Em coletiva de imprensa realizada após o resultado do segundo turno, o prefeito de Olinda, Professor Lupércio (PSD), criticou o PT e o PCdoB e, em seguida, mandou um recado diretamente para o prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB). Assista:
Em coletiva de imprensa realizada após o resultado do segundo turno, o prefeito de Olinda, Professor Lupércio (PSD), criticou o PT e o PCdoB e, em seguida, mandou um recado diretamente para o prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB). Assista:
A reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que investiga descontos ilegais em aposentadorias, marcada para hoje, foi cancelada. O encontro teria como destaque o depoimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”.
A decisão foi tomada após o investigado comunicar, por meio da defesa, que não iria comparecer à comissão para prestar depoimento. A informação foi divulgada em nota pela assessoria do presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG).
Leia maisNo início da manhã, a equipe jurídica do acusado afirmou ao blog da Camila Bomfim, que Antunes pretendia comparecer à oitiva, e que iria usar o depoimento para se defender das acusações. Mas, horas depois, ele desistiu do depoimento.
Antunes é considerado pela Polícia Federal como um dos articuladores do esquema que desviou bilhões de reais do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Na última sexta-feira (12) a PF prendeu o operador por suspeita de pagamento de propina a servidores do órgão para obter ilegalmente dados de aposentados e pensionistas, repassar a entidades e, com isso, viabilizar os descontos ilegais.
Após a operação, o empresário foi convocado para depor na CPMI. Mas, ele seria ouvido na condição de investigado, e não tinha a obrigação de responder a todas as perguntas feitas pelos parlamentares, caso entenda que isso poderia incriminá-lo.
Anteriormente, a defesa já havia afirmado que o “Careca do INSS” não compareceria após o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornar facultativa a ida dele ao colegiado.
Leia menosCaberá ao presidente Lula (PT) assinar a ordem de cassação da medalha Ordem do Pacificador que Jair Bolsonaro (PL) exibiu a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante seu interrogatório no julgamento da trama golpista.
Isso ocorrerá se Bolsonaro perder posto e patente do Exército, punição aplicada a qualquer militar que tenha condenação superior a mais de dois anos de prisão. Bolsonaro foi sentenciado a 27 anos de cadeia pelo STF. As informações são do blog do Octávio Guedes.
Leia maisA cassação da medalha é prevista no artigo 10 do decreto 4.207 de abril de 2002, assinado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Lula não tem outra opção caso Bolsonaro seja considerado indigno do oficialato pelo Superior Tribunal Militar (STM).
A medalha do Pacificador é uma das mais altas honrarias do Exército. Como o blog revelou, Bolsonaro a conseguiu por uma manobra do pai de Mauro Cid, o general Lourena Cid, para se livrar de um processo de racismo movido pela cantora Preta Gil. O ex-presidente estava sendo processado por racismo por ofensas contra a artista durante uma entrevista na TV.
Em 2013, Bolsonaro pediu a Lourena Cid que usasse seu prestígio junto ao comandante do Exército da época, general Enzo, para que recebesse a medalha por ter salvado um soldado negro na década de 1970. Bolsonaro sempre alegou que o salvamento de um negro provava que ele não era racista. O fato é que, se Bolsonaro se omitisse no salvamento de um comandado durante um treinamento, ele teria cometido crime.
Lourena era chefe de gabinete do comandante do Exército, general Enzo, que abriu uma sindicância para comprovar a veracidade da história. O general Enzo, no entanto, era contra a mistura das questões militares com a política e não quis dar a medalha. A história mudou quando o general Villas Boas assumiu o comando. Ele concedeu a graça destinada a pessoas que tenham se distinguido por “atos pessoais de abnegação, coragem e bravura, com risco de vida”.
Ou seja: Lula pode fazer cumprir um decreto assinado por Fernando Henrique, após Bolsonaro ser condenado num processo relatado por ministro nomeado por Michel Temer (MDB), o que só fez porque Dilma Rousseff sofreu impeachment.
Detalhe: Bolsonaro votou pela deposição da então presidente e dedicou seu voto a um torturador da ditadura militar, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Leia menosO prefeito do Ipojuca, Carlos Santana, promoveu o primeiro Mutirão da Saúde, realizado na Policlínica de Camela. A ação integra o programa municipal “Saúde em Dia”, que será expandido para todos os distritos do município, oferecendo atendimento especializado, exames, vacinação, além de serviços multiprofissionais gratuitos à população. As atividades aconteceram durante todo o dia do sábado (13).
Durante o evento, Santana destacou a importância da iniciativa para garantir mais dignidade aos ipojucanos. “O primeiro mutirão foi um sucesso. Vimos nos olhos das pessoas a satisfação de serem atendidas com respeito e cuidado. Esse é o nosso compromisso: levar saúde de qualidade para perto de quem mais precisa e zerar as filas de espera”, afirmou o prefeito.
O mutirão contou com atendimentos em especialidades como psiquiatria, neurologia, pediatria, cardiologia, ortopedia e neuropediatria, além de consultas odontológicas, acompanhamento nutricional, exames laboratoriais, vacinação e serviços de ultrassonografia. Também foram oferecidos atendimentos na unidade móvel, com clínicos gerais e realização de testes rápidos.
O lançamento de “Os Leões do Norte”, hoje, em Sertânia, vai se transformar numa grande homenagem ao filho mais ilustre da terra: o ex-governador Etelvino Lins, que esteve à frente dos destinos de Pernambuco no período de 1952 e 1955, com uma obra marcada por grandes projetos para o Sertão. Ele é um dos personagens do livro. Foi um homem público de firme caráter, conforme definiu em discurso no Senado o saudoso Marco Maciel.
O lançamento de hoje está marcado para as 19 horas, na Câmara de Vereadores, com apoio da prefeita Pollyana Abreu (PSD) e de todos os vereadores. Coube a Junhão Lins (PSD), sobrinho-neto de Etelvino, tomar a iniciativa da homenagem. Etelvino honrou Sertânia, era uma das paixões da sua vida, o Sertão e sua gente.
Leia maisAdvogado por formação, Etelvino ingressou na vida pública no final da década de 1930, quando o ex-governador Carlos de Lima Cavalcanti, também personagem do livro, o nomeou para promotor de justiça em Goiana e Caruaru. Em 1937, foi escolhido como secretário de Governo e, em seguida, secretário de Segurança Pública.
Foi nomeado interventor em 1945, senador Constituinte em 1946, até chegar ao Governo de Pernambuco em 1952 pelo voto. Agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal durante o mandato, Etelvino foi nomeado ministro do Tribunal de Contas da União pelo presidente Café Filho, após deixar o Governo de Pernambuco.
A partir de 1963, dedicou-se exclusivamente ao Tribunal de Contas da União, assumindo a presidência da corte em 1965, quatro anos antes de pedir a aposentadoria. Etelvino é o autor da lei que fornecia transporte gratuito aos eleitores da zona rural no dia das eleições. Na vida pessoal, Etelvino casou-se com Djanira Falcão em 1933 e teve oito filhos. Ele morreu no Rio de Janeiro, vítima de um aneurisma cerebral, em 1980.
“Os Leões do Norte” é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
Leia menosPor Everardo Gueiros
A prisão de um ex-presidente da República é um fato que transcende a figura do indivíduo. Não se trata apenas de uma biografia marcada por processos ou sentenças, mas de um acontecimento que projeta sua sombra sobre a imagem internacional do país e sobre a própria confiança interna nas instituições. É inevitável que a detenção de quem já exerceu o mais alto cargo da nação se converta em símbolo, seja para demonstrar força da lei, seja para expor as fragilidades do sistema judicial.
Há quem sustente que a prisão de um presidente seria demonstração de maturidade democrática. A narrativa é sedutora: ninguém estaria acima da lei. Contudo, na prática, essa leitura é simplista. O que deveria ser um gesto de afirmação do Estado de Direito frequentemente se transforma em espetáculo, com efeitos danosos para a percepção externa do país e para a coesão interna. Não se trata de blindar ex-presidentes de sua responsabilidade jurídica, mas de reconhecer que, quando o processo é malconduzido, a justiça deixa de cumprir sua função e se converte em injustiça.
Leia maisO Brasil já viveu esse dilema. Luiz Inácio Lula da Silva permaneceu mais de 500 dias encarcerado. Sua liberdade foi restabelecida não porque tivesse sido absolvido, mas porque o Supremo Tribunal Federal reconheceu que seu julgamento não havia respeitado os ritos e garantias processuais devidos. A anulação não apaga a suspeita de erros, mas evidencia que a pressa ou a contaminação política nos julgamentos corroem o sentido de justiça. A consequência foi paradoxal: Lula, depois de preso, voltou a se candidatar e reassumiu a Presidência, com as cicatrizes de um processo falho marcando não apenas sua trajetória, mas a credibilidade das instituições que o julgaram.
Hoje, assiste-se a fenômeno semelhante com Jair Bolsonaro e integrantes de seu núcleo político. Independentemente das convicções individuais sobre sua conduta, a questão que se coloca é se os julgamentos têm obedecido à técnica, à legalidade e às garantias constitucionais. Quando o Judiciário parece ceder ao clamor político ou midiático, instala-se a percepção de politização da Justiça e isso é corrosivo. Não há democracia sólida onde as cortes se transformam em arenas de disputa ideológica.
A justiça malfeita, ainda que movida pela intenção de punir culpados, é sempre uma injustiça. Quando se atropelam prazos, quando se flexibilizam regras probatórias, quando se confundem instâncias, o resultado é a fragilização da própria ideia de imparcialidade. É esse o ponto crucial: não se discute se ex-presidentes podem ou não ser responsabilizados. Devem sê-lo, quando há provas robustas e julgamento regular. O que está em jogo é a forma. Sem ritos e sem respeito à lei, o que se produz é instabilidade, não justiça.
É necessário compreender que a democracia se apoia em instituições sólidas, capazes de julgar até os mais poderosos sem se contaminar por paixões políticas. Se o processo contra Lula mostrou a falência de uma operação judicial que confundiu justiça com militância, o processo contra Bolsonaro e aliados expõe risco semelhante. A história não perdoa esses desvios: a posteridade não verá líderes condenados ou libertos, mas países que falharam em aplicar justiça de modo equilibrado.
A prisão de um presidente da República, quando não amparada por um processo exemplar, arranha a imagem do país perante o mundo. O que poderia ser visto como prova de responsabilidade institucional converte-se em evidência de instabilidade. A democracia não se mede pela quantidade de presidentes encarcerados, mas pela capacidade de julgar com serenidade, sem ceder a pressões, e de aplicar a lei de modo igualitário. É essa a medida da maturidade democrática.
Leia menosAntônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, presta depoimento, hoje, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, do Congresso Nacional, que investiga descontos ilegais em aposentadorias. Ele é considerado pelos investigadores um dos articuladores do esquema que desviou bilhões de reais do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
A informação foi confirmada pelo presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), e pela defesa de Antunes. Anteriormente, a defesa havia afirmado que o “Careca do INSS” não compareceria após o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), facultar a ida ao colegiado. As informações são do portal G1.
Leia maisO empresário foi convocado na condição de investigado e não terá obrigação de responder a todas as perguntas feitas pelos parlamentares, caso entenda que isso poderá incriminá-lo. Foram 14 pedidos de convocação para ouvi-lo.
“Estamos em contato com a defesa do suspeito e ele confirmou que deseja ir à CPMI para apresentar a versão que ele tem de todo esse escândalo, de todos os fatos que estão sendo divulgados”, afirmou Viana.
Sem citar nomes, o presidente da CPMI afirmou ainda que está em contato também com “outros envolvidos no recebimento do dinheiro, que também estão se predispondo a ir à CPMI”.
Leia menosJC Online
Manifestantes bloquearam, na manhã de hoje, os dois sentidos da BR-408, nas proximidades do distrito de Matriz da Luz, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. Pneus foram queimados na pista, impedindo a passagem de veículos.
O grupo cobra melhorias na rodovia, que apresenta buracos em vários trechos, além de reclamar da demora no transporte público. Os manifestantes também direcionaram críticas à governadora Raquel Lyra, pedindo providências para resolver os problemas relatados.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada para acompanhar a ocorrência e orientar o tráfego na região. Ainda não há previsão de liberação da via.
Por José Adalbertovsky Ribeiro*
Dedico este lindo artigo ao meu colega Machado de Assis, o mais bom e mais melhor escritor do Brazil S.A.
MONTANHAS DA JAQUEIRA – Dizer que a aldeia global está em guerra, que o Reino de Pindorama está em guerra, é pleonasmo, erisipela na pele. O genial escritor Machado de Assis preconizava a filosofia de vida do humanitismo e prescrevia o Emplastro Braz Cubas como um medicamento sublime capaz de aliviar a “melancólica humanidade” adâmica.
A aldeia global padece de erisipela ideológica no coração. Está com os nervos à flor da pele. Sente dores de cabeça. Tem miopia nos olhos. Espinhela caída. Mau olhado. Dor de dente. Nó nas tripas. Arritmia. Catarata. Osteoporose nos ossos. Sangria desatada. O reino de Pindorama herdou as lombrigas de Jeca Tatu, frieiras, as cicatrizes dos povos escravizados. O mandonismo dos escravocratas. A alienação das sinhazinhas. Nóis sofre.
Leia maisHelp! Chamem o doutor. A UTI móvel. A benzedeira. As rezadeiras. As macumbeiras. Os alquimistas. As mães de santo. Os padrastos de santo. A emergência. Os plantonistas. O cardiologista. O anestesista. O carro de bombeiro. O psiquiatra. O mundo precisa de camisas de força.
Verifiquem as CNTPs – Condições Naturais de Temperatura e Pressão do paciente. Analisem os glóbulos vermelhos. Os glóbulos brancos, os glóbulos azuis. O oxigênio é azul. O céu é azul da cor do oxigênio. A vida planetária é filha das algas azuis. A humanidade é blue. Está escrito no meu livro Planeta Micróbio.
O ativista cristão e conservador Charlie Kirk (a mídia prefere chamá-lo de ultradireitista) foi fuzilado durante palestra no Estado de Utah, nos Estados Unidos. O presidente Donald Tramp acusou a extrema esquerda. A mídia domesticada da ultraesquerda acusou Tramp de fomentar o ódio, de ser responsável pela morte de Charlie. O nome disso é fanatismo.
O galegão escapou de dois atentados e agora é acusado de espalhar o ódio. That’s incredible. Acuse os outros daquilo que você é, ensina o decálogo comunista de Lênin.
A infecção dos glóbulos ultra vermelhos é generalizada, mas o pulso ainda pulsa. Tum-tum-tum! Santa Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus, rogai por nós que recorremos a vós! Carlo Acutis, santo millennial das nuvens da Internet, ouvi as nossas preces!
MaCDonald Tramp mandou dedetizar a fauna ultra vermelha nos mares do Caribe. Faz parte da diplomacia do big stick, o grande porrete. Cercado de armas por todos os mares, o ditador narcoterrorista da Venezuela pediu arrego à ONU. Está sendo asfixiado e vai ser expulso do poder do cartel. A mundiça vermelha tropical silencia.
Aquela peste é uma lombriga em forma de gente. Mantem-se no poder desde 2013 às custas de corrupção, fraude e terrorismo. Cuba está na fila. A fila vai andar. A ditadura já resultou em mais de 6 milhões de refugiados nas fronteiras. A Venezuela está sendo vermifugada, assim feito os caninos, felinos e suínos, com licença dos queridos bichanos.
*Periodista, escritor e quase poeta
**Os artigos publicados nesta área não refletem necessariamente a opinião do Blog.
Leia menosBolsonaro ignorou o sábio Arraes
Quando Miguel Arraes (PSB) perdeu a eleição para Jarbas Vasconcelos em 98, por uma avalanche acima de 1 milhão de votos, disse, humildemente, num programa de rádio que não se elegeu por falta de votos. E que seu papel, em obediência ao recado das urnas, seria fazer oposição.
Se Bolsonaro tivesse seguido essa mesma cartilha, passando a atuar na contestação ao Governo Lula, não estaria hoje punido com 27 anos e três meses de prisão, conforme sentenciou a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal na última quinta-feira. Fez besteira, foi muito mal orientado, não soube controlar o ímpeto nem administrar as loucuras dos filhos e dos seus aliados da direita radical e alucinada.
Leia maisVivemos num País democrático, onde prevalece a vontade do eleitor na urna. Tudo além disso é esquizofrenia. Não se pode ganhar todas, seja no esporte, na vida, na política, em qualquer disputa. As derrotas ensinam lições valiosas. Vitorioso não é o que vence, mas o que se levanta diante de uma derrota. Não sabe Bolsonaro que a vitória mais difícil é saber perder.
Quem perde e não desanima, e mais do que isso, não perde a garra e o entusiasmo, é o verdadeiro vitorioso, porque possui, em seu íntimo, a coragem e a dignidade que, um dia, a levará à vitória. Na vida de um vitorioso em qualquer campo, sobretudo na política, também há derrotas. A diferença é que, enquanto os campeões crescem nas derrotas, os perdedores se acomodam nas vitórias.
No caso de Bolsonaro, não ocorreu acomodação, mas um surto de loucura. Quis tomar o poder pela força, com uma turma que até ameaçou matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Tem um provérbio japonês que Bolsonaro e os condenados pelo STF por tentativa de golpe desconhecem ou ignoram: “Pouco se aprende com a vitória, mas muito com a derrota”. Bolsonaro preferiu o embate imbecil a superar a derrota, que é o maior desafio dos humanos. Deixar a derrota remoer e alimentar o instinto colérico é a pior maneira de se dar a volta por cima.
LULA CHAMA TRUMP DE DESONESTO – Em artigo, ontem, no jornal norte-americano New York Times, o presidente Lula radicalizou no enfrentamento ao presidente Donald Trump. O chamou de desonesto. Ao citar a regulamentação das redes sociais, o presidente brasileiro diz ser “desonesto” falar desse tema como se fosse uma censura. “A internet não pode ser uma terra de ilegalidade, onde os pedófilos e abusadores têm liberdade para atacar nossas crianças e adolescentes”, escreveu. O jornal New York Times é um dos mais detestados por Trump, que critica a publicação com muita frequência.
O abre alas de Porto para João – Rompido com a governadora Raquel Lyra (PSD), o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), se transformou no principal cabo eleitoral na pré-campanha do prefeito do Recife, João Campos (PSB), a governador. “A esperança dos pernambucanos é João”, disse, ontem, durante a Missa do Vaqueiro de Canhotinho, no Agreste, que atraiu mais de cinco mil pessoas. João posou montado num cavalo ao lado de Porto e saiu de lá impressionado com a receptividade. “Por onde passa, impressiona como João chama atenção”, completou Porto.
Campanha antecipada – Na caminhada que fez na cavalgada de Canhotinho, João adotou um corpo a corpo com os eleitores, posou para fotos, gravou vídeos, concedeu entrevistas e, em seguida, já montado num possante cavalo da fazenda com Álvaro Porto, percorreu seis quilômetros entre o distrito de Olho D’água e o centro da cidade, onde foi celebrada uma missa. Antes de Canhotinho, o pré-candidato esteve em São Bento do Una, Agrestina, Panelas e Altinho, em visita a prefeitos e correligionários. Na comitiva em Canhotinho se integraram o ministro Silvio Filho (Portos) e o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB), ambos de olho numa das vagas ao Senado na chapa de João.
Tesão de noivo – Num café da manhã na casa do ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), sábado passado, João Campos (PSB) revelou enorme disposição para entrar na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas nas eleições do próximo ano. Mostrou números de pesquisas nas quais bate a governadora Raquel Lyra (PSD) em todas as regiões do Estado. Também falou da sua estratégia eleitoral e estimulou Queiroz a disputar um mandato de deputado estadual. Saiu de lá convencido de que Queiroz, aos 83 anos, está com tesão de noivo para voltar a Alepe.
Candidatos à revelia de Raquel – O fator Rodrigo Pinheiro (PSDB), prefeito de Caruaru, também entrou no cardápio da conversa de João Campos com José Queiroz, com a participação do ministro da Previdência, Wolney Queiroz, filho do ex-prefeito, e do ex-senador Douglas Cintra. O que vazou da conversa foi um fato curioso e ao mesmo tempo intrigante: Rodrigo já escolheu os seus candidatos a deputado federal e estadual, à revelia da governadora, que vai apoiar candidatos mais próximos ao seu grupo de confiança e relação mais estreita na capital do Agreste.
CURTAS
ETELVINO LINS – O lançamento de “Os Leões do Norte”, hoje, em Sertânia, vai se transformar numa grande homenagem ao filho mais ilustre da terra: o ex-governador Etelvino Lins, que esteve à frente dos destinos de Pernambuco no período de 1952 e 1955, com uma obra marcada por grandes projetos para o Sertão. Ele é um dos personagens do livro. Foi um homem público de firme caráter, conforme definiu em discurso no Senado o saudoso Marco Maciel.
EM TABIRA – Em Sertânia, o lançamento está marcado para às 19 horas, na Câmara de Vereadores, com apoio da Casa e da prefeita Pollyana Abreu (PSD). Amanhã, já estarei em Tabira, para lançar na Câmara de Vereadores, às 19 horas, com apoio do prefeito Flávio Marques (PT) e da Câmara Municipal.
NO CABO – Na sexta-feira, será a vez de fazer uma manhã de autógrafos e uma palestra no Cabo, atendendo a convite do prefeito Lula Cabral (SD). Está marcada para o Centro Administrativo da Prefeitura, com a presença, inclusive, de várias turmas de estudantes, já que a obra se destina às novas gerações.
Perguntar não ofende: Como Trump reagirá ao artigo de Lula no New York Times?
Leia menosO governo de Pernambuco, por meio do secretário de Mobilidade e Infraestrutura, André Teixeira Filho, tem divulgado uma obra como iniciativa exclusiva da gestão estadual, embora o principal financiamento seja federal, assegurado pela administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A omissão da origem dos recursos compromete a transparência e impede que a população reconheça os responsáveis pelo investimento.
Do Brasil de Fato
Ao longo de quatro semanas, a deputada estadual Dani Portela (Psol) conviveu com uma denúncia de que estaria destinando verba pública a uma suposta empresa fantasma que estaria em nome de um familiar da parlamentar. Mas, no último 3 de setembro, o Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPC) arquivou o caso, atestando que a contratação em questão não apresenta irregularidades. A empresa Coutinho Assessoria Ltda., de Wildson Pinto Coutinho, presta serviços de gestão de informação e comunicação ao gabinete da parlamentar. Coutinho é tio não-consanguíneo do esposo de Portela.
Horas após receber a decisão do MPC pelo arquivamento da denúncia, Dani Portela conversou com o Brasil de Fato Pernambuco sobre o caso. “Aqui na Assembleia Legislativa temos direito a uma verba para contratar pessoas (CPF) e também para serviços (CNPJ). E nesse segundo grupo contrato assessoria jurídica e parte da comunicação. E ele [Wildson Coutinho] é uma pessoa com mais de 30 anos de experiência na área de tecnologia e dados, que possui um sistema de gestão que alimenta toda a minha equipe”, explica a deputada.
Leia maisPortela conta que, na eleição municipal de 2020, uma empresa de São Paulo que prestava serviço a políticos locais passou a vender os dados e contatos de um político para outro. “Eu não queria passar por isso, então precisava contratar alguém da minha absoluta confiança. Mas essa pessoa é marido da irmã da mãe do meu companheiro, então é um parente de 4º grau e por afinidade, quando a legislação só proíbe a contratação com parentesco de 1º ou 2º grau”, se defendeu Dani. “Até se o meu companheiro fosse o deputado, ele ainda assim poderia contratá-lo”, completou.
Em declaração à imprensa, o procurador-geral do Ministério Público de Contas, Ricardo Alexandre, afirmou que a deputada “trouxe elementos, documentos, fotos, prints de conversas no Whatsapp e notas fiscais que mostram a regularidade fiscal da empresa, a existência da empresa e também da prestação de serviços”, pontuou, descartando a acusação de que se trataria de uma “empresa fantasma”.
A denúncia da suposta irregularidade da deputada surgiu dias após ela aprovar a abertura de uma CPI para investigar um contrato do Governo do Estado com uma empresa de comunicação pelo valor de R$ 120 milhões ao ano, podendo se estender por 10 anos, alcançando os R$ 1,2 bilhão. A empresa, segundo o pedido de abertura da CPI, pode estar ligada a um primo da governadora Raquel Lyra (PSD). Veja a posição da gestão sobre o caso no fim da matéria.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) abriu uma investigação sobre o caso e chegou a pedir a suspensão do contrato, mas na última segunda-feira (8) divulgou um relatório afirmando não haver irregularidades no contrato.
“Modus operandi bolsonarista”
A deputada Dani Portela lembra do dia e da forma em que as denúncias contra ela surgiram nas redes sociais. “Fui dar uma entrevista numa rádio e reparei que na transmissão ao vivo, na tela, começaram a surgir comentários me chamando de ‘quem é você para falar da governadora?’, ‘sua ladra’, ‘corrupta’ e eu não estava entendendo – ‘isso é comigo?’. Os comentários surgiram simultaneamente, foi algo organizado. Levei um susto”, lembra ela, que não sabia do que se tratava. Minutos antes, um disparo em massa por Whatsapp espalhou a denúncia protocolada contra ela no MPC.
Posteriormente foi revelado que o disparo de mensagens, assim como a denúncia anônima, foram encabeçadas pelo jornalista e economista Manoel Medeiros Neto, figura de confiança da vice-governadora Priscila Krause (PSD), com quem ele trabalhou de 2011 a 2022. Medeiros ocupava, havia 10 meses, um cargo de assessor especial do Governo de Pernambuco, mas pediu exoneração após se tornar alvo do deputado Álvaro Porto (PSDB), presidente da Alepe, que o qualificou como “chefe da milícia digital”. Medeiros diz ter agido “cumprindo o papel de cidadão”.
Na visão de Dani Portela, a ação para destruir sua imagem reflete a aproximação da governadora Raquel Lyra com o bolsonarismo. “É o modus operandi do bolsonarismo, que é quem melhor se apropriou e sabe usar este método de Whatsapp e notícias falsas para destruir adversários”, resume. “Sempre recebi críticas nas minhas redes. Mas isso foi diferente. Desde 2024, um conjunto de perfis passou a vir ao meu perfil sempre que eu criticava a governadora. Eram sempre os mesmos perfis, que iam também às redes de outras pessoas que a criticassem. Então havia uma coordenação”, pontua a deputada.
A parlamentar também pontua a importância de uma legislação para coibir esse tipo de ação usando plataformas digitais. “Viemos de uma eleição difícil em 2022 e acho que em 2026 não será diferente. Então é muito importante falarmos da regulamentação das mídias sociais e das chamadas ‘big techs’”, diz Portela.
Portela menciona ainda uma série de outros perfis nas redes sociais que ela crê que integram uma rede. “São perfis que recebem verba publicitária da Secretaria de Comunicação, outros com pessoas lotadas em órgãos estaduais ou que têm contratos de publicidade com o governo”, diz ela. “Não sou contra um cidadão que faz uma denúncia. Todo mundo pode fazer e acho que deve fiscalizar mesmo. Mas foi algo orquestrado para desconstruir minha imagem. Atacou minha honestidade, algo muito importante para uma mulher negra que tem trajetória”, avalia. “O objetivo era criar um fato político”, conclui.
O Brasil de Fato Pernambuco entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do Governo de Pernambuco, deixando o espaço caso desejem se posicionar sobre as críticas e suspeitas levantadas pela deputada. Até o momento não houve respostas. O espaço segue aberto.
A deputada do Psol também considera que os adversários não encontraram motivos reais para denunciá-la. “Eu não me licenciei nem na maternidade. Nunca me licenciei para viagem internacional. Eu sou a deputada que menos usa diárias [de viagens] e verba parlamentar. Só no 1º semestre deste ano já devolvi R$ 80 mil de verba de gabinete que eu não consegui usar. Devolvo combustível”, lista Portela.
A governadora Raquel Lyra, que trocou o PSDB pelo PSD visando ingressar na “base” do governo Lula, parece ter jogado a toalha em relação a contar com o apoio do presidente da República ou mesmo do seu partido no pleito de 2026. Na mais recente visita do petista a Pernambuco, a governadora optou por não participar de nenhuma das três agendas com Lula, deixando o campo aberto para o seu futuro adversário, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), associar sua imagem à do presidente. Ao mesmo tempo, Lyra tem se reaproximado de figuras bolsonaristas no estado, como os irmãos Anderson e André Ferreira (PL) e o deputado federal Eduardo da Fonte (PP).
A CPI contra Raquel Lyra
As denúncias que resultaram na abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Alepe dizem respeito ao processo licitatório aberto no edital nº 1360.2024.0001, cujo resultado foi publicado no Diário Oficial do dia 1º de abril de 2025, confirmando as contratações das empresas Nova S. A., BTS Comunicação Ltda, BCA Propaganda Ltda e a E3 Comunicação Ltda. A denúncia no TCE foi oficiada pela empresa RXZ Comunicação e Publicidade Ltda, que viu indícios de irregularidade no processo.
Dani Portela diz que não fazia ideia de que a abertura da CPI incomodaria tanto a cúpula do Governo do Estado. “Agora eu tenho uma dimensão dos interesses com os quais estamos mexendo”, pontua. Ela conta que as agências de publicidade fizeram uma representação afirmando que a licitação feria o princípio da ampla concorrência, por excluir 95% das empresas locais. “Além disso, a possibilidade de relação de um primo da governadora com a empresa vencedora, que se instalou em salas pertencentes a ele e contratou uma funcionária que trabalhou por 16 anos para ele”, destaca a deputada.
Ela também pretende incluir outros contratos da comunicação governamental na CPI, para investigar se há verba pública abastecendo uma suposta rede de ataques contra adversários da governadora Raquel Lyra. “A CPI não é contra a propaganda. Sei que o recurso paga campanhas para matrículas nas escolas, por exemplo. Mas quero saber se também tem dinheiro público indo para esses sites minúsculos e perfis em redes sociais usados para promover a gestão estadual e para atacar adversários, uma espécie de milícia digital”, pontua Portela.
Em nota enviada ao BdF, a Secretaria de Comunicação do Governo de Pernambuco afirma que realizou “todo o processo licitatório de acordo com a legislação vigente, respeitando os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade e transparência”. “A possibilidade de renovação por até 10 anos segue o previsto na Lei 14.133/2021, que autoriza prazos estendidos para serviços contínuos — como é o caso da publicidade institucional. (…) O processo de seleção foi conduzido por critérios técnicos, objetivos e públicos, sem qualquer interferência externa”, diz o texto.
Leia menosNa manhã deste sábado (13), o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras de Pernambuco realizou, na sede da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Pernambuco (FETAPE), em Santo Amaro, a primeira reunião da nova direção estadual, que marcou a posse e eleição, por unanimidade, da nova Executiva Estadual do PT.
Ao todo, 80 dirigentes assumiram o desafio coletivo de conduzir o partido nos próximos quatro anos. Na Executiva, tomaram posse 26 integrantes, entre eles o presidente estadual, deputado federal Carlos Veras, e o líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), deputado estadual João Paulo.
Leia maisDe acordo com os organizadores, o encontro foi um momento de reafirmação do compromisso histórico do PT com a democracia, a participação popular e a luta por um estado mais justo e inclusivo para todas as pessoas.
O deputado federal Carlos Veras, presidente estadual do PT, destacou a importância da nova Executiva para os rumos do partido em Pernambuco: “Acabamos de eleger, por unanimidade, a nova executiva estadual do PT, que terá a tarefa fundamental de conduzir os rumos do partido em Pernambuco. Nosso objetivo é ampliar a bancada estadual e federal, reeleger o senador Humberto Costa e garantir a reeleição do presidente Lula, o que mais fez e continua fazendo por Pernambuco e pelo Brasil.”
Direção Executiva do PT Pernambuco:
Presidente: Carlos Veras
Líder da Bancada: João Paulo
1º Vice-Presidente: Felipe Cury
2º Vice-Presidente: Cirilo Mota
3º Vice-Presidente: Cícera Nunes
4º Vice-Presidente: Osmar Ricardo Júnior
5º Vice-Presidente: Pedro Alcântara
Secretário de Finanças e Planejamento: Sérgio Goiana
Secretário de Organização: Oscar Paes Barreto
Secretária Geral: Ângela Cristina Lima
Secretária de Comunicação: Sheila Oliveira
Secretária de Formação: Raísa Rabelo
Secretário de Movimentos Populares: Vinicius Soares
Secretário de Assuntos Institucionais: Jefferson Maciel
Secretário de Mobilização: José Carlos Júnior
Secretária de Nucleação: Mônica Tavares
Secretária de Articulação e Políticas Públicas: Nathalia Barreto
Emily Belarmino
Gabriel Antônio da Silva
Gabriela Silva
Ivete Caetano
Paulo Vieira
Rivânia Rodrigues
Carlos Padilha
Vivian Farias
Rosa Amorim
Ana Maria Ramos
Aldeir José da Silva (Veio do Peixe)
Fernando Ferro
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