Coluna da quarta-feira

Raquel num baile de fome

O ex-governador Joaquim Francisco, de quem fui secretário de Imprensa, regia sua vida pública por uma filosofia criada por um primo bem matutão e grosseiro de Macaparana, que a ele ensinou muitos procedimentos práticos. Para evitar vexames, por exemplo, dizia que não se deve ir a um baile de fome fantasiado de coxinha de galinha, para não ser comido por todos.

Mais uma vez, a governadora Raquel Lyra (PSDB) foi a um baile de fome fantasiada de coxinha de galinha – a entrega, ontem, dos conjuntos habitacionais Vila Brasil I e II, na Zona Sul do Recife. As casas têm o DNA de João Campos, a festa foi preparada por ele para receber o presidente da República e aliado político.

Raquel sabia disso e, certamente, foi para se apropriar da obra alheia. Levou a pior. Como das outras vezes em que Lula esteve no Estado, levou uma estrondosa vaia. Poderia ter evitado o vexame, porque na agenda do presidente havia outro compromisso que dizia respeito exclusivamente ao Estado e não ao Governo Municipal.

A vaia foi tão grande que Lula teve que se levantar e ficar ao lado dela, como se sua presença fosse inibir os inconformados com a gestão grotesca que Raquel empreende no Estado. O Governo dela é uma obra-prima dantesca. Na visita ao Sertão do Pajeú, na semana passada, entregou uma estrada de 9 km viabilizada com emendas de deputados federais.

Isso é surfar em obra alheia. Nos últimos dois meses, a governadora se transferiu de mala e cuia, literalmente, para os rincões do Estado, para anunciar obras nanicas numa tentativa de reverter, do Sertão para o Litoral, os índices de expectativas de poder positivos que tinha antes de assumir e realizar um dos governos mais desastrosos da história de Pernambuco.

Rabo da gata em avaliação entre os 27 governadores, segundo levantamento do Atlas Intel, Raquel acha que, agradando aos cidadãos distantes da Região Metropolitana, onde se concentra quase metade do eleitorado do Estado, com um toque de mágica, vai virar pop star.

Agamenon Magalhães dizia que a ilusão da política é pior do que a do amor.

VEXAME – Se não tivesse ido ao baile de fome fantasiada de coxinha, a governadora não teria, igualmente, de ter passado pelo constrangimento de assistir, de cara feia, o público saudar João Campos, seu provável adversário em 2026, como o “melhor prefeito do Brasil”. Aliados de João, como o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), fizeram questão de mostrar satisfação com o ocorrido. Silvinho replicou a “titularidade” durante a saudação, dizendo que o gestor recifense é um dos melhores prefeitos do País.

A reação de Anderson – Numa conversa, ontem, com este blogueiro, o presidente estadual do PL, Anderson Ferreira, rompeu o silêncio em relação à limpa que a governadora promoveu em sua equipe, demitindo liberais indicados por ele. “Nunca pedimos cargos. Fomos convocados a ajudar Pernambuco e nunca nos negamos a isso. As mudanças são sempre naturais e isso não nos preocupa. Vamos continuar ajudando Pernambuco, mesmo dentro de um ambiente plural no partido”, afirmou.

Decisões só após as eleições – Anderson disse, também, que há um consenso interno de que o PL só fará um debate sobre o futuro em Pernambuco após as eleições municipais. Segundo ele, a sigla é a única que terá candidato nas principais cidades nas próximas eleições, e essa estratégia passa por consolidar o crescimento, mas sobretudo pensando em 2026, onde o liberal não tem dúvidas de que o grupo será protagonista novamente nos cenários nacional e estadual. “Queremos crescer, mas também levar a nossa mensagem a todos os cantos do Estado. Estamos construindo candidaturas competitivas”, assinalou. Acrescentou que o partido hoje tem expressivas lideranças, entre elas Gilson Machado, Mano Medeiros, Izabel Urquiza e Fernando Rodolfo, além de novos nomes que vêm se formando, entre os quais Joel da Harpa, Alessandra Vieira e Lara Cavalcanti e muitos outros. “Somos um partido plural, o que vai fazer com que sejamos cada dia mais fortes”, destacou.

Maternidades – Presente na delegação de Lula, ontem, no Recife, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que está extremamente desgastada por causa da falta de políticas e ações efetivas para controlar o avanço da dengue, anunciou a liberação a construção de duas maternidades em parceria com o Estado, em Ouricuri, no Sertão, e Garanhuns, no Agreste. “Fazem parte do nosso PAC para garantir condições seguras e adequadas e os cuidados que as mulheres devem ter, para reduzir a mortalidade materna”, disse.

Alta do dólar provoca reunião – Depois do bombardeio ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, cujo mandato vence em dezembro, o presidente Lula que fará uma reunião, hoje, com auxiliares, para elaborar uma solução contra as altas do dólar frente ao real nos últimos dias. Ele rejeita a ideia de que as subidas têm relação com as falas dele em entrevistas. “Obviamente, me preocupa essa subida do dólar, é uma especulação. Há um jogo especulativo contra o real no País”, avaliou em entrevista à Rádio Sociedade, em Salvador (BA). “Tenho conversado com as pessoas, temos uma reunião para avaliar isso, que não é normal”, afirmou.

Curtas

REAÇÃO – Questionado sobre possíveis soluções para conter a valorização do dólar, Lula respondeu: “Temos de fazer alguma coisa. Não posso falar, senão estou alertando meus adversários. Mas, se pegar dados da economia, vai perceber que o PIB [Produto Interno Bruto] está crescendo mais do que a previsão do mercado, o desemprego cai mais do que a previsão do mercado, a massa salarial cresce mais do que a previsão do mercado”.

FISCAL – O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, disse ter uma agenda “exclusivamente” fiscal com Lula nesta quarta-feira. “Não sei de onde saiu esse rumor. Aqui na Fazenda, estamos trabalhando uma agenda eminentemente fiscal para apresentar ao presidente propostas para cumprimento do arcabouço 2024, 2025 e 2026”, relatou.

MELHOR QUE O PAI – No discurso que fez no Recife, Lula constrangeu Raquel ao se derramar em elogios a João Campos: “Eu sei que Eduardo Campos está lá no céu se mexendo, pois esse moleque vai ser melhor do que ele”, disse o presidente, diante de um João visivelmente emocionado e uma governadora constrangida.

Perguntar não ofende: Onde e quando será a nova vaia?

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Em seu blog social, o jornalista Fernando Machado trouxe, ontem, em primeira mão, que a família Batista da Silva havia batido o martelo na venda do icônico palacete, situado na Avenida Rui Barbosa, onde por muito tempo residiu o casal Rosa e Jorge Batista da Silva, o principal acionista do antigo Banco Nacional do Norte (Banorte).

Estaria sendo adquirido por uma construtora para edificação de duas torres de apartamentos residenciais de altíssimos níveis. Imponente e suntuoso, o palacete chama atenção e desperta curiosidade pela sua arquitetura clássica no melhor estilo neogótico, semelhante aos castelos que encantam os turistas em viagens pelo interior dos países do Reino Unido.

Na primeira viagem ao Brasil desde que foi eleito, o presidente da Argentina, Javier Milei, ignorou o protocolo dos chefes de Estado ao não se encontrar com Lula e tratou como “perseguido judicial” o principal adversário do petista, Jair Bolsonaro, seu aliado político e indiciado pela Polícia Federal pelo esquema de desvio de joias do acervo presidencial.

Milei chegou a Balneário Camboriú (SC) no sábado, recepcionado pelo ex-mandatário e pelos governadores Jorginho Mello (PL-SC) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e participou ontem de um congresso conservador. No discurso, não mencionou diretamente Lula, mas atacou governos de esquerda na América Latina.

A relação entre os dois presidentes está estremecida desde a campanha do argentino, que fez reiterados ataques ao brasileiro. Na última semana, ele chamou Lula de “corrupto” e cancelou a ida à Cúpula do Mercosul, no Paraguai, para participar da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em Santa Catarina. O Itamaraty aconselhou Lula a não responder, mas observou com atenção os passos do presidente do país vizinhos, caso uma nova escalada acontecesse.

Milei entrou no palco por volta das 17h. Ele agradeceu a recepção de Bolsonaro e disse que se sente “em casa e é sempre bom estar entre amigos”.
“Olhem o que aconteceu na Venezuela e na Bolívia em 2019, quando Evo Morales se obstinou com um terceiro mandato inconstitucional. Olhem a perseguição judicial que sofre o nosso amigo Jair Bolsonaro aqui no Brasil e o que está acontecendo na Bolívia agora mesmo; estão dispostos a montar um falso golpe de Estado”, disse.

Na manhã do domingo, o argentino se reuniu com empresários e políticos de direita. Ele foi a principal atração do evento, inspirado na conferência homônima organizada nos EUA desde a década de 1970, e trazida ao Brasil pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A conferência deste ano foi chamada de “a maior da História” pelos organizadores e, além de Milei, contou com o chileno José Antonio Kast, que concorreu à Presidência do país; o ministro da Justiça de El Salvador, Gustavo Villatoro; e o ministro da Defesa da Argentina, Luis Alfonso Petri.

Com informações do jornal O Globo.

A Nova Frente Popular, coalizão de esquerda da França, conquistou 182 assentos no parlamento, indicou a apuração dos votos do segundo turno das eleições legislativas no país. A aliança centrista de Emmanuel Macron, o Ensemble, ficou em segundo lugar, com 168 assentos. Já o Reunião Nacional, da ultradireita, conquistou 143.

Nenhuma das três coalizões conseguiu maioria absoluta de 289 assentos, portanto, a formação de um novo governo deverá ser negociada.

As eleições foram antecipadas pelo presidente francês, Emmanuel Macron, depois que seu partido de centro perdeu espaço para a ultradireita na eleição do Parlamento Europeu. A aposta de Macron colocou a França agora num impasse em relação à governabilidade. A eleição deixará o parlamento francês dividido em três grandes grupos – a esquerda, os centristas e a ultradireita, com plataformas extremamente diferentes e nenhuma tradição de trabalhar juntos.

Primeiro-ministro deixará o cargo

O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, confirmou ontem (7) que vai renunciar ao cargo. Attal reconheceu em um discurso após a divulgação das pesquisas de boca de urna que seu campo político “não obteve maioria nesta noite”.

O político francês, aliado do presidente Emmanuel Macron, afirmou que “oferecerá a renúncia ao Presidente” e que continuará a desempenhar suas funções “pelo tempo que for preciso”.

Por último, ele ainda afirmou que nesta legislatura o parlamento francês estará mais forte do que nunca, e que nenhuma maioria poderia ser formada “por partidos extremistas”.

Um dos líderes da coalizão vencedora, Jean-Luc Mélenchon, pediu que um gabinete liderado pela esquerda assuma no lugar de Gabriel Attal.

Com informações da CNN Brasil.

Por José Adalbertovsky Ribeiro, periodista, escritor e quase poeta

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Leitor do clássico francês Honoré de Balzac, o cientista político Antoine Lavaredá, testemunha da história, declarou que o Real é um plano econômico balzaquiano, completou 30 anos no dia 1 deste mês de julho. É verdade e dou fé. Seja dito em complemento: um balzaquiano vitorioso.

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Neste reino de corrupção e conchamblanças, o sucesso do Plano Real foi um milagre brasileiro. Monsieur Balzac é autor do romance “A mulher de 30 anos”. Naquela época na França libertária, quando as fêmeas chegavam à terceira idade aos 30 anos e ficavam no caritó (solteiras), passavam a ser chamadas de balzaquianas.

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Exames de DNA e RNA revelam que a paternidade do Plano Real vem da cabeça do ex-presidente Itamar Franco, ex-ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, e mestres-de-obras em economia Pérsio Arida, André Lara Resende e seus discípulos. Itamar era presidente da República e FHC um empregado dele.

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Há tempos as balzaquianas de 30 anos são mercadorias revogadas no mercado. Belezuras de 40 anos, 50, 60 e até 70 aninhos rebolam nas academias (não de letras), desfilam nas passarelas e são colírio para os marmanjos.

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Meu plano de voo é acertar um pacto real com uma gatona de 6.0, charmosa e formosa toda, do reino da Jaqueira, etc.

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A cultura da inflação deitou raízes na década de 1960 com a construção de Brasília no Governo JK. Naqueles tempos do Brazil sorridente os vivaldinos construíram palácios e catedrais. E toca a guitarra na Casa de Misericórdia da Moeda.

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No Governo de Ribamar Sarney a inflação criou asas e voou nas asas dos marimbondos de fogo. O Plano Cruzado foi lançado em fevereiro de 1986. Houve desabastecimento nas prateleiras, os bois sumiram dos pastos. Foram censurados pelos pecuaristas. Se o pobrezinho de um boi aparecesse na rua, seria devorado vivo pela população, assim como os canibais devoram suas vítimas. O Plano Cruzado fracassou. No mês de março 1990 a inflação bateu o recorde de 84,23 %.

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Ribamar Sarney foi chamado de “A vanguarda do atraso”, na expressão carinhosa do ex-ministro Fernando Lyra, se não me falha a retentiva.

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Logo ao assumir o poder, em 15 de março de 1990, o presidente Fernando Collor assinou Medida Provisória, congelando as contas bancárias, a poupança e fundos de investimentos. Collor se gabava de ser doido e de ter “aquilo roxo”. O Plano Collor causou traumatismo craniano na sociedade e fracassou em poucos meses.

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O PT foi a favor do aborto do Plano Real, na gestação, no nascimento e no puerpério. Falou em estelionato eleitoral. O que os vermelhos propunham? Quanto pior, melhor. A caterva vermelha é a favor do aborto de fetos, do agronegócio, do aborto de Javier Milei, do aborto até da mãe de pantanha. Defende o aborto da liberdade de expressão através da censura, assim apoia as ditaduras da Venezuela, Cuba e Nicarágua.
Atualmente FHC e o guru da seita vermelha trocam beijos e abraços politicamente corretos.

Convenções concentradas em agosto

As convenções partidárias de homologação dos candidatos que vão disputar as eleições municipais de outubro começam no próximo dia 20, mas pelo menos no Recife, centro irradiador para todo o Estado, a concentração dos atos partidários se dará no prazo final, na semana que vai de 1 a 5 de agosto.

Como o dia 5 cai numa segunda-feira, provavelmente seja o escolhido por João Campos (PSB), que disputa a reeleição, e pelos seus dois adversários – Daniel Coelho (PSD), o candidato da governadora Raquel Lyra, e Gilson Machado (PL), alternativa do bolsonarismo na capital.

Mesmo que esta seja a data escolhida por João, a partir de agora ele só terá, teoricamente, 12 dias para acabar com o mistério do anúncio do seu vice, porque o prazo legal para o start das convenções se dá no dia 20 e, naturalmente, se ele até lá não se posicionar, ficará com pouco tempo para aparar arestas que naturalmente irão surgir.

Especialmente por parte do PT, que, por incrível que pareça, ainda alimenta a esperança de indicar o nome que irá compor a chapa do prefeito. Aliás, o partido se uniu em torno de Mozart Sales, que se afastou da equipe do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para ficar apto, caso João mude de ideia.

As chances de o PT ser contemplado com a vice, entretanto, são quase zero. João vai lançar mão de um nome da sua própria equipe. O processo se afunilou entre o ex-chefe de gabinete, Victor Marques, que ingressou no PCdoB, e a ex-secretária de Infraestrutura, Marília Dantas.

Mas, a julgar pelos elogios que fez a Victor no discurso durante a inauguração do Parque da Tamarineira, sexta-feira passada, João já o escolheu como seu companheiro de chapa. “Victor teve um papel fundamental em tudo que podemos fazer pelo Recife”, disse, chamando a atenção dos presentes, especialmente de Marília Dantas, a quem também agradeceu, mas não se derramou tanto em elogios quanto em relação a Victor.

PROIBIÇÕES – Além da proibição de estarem presentes em inauguração de obras, desde sábado passado, os pré-candidatos a prefeito também estão impedidos de contratar shows artísticos, veicular nomes, slogans e símbolos em sites, canais e outros meios de informação oficial. A União também não pode mais fazer transferências de recursos públicos, está vedado também publicidade institucional, nomeação ou exoneração de servidores públicos. A fiscalização ficará sob a responsabilidade do Tribunal Regional Eleitoral.

Gadelha se alia a Daniel – Rifado como pré-candidato da federação Rede-Psol, que optou pela deputada Dani Portela (Psol), só restará ao deputado Túlio Gadelha (Rede) se abraçar com o pré-candidato Daniel Coelho (PSD), das forças que estão no guarda-chuva da governadora Raquel Lyra (PSDB). O namorado de Fátima Bernardes ainda não enveredou por esse caminho porque recorreu à direção nacional da federação Rede-Psol para anular a convenção que escolheu Dani.

Cabo eleitoral fraco – Pelos menos até o momento, o presidente Lula não se revela num potencial cabo eleitoral nas eleições no Recife. Enquanto a gestão de João Campos tem aprovação de 68%, a do petista na capital é de apenas 45%, segundo levantamento do Datafolha. Entre os entrevistados, 28% consideram “ruim ou péssimo” e 27%, regular. A pesquisa foi realizada presencialmente, com 616 eleitores recifenses nos dias 2 a 4 de julho. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

Estudante corajosa – A estudante de Direito Jamilly Fernandes Assis cobrou publicamente do presidente Lula (PT) uma série de obras que não foram finalizadas em sua universidade. Durante o evento de inauguração do novo campus da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), em Osasco (SP), na sexta-feira passada, ela disse que “depois de muita luta e 14 anos de espera”, finalmente estava “presenciando a inauguração oficial de apenas metade da Unifesp Quitaúna”. A universitária, que deixou Lula e Janja constrangidos no palanque, ainda pediu a instalação de uma moradia estudantil para os alunos que moram fora da cidade e foi muito aplaudida ao encerrar sua fala.

O palanque de João em Camaragibe – O PSB, de João Campos, e o Republicanos, do ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), estão alinhados também em Camaragibe. Lá, João anunciou apoio ao pré-candidato Diego Cabral (Republicanos), nome indicado pela prefeita Doutora Nadegi. “Diego está comprometido com os avanços em Camaragibe. Tem perfil trabalhador, é dedicado e se alinha perfeitamente com os valores que defendemos no PSB”, disse o socialista, que, apesar da maratona de inauguração de obras na semana passada, ainda encontrou tempo em sua agenda para abraçar Diego.

CURTAS

PROTESTOS – O Brasil teve 37 ônibus queimados no 1º semestre de 2024. Houve uma queda em relação ao ano anterior, quando 46 veículos foram destruídos no mesmo período. Entretanto, houve um aumento em relação aos 29 ônibus incendiados nos primeiros 6 meses de 2022.  As informações são de um levantamento da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) enviado com exclusividade ao site Poder360.

MAIS UM – Em São José do Egito, o pré-candidato do Republicanos, Fredson Brito, arrebatou, ontem, o apoio do presidente da Câmara de Vereadores, João de Maria, arrastando para o seu palanque mais um político desapontado com a gestão do prefeito Evandro Valadares (PSB).

REDUÇÃO – A Operação Festejos Juninos, feita pela Polícia Rodoviária Federal, constatou uma redução de 41% no número de mortes nas estradas em Pernambuco durante o São João e São Pedro. Mas houve aumento de 6% no número de sinistros. A PRF foi acionada para 279 ocorrências.

Perguntar não ofende: Até quando o Brasil vai suportar essa grotesca e chata polarização do lulismo x bolsonarismo?

As discussões do grupo de trabalho (GT) da Câmara dos Deputados que debaterá uma nova proposta para combater a divulgação de informações falsas não avançaram no primeiro semestre, e o tema corre risco de ficar apenas para o ano que vem. O presidente da Casa Baixa, Arthur Lira (PP-AL), criou o grupo em junho, mas até o momento não houve reunião do colegiado.

Ao Metrópoles, membros do GT indicaram a possibilidade do início das discussões após o recesso parlamentar, que encerra em 31 de julho. No entanto, a Câmara dos Deputados estará esvaziada devido às eleições municipais, marcadas para outubro deste ano, em que vários parlamentares devem concorrer.

Lira anunciou em abril que um grupo de trabalho seria criado para apresentar um novo texto para regulamentar as redes sociais e combater as fake news. O líder alagoano chegou a criticar o Projeto de Lei (PL) nº 2.630/20, do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que ficou conhecido como PL das fake news, e ressaltou que o texto foi “polemizado”.

“O texto teve os problemas daquela comissão, daquela agência reguladora, de todas as versões feitas e praticadas pelas redes sociais, com relação à falta de liberdade de expressão e censura. E quando um texto ganha uma narrativa como essa, ele simplesmente não tem apoio”, explicou Arthur Lira à época.

Apesar do anúncio, o presidente da Câmara criou o grupo apenas em junho, depois da cobrança de alas interessadas. No entanto, o tema foi perdendo espaço na Casa Baixa em decorrência de discussões como a da reforma tributária e do PL do Aborto.

O colegiado funcionará inicialmente por 90 dias, com a possibilidade de prorrogação pelo mesmo período.

Até então, não há nenhum indicativo de quem será o relator da proposta. Todavia, membros do GT defendem que o responsável pelo parecer seja um deputado de centro, devido à necessidade de buscar um diálogo com os diferentes vieses ideológicos presentes no grupo de trabalho.

“Como é um ano com uma agenda prejudicada pela eleição, a prioridade ficou para a reforma tributária. Portanto, todas as demais movimentações ficaram prejudicadas. Também como o tema é complexo, ainda não conseguimos avançar e agora vem o recesso. Pouco provável que avance agora”, ressaltou o deputado Afonso Motta (PDT-RS).

Eleições municipais

O primeiro turno das eleições municipais deste ano está marcado para 6 de outubro. Já o segundo deve ocorrer em 27 de outubro. Nesse meio-tempo, os candidatos seguem articulando politicamente para apresentação das candidaturas e conquista de votos.

Um levantamento realizado pelo Metrópoles, em maio, mostra que ao menos 60 deputados irão disputar as eleições municipais deste ano. Isso demonstra que as discussões na Câmara dos Deputados no segundo semestre devem enfraquecer.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou, em março, o Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde) que, segundo o ministro Alexandre de Moraes, ex-presidente da Corte Eleitoral, já está operando.

Do Metrópoles

A defesa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, impetrou na Polícia Federal um pedido de suspeição do presidente da Segunda Comissão de Disciplina da Corregedoria-Geral, Clyton Eustáquio Xavier. O delegado conduz dois processos administrativos contra Torres.

A solicitação foi feita com base em um episódio entre Torres e o delegado em maio de 2021. Na época, o então ministro da Justiça exonerou Clyton do cargo de Diretor de Operações da Secretaria de Operações Integradas da Polícia Federal. Esse fato, segundo a defesa do ex-secretário, resultaria na independência do agora investigador.

“A posição do Sr. Clyton no cargo de DAS 101.5 do Ministério da Justiça ― do que foi exonerado por Anderson ―, lhe garante um significativo benefício patrimonial de quase R$ 14.000,00 mensais”, diz a defesa do ex-ministro na petição.

Defesa fala em antipatia do delegado em relação ao ex-ministro

Para os advogados, o delegado não poderia investigá-lo. “É razoável e natural reconhecer, sobretudo quando a posição é de grande destaque no governo federal, que a exoneração tem o condão de gerar, no agente exonerado, inequívoco sentimento de contrariedade e antipatia pelo agente que o exonerou”, dizem os advogados na petição , ressaltando que o policial teria interesse pessoal num desfecho prejudicial contra o ex-ministro.

Na petição, os advogados levantam suspeitas sobre a atuação do delegado. Segundo eles, é estranho o fato de o ex-ministro ter sido indiciado no inquérito que apurou os atos golpistas a partir de 8 de janeiro, apenas 24 horas depois do seu interrogatório. “É forçado a reconhecer que o relatório e suas conclusões já estavam prontas antes mesmo da iniciativa do acusado; o interrogatório, aliás, não foi sequer considerado no indiciamento”.

A defesa de Anderson pede a instauração de processo administrativo contra o delegado. De acordo com os advogados, ele deveria ter se declarado impedido ou, no mínimo, ter informado aos seus superiores sobre o episódio da exoneração quando Anderson Torres era ministro da Justiça.

Da Veja

Neste sábado (7), a 55ª Festa das Marocas continuou a encantar e surpreender, consolidando-se como um dos eventos mais aguardados do município de Belo Jardim. O prefeito Gilvandro Estrela esteve presente, acompanhado por amigos, familiares e diversas autoridades municipais e regionais, incluindo a prefeita de Bezerros, Lucielle Laurentino, e o deputado estadual Antônio Coelho.

O dia foi cheio de atividades culturais e musicais para a população, com destaque para a feirinha de artesanato no Centro e o carro da Pitú, na Avenida Deputado José Mendonça, que foi um ponto de encontro movimentado. À noite teve shows no palco principal, no Pólo Instrumental e no Palhoção.

“A 55ª Festa das Marocas continua a nos encher de orgulho. É um evento para todos e demonstra a nossa cultura viva e é um momento importante para a união da nossa população, além de impulsionar o desenvolvimento do comércio, turismo e do município como um todo”, destacou o prefeito Gilvandro Estrela.

A festa segue até o dia 09 de julho e a Prefeitura de Belo Jardim convida os moradores e visitantes para participarem dos próximos dias de festa, destacando que haverá ainda mais atividades culturais, apresentações musicais e oportunidades para desfrutar da hospitalidade e da alegria que caracterizam a Festa das Marocas.

Por Raphael Guerra*

A insegurança nas ruas da Região Metropolitana do Recife (RMR) pode ser traduzida em números, a partir de um levantamento do Instituto Fogo Cruzado. Somente no primeiro semestre deste ano, 41 pessoas foram vítimas de balas perdidas. Desse total, oito morreram. O número é o maior desde 2019, quando os dados da violência armada começaram a ser somados diariamente pelo instituto. 

As estatísticas, de fato, assustam. No primeiro semestre do ano passado, 26 pessoas foram atingidas por balas perdidas. Duas faleceram. Isso significa que houve aumento de 300% na quantidade de mortes. 

Variação dos números de vítimas na RMR

O estudo do Instituto Fogo Cruzado indicou que o número de mortes por bala perdida, no primeiro semestre de 2024, foi bem superior ao registrado no mesmo período dos anos anteriores. 

Em 2023, duas pessoas morreram e 24 ficaram feridas;

Em 2022, três morreram e 30 ficaram feridas;

Em 2021, uma morreu e 16 ficaram feridas;

Em 2020, duas morreram e 24 ficaram feridas;

Em 2019, três morreram e 10 ficaram feridas. 

“O aumento no número de vítimas de bala perdida no primeiro semestre de 2024 reflete a alta dos indicadores gerais que o Fogo Cruzado monitora e, sobretudo, nos mostra o descontrole da violência armada. Diferente de outros estados onde atuamos, aqui em Pernambuco os tiros geralmente são direcionados a alvos específicos, mas numa situação de tiroteio todas as pessoas ao redor ficam em risco e podem ser atingidas. Infelizmente, na Região Metropolitana do Recife isso tem sido cada vez mais frequente”, afirmou Ana Maria Franca, coordenadora regional do Instituto Fogo Cruzado em Pernambuco.

*Jornalista do Jornal do Commercio

A coalizão de esquerda Nova Frente Popular da França conquistou o maior número de assentos no segundo turno de votação das eleições parlamentares, disseram os principais pesquisadores neste domingo (7), colocando-os no caminho para uma vitória inesperada sobre o partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), mas aquém de uma maioria absoluta no parlamento.

Uma estimativa da IFOP para a emissora TF1 disse que a Nova Frente Popular poderia ganhar 180-215 assentos no parlamento no segundo turno de votação, enquanto uma pesquisa Ipsos para a France TV projetou 172-215 assentos para o bloco de esquerda.

Uma pesquisa da Opinionway para a C News TV disse que a Nova Frente Popular ganharia 180-210 assentos, enquanto uma pesquisa Elabe para a BFM TV projetou uma faixa de 175-205 assentos para eles.

O bloco centrista do presidente Emmanuel Macron estava à frente do partido RN, de Marine Le Pen, na batalha pelo segundo lugar, de acordo com estas sondagens.

São necessários 289 assentos para obter a maioria absoluta na Assembleia Nacional, a câmara baixa do parlamento francês.

Da CNN

Depois de dois grandes tributos, o de Dalva de Oliveira, na semana passada, e o de John Lennon, na última sexta-feira, o Sextou da próxima sexta-feira faz uma viagem, um mergulho profundo, na trajetória do pequeno-gigante Nelson Ned, de “Tudo passará”, uma das suas canções de maior sucesso, cujo disco vendeu 40 milhões de cópias, somente nos Estados Unidos. 

Mineiro de Ubá, Nelson Ned sofria de nanismo, tinha apenas 1m12cm, mas cantava como um gigante. Arrebatou uma multidão de fãs no Brasil e no mundo. Entrevistei o jornalista André Barcinski, autor da biografia do cantor e compositor.

Em Tudo passará, André reconstitui a fascinante biografia do cantor desde a infância ― incluindo o diagnóstico de displasia espondiloepifisária, que lhe causaria dores crônicas ― até seus últimos dias em uma clínica de repouso. 

Essa trajetória inclui a breve passagem pelo Rio de Janeiro na adolescência, a mudança para São Paulo sob as bênçãos de Chacrinha, o contrato com o empresário Genival Melo e os percalços do início da carreira. 

Também a fama nacional e internacional, os casamentos conturbados e a paternidade, a relação com o nanismo, o feroz embate com a imprensa, com a Jovem Guarda e a turma da bossa nova e seu envolvimento com as drogas.

André fala também na posterior conversão de Nelson Ned à igreja evangélica e o ostracismo. Têm destaque ainda os anos 1970, quando o cantor vivia uma rotina insana na companhia de figuras como General Durazo, Baby Doc e Pablo Escobar.

O Sextou, enfim, traz a história do homem cuja voz embalou o Brasil dos anos 1970 a 1990. Nelson Ned foi um dos maiores artistas de seu tempo. A música romântica foi tachada por parte da crítica como brega, alienada. Mas era a que escutávamos no radinho de pilha, no quartinho da empregada, na portaria, no táxi, nos bordéis. Era o que fazia suspirar sua multidão de fãs. 

Nesta entrevista a Jô Soares, na década de 90, Nelson Ned deu um testemunho lindo da sua conversão ao Evangelho. O cantor morreu em 2014.

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Os pré-candidatos nas eleições deste ano apoiados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lideram as pesquisas em cinco capitais brasileiras, enquanto os apadrinhados de Lula estão à frente em três.

O resultado, levantado pelo UOL, colheu informações de 11 capitais divulgadas desde o início de junho por quatro institutos: Datafolha, AtlasIntel, Quaest, Real Time Big Data e Paraná Pesquisas.

Veja a seguir os números por cidade:

Em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), apoiado por Bolsonaro, e Guilherme Boulos (PSOL), apoiado por Lula, aparecem tecnicamente empatados nas pesquisas de quatro institutos. O único que mostra resultado diferente é o AtlasIntel, que aponta Boulos à frente de Nunes acima da margem de erro.

Datafolha

Ricardo Nunes (MDB): 24%

Guilherme Boulos (PSOL): 23%

A pesquisa contratada pelo jornal Folha de S.Paulo ouviu 1.092 eleitores entre os dias 2 e 4 de julho. A margem de erro é de três pontos percentuais, e o número de registro na Justiça Eleitoral, SP-001178/24.

No Rio, o prefeito Eduardo Paes (PSD) lidera com folga, com chance de reeleição em primeiro turno. Ele é apoiado por Lula e tenta se reeleger para mais um mandato na prefeitura. O delegado Ramagem (PL) é o pré-candidato que tem o apoio de Bolsonaro.

Na capital mineira, o deputado federal Rogério Correia (PT) e o deputado estadual Bruno Engler (PL) aparecem empatados tecnicamente no segundo pelotão. Quem lidera é Mauro Tramonte (Republicanos). As conclusões são as mesmas nas pesquisas dos três institutos que ouviram os eleitores da cidade.

Em Recife, pesquisa Datafolha aponta vitória em primeiro turno do prefeito João Campos (PSB), que tem o apoio de Lula. Gilson Machado (PL), que foi ministro do Turismo no governo Bolsonaro, aparece com 6% das intenções de voto.

A capital gaúcha, Porto Alegre, tem uma deputada do PT na liderança. Maria do Rosário (PT) está com 30,2% das intenções de voto, segundo pesquisa divulgada em junho.

Em Aracajú, Emília Corrêa (PL), pré-candidata apoiada por Bolsonaro, está em primeiro lugar. A pleiteante do PT, Candisse Carvalho, por outro lado, aparece com apenas 1% das intenções de voto.

A capital do Tocantins, Palmas, tem Janad Valcari (PL), apoiada por Bolsonaro, na liderança isolada. O PT não tem um pré-candidato na cidade, e Lula não se manifestou se deve apoiar algum nome.

Em Salvador, Lula apoia o vice-governador Geraldo Júnior (MDB), enquanto o atual prefeito, Bruno Reis (União) tem o apoio do PL de Bolsonaro. O último levantamento do Paraná Pesquisa mostra o seguinte panorama: Bruno 64% e Geraldo com 11% das intenções de voto.

Na capital capixaba, Vitória, Lula apoia João Coser (PT), enquanto Bolsonaro apoia Capitão Assumção (PL). Ambos são deputados estaduais, e aparecem atrás do atual prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), que tem chance de se reeleger no primeiro turno. No entanto, o petista tem melhor desempenho do que o bolsonarista.

Em Maceió, uma pesquisa divulgada no fim de junho mostra o atual prefeito, JHC, na liderança isolada na corrida à Prefeitura da capital alagoana, com 54,4% das intenções de voto – o que possibilita a chance de reeleição em primeiro turno. Ele é apoiado por Bolsonaro. Ricardo Barbosa (PT) tem apenas 0,9%.

Em Belém, o levantamento do Paraná Pesquisa divulgado no último dia 15 de junho mostrou o candidato apoiado por Bolsonaro, Delegado Éder Mauro (PL), à frente, com 30%. Na capital paraense, o PT apoia a reeleição de Edmilson Rodrigues (PSOL), que aparece em terceiro lugar, com 13,4%, atrás do candidato do MDB, Igor Normando.

Do UOL