A ofensiva do PSDB para convencer Aécio Neves a disputar o governo Minas

Caciques do PSDB passaram a tentar convencer o deputado federal Aécio Neves a concorrer ao governo de Minas Gerais em 2026.

O principal argumento é que esse seria o melhor caminho para Aécio realizar o sonho que ainda mantém vivo de concorrer novamente à Presidência. A leitura dos tucanos é de que ele poderia voltar a ser competitivo quando a polarização política arrefecer.

Para isso, porém, membros do PSDB têm insistido que ele volte a passar mais tempo em Minas Gerais, onde fica sua base.

Aécio tem recebido os apelos em silêncio e, por ora, não dá sinais de que vá topar a empreitada. O deputado foi eleito governador de Minas em 2002 e reeleito em 2006. Em 2010, elegeu-se senador e, em 2014, ficou em segundo lugar na disputa pela Presidência com Dilma Rousseff, com 48% dos votos.

Da Coluna de Bela Megale para o Jornal O Globo.

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A reforma do Terminal Integrado (TI) de Igarassu, no Grande Recife, foi concluída após mais de 10 anos de atraso. O espaço faz parte do Corredor Norte-Sul — que conecta as cidades de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda e Recife por BRT — e deveria ter sido entregue antes da Copa do Mundo de 2014, mas isso aconteceu apenas nesta sexta-feira (11).

O TI Igarassu começa a operar na área reformada a partir do sábado (12). Por causa da obra, os passageiros estavam utilizando uma área provisória ao lado do novo terminal. Diariamente, 40 mil passageiros passam pelo TI Igarassu, que opera com 11 linhas e uma frota de 85 ônibus. As informações são do g1 Pernambuco.

Confira as linhas e novas paradas do TI Igarassu:

  • Parada 1: 1904 – TI Igarassu / Nova Cruz;
  • Parada 2: 1969 – TI Igarassu / Itapissuma;
  • Parada 3: 1905 – TI Abreu e Lima / TI Igarassu;
  • Parada 4: 1903 – TI Igarassu / Araçoiaba;
  • Parada 5: 1908 – TI Igarassu / Botafogo;
  • Parada 6: 1918 – TI Igarassu (Circular);
  • Parada 7: 1964 – TI Igarassu / TI Macaxeira;
  • Parada 8: Plataforma reserva;
  • Parada 9: 1963 – TI PE-15 / TI Igarassu (Sítio Histórico);
  • Parada 10: 1968 – Ilha de Itamaracá / TI Igarassu;
  • Parada 11: 1946 – TI Igarassu (BR-101);
  • Parada 12: 1967 – TI Igarassu (Sítio Histórico).

Em entrevista ao vivo no Bom Dia Pernambuco, da TV Globo, o secretário executivo de Desenvolvimento Urbano de Pernambuco, Francisco Sena, disse que, com o novo espaço do terminal, o número de linhas e veículos poderão ser expandidos no futuro.

“O equipamento está maior. Essas 11 linhas já estavam operando no terminal provisório e agora vão para um terminal muito mais confortável. Isso vai permitir ao Consórcio Metropolitano que amplie o número de linhas e a frequência de ônibus”, afirmou Francisco Sena.
Ainda segundo o secretário executivo, o terminal reformado conta com banheiros climatizados, fraldário, bicicletário, banco 24 horas e espaço de convivência para os motoristas. A estrutura passa a ser administrada pela empresa Nova Mobi, através de concessão pública.

Jaboatão dos Guararapes - UBS Pet Massangana

Aos poucos, o PSB em Pernambuco vai apresentado seus planos para as eleições de 2026. Sem pré-candidato definido, apesar das especulações em torno do nome do prefeito do Recife, João Campos (PSB), o partido tem posição definida de que disputará o Governo do Estado.

Apesar disso, o partido tem adotado tom comedido sobre as intenções para o pleito estadual.

Em conversa com a imprensa, nesta quinta-feira (10), o deputado federal e líder da bancada do partido na Câmara dos Deputados, Pedro Campos, e o presidente estadual reeleito do PSB, o deputado estadual Sileno Guedes, destacaram o momento atual do partido, que terá processo eleitoral ainda nos próximos meses.

De acordo com as lideranças, o PSB vive um processo de renovação e terá “papel fundamental” em 2026.

Ampliação de bancada federal em 2026 e discussão sobre federação
Pedro e Sileno apontaram que o partido trabalha com a ideia de ampliação da bancada federal em 2026, mas destacaram que o PSB aguarda definições sobre uma eventual federação, diretriz aprovada pela executiva nacional.

Ampliação de bancada federal em 2026 e discussão sobre federação
Pedro e Sileno apontaram que o partido trabalha com a ideia de ampliação da bancada federal em 2026, mas destacaram que o PSB aguarda definições sobre uma eventual federação, diretriz aprovada pela executiva nacional.

Saída de prefeitos e papel da oposição para 2026

Principal partido de oposição à governadora Raquel Lyra (PSD) em Pernambuco, o PSB tem perdido alguns prefeitos para o PSD, partido comandado por Raquel no estado, desde que a chefe do Executivo estadual rumou para a sigla.

No entanto, o movimento tem sido tratado como natural pelo PSB. As lideranças do partido afirmam que tem sido observado um “movimento” por parte de Raquel e da gestão estadual, de atrair prefeitos. Sileno Guedes destacou que os prefeitos tem um papel a cumprir e a “responsabilidade de governar”.

“Os prefeitos tem um papel e a responsabilidade de governar. Quem tem que fazer oposição são os partidos políticos e os parlamentares que foram colocados pelo pelo eleitor da oposição”, lembrou.

O tema foi complementado por Pedro, que destacouas missões individuais e as responsabilidades de cada agente político, incluindo a governadora.

“O que cada um tem a missão de fazer é hoje o que eu me preocupo em fazer, de cuidar do meu mandato de de deputado federal e fazer o que eu tenho que fazer como deputado federal. Silenotem que cuidar do mandato dele de deputado estadual, e da presidência do partido. João tem que cuidar da prefeitura do Recife, ele foi eleito para isso e tem uma missão importante que vai ter como presidente nacional do do partido. E a mesma coisa a governadora, que tem que cuidar do Estado”, afirmou.

“Acho que o que realmente impacta a avaliação de uma gestão é a percepção das pessoas e de cada um e como os desafios são grandes, as pessoas conhecem aqueles desafios e percebem quando alguém está enfrentando e está resolvendo e quando alguém não está enfrentando e não está resolvendo”, complementou.

Dulino Sistema de ensino

Após a autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) marcou uma visita ao general Walter Braga Netto para a próxima quinta-feira (17). No mês passado, a Primeira Turma do STF colocou Braga Netto no banco dos réus por envolvimento numa trama golpista para impedir a posse do presidente Lula.

“Os dias de visita são terças, quintas e domingos. O Braga Netto pediu que domingo e terça-feira sejam para a família, de modo que irei na próxima quinta-feira”, disse ao blog Mourão, que ainda está fechando o grupo que deve visitar o general. As informações são do Jornal O Globo.

Braga Netto teve a prisão preventiva decretada em dezembro do ano passado por Moraes, que considerou que o general tentou obstruir a Justiça ao tentar obter acesso à delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

Ele está na 1ª Divisão do Exército, subordinada ao Comando Militar do Leste, que fica na Vila Militar, zona oeste do Rio de Janeiro. Por ser general de quatro estrelas, Braga Netto não está em uma cela propriamente dita, mas um cômodo com armário, geladeira, ar-condicionado, televisão e banheiro exclusivo.

Na última terça-feira, Moraes atendeu aos pedidos de visita capitaneados pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e pelo senador Izalci Lucas (PL-DF), com o apoio de um grupo de 20 parlamentares da oposição – entre eles o próprio Mourão.

Na decisão, Moraes determinou que haja um limite máximo de três visitas individuais por dia e proibiu que os parlamentares utilizem celulares, máquinas fotográficas ou qualquer outro dispositivo eletrônico, bem como os impediu de fazer imagens do interior da unidade prisional, “sob pena de responsabilização”.

Comandante do Exército
Em fevereiro deste ano, Braga Netto recebeu a visita do comandante do Exército, general Tomás Paiva, que fez três perguntas protocolares ao ex-ministro da Defesa e ex-companheiro de chapa de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022.

Tomás Paiva quis saber o quadro de saúde do general, se a família dele estava bem e se Braga Netto precisava de alguma ajuda no campo jurídico.

A visita do comandante, porém, não foi um privilégio. Fez parte de uma agenda regular que o comandante tem com os detentos militares, para verificar suas instalações, as condições de saúde e o acesso a advogados.

No encontro de 15 minutos, Braga Netto disse a Tomás Paiva que estava bem e não pediu nenhum tipo de ajuda, nem demonstrou sinais de abatimento, segundo relatos obtidos pelo blog. Os dois não são nem próximos e nem amigos, muito pelo contrário.

As investigações da Polícia Federal sobre a trama golpista mostraram Braga Netto orientou militares golpistas a promover ataques nas redes contra Paiva e outros generais que ele considerava esquerdistas ou comunistas. Entre os bolsonaristas, Paiva e outros quatro generais eram chamados de “melancias” – verdes por fora, vermelhos por dentro.

Tomás Paiva, porém, não falou disso na visita a Braga Netto. A interlocutores, ele disse que esse era um “não assunto”.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

O STF (Supremo Tribunal Federal) abriu nesta sexta-feira (11) a ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por integrarem o núcleo central da trama golpista de 2022.

Mais cedo nesta sexta, a corte publicou o acórdão da decisão da Primeira Turma pelo recebimento, por unanimidade, da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o primeiro núcleo da acusação.

O julgamento foi concluído em 26 de março. A publicação do acórdão é a formalização da decisão colegiada e dá início ao andamento do processo penal. As informações são da Agência Brasil.

Da mesma forma que a petição por meio da qual tramitava a denúncia contra o grupo, o processo será relatado pelo ministro Alexandre de Moraes.

A decisão do Supremo abre caminho para julgar o mérito da denúncia contra o ex-presidente até o fim do ano, em esforço para agilizar o julgamento e evitar que o caso seja contaminado pelas eleições presidenciais de 2026.

O recebimento da denúncia também impacta a situação política de Bolsonaro, declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2023. Com o avanço no Supremo do processo que pode levá-lo à prisão, aliados do ex-presidente se dividem sobre a antecipação da escolha de um candidato para a corrida eleitoral do próximo ano.

Mas o julgamento do fim de março analisou apenas de a acusação feita pela PGR tinha materialidade e indícios razoáveis de que Bolsonaro liderou esforços para evitar a posse de Lula (PT) em 2022 e os outros denunciados participaram do planejamento.

Além de Bolsonaro, foram tornados réus Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-chefe da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).

Eles são acusados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado.

A partir de agora tem início a fase de instrução do processo contra eles, quando são colhidas mais provas e novos depoimentos, indicados tanto pela acusação quanto pela defesa. Depois, a Primeira Turma da corte decidirá pela condenação ou absolvição.

Ao fim, as partes podem apresentar recursos à decisão. As penas previstas chegam a mais de 40 anos de reclusão.

O ex-presidente acompanhou o primeiro dia de julgamento no STF na primeira fila da sessão, mas não compareceu à corte nesta quarta. Assistiu à distância, no gabinete do filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no Senado.

Ele escreveu em rede social que a Justiça quer tirá-lo da disputa eleitoral em 2026 e que há um “teatro processual”.

Ipojuca - IPTU 2025

Na próxima segunda-feira, a Assembleia Legislativa de Pernambuco promove audiência pública para debater os impactos socioeconômicos da greve dos auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil. A reunião terá início às 10h, no auditório Sérgio Guerra.

A audiência pretende expor para a sociedade os prejuízos decorrentes da paralisação e também buscar soluções para o impasse causado pelo descumprimento do Termo de Compromisso N° 1, de 2024, pelo qual o Governo Federal se comprometia a negociar, via Ministério de Gestão e Inovação, pautas remuneratórias e não remuneratórias com a categoria.

Promovida pela Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo, por solicitação do deputado Abimael Santos, atendendo a pleito do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil – Delegacia de Pernambuco, a audiência deve reunir senadores, deputados estaduais e federais, prefeitos, vereadores, representantes de sindicatos da área fiscal e de outros segmentos correlacionados.

A meta é discutir as consequências da inflexibilidade do governo federal em negociar o reajuste anual e também caminhos para pressionar a Secretaria de Relações do Trabalho a retomar o diálogo.

Serviço:

Audiência Pública: “Greve dos auditores-fiscais da Receita Federal e seus impactos socioeconômicos”

Data: 14 de abril de 2025

Horário: 10h

Local: Auditório Senador Sérgio Guerra, localizado no Edifício Governador Miguel Arraes de Alencar, Rua da União, s/n, Boa Vista

Caruaru - São João na Roça

Em meio a briga interna que se instalou no MDB estadual, onde de um lado está o atual presidente, Raul Henry, e do outro estão o senador Fernando Dueire e o deputado estadual Jarbas Filho, ambos de olho no comando da legenda, surge um personagem inusitado. A filha do ex-senador Jarbas Vasconcelos, a advogada Adriana de Andrade Vasconcelos, que não se envolve em questões políticas, se posicionou ao lado de Raul e contra o irmão.

“Entrei no partido com Raul na presidência e continuarei com ele”, disse Adriana em carta aberta à imprensa, na tarde de hoje. “Acho lamentável o que está acontecendo no nosso partido. Trazer meu pai para essa disputa é não respeitar a sua vontade de não mais querer se envolver em disputas políticas. Ele me declarou de viva voz sua posição de neutralidade”, completou a advogada. Confira abaixo à integra do documento.

Carta aberta

“Não são os cargos que dão liderança. Os cargos têm um mandato certo. As lideranças, quando são lideranças, permanecem no tempo”. – Ulysses Guimarães

Nasci com meu pai já na política como Deputado Estadual. Em 1978, eu tinha apenas seis anos quando o vi disputar o Senado pelo MDB, contra Nilo Coelho e Cid Sampaio, ambos da Arena. Meu pai, apesar de ser o mais votado, foi derrotado pela sublegenda.

Lembro, apesar da pouca idade, de viajar com os meus pais e a minha irmã mais velha pelo interior no nosso estado. Acompanhei praticamente toda a sua vida pública.

Senti na minha casa o medo da ditadura, principalmente quando meu pai ia para tribuna da assembleia citar os nomes dos torturados e dos torturadores. Lembro da minha mãe falando em códigos, no período da ditadura, com Ofélia, esposa do saudoso Paulo Cavalcanti.

Fui pra rua pela redemocratização. Lutamos pelas Diretas Já! Conheci Dr. Ulysses Guimarães, Ibsen Pinheiro, Pedro Simon e muitos outros.

Ainda adolescente, fiz parte da turma que fazia as pesquisas no Centro Teotônio Vilela, sob a liderança da saudosa Cristina Tavares, que, além de referência intelectual e política, foi também uma pioneira ao se eleger deputada federal por Pernambuco, abrindo caminhos para tantas outras mulheres na política.

Conheci todos que faziam parte do MDB autêntico: Egídio Ferreira Lima (tenho orgulho de tê-lo como padrinho), Fernando Lyra, Maurílio Ferreira Lima, Edgar Moury Fernandes, Marcus Cunha. A sede do MDB, que na época funcionava no Derby, era muito bem dirigida por Adilson Gomes e Bezerrinha.

No dia 13 de março de 1985, quando foi inaugurado o escritório político Debate, eu estava lá. Participei ativamente da estratégia da campanha de 1985, idealizada por Téogenes Leitão, quando saíamos todas as noites de porta em porta mostrando o nosso candidato e apresentando as suas propostas.

Na Caravana da Esperança, em 1986, com Dr. Arraes, eu também estava presente. Participei nos bastidores de todas as campanhas eleitorais. Lembro muito do Sr. Raul, pai de Raul Henry, junto com meu pai na luta por votos na zona da mata sul. Lembro do carinho do meu pai por Raul Henry ao longo desses anos. Todos até diziam que ele era o filho mais velho. Querer negar a trajetória de Raul ao lado do meu pai é um grande erro. Com apenas 21 anos de idade ele já era chefe de gabinete do meu pai na Prefeitura do Recife.

Dentre tantas outras lições, com meu pai aprendi que política se faz com diálogo, mas que se deve ter lado e, sobretudo, que campanha se ganha no voto.

Acho lamentável o que está acontecendo no nosso partido. Trazer meu pai para essa disputa é não respeitar a sua vontade de não mais querer se envolver em disputas políticas. Ele me declarou de viva voz sua posição de neutralidade. É importante lembrar que ele se licenciou do cargo de Senador por não mais se sentir em plenas condições de seguir num cargo de tamanha relevância e de não poder se dar por inteiro à estatura do cargo. “Não consigo fazer nada pela metade”, dizia ele, às vésperas de renunciar.

Nos últimos anos, Raul tem mostrado competência da condução do partido. E continua sendo o mais preparado para seguir no seu comando. Entrei no partido com Raul na presidência e continuarei com ele. E juntos estaremos unidos com um único objetivo: fortalecer o partido e lutar para que o MDB esteja no protagonismo que sempre ostentou.

Já faço parte da comissão provisória do MDB/Recife e, agora, entrarei também no diretório estadual, ao lado de Raul e de tantos outros, como Paulo Roberto e Iza Arruda.

Aliás, ao citar Iza, que faz um brilhante primeiro mandato federal, aproveito para destacar a necessidade de um protagonismo feminino na política, que representa um avanço essencial para a consolidação da democracia e para a promoção de uma sociedade mais justa e plural. À medida que mais mulheres ocupam espaços de poder e decisão, elas contribuem com perspectivas diversas, promovem políticas públicas mais inclusivas e desafiam estruturas historicamente dominadas por homens.

Ainda que a representatividade feminina esteja em constante crescimento em todas as esferas da sociedade, persistem desafios estruturais e culturais que precisam ser enfrentados para garantir igualdade de oportunidades e valorização efetiva da participação feminina na construção do futuro do país.

Nesse contexto, é fundamental que continuemos fortalecendo espaços que incentivem e acolham a presença feminina na política, reconhecendo a capacidade, a sensibilidade e o compromisso das mulheres com a transformação social. Com coragem e responsabilidade, sigo somando esforços nessa caminhada, movida também pelo propósito de honrar e defender o legado do meu pai, que dedicou mais de 50 anos à vida pública com integridade, respeito e dedicação ao bem comum. É com esse mesmo espírito que me coloco à disposição para seguir contribuindo com a construção de um futuro mais justo, inclusivo e comprometido com os verdadeiros valores da política.

Recife – PE, 11 de abril de 2025.

Adriana de Andrade Vasconcelos – advogada

Camaragibe Cidade do Trabalho

O ex-prefeito Zé Queiroz (PDT) voltou à UPA do Vassoural, fechada há um ano e quatro meses pela gestão Rodrigo Pinheiro, e ouviu moradores revoltados com a situação atual do prédio. “Infelizmente, o que encontrei foi abandono, lixo acumulado, ratos, baratas e o mau cheiro tomando conta do local. Uma vergonha!”, criticou.

Zé Queiroz disse ainda que, ao sair da Prefeitura de Caruaru, deixou quatro UPAs funcionando. De lá para cá, nenhuma nova UPA foi construída e a do Vassoural permanece fechada há mais de um ano e sem previsão de reabertura. “Isso é um desrespeito com as pessoas que mais precisam de saúde pública de qualidade. O povo merece mais do que promessas. Merece ação”, afirmou.

Durante o período eleitoral, no ano passado, o prefeito Rodrigo Pinheiro esteve no local e prometeu que reabriria a UPA do Vassoural até o final do ano, mas a unidade continua com as portas fechadas e a obra paralisada, causando um grande prejuízo à população que necessita dos serviços médicos.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

FolhaPE

Promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a 1ª Semana Nacional da Saúde reuniu, no Recife, especialistas e familiares de pessoas autistas para debater sobre esse tipo de neurodivergência. No Brasil, há cerca de 4 milhões de pessoas com autismo.

O encontro aconteceu na manhã desta quinta-feira (10), no auditório do segundo andar do Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra. Na pauta, os principais pontos sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A primeira mesa foi formada por volta das 10h, com mediação da juíza Ana Cláudia Brandão de Barros Correia, que também é titular da coluna Direito e Saúde, da Folha de Pernambuco.

“A gente debate o tema para poder melhorar, assegurar o direito dessas pessoas e também garantir a ética nesses tratamentos, assim como a evidência científica que vai, sim, proporcionar o tratamento adequado para essas crianças”, explicou Ana Cláudia.

Ela lembrou a importância de debater o assunto junto a vários atores: profissionais do direito, da saúde, gestores públicos e família. “São atores que trabalham com o tratamento e o acolhimento”, afirmou.

Compondo o grupo de debatedores, o neurologista Daniel Azevedo, que é autista suporte nível 1, tratou sobre o ‘Diagnóstico e evidências científicas dos tratamentos de TEA’.  “Como o autismo não tem aparência, o diagnóstico acaba sendo muito complicado e difícil, e a pessoa tem que ficar em observação. Os pontos mais importantes são a comunicação, interação social e padrões”, frisou ele.

As ‘Políticas públicas para o público neurodivergente’ foram pauta do painel, apresentado pelo procurador do Recife Gustavo Andrade e pela secretária Executiva de Regulação Média e Alta Complexidade do Recife, Anna Renata Lemos. ‘Plano terapêutico para o TEA’ foi discutido pela doutora neuropediatra Rafaela Vasconcelos Viana.

Cláudia Monteiro, esposa de Eduardo de Queiroz Monteiro, presidente do Grupo EQM e fundador da Folha de Pernambuco, compareceu ao evento. Avó atípica, ela entende a necessidade de eventos como este, que, acontecendo em todo o Brasil, afirmam a relevância dos olhares do Judiciário para esse público.

“Vejo com grande importância essa iniciativa do CNJ e TJPE da Semana Nacional da Saúde. Trazer o Judiciário para perto da população, promovendo atenção básica à saúde, através de serviços essenciais e palestras esclarecedoras como a condição do TEA é a verdadeira inclusão”, destacou Cláudia Monteiro.

“É de suma importância essa iniciativa de inclusão, por meio dessa parceria do TJPE e do CNJ, em prol da dignidade da pessoa humana. Inclusive do tratamento e de toda a atenção básica à saúde”, argumentou também a advogada Luzia Valois.

2º momento

Quem mediou a segunda mesa debatedora foi a presidente da Associação dos Amigos da Justiça de Pernambuco (AAJUPE), Sandra Paes Barreto. “É um assunto atual, mas que existe há muito tempo e tem pessoas com maior vulnerabilidade que não têm acesso a este tipo de palestra de conhecimento. Então, tem mãe de autista lá do Conselho da Imbiribeira. É de muita valia, porque [as pessoas] terão conhecimentos que podem até tornar um pouco mais leve o tratamento com a criança autista. Eu fico muito feliz em estar fazendo parte dessa história da Semana da Saúde”, explicou Sandra.

Também foi apresentado o tema ‘Tecnologia Assistiva em prol da vida diária das pessoas no espectro do autismo’, com a advogada Cândida Andrade. “O apelo que eu faço é que a Justiça entenda, como já tem entendido, que [o autismo] não é questão de saúde, mas de educação e adaptação dos espaços”, frisou Cândida, durante o discurso.

Outros temas debatidos pela mesa foram ‘Afinal, quem cuida de quem cuida? A jornada de cuidado das mães de crianças neurodivergentes e o adoecimento mental’, com Sâmia Lacerda, da Rede Mira – Mulheres e Identidades Restauradas por Apoio; ‘TEA e Comunicação’, com a fonoaudióloga Adriana Carli; ‘O apoio familiar na rotina do autista’, com a psicóloga clínica Pollyana Pontual. O último assunto foi ’TEA e saúde bucal’, explanado pela dentista Ana Carolina Maia.

A dona de casa Márcia Silva, de 40 anos, é mãe de Israel Elliabe, de 12 anos. Com autismo, a criança não fala e interage com algumas pessoas. Márcia agradeceu ao TJPE a oportunidade de participar de um evento como esse.

“Está sendo gratificante para a gente, porque todos realmente podem entender um pouco da nossa realidade, que não é fácil. Que possa, a partir daqui, abrirem os olhares para saber o que passamos e do que os nossos filhos precisam, que é de terapia, fonoaudiologia, entre outros”, indicou ela, que é integrante da Rede de Mulheres e Identidades Restauradas por Apoio (Mira).

Toritama - Prefeitura que faz

O município de Serra Talhada foi escolhido como piloto para um projeto inovador de busca ativa de pacientes com Doença de Chagas ainda na fase inicial da enfermidade. A iniciativa será realizada em parceria com a Universidade de Pernambuco (UPE) – campus Serra Talhada, e contará com o apoio da Secretaria Estadual de Saúde, fortalecendo o compromisso da cidade com a saúde pública e o cuidado preventivo.

“Estou muito feliz com a implantação deste projeto no nosso município. Agradeço, em especial, à Dra. Cristina Carrazzone, por liderar essa importante ação e proporcionar a Serra Talhada a oportunidade de ser referência nacional. Também deixo meu agradecimento ao Ministério da Saúde, por meio do ministro Alexandre Padilha, e ao Dr. Mozart Sales, pelo apoio e incentivo à saúde da nossa população”, afirmou a secretária de Saúde, Lisbeth Rosa.

A proposta tem como foco identificar precocemente casos da Doença de Chagas, ampliando o acesso ao diagnóstico e tratamento antes do avanço da enfermidade. O modelo adotado será espelhado em outros municípios brasileiros, com base na experiência desenvolvida em Serra Talhada, tornando-se referência para todo o país por meio do Ministério da Saúde.

Palmares - Pavimentação Zona Rural

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin (PSB), discutiu os desdobramentos das tarifas anunciadas pelo governo americano com o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, por videoconferência, hoje. A conversa aconteceu em meio à escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, com Pequim elevando tarifas sobre os produtos americanos a 125%, diz que não irá além disso e chama de ‘piada’ medidas do presidente Donald Trump.

Segundo a assessoria do Mdic, vice-presidente e o ministro chinês trataram de temas como as alterações tarifárias no cenário internacional da economia. “Convergiram na defesa do multilateralismo e do sistema internacional de comércio baseado em regras, com o fortalecimento da Organização Mundial do Comércio (OMC)”, diz o Ministério. As informações são do portal O Globo.

Além disso, os dois discutiram sobre cooperação econômica e comercial, como a relação comercial bilateral, oportunidades e complementaridades das duas economias. “A China é importante parceiro econômico do Brasil e os dois países mantém diálogo estratégico, com papel de destaque à Cosban, a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, presidida por seus vice-presidentes”, diz nota do Mdic.

Na ocasião, os representantes dos dois governos também discutiram a próxima reunião de ministros de comércio dos BRICS que acontecerá em Brasília no mês de maio. Na quinta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse que ainda é cedo para fazer uma avaliação criteriosa sobre os desdobramentos econômicos das recentes medidas anunciadas pelos Estados Unidos.

“Como as coisas mudam a cada 24 horas, não há uma diretriz clara, e as pessoas estão com muita insegurança com o que está acontecendo com o governo dos EUA. Então não é possível fazer uma avaliação criteriosa, qualquer coisa que eu falar aqui pode ser desmentida amanhã a depender dos desdobramentos”, afirmou o ministro.

Por Aldo Paes Barreto*

No final dos anos 1950, o gaúcho Plínio Pacheco, então funcionário civil da Aeronáutica e diagramador do Jornal do Commercio, teve duas avassaladoras paixões: uma pela jovem Diva Mendonça, com quem casaria e outra pela encenação pública do Drama da Paixão, realizado na vila de Fazenda Nova, distrito de Brejo da Madre de Deus, território da família de Diva. Naquela época o arruado era apenas casario simples, reduto dos Mendonça. Anualmente, na Sexta-feira Santa, a família se reunia e celebrava a céu aberto a peça sacra, teatralizada e adaptada pelo líder Epaminondas.

Plínio trouxe novas ideias, pensava alto e acreditava tornar aquela encenação mais conhecida na região, trazendo gente de outras cidades para assistir ao drama. Fazenda Nova, apesar do chão pedregoso, duro, da vegetação rasteira, já atraia visitantes, inclusive do Recife, por conta do clima ameno, do frio seco. Luís Dias, então dono do restaurante Leite, construiu um hotel e deu-lhe o nada modesto nome de Grande Hotel Fazenda Nova. Era ali que os mais endinheirados se reuniam para jogar pôquer, conversar amenidades, gozando do clima do lugar.

A teatralização crescia e aparecia. Plínio convidara um grupo de halterofilista para integrar o elenco personificando os centuriões romanos. Os rapazes recifenses, entre eles José Pimentel, aderiram. Divertiam-se e namoravam as Marias do lugar.  Nos primeiros anos, uma tragédia quase afastava o grupo. Um deles, da família Porto Carrero, morreu em desastre na precária estrada que ligava Caruaru à Fazenda Nova. Foi Pimentel quem convenceu o grupo a continuar até como homenagem ao colega falecido.

A morte do jovem também serviria para o governo estadual construir o calçamento da estrada. Fazenda Nova atraia as atenções. Quando Plínio idealizou construir a Nova Jerusalém no meio do nada, uma cidade-teatro, cercada por muralhas, torres, e tudo o que na sua imaginação fazia lembrar a cidade original, Pimentel foi indispensável. Integrou-se cada vez mais ao projeto. Figurante, ator, entendia de eletricidade, de efeitos especiais, sonorização.

Na edição de 1978, ele chegou ao personagem principal. Jesus Cristo. Pela primeira vez iria encerar o espetáculo vivendo a comovente cena do crucificado na ascensão.  Vestiu o manto branco, subiu à plataforma de madeira que o elevaria do chão, através de roldanas e cabos de aço. Lentamente, o personagem Jesus Cristo ia sendo iluminado, enquanto tênue fumaça se espalhava, transmitindo a imagem da elevação. O manto criava vida tremulando sob os ventos suaves da vila, parecendo que Cristo pairava no ar. Aquela cena era memorável e, naquele ano, esteve perto da perfeição.

Nos primeiros minutos da elevação aconteceu o imprevisto: Pimentel, meu parceiro no jornalismo e colega de infortúnio, também deslocava o ombro. Era como um prego enferrujado enfiado no ombro. A dor insuportável. Pimentel sentiu o ombro fora do lugar e a dor incontida. Com os braços e o corpo atados à cruz, estava imobilizado. Olhou para o ombro e podia-se ver sua fisionomia sofrida como na tortura do calvário.

Ao suspirar profundamente sentiu que o ombro voltava ao lugar. A dor fora embora e ele sentiu uma paz imensa, o corpo repousado, um bem-estar como nunca havia sentido. Do alto, já no ponto extremo da elevação teatral, ele podia ver toda a plateia, o cenário, os muros, as torres. Estava no seu mundo. O teatro. Lembrou a cena inicial- o Sermão da Montanha – e pensou nas lições não aprendidas: “Bem-aventurados os sedentos de Justiça, porque eles serão saciados”.

*Jornalista

O diretor da Rosatom América Latina, Ivan Dybov, destacou, durante evento recente, realizado em Salvador (BA), as novas tecnologias no campo dos Reatores Modulares de Pequeno Porte (SMRs) que podem resolver o problema de déficit de energia em regiões isoladas – como na Amazônia, por exemplo. Dybov participou de um dos principais encontros de negócios no Brasil – o International Brazil Energy Meeting iBEM 2025.

O evento reuniu cerca de 3.000 participantes de 26 países, que discutiram questões-chave de fornecimento de energia, desenvolvimento sustentável e implementação de tecnologias inovadoras. Segundo o representante da Rosatom (gigante nuclear russa) os SMR são uma das maiores promessas do setor nuclear. “Consistem em soluções voltadas para o fornecimento ininterrupto de energia limpa para territórios remotos. A tecnologia está pronta para satisfazer a crescente demanda por energia confiável em áreas críticas, como data centers, onde a estabilidade e a segurança são vitais’’, enfatizou o diretor.