Por Tales Faria
Do UOL
Nessas eleições, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) escolheu como alvos prioritários derrotar outros nomes da direita, inclusive aliados, que tenham pretensões presidenciais.
Foi isso que o fez oscilar no primeiro turno das eleições em São, por exemplo, entre apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o recém-aparecido Pablo Marçal (PRTB).
Embora fosse o nome preferido do eleitorado bolsonarista Marçal não contou com apoio explícito do ex-presidente por um motivo muito simples: ele declarou publicamente que tem intenção de concorrer ao Palácio do Planalto em 2026.
Leia maisVale lembrar que o ex-presidente já foi condenado à inelegibilidade e não poderá concorrer ao Planalto em 2026. Mas ele ainda luta para aprovar uma anistia no Congresso Nacional.
E, se não conseguir, prefere ver um de seus filhos como herdeiro de seus votos.
Por isso Bolsonaro também não se engajou na campanha de Ricardo Nunes a prefeito de São Paulo. Porque Nunes recebeu o apoio explícito do governador Tarcísio de Freitas e apontou Tarcísio como principal responsável por seu desempenho. E Tarcísio tem se mostrado o nome preferido do empresariado de São Paulo entre os possíveis candidatos da direita à Presidência.
Neste mesmo movimento contra candidato à Presidência no campo conservador de direita.
Eis então que Bolsonaro passou a apoiar nos bastidores a candidata Cristina Graeml (PMB) à prefeitura da capital, Curitiba, contra Eduardo Pimentel (PSD), que é apoiado pelo governador.
Nesse caso, Bolsonaro trai até mesmo seu partido, o PL, que tem um vice como candidato na chapa apoiada por Ratinho Junior.
Mas, na lógica do ex-presidente, vale tudo para não deixar surgirem alternativas a seu nome. Ele próprio deixou claro, num evento recente da campanha de Ricardo Nunes: “o candidato a presidente em 2026 sou eu o Jair Messias”.
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