Após a denúncia feita por Wolney Queiroz (PDT), secretário nacional do Ministério da Previdência Social e filho do candidato à Prefeitura de Caruaru, Zé Queiroz (PDT), de que o atual prefeito e candidato à reeleição, Rodrigo Pinheiro (PSDB), estaria coagindo servidores municipais para pedir votos a seu favor, o blog teve acesso a um áudio polêmico. Nele, o principal coordenador da campanha de Queiroz, Osório Chalegre, que também ocupa cargo executivo no ministério de Wolney, defende a estratégia de Pinheiro como “corretíssima” e minimiza as críticas. Confira na íntegra:
“Enquanto estratégia de campanha, ele está corretíssimo. Até porque numa campanha eleitoral não existe ética. A campanha eleitoral é uma guerra, que também é outro ambiente onde não existe ética. É você estabelecer quais são os argumentos para ganhar aquela guerra, e aí vale tudo, inclusive mentir. Faz parte da estratégia”, disse Chalegre.
“Mentir não é uma estratégia reprovável em termos de campanha eleitoral. A pessoa pode chegar lá e pode contar a mentira, inclusive, eu vi uma semana o atual prefeito dizer que tinha criado a Secretaria da Mulher. Todo mundo sabe que essa secretaria foi criada por Zé Queiroz em 2009, mas, como estratégia de campanha dele, se alguém vai acreditar nessa balela, perfeito, ele chega lá e conta, e as pessoas vão vão receber aquilo ali como se fosse uma verdade. Então não há porque condenar, é uma estratégia de campanha, beleza”, acrescentou.
Voltando ao passado, em 2011, o então deputado estadual Tony Gel utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para denunciar que agentes de trânsito e guardas municipais de Caruaru estariam sendo coagidos a votar em Wolney Queiroz, filho do então prefeito Zé Queiroz, para deputado federal. Tony Gel também afirmou que os agentes que se recusassem a votar em Wolney seriam punidos pelo presidente da Autarquia Municipal de Defesa Social, à época, Coronel Clóvis Cavalieri.

Em 2013, Zé Queiroz foi condenado pela Vara da Fazenda Pública de Caruaru por improbidade administrativa, em uma ação movida pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), com base em uma representação do diretório municipal do partido Democratas (DEM). A legenda acusou o prefeito de ter abusado do poder ao utilizar recursos da prefeitura para realizar publicidade pessoal em 2009.
