Sem nenhuma modéstia e com o maior amor do mundo, quero dizer aos meus amigos do Facebook que, se eu pudesse, diria para o planeta inteiro que Pernambuco ontem perdeu um dos melhores dentistas, talvez do Brasil. Dinho, apelido de Aldo Portela Filho, primo legítimo de mamãe e primo meu em segundo ou terceiro grau, que nos deixou, era daquelas pessoas generosas, atenciosas ao extremo e profundamente acolhedoras.
Exemplo de trabalhador incansável, era o próprio símbolo do brasileiro batalhador na vida. Ficava no seu consultório, antes de se aposentar, praticamente o dia inteiro e a gente até brincava que ele deveria já ter atendido cada um dos recifenses pelo menos uma vez na vida ao longo de décadas.
Foi dentista e, por muitos anos, da assembleia legislativa de Pernambuco, atendeu muitos políticos que ali passaram(e alguns que ainda permanecem), servidores, e seus familiares, sempre com a mesma atenção e cordialidade.
Era daqueles agregadores que juntava as pessoas, fazia amizades entre os que iam no seu consultório, cuidou dos dentes da família inteira de graça. Reclamava quando a gente demorava para ir lá fazer revisão e ficava bravo quando dizíamos “dessa vez eu vou pagar”, dizendo que se repetíssemos isso, ele iria ficar ofendido.
E não era apenas com a família, tratou de muita gente que estava precisando e não tinha condições de ir a um bom profissional. Dizia: “deixe comigo, vá lá no consultório”. E depois, pedia para a pessoa não tocar mais no assunto.
Super apegado, por tabela, à família, Dinho foi exemplo de tudo: excelente amigo, irmão, primo, pai e esposo, além do amor e dedicação que tinha pela profissão. Eu adorava conversar com ele, assim como gosto de Glória, sua esposa, e dos demais primos, filhos de Tio Aldo e Tia Lulu. Tia Lulu foi irmã querida da vovó Hylda, minha avó materna.
Dinho nos deixou na madrugada de ontem, depois de um período adoentado. Descansou. Sei que, pela sua bondade e pelo grande homem que sempre foi, está em paz, mas isso me deixou — desde que li a notícia pelo Emanuel, irmão dele e outro primo querido — com um nó no peito difícil de desatar.
Como nos últimos anos têm acontecido tantas coisas estranhas e tristes com grandes amigos e pessoas da família – eu sei, é normal nas grandes famílias, mas não deixa de ser difícil. Resolvi acatar o conselho de uma pessoa muito amada que me foi dado há poucos dias: temos de começar a aprender a não normalizar a tristeza.
Quem me conhece, sabe. Busco ser sempre uma pessoa alegre e positiva, e nos últimos anos ficou difícil, mas a vida tem que seguir. Daqui do Planalto Central, mando mil beijos e abraços aos primos tão queridos e aviso à todos que já estou com saudades de Dinho. Mas, também, muito orgulhosa da trajetória linda que ele teve. Não queria postar mais coisas tristes por aqui, mas em homenagem ao Dinho, que muito merece, como jornalista e escritora eu não poderia deixar de expressar meus sentimentos pelas palavras mais uma vez.
Como parte da reestruturação da segurança pública de Pernambuco, o Governo do Estado anunciou a construção de mais um Complexo da Polícia Científica (CPC), desta vez no município de Arcoverde, no Sertão do Moxotó. É o 5º equipamento do tipo divulgado este mês em municípios diferentes. Os outros quatro serão erguidos em Vitória de Santo Antão (Zona da Mata Norte), Garanhuns (Agreste Meridional), Ouricuri (Sertão do Araripe) e Petrolina (Sertão do São Francisco).
O CPC é responsável pela produção da prova pericial, e por isso é considerado importante para a elucidação de crimes. O equipamento em Arcoverde terá Instituto de Criminalística e Instituto de Medicina Legal. O edital de licitação para contratação de empresa que ficará responsável pelas obras foi publicado na edição de ontem do Diário Oficial do Estado.
“A entrega de mais um Complexo de Polícia Científica, desta vez em Arcoverde, representa um avanço histórico para a segurança pública do Sertão pernambucano. Com essa nova estrutura, a governadora Raquel Lyra garante mais um equipamento que trará agilidade nas perícias criminais, atendimento de qualidade à população e melhores condições de trabalho para os nossos profissionais. Um equipamento moderno, estratégico, que fortalece o combate à criminalidade e aproxima ainda mais o Estado da população sertaneja. Seguimos com nosso compromisso de levar a segurança a todas as regiões de Pernambuco, com investimentos concretos como esse”, afirmou o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho.
O Governo do Estado vai investir R$ 5,3 milhões para a construção do CPC de Arcoverde. O equipamento será erguido em um terreno de 3,4 mil m² no bairro de São Cristóvão e terá 740m² de área construída. A obra será executada pela Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) e tem um prazo de oito meses, contados a partir da data de emissão da ordem de serviço.
Pelo menos 73 pessoas foram mortas e cerca de 150 ficaram feridas por tiros israelenses em Gaza enquanto buscavam ajuda neste domingo (20), de acordo com o Ministério da Saúde palestino. Cerca de 67 pessoas foram mortas no norte de Gaza, informou o ministério, enquanto outras seis foram mortas em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.
Não está claro se as 67 pessoas relatadas como mortas no norte de Gaza foram todas mortas no mesmo local ou em múltiplos incidentes. As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que as tropas “dispararam tiros de advertência para remover uma ameaça imediata que lhes era imposta” depois que “uma reunião de milhares de moradores de Gaza foi identificada no norte da Faixa de Gaza”.
“As FDI estão cientes das alegações sobre baixas na área, e os detalhes do incidente ainda estão sendo examinados”, disseram os militares israelenses, sem divulgar nenhum número de baixas.
O Exército israelense também emitiu um alerta aos moradores de diversas áreas no norte de Gaza, incluindo as cidades de Beit Lahia, Jabalya e Beit Hanoun. “Essas áreas são zonas de combate ativas e extremamente perigosas”, disse o porta-voz em árabe das Forças de Defesa de Israel (FDI), Avichay Adraee, neste domingo.
“As Forças de Defesa de Israel estão operando nessas áreas com força muito intensa. Para sua segurança, a movimentação nessas áreas é estritamente proibida. Aqueles que souberam foram avisados”, completou.
De acordo com o doutor Mohammed Abu Salmiya, diretor do Hospital Al-Shifa em Gaza, pessoas foram alvejadas pelo Exército israelense na manhã de domingo enquanto tentavam obter ajuda a noroeste da Cidade de Gaza, que fica ao norte do território.
“O Complexo Médico Al-Shifa está em estado catastrófico devido ao grande número de mártires, feridos e civis famintos”, disse Abu Salmiya à CNN em um comunicado.
“Houve um grande número de mortes e feridos entre aqueles que buscavam ajuda, e ambulâncias e veículos civis não pararam de chegar, transportando feridos e mortos das áreas noroeste de Gaza”, continuou ele. “Um número significativo de civis, e até mesmo pessoal médico, estão chegando em estado de desmaio ou colapso devido à desnutrição severa”.
O Crescente Vermelho Palestino informou que seu hospital de campanha Al-Saraya, na Cidade de Gaza, recebeu 120 feridos, alguns em estado crítico, neste domingo. A organização também informou ter recebido dois cadáveres.
“As forças israelenses atacaram civis que aguardavam ajuda da região de Zikim, ao norte de Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza. Devido ao grande número de feridos recebidos no hospital, novos leitos foram abertos com urgência para garantir tratamento adequado aos feridos, já que a capacidade do hospital é estimada em apenas 68 leitos”, informou o Crescente Vermelho Palestino.
Ontem, pelo menos 32 pessoas foram mortas enquanto buscavam ajuda perto de um ponto de distribuição administrado pela Fundação Humanitária de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde palestino e testemunhas.
O Exército israelense disse que as tropas “identificaram suspeitos que os abordaram durante atividades operacionais na área de Rafah”, a cerca de um quilômetro do local de ajuda, “à noite, quando não está ativo”.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que as tropas pediram aos suspeitos “que se distanciassem e, após eles não obedecerem, dispararam tiros de advertência”.
A organização afirmou estar ciente dos relatos de vítimas e que o incidente estava sob análise.
De acordo com o Escritório de Mídia do Governo de Gaza, administrado pelo Hamas, cerca de 995 pessoas foram mortas enquanto tentavam obter alimentos perto de locais de distribuição de ajuda entre 27 de maio e domingo.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos disse no início deste mês que quase 800 moradores de Gaza foram mortos tentando obter ajuda entre o final de maio e 7 de julho.
De passagem pelo Recife, para amanhar iniciar uma nova incursão ao Sertão, o ex-deputado federal Gonzaga Patriota (PSB), que manteve residência em Brasília, teve hoje um longo encontro com o cantor e compositor pernambucano Charles Theone.
O artista também é arranjador, produtor musical, poeta e ator, sendo natural de Inajá, no Sertão, a 400 km do Recife. Ele se define como “um passarinho cantador, traduzindo a beleza da vida” e sua música é influenciada pelas suas origens sertanejas e pela cultura pernambucana.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez ameaças a integrantes da Polícia Federal em uma live transmitida neste domingo (20). O parlamentar mencionou o delegado Fábio Alvarez Shor, responsável por investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro:
“Cachorrinho da Polícia Federal que tá me assistindo, deixa eu saber não. Se eu ficar sabendo quem é você… ah, eu vou me mexer aqui. Pergunta ao tal delegado Fábio Alvarez Shor se ele conhece a gente…”, disse Eduardo. As informações são do Blog da Andréia Sadi.
A fala foi feita após Eduardo afirmar que pretende trabalhar para retirar o ministro Alexandre de Moraes do Judiciário, reforçando o tom de confronto com o Supremo Tribunal Federal (STF).
Fábio Shor atuou em inquéritos que investigam Jair Bolsonaro no STF, incluindo os casos da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e a fraude em cartões de vacina.
Eduardo Bolsonaro, que é escrivão licenciado da Polícia Federal, já foi alvo de um procedimento administrativo disciplinar (PAD) aberto pela própria corporação no início do ano. A apuração foi motivada por declarações anteriores do deputado contra o delegado Fábio Alvarez Shor.
As declarações de Eduardo Bolsonaro provocaram reação imediata da cúpula da Polícia Federal. O diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, afirmou ao blog da Andréia Sadi que recebeu “com indignação mais essa covarde tentativa de intimidação aos servidores policiais” e garantiu que a PF vai adotar as providências legais cabíveis.
“Nenhum investigado intimidará a Polícia Federal”, disse Rodrigues.
A corporação reforçou que ameaças a agentes públicos no exercício de suas funções são graves e podem ser alvo de novas apurações criminais.
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou neste domingo (20) que vai trabalhar para retirar o ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal). A declaração foi feita durante uma transmissão ao vivo em seu canal no YouTube no mesmo dia que se encerra o prazo de sua licença parlamentar de 120 dias.
Em tom de ameaça, Eduardo acusou Moraes de “usar a caneta do STF em nível de várzea” e disse estar disposto a se “sacrificar” para levar adiante uma ação que, segundo ele, teria como objetivo a saída do ministro da Suprema Corte. As informações são da CNN Brasil.
“Toda hora a gente tem que expor o nível de várzea que é Moraes com a caneta do STF. O ideal seria ele fora do STF. Trabalharei para isto também, tá, Moraes?”, afirmou o parlamentar.
Eduardo também fez referência à revogação de seu visto diplomático pelos Estados Unidos — decisão que envolveu tratativas com autoridades norte-americanas após investigações do Supremo contra ele e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele reforçou que esse episódio foi apenas o “começo” de uma movimentação contra o ministro.
“Quando a gente fala que o visto foi só o começo, é porque o nosso objetivo será te tirar da corte. Você não é digno de estar no topo do poder Judiciário e eu tô disposto a me sacrificar para levar essa ação adiante.”
Ainda durante a transmissão, Eduardo ironizou a possibilidade de ser alvo de uma operação policial, sugerindo que Moraes convocasse até autoridades internacionais: “Não gostou? Coloca o Trump junto aí na investigação. Coloca toda a nossa quadrilha aqui do Marco Rubio, etc. E manda a Interpol vir pegar a gente”.
O deputado concluiu o ataque ao ministro alegando que Alexandre de Moraes já teria sofrido pressões dos Estados Unidos: “Sabe por que que você não vai fazer isso, Alexandre? Porque você já tomou um sabão da Interpol. Ou melhor, você já tomou um sabão dos Estados Unidos.”
Com o término da licença, Eduardo passará a acumular faltas não justificadas caso não retorne ao Brasil. Para não perder o mandato, o parlamentar não pode faltar mais de um terço das sessões do plenário da Câmara.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou neste domingo (20) que não vai renunciar ao cargo. Em março deste ano, o parlamentar, que é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, pediu licença do mandato e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política.
De acordo com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a licença de 120 dias termina hoje, e o deputado pode ser cassado por faltas ao não retornar ao Brasil. Durante uma live realizada nas redes sociais, o deputado disse que vai conseguir “levar o mandato” por mais três meses.
“Eu não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, eu consigo levar meu mandato, pelo menos, até os próximos três meses”, afirmou.
No STF, Eduardo é investigado pela sua atuação junto ao governo norte-americano para promover medidas de retaliação contra o Brasil e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e tentar barrar o andamento da ação penal na Corte sobre a trama golpista, que tem seu pai como um dos réus.
Na transmissão, o deputado voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes e ironizou a decisão do governo do presidente Donald Trump que suspendeu o visto de ministros do STF.
Ele também comentou a decisão na qual Moraes afirmou que o parlamentar “intensificou as condutas ilícitas” e determinou que entrevistas e postagens recentes nas redes sejam incluídas na investigação.
“O cara que se diz ofendido [Moraes], ele pega e junta no processo que ele abriu. O cara que vai me julgar, ele vai ver o que eu faço na rede social. Então, você da Polícia Federal, que está me vendo, um forte abraço. A depender de quem for, está sem visto”, disse.
O deputado também defendeu a anistia para Jair Bolsonaro e afirmou que está “disposto a ir às últimas consequências”. “É para entender que não haverá recuo. Não é jogar não para ver se depois dá certo, achar um meio-termo. Não estou aqui para isso”, completou.
Na última sexta-feira (18), no mesmo inquérito em que Eduardo é investigado, Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) e foi obrigado a colocar tornozeleira eletrônica e proibido de sair de casa entre 19h e 6h.
As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes após a PGR alegar risco de fuga do ex-presidente, que é réu na ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022 e deve ser julgado pelo Supremo em setembro.
A multinacional brasileira MV, especializada na transformação digital da saúde, aparece como a quinta maior fornecedora mundial de sistemas de prontuário eletrônico hospitalar (EHR), segundo o relatório global 2025 da consultoria KLAS Research. Com atuação em 894 hospitais, a companhia lidera o setor na América Latina, à frente de nomes como Philips, SPDATA e TOTVS.
O relatório posiciona a MV ao lado de gigantes do setor, como Epic, Oracle Health, Dedalus e MEDITECH. Entre 2019 e 2023, a empresa conquistou 154 novos hospitais e afirma investir mais de R$ 80 milhões por ano em tecnologia. A presença da MV no ranking é vista por especialistas como reflexo do avanço da transformação digital da saúde na região.
A MV foi fundada em 1987, em Porto Alegre, pelo empresário gaúcho Paulo Magnus, e logo no ano seguinte estabeleceu sua sede administrativa e fábrica de softwares no Recife. A capital pernambucana é referência em procedimentos clínicos e cirúrgicos, possuindo o segundo maior polo médico do país, atrás apenas de São Paulo. Além disso, abriga o maior parque tecnológico urbano e aberto do Brasil, o Porto Digital, instalado na região central da cidade.
Um incêndio atingiu um carro em um estacionamento localizado na Rua Velha, no bairro da Boa Vista, no Centro do Recife, na tarde deste domingo (20). Imagens enviadas para o g1 e a TV Globo mostram uma fumaça escura que se espalhou pela área central da cidade.
O fogo não deixou vítimas, segundo o Corpo de Bombeiros. No local, além do estacionamento, funcionam também uma serralheria, uma marcenaria e um lava-jato. O terreno tem muita sucata e plástico. As informações são do portal g1.
A TV Globo apurou que o dono da serralheria havia feito fogo para dar comida aos cachorros dele. Ele acredita que alguma faísca tenha dado início às chamas, embora a causa ainda não tenha sido confirmada pelas autoridades.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo atingiu materiais recicláveis. Além do carro danificado pelas chamas, havia outro veículo estacionado, que foi retirado do local sem danos aparentes.
O fogo começou por volta das 14h15. Quatro viaturas do Corpo de Bombeiros foram enviadas ao local. O primeiro caminhão a chegar estava sem água. Por isso, foi preciso esperar cerca de 20 minutos para que chegasse um segundo veículo da corporação militar para começar a apagar as chamas.
Às 15h, os bombeiros disseram que o incêndio estava controlado, mas a equipe continuou no local para trabalhar no rescaldo e resfriamento do fogo.
O vereador e presidente da Câmara do Recife, Romerinho Jatobá, acompanhou o prefeito João Campos em uma série de compromissos no interior de Pernambuco. Na quinta-feira (18), Romerinho esteve ao lado de João Campos e do prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino, no Festival de Inverno de Garanhuns, um dos maiores eventos culturais do nosso Estado.
Já na última sexta-feira (19), os três visitaram importantes obras na cidade, como o Hospital de Amor — referência nacional na prevenção e diagnóstico de câncer —, o terreno onde será construído um COMPAZ, inspirado no modelo do Recife, e o futuro Museu do FIG, que reunirá a história do festival. A agenda foi encerrada na prefeitura de Garanhuns, com a assinatura de um termo de cooperação técnica entre as cidades do Recife e Garanhuns, promovendo a troca de informações e tecnologias que beneficiarão diretamente a população, com ações como o Conecta Recife.
Ontem, Romerinho Jatobá esteve em Petrolândia, onde prestigiou a cerimônia de entrega do título de cidadão petrolandense ao prefeito João Campos, em reconhecimento ao trabalho do gestor. Encerrando a agenda hoje, Romerinho acompanhou João Campos na 55ª edição da Missa do Vaqueiro de Serrita, celebração que homenageia o vaqueiro Raimundo Jacó.
Em um ato que desafia diretamente uma ordem judicial, o prefeito de Serrita, Aleudo Benedito (MDB), subiu ao palco durante o show da cantora Joelma e realizou um discurso para o público presente. A atitude representa um aparente descumprimento de uma decisão liminar que o proibia de usar eventos municipais para promoção pessoal, sob pena de multa diária de R$ 50.000.
A determinação, expedida na última sexta-feira (18), pela juíza Gabriela Mantovani Espíndola Pessôa, da Vara Única de Serrita, foi clara ao impor uma série de restrições ao gestor durante a “Festa do Jacó” e a “55ª Missa do Vaqueiro”. A medida foi concedida em uma ação popular que apontava o uso da estrutura do evento, custeado com verbas públicas, como palanque político. As informações são do Blog do Francisco Brito.
A ordem judicial visava proteger o princípio da impessoalidade na administração pública, impedindo que o prefeito utilizasse a visibilidade dos festejos para se promover. Entre as proibições expressas na liminar, estavam:
• Abster-se de subir ao palco ou participar de cerimônias que caracterizassem promoção pessoal; • Não permitir discursos de cunho político-eleitoral ou de exaltação pessoal; • Não utilizar a estrutura do evento para qualquer forma de promoção pessoal, direta ou indireta.
A decisão foi fundamentada no artigo 37 da Constituição Federal, que proíbe o uso de nomes, símbolos ou imagens que configurem promoção pessoal de autoridades em publicidade de atos e campanhas de órgãos públicos. A juíza considerou que havia “fundado receio de reiteração e agravamento das condutas”, especialmente pela proximidade do período eleitoral.
Ao subir no palco ao lado de uma atração de renome nacional e se dirigir à multidão, o prefeito contrariou frontalmente os itens da decisão. A conduta se enquadra tanto na proibição de estar no palco para promoção quanto na vedação de discursos de exaltação pessoal, transformando um momento de entretenimento público em um ato de visibilidade política.
O ministro pernambucano Jorge Messias, advogado-geral da União, não tem exposição frequente na mídia, mas quando expõe a sua sapiência em dosagens homeopáticas impressiona. Tem brilho, sabe o que diz. Neste momento de conflito do Brasil com os Estados Unidos, a sua caneta tem sido extremamente importante para o Governo se posicionar além do território nacional, como este artigo no NY Times (abaixo).
Pelas redes sociais, sua inteligência é perceptível também em vídeos extremamente criativos, como o que está linkado (abaixo) nesta postagem. Jorge consegue ser leve e didático, explorando conteúdo cultural de afirmação brasileira. Ao mesmo tempo, apresenta um Lula firme, popular, sem polarizar, onde se mostra mais sábio. Parece até coisa do além, como se Duda Mendonça tivesse psicografado, pois lembra o Lulinha Paz e Amor.
Confira também o artigo na íntegra, em livre tradução, publicado em 14 de julho no jornal The New York Times:
“Tarifa generalizada imposta ao Brasil é injustificável
Em 9 de julho, o presidente dos Estados Unidos anunciou unilateralmente uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras — uma medida sem precedentes na história moderna das relações entre nossos países. A justificativa apresentada pelo presidente Trump — supostas práticas comerciais desleais por parte do Brasil, alegados ataques à liberdade de expressão e a persecução de um ex-presidente — exige uma resposta cuidadosa, baseada em princípios, e uma firme defesa de nossa ordem jurídica, de nossa soberania e da integridade de nossas instituições.
Brasil e Estados Unidos mantêm, há muito tempo, uma relação madura, diversa e estratégica. No ano passado, celebramos 200 anos de laços diplomáticos, desde que o presidente James Monroe recebeu José Silvestre Rebello em Washington como o primeiro enviado do recém-independente Império do Brasil. Nossa parceria resistiu a conflitos globais, crises econômicas e transições políticas por causa de valores que compartilhamos: democracia, respeito ao Estado de Direito e um compromisso geral com a cooperação internacional pacífica. Esses princípios não são meras abstrações. São os alicerces sobre os quais nossas sociedades se constroem e exigem vigilância constante e respeito mútuo — especialmente em tempos de discordância.
A alegação do sr. Trump de que os Estados Unidos sofrem com uma relação comercial injusta e não recíproca com o Brasil é desmentida pelos fatos. De acordo com dados do próprio governo dos EUA, somente em 2024 o superávit comercial americano com o Brasil chegou a US$ 7,4 bilhões. Quando se incluem os serviços, segundo cálculos do governo brasileiro com base em dados americanos, esse número sobe para US$ 28,6 bilhões — o que faz do Brasil o terceiro maior contribuinte para o superávit comercial global dos EUA quando se somam bens e serviços. Nos últimos 15 anos, os Estados Unidos acumularam superávits recorrentes e significativos com o Brasil, totalizando US$ 410 bilhões.
A imposição de uma tarifa geral de 50% não é apenas desproporcional, mas também contrária às regras do comércio justo. Medidas assim minam a segurança jurídica para empresas e investidores, desorganizam cadeias produtivas globais e violam o espírito de cooperação que tem marcado nossa relação. No Brasil, respondemos a esse tipo de desafio com respeito à lei, às normas internacionais e ao nosso mandato constitucional de defender o interesse nacional — inclusive, se necessário, por meio de medidas recíprocas.
O sr. Trump afirmou que as tarifas estão relacionadas aos processos judiciais em curso contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de envolvimento em uma tentativa de golpe — algo que Trump chamou de “caça às bruxas”. Como ministro da Justiça, devo enfatizar que o governo brasileiro rejeita categoricamente qualquer tentativa de interferência externa em nossos processos judiciais. Os processos em andamento contra indivíduos acusados de tentar subverter nossa democracia em 8 de janeiro de 2023 são de competência exclusiva do Judiciário independente do Brasil. Nenhum governo estrangeiro tem o direito de ditar ou questionar a aplicação da Justiça em nosso país. A defesa da legalidade e da autonomia de nossas instituições são pilares inegociáveis de nossa democracia.
Outras alegações feitas pelo sr. Trump na semana passada, a respeito de censura a empresas de tecnologia americanas e ataques à liberdade de expressão no Brasil, também não têm fundamento. No Brasil, o direito à liberdade de expressão é protegido, mas não deve ser confundido com o direito de incitar violência, cometer fraudes ou minar o Estado de Direito — limitações amplamente reconhecidas nas sociedades democráticas. No mês passado, nosso Supremo Tribunal Federal reconheceu que, sob certas circunstâncias, plataformas digitais podem ser responsabilizadas por conteúdos de terceiros que violem nossa legislação, como pornografia infantil ou outros conteúdos ilícitos, inclusive incitação a atos antidemocráticos ou discurso de ódio. Todas as empresas, nacionais e estrangeiras, que operam no Brasil estão sujeitas às nossas leis — da mesma forma que empresas brasileiras cumprem as normas dos EUA quando atuam em território americano.
Estamos diante de um momento crítico. Sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo brasileiro continua comprometido com uma relação construtiva e pragmática com os Estados Unidos, baseada no respeito à soberania, à legalidade e ao Estado de Direito. Nossas divergências devem ser enfrentadas por meio do diálogo, da negociação e do respeito mútuo — não por ameaças ou medidas punitivas.
Nossos países já superaram desafios maiores no passado. A força de nossa parceria está na capacidade de enfrentarmos divergências mantendo os princípios que nos unem. O Brasil continuará a defender sua soberania, a integridade de seu sistema jurídico e os interesses de seu povo — ao mesmo tempo em que busca aprofundar a cooperação com os Estados Unidos em prol da paz e da prosperidade globais.
O mundo está observando. Que escolhamos o engajamento em vez da escalada, a parceria em vez da provocação e nossos valores duradouros em vez da arbitrariedade.”
Cerca de 77 mil toneladas de frutas brasileiras que aguardam exportação para os Estados Unidos correm risco de estragar ou de serem comercializadas abaixo do preço de mercado por causa da tarifa de 50% imposta pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Anunciada por Trump, a medida entra em vigor em 1º de agosto e já levou à suspensão de embarques de frutas, pescados, grãos e carnes. As informações são da Globonews.
No setor de frutas, o impacto é expressivo. Um levantamento da GloboNews aponta os volumes em risco:
36,8 mil toneladas de manga
18,8 mil toneladas de frutas processadas, principalmente açaí
13,8 mil toneladas de uva
7,6 mil toneladas de outras frutas
De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), cerca de 2,5 mil contêineres estão preparados para exportação, à espera de uma solução diplomática. A quantidade é suficiente para abastecer, por um ano inteiro, a população de grandes capitais como Salvador (BA), Manaus (AM) e Recife (PE).
Se convertida em suco, essa quantidade equivaleria a 38,5 milhões de litros, o bastante para servir um copo a mais de 192 milhões de pessoas. Os números dimensionam o impacto da disputa comercial, que atinge em cheio produtores e exportadores do país.
A crise impacta diretamente os produtores do Vale do São Francisco, que lidera o cultivo no Brasil. Caso o impasse persista, os efeitos negativos devem se alastrar pelas próximas safras, com potencial para reduzir investimentos, provocar demissões e afetar toda a cadeia logística da fruticultura nacional.
Entre os produtos mais afetados está a manga, principal fruta in natura exportada pelo Brasil para o mercado norte-americano. O cenário é o mais delicado porque a janela de embarques — que vai de agosto a outubro — coincide justamente com o início da aplicação da nova sobretaxa.
Guilherme Coelho, presidente da Abrafrutas, afirma que as alternativas para o setor são limitadas. “Não podemos colocar essa manga no Brasil, porque vai colapsar o mercado. Então, urge uma definição, urge o bom senso, urge a flexibilidade, urge um pensamento global, um pensamento geral, para que não tenhamos que deixar manga no pé, com desemprego em massa”, diz.
“Agora nós estamos bastante inseguros. Porque, infelizmente, a essa altura não podemos pegar essa manga e jogar na Europa. O preço vai desabar, não há logística para isso”, afirma o presidente.
A entidade afirma que o segundo semestre, tradicionalmente responsável pelo maior volume de receitas da fruticultura, pode se transformar em um período de colapso.
Dados da CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos) mostram que o suco de laranja também está em risco. Na safra 2024/2025, a exportação representou 305 mil toneladas de suco enviadas para os Estados Unidos e mais de US$ 1,3 bilhão em receita para o Brasil.
O aumento de 533% na taxação torna inviável a continuidade das vendas ao segundo principal destino do produto. O volume em risco ameaça toda a cadeia produtiva, especialmente agora, no início da nova safra.
O governo federal orientou empresas brasileiras a mobilizarem seus compradores nos EUA e tenta negociar com a administração norte-americana o adiamento da tarifa por pelo menos 90 dias.