Em encontro com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ontem, o assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, pediu que a embaixada da Argentina em Caracas seja preservada de possíveis ataques de simpatizantes chavistas. Estão asilados no prédio seis opositores ao regime de Maduro.
Segundo interlocutores da área diplomática, essa preocupação foi transmitida ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, pela chanceler argentina, Diana Mondino, e repassada a Amorim. Há fortes rumores sobre uma possível invasão à embaixada e alertas que partiram da própria oposição.
Leia maisA Argentina é o único país que abriga na sua embaixada refugiados políticos, aliados da opositora Maria Corina Machado. Na segunda-feira, Maduro exigiu a retirada imediata de todos os diplomatas das embaixadas de Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.
Parte da comunidade internacional, incluindo o Brasil, pede mais transparência em torno do processo eleitoral que aconteceu no domingo passado, no país vizinho. O Conselho Nacional Eleitoral declarou que o presidente Nicolás Maduro foi eleito para um terceiro mandato, mas a oposição afirma ter provas de que o vencedor foi o diplomata Edmundo González.
Durante o encontro com Maduro, que durou cerca de uma hora, Amorim explicou a posição do Brasil e pediu que fossem logo apresentadas as atas eleitorais, para dissipar dúvidas sobre o resultado da eleiçao. O enviado especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Caracas também se reuniu com González.
Com informações do Jornal O Globo.
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