertão do Araripe, onde visitará poços artesianos e entregará kits de irrigação. “Já destinamos R$ 1,5 milhão em emendas para a cidade e seguiremos atuando para fortalecer a região”, destacou. No Sertão Central, Pedro passará por Bodocó e Parnamirim, e concluirá a agenda no Sertão do Pajeú, com visitas a Afogados da Ingazeira, Serra Talhada e Triunfo. Nesta última, fará a entrega de uma retroescavadeira para beneficiar agricultores locais.
Ainda em relação à corrida para o Senado, cujos números do Opinião foram revelados em postagem à meia-noite, o instituto testou também a possibilidade de a governadora Raquel Lyra (PSD) disputar uma vaga na chamada Casa Alta e não à reeleição. Os números mais uma vez não são nada favoráveis à gestora. Dos entrevistados, mais da metade, exatos 50,4%, disseram que não votariam nela.
Apenas 14,9% afirmaram que votariam com certeza e 30,9% disseram que poderiam votar. Por região, a Metropolitana é a pior para governadora: 60,7% disseram que não votariam nela. Em seguida, vem a Zona da Mata: 49% não votariam. No São Francisco, 45,9% afirmaram que não votariam. Já no Sertão, são 43,6% dos que não votariam e no Agreste 38,9%.
Depois de ter deixado consolidar a percepção majoritária que a vê como “antipática”, Raquel corre um risco maior agora. Pondo o rolo compressor do governo para constranger adversários, perseguir funcionários que não rezam na sua cartilha e retaliar prefeitos que resistem em se transferir para o seu partido, a governadora assiste aos poucos a disseminar-se no Estado a convicção de que ela é “malvada”.
Isso é muito delicado, como sabem seus marqueteiros. “Raquel malvada” é um registro que pesará demasiado na imagem da candidata e lhe cobrará um preço alto em 2026.
Durante o terceiro debate do Processo de Eleições Diretas (PED-2025) do PT, realizado na noite passada (19) na Câmara Municipal de Serra Talhada, o deputado federal Carlos Veras (PT), candidato à presidência estadual da sigla, destacou a importância de fortalecer a militância e as estruturas de base do partido. “Quero ser presidente estadual do PT para dar continuidade a esse trabalho de organização do nosso partido, com planejamento e interiorização, apoiando as direções municipais e promovendo ações regionalizadas”, afirmou.
Veras defendeu a integração entre mandatos legislativos e executivos do PT em Pernambuco, visando à troca de experiências e à unificação das forças partidárias. “A gente precisa fazer com que o nosso partido continue sendo forte, ativo, popular e enraizado na classe trabalhadora e nos movimentos sociais”, declarou, ao convocar a militância a participar do processo eleitoral interno marcado para 6 de julho.
No Sextou de hoje, o forrozeiro poeta Luiz Wilson, sertanejo de Sertânia, mas atuando em São Paulo há 40 anos, fala da sua carreira artística, dos seus sucessos e do seu novo CD, com destaque para ‘Entrei no seu canal’, música com a participação de Caju e Castanha.
Recentemente, Luiz lançou o CD “Luiz Wilson, o forrozeiro poeta”, com 14 sucessos de sua autoria, entre eles “O queijo e a goiabada”, “Entrei no seu canal”, “Baião para dois”, “Querendo te querer” e “A tampa e a panela”.
Seu programa na Itapuama 92,7 FM, em Arcoverde, é uma viagem nos valores mais elevados do Sertão e de sua gente. Também poeta-repentista, escreveu, recentemente, um cordel para Silvio Santos, contando em versos a história do “Homem do baú”, um dos maiores comunicadores de massa do País, que Deus levou em agosto do ano passado aos 93 anos.
Luiz Wilson tem uma história marcada pela versatilidade profissional. É cantor, palestrante, poeta, cordelista, radialista e microempresário. Sua trajetória é marcada por inúmeros desafios, dentre eles, o de conciliar a agitada rotina do comércio paulista, onde atuou por muitos anos como vendedor, e a carreira artística na cultura popular.
Na música, é cantor de forró pé-de-serra há mais de 25 anos e tem 12 álbuns lançados. Na poesia, é cordelista e autor de diversos folhetos de literatura de cordel. No rádio, é apresentador de programas que promovem a cultura sertaneja, tanto na Itapuama FM quanto na rádio Imprensa FM.
O Sextou vai ao ar amanhã, das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por mais de 40 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Se você deseja ouvir pela internet, clique no link do Frente a Frente em destaque acima ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste na play store.
Com ministérios na Esplanada do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PSD e o PP já indicaram parte dos nomes para compor a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para apurar os descontos indevidos no INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). Juntas, as legendas possuem quatro pastas no governo.
No Senado, o PP indicou Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Esperidião Amin (PP-SC), conhecidos pelas atuações contra o governo petista. Na Câmara, a legenda ainda não definiu os nomes para indicar, mas deve ter quatro vagas, sendo duas titulares e duas suplentes.
O PSD indicou os deputados Sidney Leite (AM), como titular, e Carlos Sampaio (SP), como suplente. Ex-tucano, Sampaio possui histórico de antipetismo na política, enquanto Leite é autor de um projeto que proíbe os descontos do INSS. As informações são do R7.
A presidência da comissão deve ficar com o líder do PSD no Senado, Omar Aziz (AM). E a relatoria, inicialmente pleiteada pelo PL, deve ficar com algum deputado de um partido de centro.
CPMI do INSS Na terça-feira (17), o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), leu o pedido da comissão, oficializando a criação do colegiado.
A CPMI será composta por 15 deputados, 15 senadores e os respectivos suplentes. O início efetivo das investigações deve ficar para o segundo semestre, e as investigações devem durar 180 dias.
Uma investigação da Polícia Federal apontou irregularidades que somam ao menos R$ 6,3 bilhões nos descontos associativos em benefícios do INSS entre 2019 e 2024. Os desvios tiveram aumento expressivo a partir de 2023.
A suspeita é de que as ações tenham sido feitas a partir de contratações fraudulentas com entidades, que descontavam valores na folha de pagamentos de aposentados e pensionistas de forma irregular.
Parlamentares querem, agora, uma apuração do caso pelo Congresso. Entre as prerrogativas concedidas a parlamentares, está a possibilidade de convocação e pedidos de informações, o que poderá levar a novos desdobramentos.
O governo defende que as apurações fiquem ao nível de investigações formais, como da PF e CGU (Controladoria-Geral da União).
Pernambuco entra neste fim de semana no auge da sua maior manifestação cultural do ano: o ciclo junino. São milhares de turistas circulando pelo Estado, dezenas de polos de festa espalhados da capital ao interior, trânsito caótico, pouco efetivo policial e, como sempre, um aumento previsível nas ocorrências policiais.
Em meio a esse cenário de tensão e alerta máximo para as forças de segurança, uma informação inusitada chama atenção e gera indignação até nos bastidores da própria Secretaria de Defesa Social: a secretária executiva em exercício, a delegada federal Mariana Cavalcanti, que deveria estar à frente da coordenação estratégica de todas as ações de policiamento, simplesmente está de férias.
Pior: embarcou para o Rio de Janeiro, onde participa, neste fim de semana, para participar da Maratona do Rio. A decisão, vista como no mínimo irresponsável por servidores da própria pasta, acontece num momento sensível. A titular da secretaria executiva – responsável direta pelos bons resultados alcançados na segurança nos últimos seis meses – foi afastada recentemente, segundo informações de fontes internas, justamente por conduzir a gestão com pulso firme e por não ceder a pressões políticas.
Nos corredores do poder, o que se diz é que a sua postura “linha dura” não agradou a determinados setores da chefia da polícia.
A situação chegou a um nível tão inspirador de desespero que, na última reunião do programa Juntos por Pernambuco, com a cúpula da segurança na SEPLAG, diante dos números cada vez mais preocupantes da violência, a secretária em exercício, sem muitas alternativas técnicas à mão, resolveu recorrer ao plano B da gestão pública: a fé. Pediu a todos para “rezar”. Só não especificou se era para São João, São Pedro ou, quem sabe, para o santo das causas impossíveis.
O fato é que, com a ausência da titular e agora com a gestora interina literalmente fora do Estado em meio ao maior desafio operacional do ano, a sensação que fica é de abandono. Policiais de todas as unidades estão em regime de sobreaviso, com escalas extraordinárias, enquanto a chefe da segurança estadual cruza quilômetros de asfalto carioca.
A pergunta que ecoa nos bastidores é direta e incômoda: quem está correndo pela segurança de Pernambuco?
Enquanto a governadora Raquel Lira tenta vender a imagem de redução de índices criminais – fruto, aliás, de uma gestão que agora foi afastada – a realidade nas ruas é bem diferente. Delegacias lotadas, ocorrências em série e um sistema de segurança que, sem comando efetivo, parece operar no piloto automático.
O cidadão que se cuide. Porque, ao que tudo indica, a prioridade da cúpula da segurança pública do Estado de Pernambuco no momento… é baixar o pace na maratona da orla do Rio ao invés de baixar os índices de criminalidade.
Atual campeão da Libertadores, o Botafogo se agigantou diante do vencedor da Champions League. Derrotou o poderoso PSG por 1 a 0 com um golpe fatal no Rose Bowl e, além de encaminhar vaga às oitavas de final do Mundial de Clubes, quebrou um tabu de quase 13 anos sem vitórias sul-americanas sobre europeus no torneio — o último resultado positivo havia sido Corinthians 1 x 0 Chelsea em 2012.
Iluminado, Igor Jesus nocauteou os franceses ao marcar o único gol do jogo, ainda no 1º tempo, após brilhante passe de Savarino. Meu fogão teve uma defesa aguerrida e organizada até o apito final.
O resultado deixou a estrela solitária com seis pontos, na liderança isolada do Grupo B.
Michelle Bolsonaro parece estar em toda parte. O rosto da presidente do PL Mulher se confunde com o perfil do partido, dentro e fora das redes sociais.
No Encontro Nacional de Mandatárias, que aconteceu no início do mês num centro de convenções em Brasília, Michelle lançou o livro “Edificando a Nação: Sobre Bases e Valores”, em que apresentou suas diretrizes para a atuação feminina na vida pública.
No evento, mobilizou a sua base e reuniu mil participantes, entre senadoras, deputadas, prefeitas e vereadoras. As informações são da Folha de S. Paulo.
Há três anos, ela deixou de atuar no assistencialismo, como fez no governo do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e, pouco a pouco, entrou de vez na política institucional.
Cotada para ser candidata à Presidência no ano que vem, Michelle usa agora o PL Mulher para consolidar sua liderança, provocando um racha entre os bolsonaristas.
“A gente percebe que Michelle trouxe uma identidade para o partido”, diz a deputada estadual Dani Alonso, vice-presidente do PL Mulher no estado de São Paulo.
Alonso afirma que a ex-primeira-dama pensou um plano de reestruturação da sigla, apostando em uma série de estratégias: a promoção de eventos para angariar mais filiadas, o uso intensivo das redes sociais, a criação de diretórios municipais e a realização de viagens para nacionalizar a causa do partido, que é a criação de uma representação política para as mulheres conservadoras.
A ex-primeira-dama assumiu o cargo em março de 2023, indicada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e obteve um orçamento de R$ 860 mil por mês.
Em 2023 e 2024, o número de filiadas do PL Mulher cresceu 14%, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Atualmente, tem 995 mandatárias, como são chamadas as filiadas que ocupam algum cargo político.
Como primeira-dama, Michelle escolheu ajudar pessoas com deficiência. Na posse de Bolsonaro, usou a língua de sinais em seu pronunciamento e, nos quatro anos em que esteve no Planalto, desenvolveu programas para esse público, como o Projeto Sinais e o LibrasGov.
Em geral manteve-se discreta e avessa à imprensa. Evangélica, sempre é vista em cultos e tem conhecida proximidade com lideranças religiosas.
Na visão de Alonso, a popularidade de Michelle começou a se formar nas eleições presidenciais de 2022, quando a então primeira-dama passou a discursar nos palanques para tentar diminuir a rejeição de Bolsonaro entre as mulheres.
Já à frente do PL Mulher, transformou o batom em um símbolo da campanha pela anistia aos participantes do ataque golpista do 8 de Janeiro.
Com a inelegibilidade de Bolsonaro, seu nome passou a ser especulado para disputar as eleições presidenciais.
“É preciso reconhecer o carisma da Michelle. A primeira vez que ela falou, em ambiente político, eu estava lá, testemunhei, foi no Rio de Janeiro e foi uma surpresa para todos”, lembra a deputada federal Bia Kicis (PL).
“À medida que o trabalho aparece, o nome dela vai ficando mais forte. Ninguém tem dúvida que é um dos nomes mais fortes da política nacional.”
Com Bolsonaro inelegível, as projeções mais recentes do Datafolha mostram que, no primeiro turno, Michelle, somando 26% das intenções de voto, é o nome que mais se aproxima de Lula, líder nas pesquisas, com a marca de 37%. No segundo turno, a ex-primeira dama perderia para Lula por uma margem estreita —46% ante 42%.
Mesmo com o crescente apelo popular, Michelle está longe de ser unanimidade na base bolsonarista.
Em maio, o UOL publicou uma troca de mensagens em que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e Fabio Wajngarten, assessor do ex-presidente, criticavam Michelle.
Cid chegou a escrever, ironicamente, que preferiria Lula como candidato à Presidência. Wajngarten, por seu turno, afirmou não apoiar a mulher de Bolsonaro e disse que os filhos também não a aprovavam.
Em demonstração de força política, Michelle, descontente com as mensagens, mandou demitir Wajngarten do PL.
A ala feminina do partido tenta minimizar a divisão interna. “Nem Cristo agradou a todos”, diz Alonso.
“Michelle é um rosto novo na política. Agora as pessoas vão enxergar uma nova Michelle. Críticas todo mundo vai sofrer, mas a rejeição ao nome dela é baixa”, afirma Kicis. De todo modo, as restrições a Michelle dentro do partido continuam.
Existe a avaliação de que o aumento na popularidade da ex-primeira-dama corresponde a um projeto de poder de Valdemar. Segundo esse raciocínio, o presidente do PL viu em Michelle uma figura tutelável, passível de ser influenciada por ele.
Nesse sentido, há um incômodo com a quantidade de dinheiro investido na liderança feminina. Em contraste, dizem integrantes da sigla, Eduardo Bolsonaro (PL) não recebeu o mesmo investimento da diretoria do partido.
Michelle, em suma, é vista por esses integrantes como uma política inexperiente e uma pessoa de temperamento instável e difícil de lidar, porque não aceita ser contrariada, o que não é compatível com a realidade da vida pública.
Em um passado remoto, o próprio Bolsonaro pensava assim. Há dois anos, disse que sua mulher precisava de “algo mais” para ser candidata.
O tempo passou, Michelle tornou-se uma líder e a posição de Bolsonaro sobre Michelle muda a cada entrevista, mantendo o discurso oficial de que é candidato em 2026. Por vezes, sinaliza que sua mulher pode ocupar uma vaga no Senado. Valdemar, que sempre a elogiou, afirmou que a decisão final sobre a candidatura de Michelle será do ex-mandatário.
Para Paulo Henrique Cassimiro, professor de ciências políticas da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Michelle desempenha um papel central no eleitorado de Bolsonaro, porque é a única pessoa de sua família que é de fato evangélica.
Nesse aspecto, Cassimiro destaca o poder de oratória dela, com intervenções típicas de lideranças religiosas, e a capacidade de organização institucional da direita, para garantir sua ascensão política. “A esquerda tem dificuldade de lidar com a mulher além do próprio empoderamento”, diz. “A direita fala para a mulher que é mãe, mas trabalha, cuida da casa, trata a mulher como fenômeno social complexo.”