O Ministério do Esporte fez uma postagem racista nesta sexta-feira (26) ao citar o barco da delegação do Brasil na abertura das Olimpíadas de Paris.
A conta oficial do ministério na rede social X postou a imagem de um chimpanzé dirigindo um barco com a mensagem: “Todo mundo aguardando o nosso barco”, com a bandeira do Brasil fechando a frase. As informações são do G1.
O conteúdo foi retirado do ar logo depois, mas ficou publicado tempo suficiente para que prints circulassem pela web. Com a repercussão negativa, o ministério divulgou uma nota para lamentar a postagem e admitiu que foi racista
“O Ministério do Esporte reconhece e lamenta profundamente o erro cometido ao publicar uma imagem inadequada em nossas redes sociais na data de hoje, antes da cerimônia de abertura das Olimpíadas. A publicação foi imediatamente retirada do ar, devido à sua conotação insensível e ofensiva”, disse a pasta.
O ministério afirmou ainda que a imagem é incompatível com os valores que defende. “Entendemos que a imagem carrega conotações racistas históricas e perpetua estereótipos prejudiciais. O Ministério do Esporte reconhece que essa publicação foi um erro grave e incompatível com os valores que defendemos. Lamentamos profundamente por qualquer ofensa causada e estamos empenhados em garantir que algo semelhante não ocorra novamente”, continuou a nota oficial.
O texto não informa, porém, se o responsável pela postagem foi demitido.
Confira a nota na íntegra
O Ministério do Esporte reconhece e lamenta profundamente o erro cometido ao publicar uma imagem inadequada em nossas redes sociais na data de hoje, antes da cerimônia de abertura das Olimpíadas. A publicação foi imediatamente retirada do ar, devido à sua conotação insensível e ofensiva.
Entendemos que a imagem carrega conotações racistas históricas e perpetua estereótipos prejudiciais. O Ministério do Esporte reconhece que essa publicação foi um erro grave e incompatível com os valores que defendemos. Lamentamos profundamente por qualquer ofensa causada e estamos empenhados em garantir que algo semelhante não ocorra novamente.
Reafirmamos nosso compromisso inabalável no combate ao racismo e a qualquer forma de preconceito. O Ministério está implementando medidas rigorosas para garantir que nossa comunicação institucional seja sempre guiada por princípios de respeito, inclusão e diversidade. Estamos revisando nossos processos internos e oferecendo treinamento contínuo a nossa equipe para garantir que todas as nossas comunicações futuras reflitam nosso compromisso com a justiça social e a igualdade.
Em evento, ontem, no Recife, a governadora Raquel Lyra filiou o grupo de prefeitos que estava no PSDB ao seu novo partido, o PSD. Foi um ato tardio, que deveria ter ocorrido lá atrás, em 10 de março passado, quando a gestora formalizou sua saída da legenda tucana para estar na base do governo Lula (PT), da qual o PSD faz parte.
Raquel se filiou sozinha porque imaginava que iria manter o controle do PSDB, o que, na prática, representaria mais tempo de TV no horário eleitoral da sua campanha em 2026 e, ao mesmo tempo, a fisgada no fundo eleitoral e partidário, que é bem polpudo. Nas duas últimas eleições — a dela para governadora e a municipal — recebeu cerca de R$ 40 milhões do fundo eleitoral.
Mas o presidente do diretório nacional, Marconi Perillo, foi mais esperto do que a governadora. Entregou o comando do partido em Pernambuco ao presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto, que, no seminário do PSB no último fim de semana, formalizou seu rompimento com o governo, anunciando apoio à pré-candidatura de João Campos a governador.
Diante disso, a governadora teve que acolher os prefeitos tucanos ao partido que agora promete juras de amor, no qual enxergou o caminho mais curto para abrir um segundo palanque a Lula nas eleições do próximo ano. A depender do cenário presidencial em 2026, provavelmente este seu projeto não se viabilize, porque há uma tendência natural de o PSD lançar candidato próprio.
Fala-se no governador do Paraná, Ratinho Júnior, que patina nas pesquisas. Também não está afastada a possibilidade de a costura se dar em torno do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas. Este, entretanto, depende da boa vontade do ex-presidente Jair Bolsonaro, que estaria mais propenso a apoiar um nome da família, caso não venha a restaurar seus direitos políticos, o que parece extremamente difícil.
FIDELIDADE BAIXA– Prefeito não tem influência na eleição para governador. Quando derrotou Miguel Arraes em 98, Jarbas Vasconcelos não tinha sequer 30 prefeitos no seu palanque. Na verdade, gestor municipal só transfere votos na eleição proporcional, tanto para deputado federal quanto para estadual. Prefeitos, em geral, com raras exceções, têm uma baixíssima taxa de fidelidade. Dependendo da direção do vento que sopra em direção ao poder, mudam de lado como mudam de roupa.
Patriota de olho no Senado– Um nome que não foi levado a sério ainda na disputa para o Senado, o ex-deputado Gonzaga Patriota (PSB), que teve dez mandatos federais, afirmou, ontem, em entrevista ao Frente a Frente, que já está em pré-campanha para a Casa Alta. “Apesar de não ter chegado ao 11º mandato por poucos votos, nunca deixei de atuar em favor do Estado e de estar presente nos municípios da minha base”, disse, adiantando que abraçou a causa em favor do Canal do Sertão, sonho antigo dos sertanejos.
Tapete vermelho – O prefeito do Recife, João Campos, só assume a presidência nacional do PSB no fim de maio, mas ontem, em Brasília, já foi recebido com tapete vermelho pelo atual presidente Carlos Siqueira. “Será uma honra muito grande passar o bastão para um jovem com uma liderança nacional já tão destacada”, disse Siqueira, que esteve no Recife no último fim de semana participando do congresso estadual da legenda socialista.
Governadores criticados – O ex-presidente do Partido Novo, João Amoêdo, usou o seu perfil no X no domingo passado para criticar os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), por irem ao ato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Av. Paulista. A manifestação pediu anistia aos envolvidos no dia 8 de janeiro. O ex-líder partidário disse que os quatro preferem ser fiéis ao antigo chefe do Executivo do que defender o cumprimento das leis brasileiras.
Bolsonaro no podcast– A presença de Bolsonaro no meu podcast Direto de Brasília, amanhã, tem tudo para alcançar um recorde de audiência. Desde que postei no blog, no final da manhã de ontem, centenas de mensagens foram disparadas pelos bolsonaristas ardorosos. A entrevista vai acontecer três dias após o ex-presidente participar do segundo ato em favor da anistia pelos atos de 8 de janeiro na Avenida Paulista, em São Paulo.
CURTAS
PINÓQUIO– O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, afirmou em vídeo publicado no Instagram do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), mentiu ao criticar o governo Lula. A declaração se deu depois de Castro alegar haver uma falta de contato do governo federal com a administração estadual para lidar com a situação emergencial causada por chuvas intensas em diferentes áreas do Rio.
AFASTADOS– A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, por meio de nota oficial divulgada ontem, o afastamento dos árbitros responsáveis pela condução da partida em campo, bem como da equipe do árbitro de vídeo (VAR), no confronto entre Sport e Palmeiras, realizado no domingo passado, na Ilha do Retiro. A decisão chega após críticas sobre a atuação da arbitragem nas partidas do Brasileirão.
COMENDA– O vereador Gilson Machado Filho, da bancada do PL na Câmara do Recife, me surpreendeu ontem com a inclusão do meu nome, por iniciativa dele, entre os que serão homenageados com a “Comenda Jornalista Graça Araújo”, em reconhecimento ao trabalho por excelência dos profissionais de comunicação do Estado. A entrega está marcada para o dia 8 de maio. A ele, meu muito obrigado. Fiquei ancho da vida!
Perguntar não ofende: Prefeito resolve eleição de governador?
A prefeita de Olinda, Mirella Almeida (PSD), foi empossada nesta segunda-feira (7) como vice-presidente de HUB e Inovação da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), durante reunião da entidade em Brasília. O cargo amplia a presença institucional da cidade em pautas voltadas à modernização e uso de tecnologias na gestão pública, com foco em desenvolvimento urbano, inclusão digital e geração de oportunidades.
Mirella destacou a importância da tecnologia como aliada na melhoria da arrecadação municipal e na criação de empregos e oportunidades para a população. A gestora também ressaltou que, mesmo com apenas três meses de administração, sua equipe tem trabalhado para consolidar Olinda como referência em inovação e políticas públicas. “Estamos lutando diariamente para que a cidade avance cada vez mais e se torne um lugar de oportunidade para todas e todos”, afirmou.
O que era para ser mais um ato político-partidário acabou se tornando um escancarado uso da máquina pública para fins eleitorais. Na noite desta segunda-feira (7), a governadora Raquel Lyra (PSD) protagonizou ao lado do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, e do ministro da Pesca, André de Paula, um evento de filiação de prefeitos ao PSD, no Novotel, no centro do Recife. O evento reuniu 31 gestores municipais que deixaram em debandada o PSDB para se juntar à nova legenda da governadora.
O problema é que o Blog recebeu com exclusividade diversos vídeos que mostram que a estrutura do Governo do Estado foi utilizada para transportar e acomodar autoridades e convidados para o ato. Veículos oficiais, que só deveriam ser utilizados em serviço, foram flagrados circulando e estacionando nas imediações do hotel onde ocorreu o evento. Não se tratava de encontro institucional, tampouco de solenidade pública. Até mesmo um carro oficial da Prefeitura de Gameleira, município da Zona da Mata Sul, também foi registrado no local, evidenciando que o uso da máquina pública não ficou restrito ao Governo de Pernambuco.
Usar carros oficiais para eventos políticos configura possível improbidade administrativa e fere o princípio da impessoalidade na gestão pública. Resta saber se o Ministério Público de Pernambuco tomará providências diante do flagrante, porque não se pode normalizar esse tipo de prática.
A vice-governadora de Pernambuco, Priscila Krause, se filiou ao PSD, na noite desta segunda-feira (7), em ato comandado pela governadora Raquel Lyra (PSD) e com a presença do presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab. O evento está acontecendo no Novo Hotel, no Cais de Santa Rita, no Recife. No encontro, 31 prefeitos que eram do PSDB também se filiaram ao PSD.
Em seu pronunciamento, Priscila Krause exaltou a governadora e declarou que o Governo Raquel Lyra tem um propósito e que a chefe do Poder Executivo “não faz uma eleição pensando na outra”.
“Hoje não é simplesmente um ato de algumas filiações, mas é a realidade que está começando a chegar na vida dos pernambucanos liderados por você, Raquel. Cada ato desse Governo vai desenhando e deixando muito claro para Pernambuco e para o Brasil quem é o nosso time e me refiro a todos os partidos aliados que enxergaram um caminho para que Pernambuco voltasse a ser liderança no Nordeste e nacionalmente”, declarou Priscila.
De acordo com a vice-governadora, muitas pessoas “deixaram de ser invisíveis” a partir do plano de governo da atual administração. Ela citou as 100 mil mães atendidas pelo Programa Mães de Pernambuco e pontuou os investimentos em estradas e águas. “Esse time pensa exatamente como você, Raquel. O que nos une é um propósito. É por isso que você é a governadora das águas, com mais de R$ 6 bilhões em investimento em água e esgoto”, destacou.
Gilberto Kassab
O presidente nacional do PSD também exaltou Raquel Lyra. Ao chegar ao evento, ele conversou com jornalistas e disse que “Raquel é, hoje, é a mulher mais bem posicionada na administração pública brasileira”.
“Em poucos anos de vida pública, ela mostrou a força da mulher e a sua força pessoal. Uma extraordinária prefeita em um município importante, Caruaru, e tem sido uma governadora que está recuperando Pernambuco. Eu fiquei impressionado quando, há alguns meses, vi o relatório do que aconteceu em Pernambuco nos últimos anos e vi o que tem acontecido nos primeiros dois anos da gestão Raquel. Basta comparar, basta observar o que ela está fazendo na recuperação das estradas, na construção de creches, na reforma de escolas, enfim, na melhoria da qualidade de vida das pessoas que moram em Pernambuco”, ressaltou Kassab.
Segundo ele, o PSD quer mostrar que “em Pernambuco tem uma mulher séria, honesta, preocupada em melhorar a vida dos pernambucanos”. “O que o PSD puder fazer para estar ao seu lado, fará. Nós vamos ter aqui em Pernambuco um exemplo para o Brasil, mostrar que no Nordeste tem gestores competentes, capacitados, que podem transformar, com muito trabalho, com uma equipe boa, a qualidade de vida das pessoas”, enfatizou.
Diante da falta de acordo entre o Governo Estadual e os deputados, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta o percentual do orçamento do Estado destinada para as emendas parlamentares de 0,8% para 2,0% ficou sem prazo para ser incluída na pauta da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e ser avaliada pelos parlamentares.
Caberá ao presidente da Casa de Joaquim Nabuco, deputado Álvaro Porto (PSDB), decidir quando a PEC deve ir a votação no Plenário. Autor da proposta, o deputado Alberto Feitosa (PL) afirmou que não há pressa para a realização da votação e que o prazo vai até o fim do ano.
“É uma questão de momento. A PEC está pronta. Temos tempo para achar uma boa oportunidade de ter os 30 votos necessários. Até dezembro poderemos avaliar, então, na política, quem tem tempo não tem pressa”, ressaltou o deputado.
Impasse A PEC foi alvo de discussões ao longo de toda esta segunda-feira (7), quando o Governo do Estado apresentou uma contraproposta que reduzia o aumento percentual da receita corrente líquida destinada para as emendas parlamentares a 1,55%, escalonado até 2031.
Os deputados rejeitaram a proposta e pediram que os parlamentares da base governista apresentassem outra ainda no mesmo dia. Após almoço no Palácio Campo das Princesas que reuniu 26 deputados, a resposta do governo foi de que manteria a proposta, por não poder pagar reajustes acima do valor e prazo estipulados.
O processo de licitação para contratar serviços de coleta e tratamento de lixo em Fernando de Noronha encerrou no último dia 2. O custo do contrato foi estimado em mais de R$ 120 milhões de reais.
Mais uma vez, a licitação comandada pelo Governo Raquel Lyra (PSD) foi parar no Tribunal de Contas do Estado (TCE), sob uma chuva de irregularidades denunciadas.
A vencedora foi a Ambipar Envirnmental Solutions – Soluções Ambientais LTDA, uma multinacional com sede em São Paulo. A empresa sequer tem licença ambiental para prestar o serviço para o qual foi contratada – e confessa isso em documento que consta no processo da licitação. O edital do Pregão determina essa licença como item obrigatório para participar da concorrência.
O Pregão foi para “contratação de empresa de engenharia especializada em limpeza urbana, manutenção de áreas verdes, coleta, triagem, tratamento, transporte e destinação ou disposição final de resíduos sólidos e líquidos e operação da unidade de tratamento de resíduos sólidos”.
O valor da licitação estava previsto em R$ 120.905.293,23, mas a Ambipar ganhou com a proposta de R$ 64.772.575,88. A questão é que alguns dos custos imprescindíveis para o serviço estão zerados no orçamento apresentado pela empresa. Além disso, o percentual de ISS está errado – se fosse calculado o ISS correto, a proposta da Ambipar ficaria em valor superior ao segundo colocado.
ESCANDALOSO
Todas as irregularidades são claras, mas foram solenemente ignoradas. O absurdo é tão grande, que a Ambipar deixou de apresentar um orçamento na proposta, o que deveria ser razão para desclassificação. Posteriormente, após todos os prazos vencidos, o documento foi incluído. Só que esse orçamento extemporâneo está apresentado em timbrado da Administração da Ilha. E não tem assinatura de ninguém da empresa.
Pior: o último registro de alteração na planilha está em nome de uma servidora da Secretaria de Administração (SAD).
Contestação
Com tantas irregularidades, evidentemente uma empresa concorrente contestou o resultado da licitação. A Secretaria de Administração analisou e julgou o recurso improcedente no mesmo dia, 2 de abril. E ainda nesse dia, homologou o resultado da licitação e já assinou o contrato com a Ambipar. Uma velocidade impressionante, muito superior a outros atos do governo (que o diga os deputados, que até hoje esperam a execução das emendas parlamentares de 2024; ou os alunos, que ainda esperam receber a farda de 2025).
Manteve contato com licitante e admitiu juntada de documentos fora do sistema indicado no edital; concedeu, indevidamente, o prazo de apresentação de proposta e documentos de habilitação superior ao previsto no edital; deixou de inabilitar licitante que não apresentou proposta e os documentos de habilitação nos termos exigidos; admitiu documentos de habilitação referentes à empresas diversas da empresa licitante; deixou de desclassificar o licitante que apresentou proposta inexequível e que contém vícios insanáveis; admitiu a juntada extemporânea, em sede de contrarrazões ao recurso administrativo, de documentos exigidos no edital.
As irregularidades da empresa:
Apresentou proposta e documentos fora do prazo previsto; não apresentou planilha de composição de custos; não demonstrou a exequibilidade da proposta; apresentou proposta contendo vícios insanáveis; afirmou que irá subcontratar a totalidade da execução dos serviços, através de empresas parceiras e/ou “do mesmo grupo”; não atendeu à requisitos de habilitação fiscal e de qualificação técnica-operacional.
Questionada se ficou surpresa com a atitude do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto (PSDB), que conquistou o comando do partido tucano no Estado e já afirmou publicamente que o PSDB não está mais na base do Governo, a governadora Raquel Lyra (PSD) evitou falar do assunto, na noite desta segunda-feira (7).
Ela foi perguntada sobre o tema pela imprensa antes do evento de filiação dos prefeitos que saíram do PSDB e hoje entrarão no PSD, em ato no Novo Hotel, no Cais de Santa Rita, no Recife. Ao todo, são 31 prefeitos ex-tucanos e agora membros do PSD. “Pelo partido que ele (Álvaro Porto) ocupa, agora, deve falar ele mesmo. Não vou fazer comentários sobre isso”, declarou Raquel Lyra.
Sobre o trabalho de oposição que tem sido feito na Alepe, a governadora respondeu fazendo um balanço de sua gestão. “A minha reação é trabalho. Chegamos aqui para fazer a mudança, construindo o Programa Pernambuco na Estrada. São mais de 1.100 quilômetros de estradas requalificadas, 100 mil mães beneficiadas através do Programa Mães de Pernambuco, com R$ 300 reais de auxílio para cada uma delas, que são de extrema pobreza. Nossas creches já começaram a ser construídas. Serão 250, pelo menos, em Pernambuco como um todo. Estamos trabalhando fortemente na superação da pobreza”, afirmou a governadora.
A chefe do Poder Executivo também disse que Pernambuco foi o Estado que mais cresceu no Nordeste. “Só perdemos, na verdade, para o Ceará o ano passado. No último quadrimestre foi 6,2% de crescimento do nosso PIB, mais do que o dobro da média nacional. Geramos emprego, chegamos a ser o segundo Estado do Nordeste a mais gerar emprego de carteira assinada do ano passado. Transformamos o ambiente de negócio para que o empreendedor tenha segurança, estabilidade para abrir o seu negócio aqui, para crescer, então a gente tem trabalhado muito para superar o momento em que Pernambuco esteve, absolutamente estagnado, paralisado e andando para trás”, destacou Raquel Lyra.
As pesquisas eleitorais divulgadas na última semana pelos institutos Quaest e Datafolha mostraram um resultado semelhante obtido pelo presidente Lula (PT), mas com nuances diferentes: os dois relatórios apontaram que a reprovação do petista está superior à aprovação, mas no resultado da Folha de São Paulo esse índice negativo diminuiu em relação ao questionário anterior, enquanto no levantamento encomendado pela Genial Investimentos o número subiu vertiginosamente.
Na pesquisa Datafolha, Lula somou 38% de reprovação — três por cento a menos que a última pesquisa do instituto, realizada em fevereiro. Já a aprovação foi de 29%, uma alta de cinco pontos. A distância entre a aprovação e a reprovação ficou em 9 pontos percentuais.
Na Quaest, a reprovação de Lula bateu recorde e chegou a 56%, uma alta de 7 pontos em relação à pesquisa anterior, feita no mês de janeiro. Já a aprovação caiu seis pontos, e se fixou em 41 por cento. A distância entre os dois índices, portanto, é de 15 pontos.
Para o cientista político Antônio Lavareda, as pesquisas foram realizadas em momentos diferentes, o que explicaria os resultados divergentes. Segundo ele, o intervalo de tempo existente entre um levantamento e outro pode interferir na interpretação dos números.
“A Quaest não havia realizado pesquisa em fevereiro, realizou apenas em meados de janeiro. Depois fez uma pesquisa em 30 de março, olhou os dois momentos e concluiu que havia uma queda na avaliação do governo. Não levou em conta que entre janeiro e março havia fevereiro”, avaliou o especialista durante entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, nesta segunda-feira (7).
Fazendo uma analogia a uma avaliação médica, Lavareda explicou que esse intervalo mais amplo observado no histórico da pesquisa Genial/Quaest poderia resultar num “diagnóstico equivocado”.
“O próprio jornal Folha de São Paulo atenuou o resultado da medição e falou numa ‘leve melhora’, mas está errado. O movimento foi vigoroso. O ‘ótimo e bom’ foi de 24 para 29. O ‘ruim e péssimo’ era 41 e recuou para 38. O saldo [de diferença entre os índices] sai de 17 para 9, é um movimento combinado de oito pontos. Em qualquer governo, isso seria comemorado. Provavelmente o governo Lula deve ter comemorado”, apontou o cientista político.
Entre os fatores que poderiam ter colaborado para essa melhora na avaliação do governo apontada pelo Datafolha, estaria a redução no número de notícias negativas sobre as ações do governo, aliada a medidas governamentais anunciadas pela gestão do petista, como o projeto de isenção do Imposto de Renda para contribuintes que recebem até R$ 5 mil, o crédito consignado para empregados celetistas, e a melhora na articulação política com o Congresso vista na viagem para o Japão e para o Vietnã.
Por outro lado, a inflação dos alimentos ainda é muito presente, o que pode ter elevado o índice de reprovação. Contudo, o cientista político entende que esse é um tema sobre o qual “o governo pouco pode fazer” — embora tenha anunciado medidas tarifárias com o objetivo de tentar baratear alguns itens da alimentação.
“O noticiário está mostrando que o preço do chocolate da Páscoa tá bem superior ao que foi no ano passado. O preço do cacau subiu 200%. Tem alguma coisa a ver com o governo? Não. E sim com uma crise na Costa do Marfim, outro produtor de cacau importante no mundo. E esses preços de gêneros alimentícios, inclusive, como de outras commodities, são preços internacionais, globalizados”, apontou.
“Em suma, governo Lula reagindo do final de março para início de abril, e o que temos é essa recuperação. Se ela vai continuar ou não, não podemos saber”, completou Lavareda.
“Lula não está morto” O cientista político também apontou que Lula, enquanto presidente em exercício, teria as chamadas “vantagens do incumbente”, fatores que, em tese, ajudam um candidato que está em mandato a conquistar uma eleição.
“A taxa de reeleição no mundo é muito elevada. No Brasil, nós sabemos que a taxa de reeleição também é elevada. Dos três presidentes que tentaram a reeleição, só Bolsonaro não conseguiu, e chegou muito perto. Então é verdade, Lula não está morto e a mesma pesquisa Datafolha mostra que Lula lidera no primeiro turno e no segundo turno”, aponto o especialista.
Lavareda completou afirmando não achar adequada a presença de Jair Bolsonaro nas pesquisas eleitorais como candidato à presidência da República em 2026, uma vez que está inelegível.
Segundo ele, a inclusão do nome de Jair entre os possíveis candidatos nesses questionários pode influenciar o resultado das intenções de voto, ainda que existam cenários em que ele não é considerado entre as opções.
“Você supor que Bolsonaro pode escapar de condenação na Justiça no processo da suposta trama golpista já é implausível. E depois disso, a inelegibilidade decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral, aí já é a raia do absurdo. A possibilidade de ocorrer isso é praticamente nenhuma. Então, não é adequado, no meu entendimento, você colocar alternativas irreais para os respondentes de uma pesquisa de opinião pública, no caso uma pesquisa eleitoral”, opinou.
A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, foi eleita vice-presidente de Políticas de Gênero da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) nesta segunda-feira (7), durante cerimônia em Brasília que marcou a posse da nova diretoria da entidade. A FNP, presidida agora pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, reúne todas as capitais brasileiras e municípios com mais de 80 mil habitantes.
Márcia afirmou que pretende usar a nova função como instrumento para fortalecer o municipalismo e ampliar a participação feminina na política. “Assumo a missão de contribuir com a valorização, o respeito e a inclusão em todo o Brasil”, declarou. Em fevereiro deste ano, ela já havia sido eleita secretária da Mulher da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe).
“Seguimos juntos, construindo um futuro mais justo para todas e todos. Levo comigo a experiência de Serra Talhada e a certeza de que é possível transformar vidas com políticas públicas sérias, humanas e comprometidas com a transformação social”, concluiu.
A governadora Raquel Lyra (PSD) enfatizou que o PSD se tornou o maior partido de Pernambuco, com a filiação de 31 prefeitos, nesta segunda-feira (7). Todos os gestores eram do PSDB e se desfiliaram em massa depois que o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto, assumiu o comando da legenda tucana no Estado.
“Chegamos ao partido (PSD) que já tinha 25 prefeitos eleitos. Agora, são mais 31 filiados, tornando-se, então, o maior partido do Estado de Pernambuco”, destacou Raquel. A governadora comanda, neste momento, o ato de filiação dessas lideranças à sigla, ao lado do presidente nacional do PSD, Gilbetto Kassab.
Raquel também frisou que além dos 31 prefeitos que entram, hoje, no PSD, há mais de 30 vice-prefeitos. A vice-governadora, Priscila Krause, era do Cidadania, mas se filiou ao PSD este ano, quando Raquel Lyra resolveu deixar o ninho tucano para integrar o PSD.
Após Álvaro Porto assumir a presidência do PSDB em Pernambuco, Priscila Krause deixou o partido e também ingressa nesta segunda ao PSD. Raquel Lyra ressaltou o quanto foi bem recebida no PSD.
“É um partido que vem se fortalecendo e garantindo que a gente possa ter um time unido em direção à mudança que a gente vem fazendo no nosso Estado. Eu sempre digo que ninguém faz nada sozinho. Fui muito bem recebida no PSD pelo presidente Kassab, pelo ministro André de Paula, que abriu as portas do PSD para que a gente pudesse construir uma formação cada vez mais forte e um movimento político que chegou a Pernambuco e que tem a cada recanto dessa estrada mostrando a que veio”, declarou a governadora.
A Câmara dos Deputados inaugura nesta terça-feira (8), às 15h30, a Galeria de Presidentes do Comitê de Imprensa da Casa, em homenagem ao Dia do Jornalista, celebrado em 7 de abril. A iniciativa é do primeiro-secretário, Carlos Veras (PT-PE). Estou entre os homenageados. Fui eleito para a presidência do Comitê em 1996, exercendo o mandato no biênio 1997 e 1999, durante o primeiro mandato de Michel Temer na presidência da Câmara.
Também integram a galeria nomes como José Maria Trindade, da Jovem Pan, e Weyler Diniz, que atuava pela TV Manchete.