Yamaha confirma nova Ténéré no Brasil
A marca Yamaha japonesa começou a pré-venda da nova geração da Ténéré – que só chegará, na verdade, no primeiro trimestre do ano que vem. O preço não foi divulgado. Ao todo, ao longo do ano, foram oito novidades da marca no país, incluindo um modelo elétrico. A nova geração da Ténéré será produzida no Brasil. Ela ganhou muitas novidades. Na parte visual, uma atualização inspirada em motos de Rally Raid da própria marca, com um grande para-brisa de peça única. A suspensão foi aprimorada, inclusive passando a ter acelerador eletrônico e modos de atuação do ABS. O tanque de combustível de 16 litros agora é na parte da frente, mas a parte superior fica mais baixa. O conjunto de iluminação ganhou faróis de LED individuais empilhados em uma estrutura de alumínio, em forma de “Y”. A roda dianteira é de 21 polegadas; a de trás, de 18’’.
A fabricante destaca também o novo display TFT de 6,3 polegadas, com informações sobre a velocidade, RPM e navegação, nível de combustível, consumo médio e um indicador de mudança de marcha. A tela também oferece conectividade com smartphone, com recursos que incluem: chamadas telefônicas e mensagens, bem como música e navegação “turn-by-turn” pelo aplicativo Y-Connect. O motor é um bicilíndrico paralelo de 690, de quatro válvulas e refrigeração líquida, que desenvolve até 73,4cv de potência e 68 Nm de torque.
A nova moto conceito da BMW – A Motorrad está prestes a lançar o BMW Concept F 450 GS, novo modelo que se posiciona entre as motocicletas G 310, F 800 e F 900. A empresa promete que o conceito vem para se destacar combinando um manuseio superior com um melhor desempenho, enfatizando o prazer de pilotar tanto na estrada quanto fora dela. O design mantém características da linha GS, com um esquema de cores dinâmico e uma construção compacta, proporcionando uma experiência de pilotagem envolvente. Tecnicamente, a BMW Concept F 450 GS é equipada com um motor de dois cilindros desenvolvido do zero, oferecendo 48 cv de potência e excelente torque em baixas rotações. O chassi do veículo estabelece novos padrões no segmento, com um garfo invertido totalmente ajustável e amortecedores inspirados nas tecnologias de rali e enduro, tudo isso mantendo o peso total próximo de 175 kg. Em termos de segurança e funcionalidade, o modelo inclui recursos avançados como o BMW Motorrad ABS Pro e modos de pilotagem configuráveis, além de uma tela TFT de 6,5 polegadas para integração com o smartphone. A BMW Motorrad planeja lançar a versão de produção do Concept F 450 GS em 2025, mantendo o foco off-road esportivo e ajustando apenas detalhes para melhorar a acessibilidade e o manuseio.
Rampage com novo motor diesel – A Stellantis acaba de lançar a Ram Rampage com o novo motor 2.2 turbodiesel de 200cv e, além disso, confirmou a vinda – sem data definida – da nova versão de entrada, a Big Horn. O motor 2.2 foi desenvolvido globalmente, mas com especificações para atender os mercados da América do Sul. Ele é um 4 cilindros de 16V com torque de 45,9 kgfm já a partir de 1.500 rpm – o que garante mais força em baixas rotações. O propulsor faz de 0 a 100 km/h em menos de 10 segundos. E vem atrelado ao câmbio automático de nove marchas. Os engenheiros fizeram questão de ressaltar que ele passou a contar com um diferencial 14% mais longo – e isso permitiria a redução de rotação do motor em diferentes velocidades, sem perda da capacidade 4X4. Essa motorização tem média de 10,6 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada (com nota máxima, a “A”, no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). O conjunto estará disponível nas versões Rebel e Laramie 2025 – e, claro, na Big Horn. Esta última, exclusiva com 2.2 turbodiesel, por sua vez, será a versão de entrada da marca. De diferente, alguns detalhes visuais, com para-choque dianteiro na cor da carroceria, faróis em LEDs (incluindo os de neblina, com função cornering para iluminação em curvas). Já a grade tem as bordas cromadas com os elementos internos em preto brilhante. Ela tem capacidade para 1.015 quilos e caçamba que pode levar até 980 litros.
Confira os valores das versões 2025 da Rebel, Laramie e R/T
- Rebel 2.2 turbo diesel 4X4 2025: R$ 259.990
- Rebel 2.0 turbo gasolina 4X4 2025: R$ 264.990
- Laramie 2.2 turbo diesel 4X4 2025: R$ 272.990
- Laramie 2.0 turbo gasolina 4X4 2025: R$ 277.990
- R/T 2.0 turbo gasolina 4X4 2025: R$ 295.990
O sucesso do 2008 – O SUV da Peugeot foi lançado há pouco mais de dois meses, mas já demonstra a que veio: em outubro, foram vendidas 1.746 unidades, num crescimento de 62,7% na comparação com o mês anterior. Na prática, os números superam os emplacamentos de agosto de 2018 (1.169 unidades). E é um novo recorde mensal para o modelo. Os preços das três versões disponíveis são de R$ 139.990, R$ 149.990 e R$ 169.990. Todas elas são equipadas com o motor turbo de 130 cv de potência.
Versão de entrada para Virtus e T-Cross – A Volkswagen lançou na semana passada uma versão, a Sense, para Virtus e T-Cross – ambas como opção de entrada. O preço do T-Cross foi divulgado (a partir de R$ 119.890); o do sedã, não. Agora, o que era para ser destinado apenas às pessoas com deficiência, o chamado público PcD, virou linha. Agora, o Virtus está disponível em seis versões, todas com motor 1.0 turbo de 116 cavalos e 17,3,kgfm de torque. A Sense vem com seis airbags, assistente de partida em rampa, alerta de frenagem de emergência, sistema de frenagem automática pós-colisão e o bloqueio eletrônico do diferencial.
Venda de elétricos – Ainda faltam dois meses para 2024 acabar, mas as vendas de veículos leves eletrificados continuam registrando bons números. Em outubro, por exemplo, foram vendidos 16.033 eletrificados – com um aumento de 21% em relação ao mês de setembro. Na comparação com outubro de 2023 (9.537), há um crescimento de 68%. No acumulado de janeiro a outubro de 2024, foram vendidos 138.581 veículos leves eletrificados, o que representa uma evolução de 107%, na comparação com o mesmo período de 2023 (67.047). A média mensal de vendas de eletrificados se encontra em 13.858 veículos, aproximando ainda mais a estimativa de 2024 alcançar a marca de 160 mil.
De bafômetros a drogômetros – O Código de Trânsito não menciona o uso desses dois dispositivos nas fiscalizações de trânsito. Por isso, Projeto de Lei 2845/24 determina que os órgãos de trânsito responsáveis pelo registro de acidentes e fiscalização utilizem bafômetros e drogômetros (dispositivos portáteis usados para detectar substâncias psicoativas) quando o motorista precisar ser submetido a teste para verificar se está sob influência de álcool ou outra droga.A proposta está em análise na Câmara dos Deputados. Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro estabelece que condutores envolvidos em sinistros ou alvos de fiscalização poderão ser submetidos a teste, exame ou perícia, mas não menciona o uso de bafômetros ou drogômetros. O objetivo da autora do projeto, deputada Missionária Michele Collins (PP-PE), é tornar o Código de Trânsito mais conciso quanto ao teste de alcoolemia ou toxicológico, determinando que os órgãos de fiscalização utilizem não apenas o bafômetro, como já é comum, mas também o drogômetro. “A iniciativa objetiva tornar o trânsito um espaço mais seguro para condutores, pedestres e veículos”, afirma a parlamentar.
O sono ao volante e os acidentes – Em julho deste ano começou a valer um amplo pacote de regulamentações do Euro NCAP (Programa Europeu de Segurança em Automóveis), com o intuito de contribuir para a meta de salvar 25 mil vidas até 2038 e acabar com as mortes nas estradas até a metade deste século. Dentre as diversas medidas, a nova legislação passou a obrigar as fábricas a entregarem carros novos com uma tecnologia que seja capaz de identificar fadiga e sono em motoristas a fim de alertá-los. E o Brasil? Segundo o próprio Conselho Nacional de Trânsito, o Contran, não há previsão para que o país adote uma medida similar. A medida das autoridades europeias visa enfrentar um dos principais causadores de acidentes trágicos no mundo todo. De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), 40% dos acidentes nas rodovias federais estão relacionados à sonolência – tornando-se a terceira maior causa de acidentes de trânsito no Brasil, atrás apenas do uso de álcool e drogas (segunda) e do excesso de velocidade. Ainda segundo o estudo, somados sono e fadiga, esse patamar salta para quase 60% das razões de acidentes graves. Na opinião de Sidnei Canhedo, diretor responsável pelo mercado brasileiro da Optalert – medtech australiana criadora da escala de sonolência mais utilizada no mundo -, a notícia da falta de previsão para um projeto que inclua o monitoramento em veículos é extremamente preocupante. “Trata-se de uma tecnologia que precisa ser adotada com urgência, pois a função dela, assim como é a do airbag, é a de salvar vidas. O Brasil está muito atrasado e o fato de nem ter um projeto com prazos, torna-se um drama para a sociedade, pois sabemos que quando a resolução for publicada ainda haverá um prazo de vários anos de adequação da indústria, para, enfim, a obrigatoriedade vigorar. Corremos o risco de termos sistemas implantados apenas na próxima década, o que é algo inaceitável quando o clamor é por salvar vidas”, ressalta Canhedo.
E o descarte correto do óleo lubrificante? – É fundamental que motoristas e mecânicos compreendam que os lubrificantes possuem um ciclo de vida. Após sua produção, passam pela distribuição, uso, e eventualmente sofrem degradação ou contaminação, tornando-se inadequados para novas aplicações. Nesse ponto, o óleo lubrificante usado ou contaminado deve ser recolhido e encaminhado à indústria de rerrefino, onde será transformado novamente em óleo básico. Para garantir o descarte correto, a Motul, multinacional francesa especializada em lubrificantes e fluidos de alta tecnologia, destaca quatro informações que devem ser conhecidas antes desse momento.
1 – Nunca misture óleo usado com outras substâncias – Ao descartar óleo lubrificante usado, não misturá-lo com outros materiais como solventes, combustíveis, água ou produtos químicos é um ponto muito importante. Essa mistura inviabiliza a reciclagem e o rerrefino do óleo, além de aumentar o risco de contaminação ambiental.
2 – Pontos de coleta autorizados são a única opção segura – O fluido usado deve ser entregue em pontos de coleta autorizados ou no revendedor correspondente. Oficinas e centros automotivos são os locais ideais para receber este tipo de material, garantindo que ele seja tratado de forma correta, sem danos ao meio ambiente.
3 – O rerrefino produz lubrificantes de alta qualidade – Com a tecnologia moderna de rerrefino, o óleo usado pode ser transformado em um produto de qualidade equivalente ao de primeiro refino. Isso significa que o óleo rerrefinado atende às especificações mais rigorosas da indústria automotiva, oferecendo desempenho semelhante aos lubrificantes novos, mas com menor impacto ambiental.
4 – O Brasil é referência mundial no rerrefino de óleo lubrificante – O país tem uma das legislações mais avançadas sobre o descarte de óleo lubrificante. Resolução do Conama obriga a coleta e o descarte adequado de óleos usados. Graças a ela, o país se destaca globalmente na logística reversa do lubrificante, permitindo a produção de óleo básico rerrefinado de alta qualidade.
Alternativas sustentáveis – O descarte inadequado do óleo lubrificante é amplamente reconhecido como uma ameaça significativa ao meio ambiente. Esse tipo de óleo não é biodegradável, ou seja, não pode ser decomposto por organismos vivos como animais, fungos ou bactérias. Sua capacidade de contaminação é alarmante, sendo que apenas 1 litro de óleo lubrificante usado ou contaminado pode poluir até 1 milhão de litros de água. Por isso, a reciclagem do óleo tem sido cada vez mais destacada nas novas regulamentações e tem sido foco de campanhas de conscientização entre os motoristas.
“O processo de rerrefino é fundamental para garantir o abastecimento global de lubrificantes. O óleo básico rerrefinado é classificado em grupos conforme as suas características físico-químicas, assim como o óleo básico de primeiro refino”, afirma Danilo Silva, engenheiro de aplicações da Motul. “Atualmente, com toda a evolução tecnológica e controle em relação a coleta dos lubrificantes usados, é possível obter óleo básico rerrefinado de alta qualidade. Isso, é claro, se a indústria responsável pelo rerrefino dispuser de equipamento capaz de regenerar a matéria prima de forma compatível com a performance desejada para lubrificantes modernos.”
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico
Leia menos