Mirella quer polo tecnológico no Mercado Eufrásio Barbosa

Em sabatina da TV Nova, nesta segunda-feira (1º), Mirella Almeida (PSD), pré-candidata à Prefeitura de Olinda, defendeu que o centenário Mercado Eufrásio Barbosa tenha todo seu potencial aproveitado para bem mais que apenas um espaço cultural da cidade. Ela propôs a criação de um HUB de tecnologia, um “mini Porto Digital”. A ideia é incentivar a geração de renda e o empreendedorismo entre os olindenses.

“Esse é um grande desejo meu: que a gente tenha um braço do Porto Digital para que a gente possa dar oportunidades aos jovens, e que novas empresas surjam”, comentou.

Mirella também afirmou que vai tratar como prioridade as obras em locais de encosta. “Cerca de 50% dos olindenses moram em áreas de encostas e a gente vai ter articulação com o Governo Federal para buscar mais obras”, disse.

A pré-candidata também se comprometeu a fazer uma campanha limpa. A ex-secretária de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação de Olinda se filiou ao PSD, do prefeito Professor Lupércio, em março deste ano.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro, disse na abertura da CPAC, Conferência de Ação Política Conservadora, realizada em Balneário Camboriú, que está à disposição da imprensa para qualquer esclarecimento. Durante um breve discurso, sem mencionar o indiciamento dele no caso das joias sauditas, Bolsonaro reclamou das notícias na grande imprensa e se ofereceu para ser sabatinado.

Além de Bolsonaro, outro participante muito aguardado na CPAC é o presidente da Argentina, Javier Milei. Ele chega nesta noite em Balneário Camboriú para participar da quinta edição da Conferência – evento que vai até amanhã e que reúne políticos de extrema-direita. As informações são da CBN.

A agenda de Milei no Brasil não prevê encontro com o presidente Lula e nenhum representante do atual governo. A previsão é de que o presidente da Argentina chegue em Balneário Camboriú entre 21h e 22h da noite e participe de um jantar oferecido pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Melo, com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e de empresários. A programação oficial do evento não foi divulgada, mas a previsão é de que Milei discurse na CPAC neste domingo.

No Planalto, a avaliação é de que Milei comete uma afronta ao vir ao Brasil sem uma agenda oficial com o governo que está no poder – mas, ao contrário, dando apoio ao seu maior opositor – o ex-presidente Bolsonaro. Para evitar dar ainda mais visibilidade ao encontro de Balneário Camboriú, a estratégia do Planalto é também ignorar Milei, minimizando a presença dele no país.

O histórico da relação entre Milei e Lula, que estão em campos políticos opostos, é de críticas e ataques. Nas eleições de 2022, Milei chamou Lula de corrupto e comunista. Milei acusa o petista de ter interferido nas eleições argentinas ao atuar para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina liberasse empréstimo de 1 bilhão de dólares para a Argentina, favorecendo o então ministro da Economia e adversário político de Milei, Sergio Massa. Recentemente Lula disse que o presidente argentino deveria pedir desculpas pelas “bobagens” que falou. Milei retrucou, e disse que não iria se desculpar por ter falado a verdade.

Ontem à noite, o porta-voz do governo da Argentina, Manuel Adorni, classificou as reuniões de Javier Milei com o governador de Santa Catarina e empresários do estado como “prioritárias” em relação a um encontro bilateral com o presidente Lula. Jorginho Mello é um dos governadores mais alinhados ao bolsonarismo.

Se por um lado o presidente da Argentina participa do evento conservador, em Santa Catarina, Milei não vai participar da próxima reunião do Mercosul, na segunda, no Paraguai. A justificativa foi “agenda sobrecarregada”. A secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, Gisela Padovan, classificou como “politicamente lamentável” a ausência do presidente da Argentina, Javier Milei, na reunião de líderes do Mercosul.

A exatos três meses para o primeiro turno das eleições municipais 2024, começa a valer uma série de proibições aos candidatos – sobretudo aos que ocupam cargos públicos. A maioria das vedações está prevista na Lei nº 9.504/1997, que estabelece normas para o pleito. De acordo com o calendário eleitoral, a partir deste sábado (6), entram em vigor as seguintes restrições:

– contratação de shows artísticos: fica proibida a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos na realização de inaugurações de obras públicas ou divulgação de prestação de serviços públicos.

– presença em inaugurações: candidatos não podem comparecer a inaugurações de obras públicas.

– veiculação de nomes, slogans e símbolos: sites, canais e outros meios de informação oficial não podem conter nomes, slogans, símbolos, expressões, imagens ou outros elementos que permitam identificar autoridades, governos ou administrações, cujos cargos estejam em disputa na campanha eleitoral.

– transferência de recursos: servidores e agentes públicos ficam proibidos de realizar transferência voluntária de recursos da União aos estados e municípios e dos estados aos municípios, sob pena de nulidade absoluta. A lei abre exceção para situações de emergência e de calamidade pública e quando há obrigação formal preexistente para a execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado.

– publicidade institucional e pronunciamento: fica vedado o pronunciamento em cadeia de rádio e televisão fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente. Além disso, passa a ser proibida a publicidade institucional de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública.

– nomeação ou exoneração: até a posse dos eleitos, fica vedado nomear, contratar, remover, transferir ou exonerar servidor público. A exceção fica por conta de cargos comissionados e funções de confiança. No caso de concursos públicos, é permitida a nomeação dos aprovados nos certames homologados até 6 de julho.

Cessão de funcionários

Também a partir deste sábado, órgãos e as entidades da administração pública direta e indireta podem ceder funcionários à Justiça Eleitoral, em casos específicos e de forma motivada, quando solicitado pelos tribunais eleitorais.

Neste caso, o prazo vale até 6 de janeiro de 2025 para as unidades da Federação que realizarem apenas o primeiro turno das eleições municipais e até 27 de janeiro para os locais onde houver segundo turno.

Da Agência Brasil

Por Betânia Santana

Não faltaram agradecimentos, histórias, alegria e emoção. Embalado pelo índice de 75% das intenções de voto, segundo o Instituto Datafolha, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), despediu-se ontem das entregas e inaugurações.

Para quem vai disputar a eleição deste ano, elas estão suspensas de hoje até 6 de outubro. Um João brincalhão e sério fez um dos mais longos discursos. Foram cerca de 40 minutos, após inaugurar parte do Parque da Tamarineira, na Zona Norte.

Homenageou trabalhadores, registrou a importância da parceria com a Câmara de Vereadores e ressaltou a eficiência do secretariado. Destacou a atuação da ex-secretária Marília Dantas (MDB). Falou dos aperreios que ela deu e que ele devolveu para tirar projetos do papel.

E pela primeira vez, publicamente, sublinhou as ações do ex-chefe de gabinete Victor Marques (PCdoB). “Ele foi o responsável por tudo que eu pude andar, fazer, trabalhar. Pude ter a tranquilidade de estar na rua e saber que contava com o time coordenado por ele para tocar coisas estratégicas”. 

Prestou contas. Teve os olhos marejados ao dizer que várias das suas ações são guiadas pensando em Miguel, irmão mais novo e que tem síndrome de Down. Emocionou também a mãe, Renata, que o acompanhou em pelo menos três agendas ontem.

Mandou recados e falou do seu amor pela política. Resgatou a história de vida permeada pela história do pai, Eduardo Campos, e do bisavô Miguel Arraes, um cearense acolhido no Recife e eleito anos depois pela “poeira” do mesmo Recife.  

A “poeira” eram as gentes dos morros e da periferia. As mesmas que deram chance ao seu pai. As mesmas que hoje reconhecem seu trabalho. Depois do discurso, um banho na fonte interativa do novo parque. Lavou a alma.

*Jornalista da Folha de Pernambuco

A corridinha diária de 8 km, hoje, foi em Arcoverde, depois de uma semana em Afogados da Ingazeira numa mini férias com meus filhos Magno Filho e João Pedro. As chuvas voltaram ao Sertão. São Pedro abriu as torneiras do céu ontem em Afogados, Sertânia e Arcoverde. Por aqui, dá até para tomar um bom vinho, daqui a pouco, aproveitando o friozinho.

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

A temática da virilidade sexual no seio da vida pública voltou a ser usada, ontem, pelo presidente Lula, mas bem diferente do seu antecessor Jair Bolsonaro, que num determinado momento da campanha presidencial de 2022 chegou a sugerir que era “imbrochável”.

Ao mandar um recado, ontem, aos que o acham cansado, aos 78 anos, Lula repetiu Bolsonaro, mas de uma forma menos agressiva aos ouvidos da sociedade, principalmente das mulheres. “Quem achar que o Lulinha está cansado, pergunte para a Janja. Ela é testemunha ocular”, disse.

Sua provocação para mostrar que continua em dia e em forma na questão da sexualidade se deu num evento em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. No momento da declaração, Lula se virou e apontou para Janja. Pela transmissão foi possível ouvir muitos gritos.

A primeira-dama filmava o discurso do marido com o celular na mão direita. Com a mão esquerda, fez um sinal negativo, dando a entender que não deveriam perguntar nada a ela. Lula, na verdade, rebateu comparações com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, 81 anos. Há entre os norte-americanos uma discussão se o democrata teria condições de governar o País por mais quatro anos caso vença as eleições em 2024.

O petista voltou a repetir que tem “70 anos, energia de 30 e tesão de 20”. Lá atrás, o presidente Jair Bolsonaro (PL) puxou um coro de “imbrochável” durante pronunciamento em cima de um trio elétrico na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O canto foi acompanhado por apoiadores. Ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o presidente repetiu a palavra por cinco vezes.

“Tenho certeza, eu sou ‘imbrochável’, não vou sair de combate”, disse. Em reação ao episódio, as presidenciáveis Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) usaram suas redes sociais para criticar a atitude do presidente. Tebet afirmou que Bolsonaro “mostrou todo seu desprezo pelas mulheres e sua masculinidade tóxica e infantil”. Já Soraya disse que “o Brasil precisa mesmo de um presidente incorruptível” e que “Bolsonaro prima pela desqualificação”.

Por Vanuccio Pimentel

Finalizadas as festas juninas de Caruaru, é importante analisar o que se passou de politicamente relevante. Em primeiro lugar, o evento foi uma plataforma importante para o prefeito Rodrigo Pinheiro, e naturalmente seria, como nos anos anteriores, um momento de visibilidade ampliada para o gestor.

No entanto, a festa deste ano contou com algumas surpresas. Tivemos referências dos cantores ao vivo no palco principal ao prefeito Rodrigo Pinheiro, houve cantor que puxou até um coro de “já ganhou, já ganhou”. Em outra situação, o prefeito subiu no palco para dançar e cantar com os artistas.

O mais inesperado foi a transmissão ao vivo de quase tudo isso pelo canal oficial da Prefeitura de Caruaru, a PrefTV. Desde janeiro, com a outorga feita pela EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) de um canal na TV aberta para a Prefeitura de Caruaru que a PrefTV passou a funcionar pela internet.

A partir daí, este canal oficial da Prefeitura, que deveria estar submetido aos limites constitucionais e ser um canal de comunicação educativa e informativa, passou a ser uma máquina de propaganda do prefeito Rodrigo Pinheiro. Foram inúmeras referências, entrevistas e conteúdos, além de citações e elogios diretos feitos pelos apresentadores, que transformaram o canal em um veículo de informações sobre o prefeito e sua gestão.

Ao longo da festa de São João o prefeito foi reverenciado como um grande gestor, “um pai”, como disse a apresentadora em uma transmissão. Os eventos oficiais, como o balanço do São João, se transformaram em eventos de promoção pessoal transmitidos pelo canal público de comunicação da cidade.

Aparentemente, o Ministério Público não viu a banda passar. O que resta saber agora é se a oposição também dormiu no ponto, o que pode perfeitamente ter acontecido, ou se prepara alguma frente de questionamento ao que se passou. Resta aguardar.

*Professor Adjunto II – ASCES-UNITA e doutor em Ciência Política (UFPE)

Por Marcelo Tognozzi*

Joaquim Silvério era um homem pequeno, cabelos precocemente brancos, vaidoso dentro do seu uniforme de coronel comandante do Regimento de Cavalaria Auxiliar da Borda do Campo. Um portuguesinho arrogante, dono de terras, minas de ouro e fiel aos seus princípios de colonizador. 

Naqueles idos de 1789, Joaquim Silvério, 33 anos, estava em plena ascensão social e era casado com Bernardina Quitéria de Oliveira Belo, que mais tarde se tornaria tia do Duque de Caxias e do Conde de Tocantins, ambos da família Alves de Lima e Silva.

Era um sábado em Vila Rica. Dia 11 de abril, consagrado a São Estanislau. Joaquim Silvério terminou o almoço. Serviu-se de uma generosa dose de vinho do porto, então uma novidade doce e relaxante. Molhou a pena no tinteiro e começou a escrever uma carta ao marquês de Barbacena, Felisberto Caldeira Brandt, contando em detalhes o planejamento da revolta de Minas Gerais contra a cobrança excessiva de impostos, a tal da derrama. Em troca da denúncia, pedia recompensas. 

Barbacena tomou providências. Afinal, não seria meia dúzia de poetas e vagabundos, uns traidores, uma ameaça ao reino da rainha Maria 1ª, a “louca” –que, reza a lenda, era totalmente banguela e mandara fazer uma espécie de dentadura com pérolas no lugar dos dentes. José de Seabra da Silva, secretário de Estado de Sua Majestade, deu todo o apoio necessário ao marquês.

Portugal naquele tempo era governado pela voracidade. Dono da mais rica colônia da América, o projeto da coroa não era outro: gastar, gastar e gastar. O açúcar, o ouro, pedras preciosas, madeiras e especiarias do Brasil financiavam a paquidérmica máquina pública de Pombal, além de bancar outras colônias na África e Ásia. A lei das ordenações joaninas era dura, vigorava desde 1727 e tratava negros e traidores como se animais fossem.

Assim, em 10 de maio, 1 mês depois de receber a carta de Joaquim Silvério, Barbacena comemorou a prisão de outro Joaquim, o José, alferes das tropas da capitania de Minas Gerais, dentista conhecido como Tiradentes. A revolta, marcada para o dia da derrama, foi sufocada. A Coroa Portuguesa vencera pela força. Dentre todos, somente Joaquim José foi condenado à morte por enforcamento. Para os demais, o exílio ou o cárcere. Recompensado, Joaquim Silvério subiu na vida.

A história de Joaquim dedo-duro e Joaquim revolucionário se repetiria muitas vezes Brasil afora. Outra revolta contra aumento de impostos não pode ser contida e estourou 46 anos depois no Rio Grande do Sul. A Guerra dos Farrapos durou uma década e seu estopim foram as taxações escorchantes para o charque e o couro. O duque de Caxias, sobrinho da mulher de Joaquim Silvério, sufocou a rebelião depois de muito, muito trabalho. 

Outras revoltas estouraram. A Confederação do Equador (1824), liderada por Frei Caneca, também batizado Joaquim e igualmente à morte condenado; a Cabanagem, no Pará, que duraria 5 anos (1835–1840); a Sabinada, na Bahia (1837); a Revolução Liberal, em São Paulo (1842). Todas essas revoltas hasteavam a narrativa da liberdade e da autonomia, o que para bom entendedor significa menos impostos e mais riqueza no bolso de quem produz.

Aquele Brasil, como o de hoje, guarda a memória de um território retalhado em capitanias hereditárias, depois reagrupado em vice-reino e, finalmente, império zeloso da sua unidade e das suas rendas oriundas dos tributos. Esse zelo passou do Império para a República por osmose.

A sociedade evoluiu, deixamos de resolver as divergências na base do tiro e da guerra, mas continuamos tendo de pagar muito imposto em troca de cada vez menos serviços, como saúde, segurança pública e educação, as 3 coisas básicas na vida das pessoas.

Nesta semana, deputados se reuniram para decidir quais os itens da cesta básica pagariam impostos. O presidente Lula logo saiu dando declarações sobre a taxação da carne. 

No entendimento do presidente, carne de segunda, a mais consumida pelos pobres, deveria ser isenta de impostos, enquanto a carne de primeira, consumida pelos ricos, seria taxada sem dó. Aquela picanhazinha da campanha eleitoral vai ter de virar coxão mole. Me lembrei de uma amiga me ensinando a fazer bife à milanesa: “Você pega o contrafilé, bate até ele confessar que é filé. Quando ele confessar, você empana e frita”. Não importa a carne, importa é o imposto.

Quanto mais o governo Lula cobrar imposto –como fez com as blusinhas chinesas, paixão das mulheres e sobretudo de suas eleitoras das classes B e C– pior será, porque as pessoas dos anos 2020 não são as mesmas do início dos anos 2000. Elas querem seu imposto de volta na forma de serviços públicos decentes. Não querem dinheiro jogado fora com arroz importado quando aqui não falta arroz. 

Todo governo com goela grande, como esse que aí está, é um governo perdulário. Desperdiça e não dá retorno. Se mostra incapaz, por exemplo, de cuidar da população em situação de rua –236 mil almas pela contagem do governo. Eles são 0,1% da população. Se o governo não dá conta de resolver a vida de 0,1% dos brasileiros, que dirá dos outros 99,99%.

A agenda do governo tem sido imposto e mais imposto. Assim, vimos a ressurreição malandra em prol do Imposto Sindical, uma impostura total, o voto de qualidade do governo para derrubar as reclamações daqueles que pagaram demais e, gostemos ou não, teremos de trabalhar 5 meses por ano apenas para pagar impostos.

Quando há impostos demais e governo de menos, acontece o que estamos vendo na Europa, com a direita emergindo como principal força política numa França que cobrou impostos demais dos seus cidadãos e, em troca, transformou Paris num grande acampamento dos sem-teto. 

O Joaquim dedo-duro entregou o Joaquim revolucionário ao marquês de Barbacena no dia de são Estanislau. O santo e o Joaquim revolucionário tinham algo em comum: foram assassinados e seus corpos esquartejados. Joaquim Silvério prosperou e Barbacena virou um dos homens mais abastados do Brasil, depois de receber gorda comissão por empréstimo ao governo de D. Pedro 1º por ele negociado junto ao Banco Rothschild da Inglaterra. 

A história de Barbacena, Joaquim Silvério e Joaquim José é a prova de que os cobradores de impostos não fazem revolução. Lutam para deixar tudo como está, sem nunca sair da zona de conforto. Revoltas e revoluções são para os pagadores de impostos.

*Jornalista

Devido ao calendário eleitoral, o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSDB), concluiu sua participação em inaugurações com uma série de entregas para a população. Nos últimos dois dias, ele esteve presente em suas últimas cerimônias, em conformidade com a regra que proíbe pré-candidatos à reeleição de comparecerem a eventos públicos a partir deste sábado, 6 de julho.

Nessa última sexta-feira (5), Pinheiro participou da assinatura dos contratos de regularização fundiária para os moradores do bairro José Carlos de Oliveira e entregou as escrituras para os moradores do bairro Deputado José Antônio Liberato. Esses eventos simbolizam a conclusão de importantes projetos de regularização fundiária, garantindo segurança jurídica e melhorias na qualidade de vida para centenas de famílias em Caruaru.

Ainda nesta semana, o prefeito divulgou o balanço semestral da Secretaria de Educação e Esportes e, também, anunciou  um novo pacote de investimentos no valor de R$ 16 milhões na educação municipal. Os fundos serão usados para comprar ônibus escolares, construir e cobrir quadras esportivas, adquirir mobiliário e eletrodomésticos, comprar terrenos, reconstruir uma creche e construir uma nova creche e uma escola.

A gestão de Pinheiro também inaugurou a nova sede da Secretaria de Ordem Pública (SECOP), fortalecendo as ações operativas com novos alojamentos para a Guarda Municipal, melhores condições para atendimento ao público e novas estruturas para a Defesa Civil, Bombeiro Civil e Centro Integrado de Monitoramento (CIM). Ainda na área da segurança, a Prefeitura de Caruaru cedeu o antigo prédio do Centro de Saúde e Lactário Amélia de Pontes, localizado no centro da cidade, para a implantação da 1ª Cia do 4° Batalhão de Policiai Militar, que vai atender 27 bairros.

Além disso, foi entregue a nova Clínica de Tratamento Multidisciplinar de Autistas, especializada em atender estudantes da rede municipal com espectro autista e outros transtornos do neurodesenvolvimento, fruto de uma parceria com o projeto Campi.

Também em reunião, nesta semana, com o presidente da Autarquia de Mobilidade, Trânsito e Transporte de Caruaru (AMTTC) e diálogo com os empresários de ônibus de Caruaru, responsáveis pelo transporte urbano, o prefeito Rodrigo Pinheiro assegurou que não haverá aumento nas tarifas de ônibus ao longo de 2024, beneficiando diretamente trabalhadores e estudantes que utilizam esse serviço essencial.

Embora o gestor esteja ausente dos próximos eventos, isso não deve impactar a agenda de inaugurações. “Ao longo da gestão, a Prefeitura prevê, ainda, a entrega da Nova Escola Santos Anjos, da Ponte das Rendeiras, da nova avenida José Rodrigues de Jesus, da pavimentação e praça na Cidade Jardim, do Parque da Lagoa, do Centro Multicultural do Alto do Moura e do calçamento da estrada de acesso ao polo Comercial e condomínio Vog Ville”, adiantou Pinheiro.

Masoud Pezeshkian foi eleito o novo presidente do Irã, anunciaram as autoridades do país na madrugada deste sábado (6). Ele disputava o segundo turno contra o diplomata ultraconservador Saeed Jalili.

Considerado moderado e reformista, Pezeshkian assumirá o comando do Irã após a morte do presidente Ebrahim Raisi, que sofreu um acidente de helicóptero em maio. As informações são do G1.

A votação chegou a ser prorrogada três vezes, antes de ser encerrada. Ainda assim, a eleição registrou baixa participação, com cerca de 50% de comparecimento. Segundo os dados oficiais, Pezeshkian teve 53% dos votos.

Aos 69 anos, o novo presidente defende uma aproximação do Irã com países ocidentais, como os Estados Unidos, para acabar com sanções que afetam a economia iraniana.

Crítico das políticas de moralidade do Irã, Pezeshkian propõe relaxamento na lei sobre o uso obrigatório de véu para as mulheres.

Por outro lado, Pezeshkian afirmou que não fará mudanças radicais na teocracia iraniana. Ele também indicou que o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, será o responsável pela palavra final nas decisões.

Ainda assim, parte da população acredita que o governo de Pezeshkian representará uma abertura do Irã para relações com outros países. A campanha dele recebeu o apoio de vários políticos iranianos importantes, incluindo ex-presidentes.

Pezeshkian assumirá o governo em meio a tensões com o Oriente Médio. Em abril, o Irã lançou um ataque contra Israel para retaliar um bombardeio que atingiu um consulado iraniano na Síria. À época, o ataque levantou temores de uma nova escalada no conflito regional.

A Polícia Federal (PF) indiciou Sérgio Reis e Zé Trovão (PL-SC) pelas manifestações golpistas ocorridas em 7 de setembro de 2021, quando era comemorado o feriado do Dia da Independência daquele ano. 

Segundo a corporação, o cantor e o deputado federal teriam cometido os crimes de associação criminosa, incitação ao crime e tentar impedir o livre exercício dos Poderes. No mesmo ano, ambos haviam ameaçado ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e convocado bolsonaristas para atos na Esplanada dos Ministérios.

“Eles vão receber um documento assim: ‘vocês têm 72 horas para aprovar o voto impresso e para tirar todos os ministros do STF’. Não é um pedido, é uma ordem”, afirmou o artista por meio de uma mensagem de áudio vazada. Na ocasião, ele também disse que, se os integrantes da Suprema Corte não deixassem o tribunal em um mês, seria preciso “invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra”.

Já o parlamentar, que chegou a ser preso em setembro de 2021 devido às ameaças, mandava mensagens como “vamos lutar contra os desmandos da Justiça brasileira”, “a Justiça começa pela limpeza dos 11 ministros do STF” e “o Brasil será salvo no dia 7 de setembro”, por exemplo.

Minha última crônica da série revivendo Afogados da Ingazeira, minha pátria de nascença, escrevo hoje com a dor da saudade, com os olhos em lágrimas. Traz como cerne o Cine São José.

Que alegria encontrá-lo vivo, fazendo resplandecer no sorriso da garotada os truques e segredos da sétima arte!

Pisei no seu solo sagrado com meu filho Magno Filho e seu primo Guilherme, que lhe acolheu esses dias de férias por aqui com o seu irmão Antônio Neto. Uma das magias do cinema era o toque da cirene. Quando criança e adolescente, tocava três vezes. Era o aviso de que teríamos um bom filme naquela noite. Ainda continua tocando. Cada toque, uma lágrima de saudade. 

Nele, assisti muitos filmes de Tarzan! Na história, Tarzan era filho de um casal de nobres ingleses. Logo após o assassinato de John e Alice Clayton por gorilas, na costa africana, o garoto ficou sozinho e foi encontrado por macacos. Ele acabou sendo criado pela macaca Kala e, já adulto, casou-se com Jane, com quem teve um filho. 

Adorava a macaca Chita. Era uma gorila mal-humorada, e moleca que atuava como uma irmã adotiva para Tarzan e Jane, a mulher que salvou Tarzan da solidão na selva, onde vivia com gorilas e com eles aprendeu tropecias em árvores para se salvar. 

Havia filmes de faroestes e séries. Adorava Rin Tin Tin. Apelidado Rinty por seu proprietário, era um cão bonito que aprendeu truques e podia saltar grandes alturas. Foi transformado em um cão de shows pelo produtor cinematográfico Charles Jones, que pagou a Duncan para filmar Rinty. 

Conta a história que o primeiro Rin Tin Tin surgiu nas telas, assim, em 1922, em The Man From Hell’s River, no papel de um lobo. 

O Cine São José também foi palco de muitas anarquias quando moleque. Nossa turma, de tão bagunceira, era vigiada e chegou a ser proibida de frequentar o cinema. Pulávamos sobre as cadeiras para quebrá-las. Enchíamos seu assento de chicletes. 

Seu Helvécio, locatário do cinema, propriedade da Diocese, criou a sua lista de Schindler para nos perseguir e nos privar da telinha. E ainda fazia o fuxico aos pais. 

Para minha geração, o Cine São José foi o grande centro cultural de Afogados da Ingazeira. Além de projetar filmes, era palco para os Domingos Alegres, com Waldecy Menezes, um programa de auditório transmitido pela Rádio Pajeú. 

Waldecy era o nosso Silvio Santos que nos salvava do tédio nas tardes de domingo. O programa era super divertido e revelava talentos. A cantora Maria da Paz, a Paizinha, que Deus já chamou, foi uma delas. Garotinha, subia no palco e cantava feito um sabiá. 

Que saudade desse tempo maravilhoso! Rubem Alves, meu cronista preferido, diz que saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar. Diz também que saudade é o bolso onde a alma guarda aquilo que perdeu. Na saudade, descobrimos que pedaços de nós já ficaram para trás.

PT sem prefeitos nas capitais

Apesar da volta ao poder central com Lula, o PT não elegeria, hoje, nenhum prefeito nas principais capitais. Entre os maiores centros e grandes colégios eleitorais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, e Recife, nem chegaria ao segundo turno, conforme pesquisas trazidas ontem pelo Datafolha.

Maior contingente eleitoral do País, em São Paulo o PT não tem sequer candidato, faz uma aposta em Boulos (Psol), que aparece empatado com o prefeito Ricardo Nunes (MDB). No Rio, Datafolha mostra o prefeito Eduardo Paes (PSD) num cenário bem favorável a emplacar a reeleição logo no primeiro turno.

Paes aparece com 53% das intenções de voto, bem distante do segundo, o candidato do Psol, Tarcísio Motta, com 9%. Em Belo Horizonte, o prefeito Mauro Tramonte (Republicanos) lidera com 19% e em segundo vem o tucano João Leite, com 12%. O postulante do PT, Rogério Correia, tem apenas 8%.

Já no Recife, a única do Nordeste no conjunto das pesquisas que foram divulgadas ontem, o prefeito João Campos (PSB) é o mais bem posicionado entre todos. Se as eleições fossem hoje, o socialista teria 75% dos votos, sendo reeleito tranquilamente. Em segundo lugar, Daniel Coelho (PSD), o candidato da governadora Raquel Lyra (PSDB) pontua com apenas 7%.

A grande surpresa recaiu no pré-candidato do PL, Gilson Machado, abaixo de Daniel, com 6%, levando-se em conta que na pesquisa do Atlas Intel apareceu com impressionantes 21%. Segundo um marqueteiro e especialista em pesquisa, o levantamento do Atlas Intel teria sido digital, muito parecido com uma enquete, fruto da mobilização dos bolsonaristas.

BALDE DE GELO – Os novos números do Datafolha no Recife caíram como uma ducha fria entre as principais lideranças do PT que ainda alimentam esperanças de que João Campos abra o espaço da vice em sua chapa para o partido. Essa novela, entretanto, está bem próxima de acabar: as convenções partidárias para homologação dos pré-candidatos a prefeito e vereador nas eleições deste ano começam no próximo dia 20 e se estendem até 5 de agosto. Antes disso, João anuncia o vice. O mais cotado é o seu chefe de gabinete afastado, Vitor Marques, filiado ao PCdoB, partido integrante da federação que inclui ainda PT e PV. Também é cogitada o nome da ex-secretária de Infraestrutura, Marília Dantas.

Com Gadêlha – O Datafolha também trouxe um segundo cenário na disputa pela Prefeitura do Recife, com o deputado Túlio Gadêlha (Rede) no lugar de Dani Portela (PSOL). Dani, que apareceu com apenas 3%, foi lançada como pré-candidata pelo diretório municipal da federação PSOL/Rede, mas a instância municipal da Rede lançou o nome do deputado federal Túlio Gadêlha. Mas com Gadêlha, nada muda, porque pontua também os mesmos 3% de Dani.

Aprovação de 69% – O Datafolha aferiu também a avaliação da gestão de João Campos pelos recifenses, faltando apenas três meses para as eleições. Segundo o levantamento, a aprovação do seu trabalho é de 69%, enquanto a reprovação atinge apenas 6%. Com esses números, o socialista se mantém como o prefeito mais popular do País, o que lhe confere condições naturais para uma reeleição tranquila, a não ser que ocorra um fato muito preponderante que repercuta ao longo da campanha de forma negativa.

Janja numa saia justa – A temática da virilidade sexual no seio da vida pública voltou a ser usada, ontem, pelo presidente Lula, mas bem diferente do seu antecessor Jair Bolsonaro, que num determinado momento da campanha presidencial de 2022 chegou a sugerir que era “imbrochável”. Ao mandar um recado aos que o acham cansado, aos 78 anos, Lula repetiu Bolsonaro, mas de uma forma menos agressiva aos ouvidos da sociedade, principalmente das mulheres. “Quem achar que o Lulinha está cansado, pergunte para a Janja. Ela é testemunha ocular”, disse.

Segurança zero – Apesar da sua frequente presença nas redes sociais, tentando mostrar que faz uma boa gestão, a governadora Raquel Lyra (PSDB) não conseguiu ainda construir nem uma política de segurança que retire o Estado da lista dos mais violentos do País. Após encerrar o primeiro ano com um aumento de 6,2% nas taxas de homicídios em comparação com 2022, seu governo está encerrando o primeiro semestre de 2024 com os números em alta. Foram 1.825 assassinatos nos primeiros seis meses do ano ante 1.792 no ano passado, aumento de 1,8%.

Curtas

EM SAMPA – Na pesquisa do Datafolha para prefeito de São Paulo, a deputada Tabata Amaral, namorada do prefeito João Campos e pré-candidata pelo PSB, aparece com apenas 7% das intenções de voto, abaixo de Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB), que pontuam 11% e 10%, respectivamente.

SEM PICANHA – internautas criticaram a não isenção de carnes e Viagra no PLP (projeto de lei complementar) 68 de 2024, que regulamenta a unificação dos impostos da reforma tributária. A carga tributária em bebidas alcoólicas também foi uma das reclamações. O PLP não trará inicialmente a isenção para as carnes, como queria o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

SEM VIAGRA – Já o Ministério da Fazenda retirou a substância citrato de sildenafila, um dos ativos centrais do Viagra, da lista de medicamentos desonerados. E as bebidas alcoólicas terão uma carga tributária composta pela junção da tributação por volume (quantidade) e pelo teor de álcool.

Perguntar não ofende: Depois da pesquisa Datafolha, João antecipa o anúncio do seu vice?