As pesquisas influenciam as eleições?  

Por Antonio Lavareda *

No mundo, a resposta prevalecente é afirmativa na maioria dos países. Predomina o entendimento de que sua publicação pode prejudicar de alguma forma a higidez das disputas, ao menos na fase final, nos dias que antecedem as votações. Dois terços das nações que fazem eleições regulares em cinco continentes determinam algum período de blackout , de vedação da divulgação de pesquisas antes das eleições. Enquanto nos EUA, sob o manto da 1ª Emenda, não há qualquer proibição a respeito, na Europa, dos 41 países com processos eleitorais frequentes, apenas 11 não têm interdições, as quais costumam variar entre um e seis dias. No Brasil, a resposta também vai na mesma direção, porque é expressamente proibido divulgar pesquisas no dia do pleito até o fechamento das urnas, conforme a Lei 9504/1997 que visa evitar influências de última hora no comportamento dos eleitores.

Mas, afora o exame do tema através desse enquadramento legal, essa pergunta pode ser respondida a partir de três perspectivas.

O primeiro enfoque é acadêmico. Poucas áreas da ciência política são tão estudadas quanto a de eleições. No meu caso, há décadas me debruço sobre ela. Foi minha principal área de estudos no mestrado em sociologia e no doutoramento em ciência política. A maioria dos livros que escrevi versa sobre eleições.

E o que tenho constatado? Uma porção significativa da literatura destaca os efeitos positivos da divulgação das pesquisas ao promover a transparência da informação, e ao estimular a participação cidadã, aumentando o grau de interesse dos indivíduos e o sentimento de envolvimento com a marcha das eleições.

Ao mesmo tempo, as ciências sociais catalogaram cinco diferentes tipos de impacto direto, alguns deles potencialmente “negativos”, decorrentes da publicação das pesquisas. Porém, como se verá, todos estão associados a diferentes perfis psicológicos dos cidadãos.

         1. Efeito bandwagon. Efeito manada. A tendência de um segmento do público a seguir o líder, a apoiar o vencedor.   

         2. Efeito underdog. A solidariedade ao azarão, combinada com um certo voto de protesto, um sucedâneo do voto em branco ou nulo. Foi isso que provavelmente impulsionou, em 2018, o Cabo Daciolo, permitindo-lhe ultrapassar Marina Silva e Henrique Meirelles.          

        3. Estímulo ao absenteísmo. Por parte de alguns que ao verem seus candidatos ou sem chances ou já sabidamente vitoriosos por largas margens, e sentindo que o resultado já está definido resolvem não ir votar. Sobre isso, um texto clássico de Seymour Sudman (1986) concluiu que havia um declínio entre um e cinco pontos percentuais do voto total em distritos da Costa Oeste norte americana onde as urnas fechavam muito tarde e os eleitores tomavam conhecimento das pesquisas de boca de urna do resto do país. Naqueles casos em que se antevia vitórias claras, quando as estimativas anteriores eram de empate ou muito próximas disso. Polêmicas sobre as projeções nos anos 80 e na eleição de 2000 levaram os principais veículos e os pesquisadores a aderirem desde então a um embargo voluntário da boca de urna até que todas as seções tenham seus trabalhos concluídos.         

         4. Voto estratégico. A informação qualificada proveniente das pesquisas ajuda um contingente de pessoas a redirecionar seu voto para tentar derrotar o candidato pelo qual têm maior rejeição. Exemplo: para um eleitor paulistano “estratégico” de direita a pergunta inescapável é: quem tem mais condições de derrotar Boulos? Conforme já escrevi a respeito, o voto estratégico é próprio de contextos pluripartidários. Atingiu em diferentes momentos 5% dos votantes no Reino Unido, 6% dos canadenses, 9% dos alemães, 7% dos portugueses, e pelo menos 4% dos votantes brasileiros. O que pode fazer uma grande diferença em contextos de competição acirrada. 

         5. Voto randômico. Por fim , o voto errático. No Brasil, 10% dos eleitores já confessaram que mudaram em algum momento suas preferências por motivos mais aleatórios. As pesquisas podem ser um desses fatores.

Como vimos, não há uma resposta conclusiva das ciências sociais, um saldo líquido dos prós e contras do papel desempenhado pelas pesquisas. Se jogam um papel mais positivo ou mais negativo no processo de tomada de decisão dos eleitores.

O segundo enfoque é o dos seus efeitos sobre as campanhas. Qual o impacto que as pesquisas divulgadas têm sob a ótica dos que estão no bunker, no QG do marketing dos candidatos?

David Shaw, um veterano pollster e estrategista, é autor da famosa síntese dos 3Ms para descrever os efeitos das pesquisas sobre as campanhas. Mídia, moral e money. As campanhas veem o seu espaço na imprensa florescer ou murchar ao ritmo dos levantamentos. O ânimo, a moral da equipe, ser jogada para o alto ou para baixo em função dos números divulgados, não importando que seus trackings apresentem resultados diferentes. E as doações, ou mesmo o dinheiro do Fundo Eleitoral, irá fluir ou deixar de fluir ao sabor dos percentuais publicados, que sugerem maiores ou menores chances do candidato ou da candidata. Ou seja, os resultados divulgados produzem o céu e o inferno no interior das campanhas.

Eu vivi isso de muito perto, e por muitos anos, em 91 campanhas majoritárias dentro e fora do país, atuando como estrategista, coordenador das pesquisas, ou coordenador de todo o marketing dos candidatos. A ansiedade despertada pela proximidade dos números é imensa. E a divulgação tem efeitos psicológicos profundos.

Hoje, a maior quantidade de institutos ajuda a diluir um pouco seu impacto. Mas ainda assim é possível supor que seja bastante grande. E não adianta falar em “movimentos nas margens de erro”. O cérebro das pessoas computa o valor nominal, o desempenho na questão estimulada. Pelo que, o eventual desencontro das medições , em razão de suas metodologias, sempre gera perplexidade e insatisfação.

Imaginemos a montanha russa emocional na semana passada em São Paulo. O QG de Marçal foi tomado de euforia na quarta-feira, quando souberam pela Quaest que estavam no segundo lugar, subindo quatro pontos (de 19% para 23%), praticamente empatados com Nunes (que tinha 24%). Euforia que no dia seguinte seria substituída pela depressão, ao saberem pelo Datafolha que continuavam em segundo lugar, porém caindo (de 22% para 19%). E aparecendo distantes oito pontos, portanto fora da margem de erro, de Ricardo Nunes, que surgiu com 27% — o incumbente com o qual Marçal disputa o que tenho chamado “a primária da Direita”.

Emoções também tiveram lugar no QG de Boulos. Na quarta, provavelmente tensos, porque haviam oscilado negativamente na Quaest (de 22% para 21%), e na quinta respirando aliviados com o Datafolha onde o candidato tinha crescido de 23% para 25%.

E quanto mais disputadas as eleições, mais episódios assim se sucederão. É inevitável. O terceiro e último ângulo é o da mídia, da grande imprensa, onde o noticiário das pesquisas termina assumindo a condição de eixo central da cobertura das campanhas. Acompanho de perto há 12 anos. Quando me afastei do dia a dia profissional nas campanhas, tornei-me comentarista regular de eleições. Tendo colunas ou participando de quadros na rádio e na TV.

Nessa dimensão, o que se constata? A imprensa, de uma forma geral, embora não aprofunde essa discussão, procura enfatizar o papel democrático da divulgação dos levantamentos eleitorais. De fato, ela permite o acesso dos cidadãos a informações que sem isso estariam restritas ao grupo de candidatos, chefes partidários e dos seus marqueteiros, consumidores intensivos desses dados.

Nesse sentido, a resposta da mídia tem valência inequívocamente positiva. As pesquisas — ou sua publicização — contribuem no processo informativo das campanhas, não apenas alimentando o discernimento dos analistas, porém, e mais importante, servindo como duplo espelho dos eleitores, que nelas conseguem cotejar, comparar suas inclinações individuais com as opiniões, atitudes e preferências coletivas.

É lógico que juntamente com esse papel de excepcional importância, venha uma grande responsabilidade. Sempre haverá muito por fazer, e creio que a maioria dos grandes veículos tem consciência disso. Alguns criaram editorias específicas ou mantêm um time de jornalistas especializados em pesquisas de opinião. Conscientes de que a pesquisas tem, sim, impacto nas campanhas eleitorais. Conscientes de que elas afetam a competitividade dos concorrentes, subsidiam o processo decisório de muitos eleitores, e influenciam a cobertura dos próprios veículos.

Portanto, todo esforço dos jornalistas e dos institutos de pesquisa será de fundamental importância. É crucial destacar seu caráter momentâneo. Contextualizar os números obtidos. Lembrar das margens de erro. Enfatizar que mudanças sempre poderão ocorrer até a última hora. Porque esses levantamentos medem atitudes, e sempre haverá – como de resto em relação a qualquer objeto — alguma diferença no traslado de atitudes para comportamentos. Ou seja, imprensa e pesquisadores de forma incessante precisam ajudar o público a interpretar corretamente as pesquisas como o que de fato são: ferramentas de análise do cenário eleitoral. Que devem identificar tendências, mas não podem ser encaradas como Oráculos. Não devem ser tomadas como previsões infalíveis do que terá lugar nas urnas.

*Antonio Lavareda é cientista político e sociólogo. É presidente de honra da Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais (Abrapel). Baseado em palestra no Seminário “Pesquisa” do Lide (20/09).

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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu alta médica nesta sexta-feira (20). O ministro estava internado no hospital DF Star, em Brasília, desde segunda-feira (16), com uma inflamação nos pulmões.

De acordo com o STF, o ministro vai se recuperar em casa de uma pneumonia por hipersensibilidade. Por sugestão da médica Ludhmila Hajjar, que assistiu Toffoli durante a internação, o ministro deverá ficar afastado do trabalho pelo período de duas semanas para garantir a plena recuperação.

A internação de Dias Toffoli ocorreu em meio às queimadas dos últimos dias, que deixaram Brasília, onde o ministro mora, coberta pela fumaça do fogo que consumiu parte do Parque Nacional. O período de estiagem na capital federal já dura mais de 140 dias.

O fogo começou no domingo (15) e já foi controlado. A Polícia Federal e o governo do Distrito Federal investigam o caso.

Da Agência Brasil

O prefeito Jogli Uchôa, que disputa a reeleição, assumiu, nesta quinta-feira (19), o compromisso de construir um hospital em Araçoiaba se conseguir o seu segundo mandato à frente da gestão municipal. 

A decisão de Jogli de incluir a construção de um hospital no seu programa de governo veio após o prefeito promover uma ampla escuta popular. “Nós vamos construir um hospital novo em nosso município. E nós temos moral, responsabilidade e credibilidade para assumir esse compromisso junto ao povo de Araçoiaba, porque já construímos uma escola, campos de futebol society. Temos condições de ir buscar recursos no governo estadual e no governo federal”, destacou Jogli Uchôa.

Após o confronto entre policiais e estudantes na desocupação do campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que acabou com a prisão de universitários e do deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), entrou em contato com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), para “garantir as prerrogativas legais” do parlamentar.

O movimento do presidente do Senado ocorreu após ele ser procurado pela deputada federal Erika Hilton (Psol-MG), correligionária de Braga. A informação foi confirmada ao Valor pela assessoria de Pacheco, que também falou com os advogados do deputado preso.

Os policiais entraram no campus da Uerj no Maracanã após decisão da Justiça que determinou a reintegração de posse com a desocupação dos prédios da universidade. Agentes do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) entraram no espaço e utilizaram bombas de efeito moral. No local, estudantes estão acampados desde de julho protestando contra o corte de benefícios para bolsistas.

Segundo o portal G1, a operação começou às 13h20 e houve confronto. Testemunhas afirmaram que estudantes jogaram pedras e pedaços de madeira contra os policiais, que revidaram as agressões.

Ainda segundo o portal, a Reitoria da Uerj informou que um policial ficou ferido e foi levado para o hospital. Não houve registro de estudantes feridos. A desocupação foi confirmada pela PM às 15h10.

Em nota, a bancada do Psol na Câmara repudiou “veementemente o ato arbitrário” da Polícia Federal e afirmou que acionará o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) em função da operação contra Glauber.

“Acionaremos o Supremo Tribunal Federal, tendo em vista a violação da imunidade parlamentar do deputado Glauber Braga; o Superior Tribunal de Justiça, tendo em vista os desmandos do governador Cláudio Castro; e o Ministério da Educação, cobrando medidas enérgicas para que não se repitam os episódios de truculência vistos na data de hoje”, disse o Psol em nota.

Do Valor Econômico

O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) aprovou, nesta sexta-feira, 20 de setembro, as contas do prefeito Roberto Asfora referentes ao exercício de 2022, confirmando a regularidade da gestão financeira em Brejo da Madre de Deus. 

Roberto aponta que a decisão do TCE-PE reforça o compromisso da administração municipal com a transparência e a correta aplicação dos recursos públicos. O prefeito destaca ainda que o resultado reflete o trabalho dedicado da equipe administrativa em conduzir o município com responsabilidade fiscal. “A aprovação das contas pelo TCE é uma prova de que estamos no caminho certo, sempre priorizando o bem-estar da população e o uso consciente dos recursos públicos”, afirmou.

Por Letícia Lins*

Dizia o saudoso Milton Santos que, um dia, a cultura da periferia iria predominar, e o funk e o brega funk estão aí para provar a profecia do grande geógrafo e pensador. No Recife, o brega já virou até patrimônio imaterial da cidade. E o Prefeito João Campos, candidato à reeleição pelo PSB e favorito em todas as pesquisas de intenção de voto, sabe como ninguém tirar proveito disso. Seja fazendo o passinho em algum morro da cidade, usando óculos no estilo dos artistas do gênero ou mesmo descolorindo os cabelos, “nevando”, como fez no carnaval.

Na quinta, ele se encontrou com integrantes do movimento Brega do Recife. Durante a reunião, realizada no bairro popular de Afogados, o líder da Frente Popular “reafirmou seu compromisso em valorizar o segmento, além de reforçar que o investimento na periferia da cidade foi e será uma prioridade em sua gestão”,  segundo sua assessoria. Ainda durante o encontro, destacou o sentimento de gratidão pela relação com o movimento.

“Eu tive a alegria de contar com uma turma que acreditou em mim, lá atrás, há quatro anos. E me comprometi a não esquecer e reconhecer quem esteve ao nosso lado naquele momento, quando  também assumimos alguns compromissos e pudemos realizá-los ao longo desse tempo. Contem comigo mais uma vez”, disse. Candidato a vice-prefeito, Victor Marques (PCdoB), destacou:

“Antigamente, a gente ouvia o brega em todo canto da cidade, mas não ouvia o brega nos eventos da Prefeitura. E  a gente tinha a obrigação de fazer o reconhecimento, porque o que vocês fazem pelo Recife é representar parte da cultura da cidade, é representar a periferia do Recife e a capacidade de transformar a vida das pessoas. Então para mim é uma honra estar aqui hoje e vocês terão mais um soldado que vai lutar pela causa de vocês”

No seu primeiro ano de gestão, em 2021, o prefeito João Campos sancionou a lei que institui o Movimento Brega como Patrimônio Cultural Imaterial do Recife, para valorizar essa expressão artística, incentivando artistas, dançarinos, empresários e toda a cadeia produtiva que atua direta ou indiretamente no ciclo cultural e econômico do movimento Brega. Nas edições do Carnaval de 2023 e 2024, o segmento ganhou maior visibilidade, com espaço no principal palco da maior festa da cidade.  Participaram do evento MC Elvis, Anderson Neiff, Valquíria Santana, MC Tróia, Michele Melo, Shevchenko, Capitão Pitomba, VT Kebradeira, integrantes da Banda Sentimentos, entre outros. Na festa da virada 2025, o segmento também está presente.

A cultura é democrática e há espaço para todos e para todos os gostos: clássico, popular, frevo, ciranda, maracatu, manguebeat, brega, brega funk…  Tanto é assim que há muitos representantes do brega na festa gigante da virada, no Réveillon 2024-2025. Mas valorizar o brega não dá direito aos agentes públicos de deixar de lado as manifestações populares e tradicionais. Por que, então, nem que fosse na abertura de cada noite, a festa de Réveillon não tem na programação um pastoril, um reisado, um fandango, um cavalo marinho? Seria uma boa dar visibilidade à cultura popular tradicional. Ou ela não é tão importante para os gestores da cidade?

Com a palavra, as Secretarias de Cultura e a de Turismo e Lazer do Recife. Ah, um lembrete. A festa, que foi privatizada, já deu início à pré-venda de ingressos, com preços a partir de R$ 330. O cliente terá direito a serviços exclusivos, como lounge, open bar, banheiros, área em frente ao palco.Muita gente quer saber qual a empresa que vai explorar a parte lucrativa do show…

*Jornalista do Oxe Recife

Se o leitor não conseguiu acompanhar o tributo do Sextou à cantora e compositora Rita Lee, não se preocupe. Clique aqui e confira! O programa, ancorado por este blogueiro e exibido pela Rede Nordeste de Rádio, contou com a participação da jornalista fluminense Chris Fuscaldo.

Durante a noite da última quinta-feira (19), a candidata à Prefeitura do Recife, Dani Portela (PSOL/Rede) e a sua vice Alice Gabino (Rede) participaram do evento Negras e Negros com Dani, na Casa Marielle Franco, no Derby. A psolista começou falando sobre a sua chapa ser formada por duas mulheres negras. “Somos duas mulheres negras trazendo propostas e fazendo política de forma coletiva. Cada uma das nossas propostas foram construídas com muitas mãos, ouvindo as pessoas de cada território do Recife e dos movimentos sociais. Porque a nossa chapa é feminina, feminista e antiracista.”, enfatizou a candidata.

Dani Portela (PSOL/Rede) falou também sobre a maioria da população do Recife ser composta por mulheres negras, 57%, de acordo com dados do Censo 2022. Ela destacou que o município é a 2ª capital mais desigual do Brasil. “A maioria das pessoas em situação de vulnerabilidade e pobreza nesta cidade, são pessoas negras, em especial mulheres negras chefes de família. Eu não estou nessa caminhada apenas por mim, mas por todas e todos que fazem parte da maioria minorizada no Recife: mulheres, população negra, juventude, LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência e mais. Eu não quero que os nossos filhos e filhas liderem as piores estatísticas dessa cidade e por isso pretendo mudar a fotografia desse poder que governa a cidade há anos. Não é mais admissível olhar para a foto dos 39 vereadores e ver apenas uma mulher negra nessa imagem”, disse.

No evento, Negras e Negros com Dani, também estiveram presentes lideranças das organizações e dos movimentos de mulhers negras e do movimento negro do Recife, como por exemplo a Rede de Mulheres Negras e da campanha Eu Voto em Negras. A candidata aproveitou o momento para afirmar que, eleita, vai criar a Secretaria Municipal de Igualdade Racial, com equipe e orçamento adequados para uma atuação firme e competente no enfrentamento ao racismo e na promoção da igualdade. 

Além disso, quer recriar o Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI), garantindo sua plena implementação em todas as áreas da gestão municipal e atualizar e implementar o Plano Municipal de Igualdade Racial e transformá-lo em lei. Dani Portela (PSOL/Rede) espera avançar na implementação da lei de cotas nos concursos públicos, fortalecer o GTERER, para avançar na implementação das Leis nº 10.639/03 e 11.645/08, ampliando o investimento na formação de professores e professoras para uma educação antirracista.

Após o candidato a prefeito de Camaragibe, Diego Cabral (Republicanos), afirmar que motoqueiros, supostamente ligados à campanha de Jorge Alexandre (Podemos), foram flagrados durante operação policial distribuindo panfletos com fake News contra o republicano, o ex-prefeito do município nos enviou uma nota desmentindo as acusações.

Confira na íntegra:

A campanha de Jorge Alexandre e Renê vem a público repudiar veementemente as recentes acusações de distribuição irregular de material de campanha e as alegações infundadas lançadas pelo candidato da gestão, Diego Cabral. Na manhã de hoje, tomamos conhecimento através da mídia que dois indivíduos em motocicletas foram flagrados em posse de suposto material falso, com o claro intuito de nos incriminar. Afirmamos, categoricamente, que tais pessoas não têm qualquer vínculo com a nossa campanha.

Estamos atentos e vigilantes diante das tentativas contínuas da atual gestão em nos associar a práticas das quais jamais faríamos uso. Infelizmente, a utilização de artifícios para criar falsas narrativas (factoides políticos) tem sido uma constante da campanha adversária, numa tentativa desesperada de desviar o foco dos reais problemas enfrentados pela população.

Reforçamos nosso compromisso com uma campanha limpa, baseada em propostas e em respeito à democracia. Não nos deixaremos abater por acusações infundadas e seguiremos firmes na defesa de um futuro melhor para Camaragibe.

Atenciosamente,

Equipe de Campanha Jorge Alexandre e Renê

Na manhã desta sexta-feira (20), o candidato à Prefeitura do Recife, Daniel Coelho (PSD), realizou uma visita ao Instituto de Reabilitação Integrada, no bairro da Boa Vista, onde foi recebido por profissionais e pacientes que dependem dos serviços de fisioterapia e terapia ocupacional oferecidos pela instituição. Durante a visita, Daniel ouviu relatos sobre as dificuldades enfrentadas por famílias que aguardam atendimento no sistema público municipal de saúde.

Entre as pessoas que compartilharam suas histórias, Aline Silva de Arruda, mãe de Sofia Vitória, de 9 anos, emocionou os presentes ao relatar a luta por um tratamento adequado para sua filha. Sofia, que necessita de uma terapia global para tratar o quadro de agitação e dificuldades motoras, está há mais de cinco meses na fila de espera do sistema de saúde. 

“Já consegui fechar o diagnóstico da minha filha, mas até agora não tivemos acesso à terapia global que ela tanto precisa. Estamos aguardando há cinco meses, e é muito difícil ver o tempo passar sem que haja uma solução”, desabafou Aline. Além das dificuldades com o tratamento, Aline destacou o problema financeiro, explicando que, sem assistência governamental, enfrenta dificuldades até para pagar as passagens para levar a filha aos poucos atendimentos que consegue.

Daniel, sensibilizado pela história, reafirmou seu compromisso com a saúde pública de Recife e destacou a necessidade urgente de criar centros de atendimento especializado para famílias que enfrentam situações semelhantes. “É inadmissível que tantas famílias precisem esperar meses por um tratamento essencial. Nós vamos trabalhar para criar 4 centros de atendimento especializados em saúde mental e terapias multidisciplinares, para garantir que nenhuma criança ou família fique sem o suporte que precisa”, afirmou o candidato.

O Sextou de logo mais fará uma homenagem à cantora e compositora Rita Lee, que morreu em maio do ano passado. Para este tributo, convidei a jornalista, escritora e compositora fluminense Chris Fuscaldo, autora de vários livros sobre a MPB, entre eles “Discografia Mutante”, um mergulho na história do grupo Mutantes, onde Rita iniciou no Rock.

O Sextou vai ao ar às 18h, pela Rede Nordeste de Rádio, integrada por mais de 48 emissoras em Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM. Se você deseja ouvir pela Internet, clique no link do Frente a Frente acima ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.

Direto da Feira de Caruaru, no Parque 18 de Maio, o candidato Zé Queiroz (PDT) apresentou nesta quinta (19) propostas para a Feira da Sulanca e para o centro comercial de Caruaru. “Vamos criar um Centro Logístico de Distribuição para dar suporte e competitividade à Sulanca e fortalecer o Polo de Confecções de Caruaru”, afirmou. 

Zé Queiroz disse que é preciso abraçar o Parque 18 de Maio com responsabilidade, tornando seu ambiente mais agradável, limpo, estruturado e seguro tanto para quem trabalha quanto para os visitantes. “Não dá para deixar o feirante preocupado com o risco de incêndio, roubo ou sem estrutura necessária para a execução do seu trabalho. E esse cuidado tem que ser para todos, não apenas para uma parte da Feira”, defendeu. 

Queiroz também apontou que é preciso dar vida ao centro comercial de Caruaru, com espaços de alimentação, equipamentos culturais, banheiros públicos de qualidade e outras ações estruturantes. “Vamos garantir uma política de incentivo à construção de edifícios garagem, para aliar mobilidade, conforto e segurança, ampliando assim o acesso da população ao centro da cidade”, explicou.