Na última quarta-feira (31), o partido Avante, durante convenção, escolheu Edson Gomes para ser candidato a prefeito do município de Ribeirão, bem como liderar a coligação partidária “Renova Ribeirão com Ordem e Progresso”, formada pelos partidos Avante, AGIR e PL.
No mesmo evento o partido AGIR escolheu o Professor Jeremias do Banco para ser candidato a vice-prefeito na chapa. “Estou muito feliz em podermos promover esta grande festa da democracia. A nossa escolha para concorrer como prefeito é fruto dos anseios da nossa população, é uma convocação para conduzirmos Ribeirão ao desenvolvimento e progresso tão sonhados pelo nosso povo”, pontuou Edson.
O Povo Xukuru do Ororubá, que habita a Serra do Ororubá, em Pesqueira, Agreste de Pernambuco, protagoniza uma das mais emblemáticas histórias de resistência indígena do Brasil. Com uma trajetória marcada por lutas territoriais e políticas, o povo Xukuru mantém viva uma herança ancestral que desafia o esquecimento e as estruturas coloniais ainda enraizadas na sociedade.
Nesta terça-feira, 28 de outubro de 2025, o povo volta às ruas em uma grande manifestação contra o racismo e em defesa do direito de existir. O ato também denuncia a crescente onda de desinformação e tentativas de criminalização que atingem a comunidade indígena, reforçando a importância de uma comunicação comprometida com a verdade e o respeito à diversidade étnica.
Mesmo após anos de debate sobre o preconceito e a criminalização do Povo Xukuru do Ororubá, o período que compreendeu a pré-campanha e o processo eleitoral de Pesqueira foi marcado por uma escalada de discursos e iniciativas judiciais que ultrapassaram o campo político, atingindo o cerne da dignidade coletiva e reforçando manifestações de racismo étnico.
Nos últimos meses, essa ofensiva ganhou força por meio da disseminação de notícias falsas e manipulação de fatos. O deputado Coronel Meira e o ex-candidato Delegado Rossine tornaram-se os principais rostos dessa estratégia de desinformação. Rossine, inclusive, teve seus direitos políticos cassados pela Justiça Eleitoral em junho de 2025, após comprovação de abuso de poder econômico e político, com o uso de fake news, deepfakes e ataques pessoais veiculados pela TV Pesqueira e por grupos de WhatsApp.
A tentativa de associar à criminalidade todo o Povo Xukuru, em especial após a apreensão de uma plantação de maconha de dois hectares, dentro de um território que possui 27.555 hectares, revela o caráter político e manipulador dessas narrativas. Os Xukuru possuem acordos formais de cooperação com a Polícia Militar de Pernambuco, o que evidencia seu compromisso com a legalidade e o combate a atividades ilícitas.
A distorção desse episódio não é apenas um ataque ao prefeito, que é cacique do Povo Xukuru, mas a todo um povo. Ela ignora que os Xukuru são responsáveis por grande parte da produção agrícola que abastece Pesqueira e região, com cultivos de banana, feijão e hortaliças baseados em práticas sustentáveis e ancestrais.
O território, homologado após décadas de enfrentamento, é modelo de gestão comunitária e preservação ambiental, reconhecido internacionalmente por instituições como o PNUD, que, em 2023, apoiou a construção de um Protocolo Comunitário Biocultural para fortalecer sua autonomia e governança territorial.
Do ponto de vista jurídico, a criminalização do Povo Xukuru do Ororubá representa uma afronta direta ao devido processo legal e às determinações internacionais. O Brasil foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, em 2018, no caso “Xukuru vs. Brasil”, por falhas na demarcação do território e pela omissão na proteção das lideranças.
A sentença determinou a desintrusão total das terras, reparação financeira e a garantia de não repetição das violações. No entanto, setores políticos e judiciais continuam a perpetuar práticas de perseguição, revelando o descompasso entre as normas internacionais e a realidade das comunidades indígenas.
Neste 28 de outubro, a manifestação do povo Xukuru nas ruas de Pesqueira materializa um grito coletivo que ecoa a memória de Xikão e o compromisso das novas gerações com a justiça e a verdade. Centenas de indígenas e apoiadores marcham denunciando a campanha de ódio e reafirmando o direito à autodeterminação. O movimento transcende a geografia da Serra do Ororubá e se conecta a lutas globais por soberania, cultura e território.
A ofensiva de criminalização não é um fato isolado: é a atualização de uma lógica colonial que tenta transformar lideranças populares em criminosos e a legítima defesa de um povo em “ameaça à ordem”. Mas a história mostra que a força dos Xukuru não se dobra diante da injustiça. Sua organização social, sua identidade e sua resistência se consolidam como exemplos de outra forma de governar, baseada na coletividade, na reciprocidade e na harmonia com a terra.
A luta do povo Xukuru é, antes de tudo, uma luta pela democracia. Apoiar essa luta é defender o direito de um povo existir plenamente em seu território, sem ser alvo de perseguições políticas ou campanhas de ódio. Cabe ao Estado brasileiro cumprir as decisões internacionais, respeitar o devido processo legal e reconhecer que os Xukuru não são apenas parte da história de Pernambuco, mas são protagonistas da construção de um Brasil mais justo, plural e verdadeiramente livre.
A história, que é implacável com os que se sustentam na mentira, há de registrar Coronel Meira e o Delegado Rossine não como líderes, mas como símbolos de uma política que escolheu o ódio em lugar da verdade, e o oportunismo, em lugar da justiça.
Ambos representam a face mais degradada de uma elite acostumada a manipular o medo para manter privilégios e silenciar vozes que emergem do povo. Enquanto os Xukuru constroem pontes entre passado e futuro, resgatando dignidade e soberania, Meira e Rossine se afundam no pântano da desinformação e do autoritarismo, legando às próximas gerações a imagem de quem tentou apagar uma chama ancestral — e falhou. Porque a história não pertence aos que perseguem, mas aos que resistem. E o povo Xukuru resiste.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), é o convidado de hoje do meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o Direto de Brasília. No programa, ele deve comentar suas ideias para o Nordeste e os projetos que têm para o combate à seca na região.
Caiado também deve falar sobre a sua agenda rumo a 2026, o cenário da direita e como posiciona o seu campo político frente às disputas presidenciais, sua estratégia para recrutar apoios, além do papel das pautas de segurança pública e agronegócio.
Nos últimos meses, Caiado tem sinalizado sua candidatura à Presidência em 2026. Ele se posicionou independentemente de Jair Bolsonaro, dizendo que manterá sua postulação mesmo com o ex-presidente na disputa.
O Direto de Brasília vai ao ar das 18h às 19h, com transmissão pelo YouTube da Folha de Pernambuco e do meu blog, e também em cerca de 165 emissoras de rádio no Nordeste. Retransmitem o programa pela Gazeta News (Grupo Collor) em Alagoas; pela Rede Mais Rádios, com 25 emissoras na Paraíba; pela Mais-TV, sob o comando do jornalista Heron Cid; ainda pela Rede ANC, no Ceará, com mais de 50 emissoras; e pela LW TV, de Arcoverde.
Os parceiros neste projeto são: Grupo Ferreira de Santa Cruz do Capibaribe, Autoviação Progresso, Grupo Antonio Ferreira Souza, Água Santa Joana, Faculdade Vale do Pajeú e o grupo Grau Técnico.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (28) proposta que cria uma “licença menstrual” de dois dias para mulheres que enfrentam sintomas severos associados ao ciclo menstrual. O projeto faz parte do pacote de projetos defendidos pela bancada feminina e pautados nesta semana no “esforço concentrado” de votações da Casa.
Outras matérias aprovadas no plenário tratam em especial da saúde feminina e incluem, por exemplo, ações que ampliam o acesso a exames. Os texto seguem agora para a análise do Senado. As informações são da CNN.
Na sessão, o projeto sobre a criação de uma “licença menstrual” passou por mudanças. Inicialmente, o período de afastamento seria de três dias. O texto original foi apresentado pela deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ). Em seu parecer, a deputada Professora Marcivania (PC do B-AP) reduziu o período para dois dias, a cada mês.
“É preciso dizer com clareza que este projeto não é sobre conforto e, muito menos, privilégio. É sobre dor, dor real, dor incapacitante, dor que faz mulheres sangrarem ao ponto de precisarem correr para um pronto-socorro para tomar opioides, receber medicação na veia para suportar o próprio corpo”, disse a relatora no plenário.
Durante a análise, a bancada do Novo questionou os impactos econômicos da medidas e apresentou um pedido de retirada de pauta para tentar barrar a proposta. O requerimento foi rejeitado. “O partido Novo concluiu que a proposta cria um novo direito trabalhista sem contrapartidas regulatórias ou econômicas claras, o que gera ônus para empregadores e insegurança jurídica inicial”, justificou o deputado Luiz Lima (Novo-RJ).
A licença deverá beneficiar mulheres que enfrentam sintomas severos associados ao ciclo menstrual, como enxaqueca, cólicas e fraqueza, que as impeçam de realizar suas atividades de trabalho. Para ter o direito ao afastamento, será necessário apresentar laudo médico.
O texto também detalha que a licença deverá ser garantida para estagiárias e empregadas domésticas. A periodicidade de renovação do laudo deverá ser regulamentada em ato do Poder Executivo.
A sessão desta terça foi presidida pela deputada Jack Rocha (PT-ES), coordenadora da bancada feminina na Casa. Para ela, os projetos aprovados promovem “mais saúde e dignidade para as mulheres brasileiras”.
Veja os demais projetos de lei do pacote aprovado:
PL 5.821/2023: amplia ações de saúde e serviços de mamografia e de exames de triagem para a prevenção e o tratamento de cânceres do colo uterino e de mama;
PL 265/2020 – garante, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), teste de predisposição associada ao risco hereditário de câncer em mulheres;
PL 2112/2024 – estabelece diretrizes, no âmbito do SUS, para a atenção integral à saúde materna e a redução da morbimortalidade materna e cria a uma semana nacional de conscientização;
PL 499/2025 – assegura às mulheres a partir dos 40 anos de idade o direito à realização anual do exame de mamografia para o rastreamento do câncer de mama.
O presidente da Câmara de Vereadores de Arcoverde, Luciano Pacheco, anunciou, há pouco, que o empresário Antônio Carlos, da Tamboril Veículos, e minha Nayla Valença, distinguidos com o título de cidadania arcoverdense, vão receber a honraria numa solenidade conjunta, já marcada para o dia 28 de novembro.
Luciano é autor da proposição de Nayla, enquanto Célia Galindo propôs a de Antônio Carlos, ambas aprovadas por unanimidade. Bióloga, natural de Sertânia, minha Nayla mora em Arcoverde há mais de 15 anos, já atuou na Compesa, Sesc e Prefeitura, prestando relevantes serviços ao município na área social e cultural.
Já Antônio Carlos é paraibano de Camalaú e mora em Arcoverde há mais de 20 anos. Empresário bem-sucedido, Antônio Carlos atua no mercado automobilístico, proprietário da concessionária Chevrolet Tamboril Veículos de Arcoverde, gerando emprego e renda na cidade e em mais três regiões, entre elas o Araripe.
O secretário-executivo do Consórcio Público Intermunicipal do Agreste Pernambuco e Fronteiras (CONIAPE) e pré-candidato a deputado estadual, Raffiê Dellon, foi um dos debatedores do encontro da Liga Acadêmica Democracia e Liberdade, da instituição educacional Associação Caruaruense de Ensino Superior, em Caruaru.
Além de Raffiê, o ex-vereador de Belo Jardim Tallys Bruno também participou do encontro, sob mediação do professor Marco Aurélio. Dellon ressaltou que momentos deste nível engrandecem a democracia. “A defesa da democracia precisa ser uma constante na vida acadêmica e social. Foi um momento ímpar de debate do poder de escolha da nossa gente”, disse.
Em cerimônia bastante prestigiada, ontem, o professor e escritor Roberto Pereira foi empossado na cadeira 35 da Academia Pernambucana de Letras, vaga anteriormente ocupada por Marcos Vilaça, falecido em março deste ano. As informações são do portal Gazeta Pernambucana.
A solenidade, marcada por emoção e simbolismo, contou com a presença da advogada Ilana Vilaça, neta do acadêmico homenageado, e foi aberta por uma vibrante apresentação cultural do grupo de caboclinho “União Sete Flexas”, de Goiana, município onde o novo imortal atuou como secretário de Turismo e Desenvolvimento Cultural.
Em seu discurso de posse, Roberto Pereira homenageou Marcos Vilaça e reafirmou o compromisso com a preservação da cultura como base da identidade nacional. Fez referência a nomes fundamentais da literatura lusófona, como Fernando Pessoa, Gilberto Freyre, João Cabral de Melo Neto e Joaquim Cardoso. A acadêmica Margarida Cantarelli, responsável pela saudação oficial, foi enfática: “Quem é filho de Nilo Pereira, já é de casa”, em alusão ao pai do empossado e à sua notável trajetória como homem de cultura e das letras.
Mais do que uma recepção a um novo integrante, a cerimônia reafirma o papel essencial da Academia Pernambucana de Letras como guardiã da cultura literária de Pernambuco e da língua portuguesa. Fundada em 26 de janeiro de 1901 pelo escritor Carneiro Vilela e outros dezenove intelectuais, a APL é uma das mais antigas instituições literárias do Brasil. Ao longo de seus mais de 120 anos, consolidou-se como um verdadeiro farol da cultura pernambucana e da língua portuguesa, valorizando a literatura, promovendo a reflexão crítica e defendendo a memória cultural do Estado.
Sediada em um solar do século XIX, tombado como patrimônio histórico e cultural, no bairro das Graças, no Recife, a APL abriga biblioteca, museu, salas de exposição e ambientes que preservam o legado intelectual de seus membros. Mais que um espaço simbólico, é uma instituição viva, dinâmica e comprometida com o diálogo entre tradição e contemporaneidade.
A Academia desenvolve concursos, premiações, publicações e eventos que revelam novos talentos, homenageiam nomes consagrados e mantêm viva a chama da criação literária em Pernambuco. É um centro de referência não apenas regional, mas também nacional e lusófono, conectando escritores, leitores e estudiosos da língua portuguesa.
A posse de Roberto Pereira reforça essa missão institucional. Sua trajetória como gestor público, especialmente nas áreas da educação e da cultura, somada à sua atuação intelectual, contribui para a renovação crítica e consistente do quadro acadêmico. Em sua nova condição de imortal, ele se une a uma linhagem de pensadores que não apenas celebram as letras, mas as colocam a serviço da sociedade.
Ao acolher mais um membro, a Academia Pernambucana de Letras reafirma seu papel como uma das instituições culturais mais relevantes do país. Em um tempo de mudanças velozes e desafios simbólicos, a APL permanece como âncora, ponte e farol, comprometida com a permanência da palavra, a força da memória e o futuro da língua portuguesa.
A convite do delegado José Belém, ex-secretário de Segurança Pública de Pernambuco e ex-presidente da Associação dos Delegados do Estado, o ex-delegado e atual líder político Romero Leal participou de um produtivo almoço na capital pernambucana, reunindo diversos delegados e representantes das Polícias Civil e Militar do estado.
O encontro teve como objetivo discutir as demandas e os desafios enfrentados pelas forças de segurança, além de fortalecer o diálogo com profissionais que atuam diariamente na defesa da população pernambucana. Demonstrando seu compromisso com o estado, Romero Leal destacou a importância de manter esse contato constante com os colegas de profissão e reafirmou seu empenho em contribuir para o avanço das instituições policiais.
“Sabendo do nosso compromisso com Pernambuco, o Dr. José Belém nos convidou para dialogar e levantar demandas dessa importante categoria da qual fiz e faço parte, mesmo que já não mais na ativa. Foi uma agenda bastante produtiva, onde tivemos a oportunidade de reencontrar delegados da velha guarda e também conversar com novos integrantes das Polícias Civil e Militar, compartilhando experiências e visões sobre o futuro da segurança no estado”, afirmou Romero.
Durante a conversa, Romero destacou os avanços já alcançados pela gestão da governadora Raquel Lyra na área da segurança pública, reconhecendo os esforços para fortalecer as estruturas e valorizar os profissionais. No entanto, ele reforçou que o trabalho deve continuar firme, buscando melhorias que contemplem todas as forças de segurança.
“Muito já foi feito pela governadora Raquel Lyra, mas precisamos seguir avançando, com ações que garantam mais estrutura, valorização e reconhecimento aos nossos policiais civis e militares. Só assim construiremos um Pernambuco mais seguro e forte para o nosso povo”, ressaltou. O encontro também foi marcado pela presença de grandes amigos e colegas de profissão, como Nilson Mota, Cleide Lyra, Roberto Brutos, Nonato, Adalberto, Araupã, Salatiel e João Arraes, entre outros.
Ao final, Romero agradeceu a José Belém pela cordialidade e reforçou que seguirá à disposição para futuros encontros com a categoria, sempre com o propósito de dialogar, ouvir e buscar soluções que contribuam para o fortalecimento da Polícia Civil e Militar de Pernambuco. “Seguiremos de portas abertas para o diálogo, com o mesmo compromisso de sempre: trabalhar por um estado mais justo, seguro e melhor para todos os pernambucanos”, concluiu.
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgará, amanhã, se o Congresso foi omisso ao não regulamentar o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), previsto na Constituição de 1988. Com resistência no Congresso, a taxação de super-ricos é uma das bandeiras do governo Lula. As informações são da Coluna do Estadão.
A ação foi movida pelo PSOL em 2019. O Congresso, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediram que a Corte rejeite o processo. Até o momento, só há um voto no julgamento, o do ministro aposentado Marco Aurélio Mello, antigo relator do caso. “Passados 31 anos da previsão constitucional, que venha o imposto”, disse o magistrado em 2021. O processo tramita no gabinete do ministro André Mendonça.
Em 2019, o PSOL acionou o Supremo e afirmou que o Congresso havia se omitido ao não regulamentar o Imposto sobre Grandes Fortunas, o único imposto ordinário previsto na Constituição ainda não implementado. “Mais de três décadas após a promulgação da vigente Constituição, esse dispositivo constitucional permanece letra morta, por falta de lei complementar votada pelo Congresso Nacional”, afirmou o partido na oportunidade.
A Câmara negou qualquer omissão e afirmou ao STF que há um projeto de lei sobre o caso pronto para ser votado em plenário. Em 2020, a PGR afirmou que o Supremo afrontaria a separação entre os Poderes se aceitasse o pedido do PSOL.
A nova minuta do Ministério dos Transportes representa um dos maiores retrocessos na história da formação de condutores no Brasil. O texto, elaborado sem qualquer diálogo com os Detrans, os Centros de Formação de Condutores (CFCs) e os profissionais instrutores, ignora 28 anos de avanços e coloca em risco a segurança de milhões de brasileiros.
O ministro Renan Filho conduz o processo de forma autoritária e com evidente viés eleitoral. A mais de 90 dias, o governo federal transformou a discussão em uma campanha publicitária, prometendo reduzir em até 80% o custo da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O discurso é populista: todos queremos baratear, modernizar e desburocratizar o processo. Mas, para as autoescolas, isso não é possível sem mudanças na legislação atual, que ainda impede, por exemplo, a redução da carga horária mínima, o uso de carros automáticos e a oferta de aulas teóricas em formato EAD.
Enquanto ataca o setor de formação, o ministério apresenta uma “solução” perigosa, que ameaça transformar o trânsito brasileiro em uma verdadeira carnificina. A minuta é permeada por interesses privados e lobby de gráficas, clínicas médicas, plataformas de aplicativos e empresas de EAD. Em vez de aperfeiçoar o modelo existente, destrói o que vem sendo aprimorado há quase três décadas e cria um sistema que permite aulas práticas em veículos sem duplo comando de freio e ministradas por instrutores autônomos, fora da estrutura fiscalizada dos CFCs.
O ministro afirma combater “reservas de mercado”, mas se cala diante das verdadeiras: as gráficas credenciadas pelo próprio Ministério dos Transportes, apenas três em todo o país, e o pequeno grupo de clínicas médicas e psicológicas habilitadas para realizar exames. Por que essa seletividade?
Quando o governo diz que uma CNH custa R$ 2.500, omite os próprios custos oficiais: cerca de R$ 300 pela taxa de emissão e R$ 250 por cada exame médico e psicológico, valores cobrados por prestadores credenciados pelo próprio governo. Em alguns detrans a taxa passa de R$1000. O restante corresponde às aulas teóricas e práticas, que são o coração da formação e garantem que o futuro motorista aprenda com segurança e responsabilidade.
Nós, do setor, apresentamos uma proposta técnica que mantém a qualidade, reduz a carga horária e o valor final em até 60%. Mas o governo se recusa a ouvir. O ministro já divulga, em suas redes sociais, o passo a passo do “novo processo”, mesmo antes de concluída a consulta pública, o que evidencia que essa consulta é apenas uma formalidade.
Agora imagine seus filhos ou netos aprendendo a dirigir em carros de locadora, sem duplo comando de freio, ao lado de um instrutor desconhecido, avaliado por estrelinhas em um aplicativo. Ou ainda, aulas de motocicleta em vias públicas sem qualquer identificação de aprendiz. Fiscalizar será impossível.
No Brasil, existem hoje 17 programas de CNH Sociais com milhares de vagas ociosas. Muitos cidadãos não tiram a habilitação nem quando ela é gratuita. O problema não é o preço, e sim a falta de fiscalização e a impunidade, fatores que desestimulam o interesse e enfraquecem a cultura da responsabilidade no trânsito.
Estamos falando de um setor que emprega cerca de 300 mil brasileiros e reúne mais de 15 mil empresas que prestam um serviço essencial à segurança pública. Em vez de fortalecer essa rede, o Ministério dos Transportes tenta destrui-la por vaidade política.
Renan Filho faz campanha antecipada sob o pretexto de “modernização”. O mesmo ministro que sonha voltar ao governo de Alagoas transforma o trânsito em palanque eleitoral. É lamentável que um governo que prega a educação como instrumento de transformação aceite a banalização da educação no trânsito, justamente o espaço onde se salva vidas.
A proposta é tão equivocada que uniu as maiores centrais sindicais do país (CUT, UGT, CTB e Força Sindical), que já realizaram protestos em 17 estados. O ministro Renan está conseguindo algo inédito: colocar empresários e trabalhadores contra o próprio Partido dos Trabalhadores.
Para manter os Detrans em silêncio, a minuta não toca nas provas teóricas e práticas, nem na abertura de concorrência para novas empresas imprimirem CNHs ou realizarem exames médicos. Em outras palavras, os Detrans continuam ganhando, as gráficas continuam ganhando, as clínicas continuam ganhando e agora entram as locadoras, os aplicativos e as empresas de EAD, e por falar em EAD é do mesmo grupo empresarial que obrigou os cfc’s a comprar o SIMULADOR de Direção, por isso o apoio do Vice-presidente.
O trânsito não é palco para populismo. A CNH não é um produto. É uma conquista que envolve responsabilidade, técnica e formação. Reduzir custos à custa da segurança é um preço alto demais para o Brasil pagar.
*Presidente da FENEAUTO e do SindCFC-PE | Coordenador da CPCFC/Fecomércio-PE
Consagrada artista visual brasileira, Valéria Pena-Costa irá assinar a curadoria da próxima exposição da brasiliense Isadora Maia. Agendada para acontecer em novembro, a mostra irá reunir tecidos autorais e uma série de telas, com toda a criação inspirada na Ilha da Madeira.
Em fevereiro, Isadora Maia fez uma imersão em Portugal, em busca de novas referências para sua pesquisa. Percorreu o Funchal e as cidades ao redor, no Arquipélago da Madeira, para conhecer as manifestações culturais da região, especialmente o artesanato, as uvas autóctones, o vinho e as mundialmente conceituadas Rendas da Madeira. A influência dessa viagem irá transpirar nas cores e formas que serão apresentadas na exposição, marcada para acontecer na Hill House – celeiro de arte e design genuinamente brasileiros, e que lança e endossa o trabalho de jovens artistas de Brasília.
Será a primeira vez que Isadora Maia participará de uma mostra no espaço, com o respaldo e a expografia lideradas por Valéria Pena-Costa. Enquanto Pena-Costa pauta sua trajetória criativa no Tempo, Isadora Maia imerge em suas raízes hereditárias, com enfoque especial na ancestralidade indígena e africana. Seu trabalho destaca-se por uma experimentação multidisciplinar, da pintura à moda, da fotografia às performances e instalações.
O povo indígena Pankará Serrote dos Campos, enraizado no Sertão pernambucano, no município de Itacuruba, realiza, neste momento, uma manifestação na PE-422 em protesto contra a ação de uma mineradora no local. Segundo vídeo publicado nas redes sociais pela cacique Lucélia, a mineradora Era Mar Ltda. está tentando explorar uma área com o apoio da CPRH e do Governo do Estado. Confira!
A postagem do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) minimizando o encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump, dos Estados Unidos, teve baixo engajamento – sendo que, a maior parte das reações foi negativa, 62,8%. Monitoramento realizado pela Ativaweb, ontem, nas principais redes sociais, Instagram, Facebook, X e Tik Tok, mostra que o conteúdo de engajamento caiu em relação à média anteriormente registrada em publicações do deputado.
Neste caso, a taxa de engajamento ficou em 0,49%. Índice inferior à média histórica do perfil, que oscilava entre 0,8% e 1,2%. Segundo o diretor da Ativaweb, Alek Maracajá, o conteúdo mostra queda progressiva no engajamento e redução da capacidade de viralização, sinalizando fadiga de discurso e desconexão com o público.
Isso mostra, segundo ele, que o deputado Eduardo Bolsonaro fala basicamente para seu público, não conseguindo nem mais gerar grandes ondas e sensibilizar o eleitorado moderado. “Eduardo Bolsonaro fala hoje apenas para os convertidos. Seu discurso já não mobiliza, apenas ecoa dentro de um corredor ideológico. Enquanto o mundo fala em diplomacia e reaproximação, ele insiste em transformar fatos políticos em guerra cultural”, afirmou Maracajá.