Confira o guia eleitoral da candidata do PSDB ao Governo do Estado, Raquel Lyra.
Confira o guia eleitoral da candidata do PSDB ao Governo do Estado, Raquel Lyra.
Por Jorge Quintino*
O Parque Ambiental Janelas para o Rio é muito mais do que uma nova área verde para Caruaru. É uma janela aberta para o futuro — um futuro de desenvolvimento urbano aliado à preservação ambiental, de qualidade de vida com responsabilidade, de crescimento sustentável com respeito à natureza.
Localizado às margens do Rio Ipojuca, entre os bairros Cedro e Inocoop, o parque ocupa uma área de aproximadamente 6,65 hectares e representa um investimento significativo de R$ 6 milhões, viabilizado através de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Trata-se de uma das maiores iniciativas ambientais e urbanas da história recente de nosso município.
Leia maisO projeto tem como principais objetivos a recuperação de áreas degradadas, a proteção das margens do rio contra ocupações irregulares e a criação de espaços públicos voltados para o lazer, a convivência e a educação ambiental. Em sua estrutura, o parque contará com pistas de caminhada, playgrounds, quadras esportivas, áreas de reflorestamento, blocos educativos e passarelas para pedestres — um verdadeiro espaço multifuncional pensado para atender às necessidades da população caruaruense.
Mas o Parque Janelas para o Rio vai além da infraestrutura. Ele carrega uma missão pedagógica e transformadora: promover a conscientização ambiental, incentivar práticas sustentáveis e fortalecer o vínculo da comunidade com o Rio Ipojuca, um símbolo natural de nossa cidade que por décadas foi negligenciado.
A expectativa é que aproximadamente 400 mil pessoas sejam diretamente beneficiadas com o projeto, por meio da promoção da saúde, do bem-estar coletivo e da integração social. Com esta iniciativa, abrimos caminho para uma cidade mais justa, mais verde e mais humana.
A concretização do Parque é fruto de um esforço conjunto entre diferentes esferas do poder público: do Prefeito Rodrigo Pinheiro, da Governadora Raquel Lyra e do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Na Câmara Municipal de Caruaru, temos atuado firmemente, com responsabilidade e comprometimento, para que políticas como estas se multipliquem, se fortaleçam e se tornem prioridade permanente no planejamento urbano da cidade.
Seguiremos vigilantes e propositivos, para que Caruaru continue abrindo janelas para o desenvolvimento com respeito à natureza e dignidade para sua gente.
*Vereador de Caruaru e professor
Leia menosDo portal g1
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu, hoje, mais diálogo com o Congresso, e um esforço maior dos partidos de esquerda para eleger parlamentares nas eleições de 2026, durante a participação dele na convenção nacional do PSB, em Brasília.
O governo vem sendo pressionado por parlamentares para revogar o decreto que ampliou a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em meio a um embate com o Congresso, Lula pregou diálogo e fez um aceno ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que também participou do evento. Motta é um dos principais críticos à ampliação da alíquota do tributo.
Leia mais“O governo tem que aprender que, quando quiser ter uma decisão que seja unânime entre todos os partidos, o correto não é a gente tomar a decisão e depois comunicar. É a gente chamar as pessoas para tomar a decisão junto com a gente”, afirmou.
“Para que a gente possa, quando chegar, as coisas estarem mais ou menos alinhavadas. É assim que eu tenho feito com o Hugo e com o Davi Alcolumbre [presidente do Senado], é assim que eu tenho feito com os líderes do Congresso”, seguiu.
O governo conta com uma base aliada restrita no Legislativo e, para aprovar proposições, precisa contar com os partidos do chamado Centrão. A presença de Lula no evento do PSB representa um gesto político à base, que inclui o PSB.
Na fala, Lula também disse que “ninguém tem obrigação de aprovar medidas provisórias do governo, ou projeto do lei do governo, se ele não concordar”.
Mas, que esse é o papel do Executivo, tentar convencer o Legislativo da importância dessas proposições.
O presidente também pediu que a esquerda invista no Congresso nas próximas eleições. “Em 2026, nós precisamos pensar o seguinte, precisamos eleger senador. Porque se esses caras elegerem a maioria dos senadores, eles vão fazer uma bagunça nesse país”, disse.
Elogio a Motta e eleições de 2026
Logo no início do discurso, o presidente fez um elogio a Hugo Motta. “Independente do partido que você pertence, independente, ou seja, o teu comportamento e a tua eleição na Câmara é a demonstração de que desde tantas coisas ruins que nós vivemos, começam a acontecer coisas boas”, afirmou Lula.
Ele também comentou a possibilidade de reeleição e disse que tem algumas condições para que isso aconteça.
“Eu tenho dito o seguinte: para que eu seja candidato a reeleição, tem algumas coisas na minha vida. Primeiro, eu tenho que estar 100% de saúde, como eu estou hoje. 100% de saúde. A outra coisa é que eu tenho — que nós temos — que construir um programa, ou seja, o que a gente quer construir nesse país?”, disse.
O presidente então falou dos entraves do orçamento público. “Porque se a gente ficar brigando com orçamento todo ano, é muito ruim, gente. Todos os governadores, prefeitos e presidentes da República vivem brigando com o orçamento”.
“A gente faz um orçamento para fazer uma coisa, depois tem que cortar porque o dinheiro é curto, depois tem que cortar porque não tem dinheiro, é um inferno. A gente tem que fazer um programa, o que é que nós queremos entregar para esse país nos próximos anos?”, defendeu.
Leia menosO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou, hoje, a manifestação do governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, à atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. As informações são do portal g1.
“Você veja que os Estado Unidos quer processar o Alexandre de Moraes, porque ele tá querendo prender um cara brasileiro que está lá nos Estados Unidos fazendo coisa contra o Brasil o dia inteiro”, disse.
Leia mais“Que história é essa de os Estados Unidos querer negar alguma coisa, e criticar a Justiça brasileira. Eu nunca critiquei a Justiça deles. Ele faz tanta barbaridade, eu nunca critiquei. Faz tanta guerra, mata tanta gente. Por que que eles vão querer criticar o Brasil?”, frisou.
Lula discursou durante encerramento da convenção nacional do PSB, que elegeu o prefeito de Recife, João Campos, como novo presidente da legenda.
A fala de Lula faz referência a um oficio que o governo brasileiro recebeu dos Estados Unidos falando sobre a atuação de Moraes. Segundo o Ministério da Justiça, o documento tem caráter meramente informativo e não resultará em qualquer encaminhamento por parte da pasta.
O documento foi uma resposta dos Estados Unidos às decisões judiciais que resultaram no bloqueio de redes sociais americanas no Brasil.
O movimento é tido como atípico, nos bastidores da diplomacia brasileira, mas visto como um “novo normal” do governo Trump.
De acordo com fontes do governo, o ofício sequer passou pela embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Foi direto do Departamento de Justiça dos EUA para o Ministério da Justiça brasileiro.
Leia menosO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a condenar, hoje, os ataques de Israel à Faixa de Gaza, e a expansão dos assentamentos israelenses no território. Segundo o petista, “nem o povo de Israel quer essa guerra” que, segundo ele, se trata de um “genocídio”.
Lula discursou durante encerramento da convenção nacional do PSB, que elegeu o prefeito de Recife, João Campos, como novo presidente da legenda. Durante a fala, ele leu uma nota do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), condenando a expansão dos assentamentos israelenses. As informações são do portal g1.
Leia mais“O governo brasileiro condena, nos mais fortes termos, o anúncio pelo governo israelense, realizado no dia 29 de maio, da aprovação de 22 novos assentamentos na Cisjordânia, território que é parte integrante do Estado da Palestina”, diz a nota, lida pelo presidente.
Ele prosseguiu a leitura: “O Brasil repudia as recorrentes medidas unilaterais tomadas pelo governo israelense, que, ao imporem situação equivalente a anexação do território palestino ocupado, comprometem a implementação da solução de dois Estados”.
“Reafirma, ainda, seu histórico compromisso com um Estado da Palestina independente e viável, convivendo em paz e segurança ao lado de Israel, nas fronteiras de 1967, incluindo a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, com capital em Jerusalém Oriental”, finaliza o texto.
A fala foi acompanhada por gritos de ‘Palestina livre’, inclusive da primeira-dama, Janja da Silva.
“A maioria do povo judeu não concorda com essa guerra. O povo de Israel não quer essa guerra. Essa guerra é uma vingança de um governo contra a possibilidade da criação do estado Palestino, por detrás do massacre em busca do Hamas, o que existe na verdade é a ideia de assumir a responsabilidade e ser dono do território de Gaza”, afirmou Lula.
“O que nós estamos vendo é um Exército altamente profissionalizado matando mulheres e crianças indefesas na Faixa de Gaza. Eu sei que tem muita gente que não gosta, mas eu quero dizer aqui também no PSB, isso não é uma guerra, é um genocídio”, reiterou.
Leia menosQuase 20 anos após a sanção da Lei Maria da Penha, tribunais de Justiça de ao menos 13 estados brasileiros seguem descumprindo o prazo legal de 48 horas para análise das medidas protetivas voltadas à defesa de mulheres em situação de violência. Pernambuco está entre os estados listados em levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ao lado de Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraíba, Alagoas, Piauí, São Paulo e Sergipe.
Os dados, referentes a 2024, mostram que o tempo médio de análise em alguns estados chega a ultrapassar duas semanas. Na Bahia, por exemplo, o prazo subiu para 16 dias, em desacordo com o que estabelece a legislação. Pernambuco, que possui cidades com altos índices de violência doméstica, também aparece no grupo de estados que não têm conseguido cumprir a determinação de urgência prevista pela Lei nº 11.340/2006. As informações são da Folha de S.Paulo.
Leia maisA juíza e conselheira do CNJ Renata Gil ressalta que a demora coloca em risco a vida das mulheres. “Toda vez que uma vítima solicita uma medida protetiva, é porque está em situação de risco e esse risco é, muitas vezes, um risco de vida [feminicídio]. Por isso, estamos empenhados em garantir que os pedidos sejam atendidos com a máxima urgência”, afirmou. Ela aponta que a falta de varas especializadas e o envio de pedidos com dados incompletos são entraves comuns.
A média nacional de análise, segundo o CNJ, é de quatro dias — quase o dobro do permitido por lei. Mesmo em tribunais que alegam cumprir o prazo nos juizados especializados, os registros eletrônicos e inconsistências no sistema têm mascarado a lentidão do processo. Em Pernambuco, embora o Tribunal de Justiça não tenha se manifestado oficialmente, a inclusão no levantamento aponta a necessidade de revisão nos fluxos de atendimento às vítimas.
A própria experiência de mulheres como a empresária baiana Estefane Santos Souza, de 26 anos, ilustra a importância da resposta imediata do Judiciário. “A medida protetiva, pela minha experiência, salva vidas”, disse ela, que sobreviveu a uma tentativa de feminicídio em 2022 após conseguir a medida de urgência. Casos como o dela reforçam o valor do instrumento legal quando aplicado com celeridade.
Especialistas alertam que, apesar dos avanços legais, como o Pacote Antifeminicídio de 2024 — que endureceu a pena para o descumprimento da lei —, ainda há resistência dentro do Judiciário para reconhecer formas menos visíveis de violência, como a psicológica e patrimonial. Em resposta, o CNJ anunciou que lançará ainda este semestre um sistema nacional para permitir o pedido de medida protetiva diretamente pelo celular ou computador, o que deve ajudar a agilizar os processos e ampliar o acesso das mulheres à Justiça.
Leia menosO interior de Pernambuco mais uma vez mostra sua força na produção acadêmica e científica. O curso de Direito da Universidade de Pernambuco (UPE) – Campus Arcoverde será um dos grandes destaques da 77ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), com 15 trabalhos científicos aprovados para apresentação no evento, que ocorrerá de 13 a 19 de julho de 2025, na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), no Recife.
Sob a orientação do Professor Fernando Cardoso e da Professora Rita Freitas, os(as) discentes desenvolveram pesquisas que abordam temáticas urgentes e profundamente relevantes para a sociedade brasileira. Os trabalhos contemplam áreas como direitos de grupos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, questões de gênero, raça, etnia, direitos das pessoas idosas e com deficiência, além de reflexões sobre o papel do Direito na promoção da justiça social.
Leia mais“A aprovação expressiva dos nossos alunos e alunas demonstra que o interior pode — e deve — ser protagonista na construção do conhecimento científico que transforma a realidade”, ressaltou o professor Fernando Cardoso.
A Reunião Anual da SBPC é o maior e mais tradicional evento científico da América Latina, reunindo pesquisadores, professores, estudantes e lideranças de diversas áreas do conhecimento. A edição de 2025, com sede na UFRPE, tem como tema “Ciência para o Desenvolvimento Sustentável com Justiça Social”, alinhando-se perfeitamente ao eixo temático das pesquisas desenvolvidas em Arcoverde.
A professora Rita Freitas também destacou o impacto da participação: “É um momento histórico para o nosso curso. Nossos estudantes estarão entre os melhores do Brasil, mostrando a potência da UPE e o compromisso com os direitos humanos e a cidadania.”
A aprovação coletiva reforça o curso de Direito da UPE Arcoverde como um polo de formação de excelência no Sertão pernambucano. O campus, que já vinha se destacando pela qualidade de ensino e envolvimento em projetos de extensão, agora também consolida seu protagonismo no campo da pesquisa científica.
Leia menosMesmo ocupando cargos de poder no Congresso Nacional, senadoras e deputadas afirmam que o machismo ainda é uma presença constante no dia a dia parlamentar. Em entrevistas ao g1, elas relataram episódios de interrupções sistemáticas, deslegitimação de falas, intimidações e até agressões físicas.
O tema voltou ao centro do debate após a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ter sido alvo de ataques e ofensas durante uma audiência no Senado nesta semana. Um dos senadores chegou a dizer que era preciso separar a mulher da ministra, porque “a mulher merecia respeito, mas a ministra, não”. As informações são do portal g1.
Leia mais‘É uma violência velada’
A deputada Delegada Katarina (PSD-SE) diz que o machismo no Congresso opera muitas vezes de forma sutil, mas poderosa. “É uma violência velada, que tenta minar as nossas forças e nos desestimular a estar ali. Aquela que se impõe, acaba sofrendo mais, mas temos que reagir.”
A deputada, única mulher na Mesa Diretora, relembra um episódio em que presidiu uma sessão da Câmara, em fevereiro. Na ocasião, aliados do governo e do ex-presidente Jair Bolsonaro começaram a discutir, a ponto de inviabilizar a sessão, e ignoraram o apelo da deputada para voltarem ao silêncio. “Eu queria muito acreditar que se fosse um homem ali seria a mesma coisa”, diz a parlamentar.
Atualmente, apenas 18% das cadeiras da Câmara são ocupadas por mulheres — 99 entre os 555 nomes que compõem a legislatura, considerando titulares e suplentes.
No Senado, são 16 mulheres entre 81 senadores (19,75%). Isso contrasta com os 51,5% da população brasileira que é feminina, segundo o IBGE.
O que é violência política de gênero?
Segundo a Secretaria da Mulher, a violência política de gênero pode ser caracterizada como todo e qualquer ato com o objetivo de excluir a mulher do espaço político, impedir ou restringir seu acesso ou induzi-la a tomar decisões contrárias à sua vontade.
As mulheres podem sofrer violência quando concorrem, já eleitas e também durante o mandato.
A violência pode ocorrer tanto no meio virtual (com ataques em suas páginas, fake news e deepfakes) quanto nas ruas, quando são vítimas de agressões de eleitores. Além disso, a violência pode ocorrer, inclusive, dentro de casa.
Como denunciar? Na Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180. O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, em todo o território nacional.
‘Já fui agredida fisicamente’
Com 34 anos de mandato, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirma que já enfrentou agressões físicas e ameaças dentro do Congresso. “É desenergizante. Esse tipo de violência desgasta nossa energia, que deveria estar sendo gasta com a política. A violência de gênero sempre existiu, mas antes não era nomeada.”
Em uma sessão recente da Comissão de Cultura, Jandira foi ameaçada pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que afirmou que, fora do parlamento, bastaria “prender ou atirar” em quem discordasse.
Ela também relatou que projetos com a palavra “gênero” sofrem rejeição automática: “Nem mesmo quando se trata de ‘gênero alimentício’. Eles não aceitam nem o vocabulário.”
‘Querem nos desqualificar’
A deputada Rosana Valle (PL-SP) afirma que já foi descredibilizada por colegas em reuniões da Comissão de Viação e Transportes, por ser mulher em um ambiente tradicionalmente masculino. “Às vezes não vem com grito, mas com desdém. Interrupções, explicações desnecessárias, tentativas de desqualificar o que acabamos de falar.”
Ela defende cotas temporárias para mulheres, inclusive na ocupação de cadeiras no Congresso, e não apenas na disputa eleitoral. “Nós queremos ser eleitas pela nossa capacidade, mas o ambiente precisa deixar isso possível.”
Lugar simbólico
A senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) menciona que durante eventos parlamentares, organizadores já pediram que ela cedesse o lugar para um homem. As situações ocorriam mesmo quando a paraibana ocupava cargos mais elevados.
“Eu respondo ‘não vou me levantar’, sou incisiva. Mas, perdemos o debate do evento, ficamos nos questionando o motivo da interrupção. ‘Por que só com a mulher?’”, questiona a senadora.
A paraibana, que presidiu a Comissão Mista Orçamentária, conta que também sofreu machismo quando relatou, durante o governo Bolsonaro, um projeto que mudava a outorga de concessões na telecomunicação.
“Um dia depois que fiz o discurso da sanção da PL, em reunião na Residência Oficial, um general do Bolsonaro me cumprimentou e falou que a esposa dele havia perguntado quem eu era, e ele teve que responder que eu era uma assessora, porque senão daria ‘problema em casa’”, comenta.
A parlamentar ainda completa, “para mim, ele destratou tanto o cargo de assessora, quanto a minha função legislativa. Foi a maior grosseria, é indignante, precisamos falar muito mais sobre isso”.
‘Incômodo por ser contestado por uma mulher’
A senadora Teresa Leitão (PT-PE) diz que não presenciou episódios explícitos no Senado, mas percebe um incômodo visível de colegas ao serem contestados por mulheres. “A política, para os homens, é naturalizada. O espaço público é o último que conquistamos ao longo da história. Não podemos retroceder.”
Ela também defende que o Senado avance em medidas estruturantes para fortalecer candidaturas femininas, como cotas de cadeiras e mais tempo de TV.
Denúncias de violência política de gênero
Desde 2013, a Secretaria da Mulher da Câmara recebeu 86 denúncias formais de violência política de gênero — interrupções, ameaças, constrangimentos, racismo, representação por decoro e até adesivos sexistas.
Veja os números por ano:
A partir de 2021, a criação de uma lei específica contra violência política de gênero permitiu que os casos fossem formalmente denunciados. A lei prevê pena de 1 a 4 anos de prisão e multa, além da proibição de propaganda eleitoral que deprecie a condição da mulher.
Leia menosO presidente Lula (PT) deixou claro que pretende, não só manter a aliança com o PSB, como também ter Geraldo Alckmin como vice, na eleição de 2026. O petista prestigiou a eleição do prefeito João Campos na presidência nacional do partido, hoje, em Brasília. E ainda defendeu a possibilidade de ter dois palanques de candidatos a governador, onde for necessário. As informações são do Blog Dantas Barreto.
“A minha relação com o PSB é carnal, umbilical. Vocês pertencem a um partido que tem história e símbolos”, disse Lula. E também lembrou que essa construção vem do passado. “Minha ligação com o PSB é histórica, é antiga. A relação com Miguel Arraes era muito forte. Com Eduardo Campos era muito mais forte”, comentou.
Leia maisAo cumprimentar Geraldo Alckmin, Lula disse que nenhum cientista político poderia imaginar essa união, depois de um longo período sendo adversários. E que ninguém acreditava na possibilidade de que o ex-filiado ao PSDB entrasse no PSB. “Mas democracia não tem limite”, enfatizou, se referindo à aliança com o PSB e ao seu vice-presidente.
Lula também ressaltou a necessidade de o PT e partidos aliados lançarem candidatos ao Senado onde for possível, para evitar que a direita conquiste a maioria das cadeiras. “Esses caras vão avacalhar a Suprema Corte. Não que a Suprema Corte seja uma maçã doce, mas temos que preservar a democracia”, ressaltou.
Estados
Quando se referiu às alianças estaduais, o presidente não descartou que poderá subir em mais de um palanque. Ele lembrou, justamente, da eleição de 2006 em Pernambuco, quando dois ex-ministros seus disseram que seriam candidatos a governador: Eduardo Campos pelo PSB e Humberto Costa, no PT. Decidimos fazer comícios juntos, em um Humberto falava primeiro, no outro era Eduardo. É assim que podemos fazer em muitos lugares”, disse Lula.
Em Pernambuco, além de ter o prefeito João Campos como pré-candidato ao Governo, a governadora Raquel Lyra trocou o PSDB pelo PSD na intenção de também ficar próxima do presidente Lula.
Leia menosA ex-ministra do Meio Ambiente de 2010 a 2016, Izabella Teixeira, afirmou na última sexta-feira (30) que o episódio envolvendo a atual ministra da área, Marina Silva, no Senado Federal, foi “inaceitável”. Segundo ela, o desrespeito demonstrado pelos senadores foi com todas as mulheres na política.
“Nós devemos respeito a ela [Marina Silva]. Todos os brasileiros devem respeito. Você pode concordar ou discordar, não é isso? Mas o que eu vi no congresso, o que foi mostrado, foi uma atitude desrespeitosa, inaceitável. E não só ela, as mulheres na política”, declarou. As informações são do Poder360.
Leia maisTeixeira está em Bonito, no Mato Grosso do Sul, onde participa do Fórum Lide COP30 e conversou com a imprensa. Segundo ela, as mulheres na política são expostas a situações desrespeitosas por alguns.
A sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado, na última terça-feira (27), com a presença de Marina, foi interrompida após um bate-boca entre a ministra e o presidente da comissão, Marcos Rogério (PL-RO). Ela queria mais tempo para responder, mas ele concedeu a fala a outro senador.
“O senhor gostaria que eu fosse uma mulher submissa, mas eu não sou. Eu vou falar”, disse Marina. Na sequência, Marcos Rogério, irritado, disse “agora é sexismo, ministra? Me respeite, ministra. Se ponha no teu lugar”.
Em outro momento, o senador Plínio Valério – que já falou em “enforcar” Marina Silva em um evento de empresários – disse que “a mulher merece respeito, a ministra, não”.
Senadores repudiaram as falas, incluindo a bancada feminina.
Leia menosO prefeito do Recife, João Campos, assumiu a presidência nacional do PSB por aclamação, hoje, durante o congresso realizado em Brasília. Ao lado do presidente Lula (PSB) garantiu que o partido manterá a aliança, na eleição de 2026. A partir de agora, Campos acumula a função de dirigente do PSB com a gestão municipal. Mas, em abril de 2026, deverá renunciar ao cargo de prefeito para concorrer ao Governo de Pernambuco e costurar as alianças nacionais. As informações são do Blog Dantas Barreto.
“O nosso compromisso democrático vai além da eleição. Tenho certeza que a gente sabe de toda essa construção da vitória em 2022, com a aliança de Lula e Geraldo Alckmin. O PSB vai estar na trincheira certa da história. Nós não vamos titubear”, assegurou João Campos. “Vamos mostrar que o nosso partido está pronto para colher a vitória política ao lado do presidente Lula”, acrescentou.
Leia maisO compromisso do presidente socialista é superar a atual bancada federal e ampliar o apoio ao Governo Federal, na certeza de que Lula será reeleito. “Você vai receber uma bancada dobrada de tamanho”, falou Campos, ao lado do petista.
Já falando como dirigente, João disse ser uma honra assumir o cargo, num ato que contou com a presença de Lula. Ele também destacou a importância de respeitar a história do PSB, nesse momento de renovação.
“A primeira tarefa de renovar é reconhecer e valorizar a nossa história, a nossa tradição, a essência dos nossos valores, mas também poder construir forma nova, muitas vezes mudando o jeito, mas chegando na essência da base do povo brasileiro. O Brasil vive um novo tempo, onde tem uma maioria que não existia antigamente, seja no campo do empreendedorismo, seja na mistura das religiões, profissões, na fragmentação do cristianismo. Isso tem implicado na vida política. Eu tenho certeza que o Partido Socialista Brasileiro tem uma tarefa nos seus 80 anos de história, um partido que resistiu ao tempo de ditadura e sobreviveu de forma clandestina”, assinalou.
O novo presidente do PSB disse que assume a função, mas que, para avançar e crescer, a tarefa tem que ser conjunta. “Essa é a hora de poder ir mais longe, de fazer esse dever de casa compartilhado. A função da presidência, da liderança, muitas vezes parece solitária, mas com um partido desse tamanho, eu queria pedir ajuda de cada um e cada uma”, enfatizou.
Além de João Campos, também foi eleito o novo Diretório Nacional. O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, é vice-presidente nacional do partido; o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, é o secretário-geral; e o deputado federal Pedro Campos ficou com a primeira secretaria.
Leia menosPor Carlos Madeiro
Do UOL
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), dará hoje um passo a mais para nacionalizar seu nome na política brasileira. Às 14h em Brasília, ele é eleito por aclamação como novo presidente do PSB, assumindo o posto de Carlos Siqueira.
Não é segredo para ninguém que a popularidade digital do prefeito é tratada como um ativo do PSB para concorrer, em um futuro não tão distante, ao cargo de presidente.
Leia mais“Ele é o principal investimento do PSB hoje, nosso principal ativo político. E nós estamos investindo nele”, afirmou Carlos Siqueira em entrevista ao Podcast Direto de Brasília, na última terça-feira (27), que você pode conferir na íntegra aqui.
Namorado da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), João é um político jovem, de 31 anos, que alcançou sucesso nacional em redes sociais. Ele é o que convencionou-se chamar de “nepo baby”. No caso, ele recebeu a herança de liderança familiar do PSB, seja pelo pai (Eduardo Campos), seja bisavô (Miguel Arraes) — que foram presidentes nacionais da sigla por longos períodos: Arraes entre 1993 e 2005, e Eduardo entre 2005 e 2014.
Visibilidade trará fiscalização maior
Ao mesmo tempo que a ascensão à presidência aumenta a visibilidade, o coloca também como um político mais visado e, por tabela, fiscalizado. “Tudo será examinado: sua gestão no Recife, sua passagem pelo Congresso Nacional, seus posicionamentos públicos, e até mesmo sua vida íntima e familiar”, afirma Arthur Leandro, cientista político da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).
Na quinta-feira, o colunista Flávio VM Costa, do UOL, revelou que o Tribunal de Contas de Pernambuco e o MPF (Ministério Público Federal) investigam indícios de irregularidades em contratos da gestão da Prefeitura do Recife com empresas de engenharia que prestam serviços de manutenção em escolas e unidades de saúde.
A denúncia, que poderia ter repercussão mais local, acabou ganhando escala nacional por conta de seu sucesso.
“A indicação ao PSB tem bônus, mas tem ônus — e isso depende muito dele. O comportamento que ele terá, os resultados políticos, mas também a própria relação que vai estabelecer ao longo desses próximos anos vão contar nesse resultado. Mas acho que, pensando no conjunto da obra, tem mais bônus do que ônus, e acho que João vai ter que saber administrar bem essa situação”, diz Luciana Santana, cientista política da Ufal (Universidade Federal de Alagoas).
Sucesso nas redes
A ascensão do prefeito do Recife passa muito pelo mundo digital. Ele tem 2,9 milhões de seguidores somente no Instagram. Para efeito de comparação, os prefeitos das maiores cidades do país — Ricardo Nunes (MDB), de São Paulo, e Eduardo Paes (PSD), do Rio — têm 1,1 milhão e 868 mil seguidores na mesma rede, respectivamente.
A facilidade em se conectar com o público jovem nas redes é apontado com um trunfo dentro da esquerda, que tem sofrido com a comunicação digital em todas as esferas. Por isso, Siqueira diz que João é a “pessoa certa” para dar continuidade “à auto-reforma, à modernização do partido”.
A ideia é que ele traga consigo uma nova forma de comunicação. Foi essa linguagem popular nas redes sociais que levou João a fazer sucesso fora do Recife e, para muitos especialistas, se tornou decisiva para a vitória acachapante na sua reeleição em 2024 com 78% dos votos válidos.
“Ele pode trazer propostas de desenvolvimento mais inovadores para os municípios, para os estados e, futuramente, para o próprio país. Ele é a pessoa jovem ideal para dar curso a esse programa, o que é uma tarefa monumental; digna dele, se tiver sucesso, se tornar candidato à presidência da República, o que é o nosso projeto”, afirma Carlos Siqueira.
O UOL tentou conversar com João nos últimos dias, mas não conseguiu uma agenda. Em entrevista à Folha, João afirmou que a prioridade de sua gestão no PSB será fortalecer o partido em diversas vertentes. “É preciso ter força eleitoral”, disse.
A ideia é atrair mais políticos e lideranças de peso para dar mais força ao PSB. Foi assim que nos últimos anos o partido conseguiu nomes como do vice-presidente Geraldo Alckmin. “Não tenho nenhuma dúvida de que a gente vai ser um partido progressista com maior crescimento nas próximas eleições”, afirma.
“É preciso ter um diálogo forte em relação aos grandes centros urbanos, o problema da violência urbana é um grande problema hoje. É preciso compreender nichos do agro e comunicar o que está sendo feito”, continua o prefeito.
Eleição ‘simbólica’
Para o cientista político Arthur Leandro, a eleição de João à presidência do PSB representa, ao menos no plano simbólico, um movimento significativo na centro-esquerda brasileira.
“Ele entra no comando da sigla num momento em que o partido busca renovar sua identidade e ampliar sua presença no cenário nacional. E o faz com uma vantagem: já no momento da posse, o dirigente partidário com maior base digital entre os 29 presidentes de siglas brasileiras. O PSB tem assim a maior presença digital dentre as esquerdas brasileiras”, diz.
Mas a eleição vai além das redes sociais. “Há um cálculo político importante, ainda que não explicitado, nos documentos internos do partido: com a dificuldade crescente do PT em se renovar, e na ausência de um sucessor natural a Lula, João Campos se apresenta como um nome viável para assumir parte do protagonismo da centro-esquerda”.
“Essa pretensão, todavia, exigirá muito mais do que números de engajamento: exigirá articulação, capital político real, e um projeto nacional convincente. O momento do PSB, é verdade, é favorável: a legenda foi a que mais elegeu prefeitos no campo da esquerda nas eleições de 2024. Se bem conduzido, pode fazer do PSB um polo de atração para os eleitores desiludidos com o lulismo, mas ainda refratários à direita”, afirma Arthur.
Desafio passa por vitória em Pernambuco
Antes de pensar na Presidência, porém, João terá um duro desafio local. Ele deve renunciar à prefeitura do Recife em abril de 2026 para disputar o governo do estado e ocupar o lugar que pai e bisavô já estiveram.
João hoje lidera as pesquisas com vantagem confortável ante a governadora Raquel Lyra (PSD), candidata à reeleição. Segundo a Real Time Big Data, divulgada em 10 de abril, ele teria 67% votos, contra 22% da rival.
O grupo sabe, porém, que a disputa contra a máquina será dura e que a governadora, após um mau começo, tem melhorado os índices de aprovação no estado.
Uma estratégia de Raquel tem sido a aproximação com o presidente Lula. Recentemente se filiou ao PSD, deixando o PSDB que a elegeu duas vezes prefeita de Caruaru e ao governo do estado.
Na quarta-feira, Raquel e João dividiram palco no evento em Salgueiro (PE) com a presença de Lula. Única dos dois a falar, foi bastante aplaudida pelo público ao ser anunciada. Quando citou o nome de Campos, ouviu um coro de gritos e palmas, mas seguiu o protocolo citando os demais prefeitos presentes.
Raquel começou o seu discurso rasgando elogios a Lula pelas obras no estado, fez postagens nas suas redes sociais com Lula e tenta neutralizar o provável apoio do presidente a João em 2026. Em 2022, ela se elegeu contra Marília Arraes (Solidariedade) em cima do muro entre Lula e Bolsonaro.
Já João deve contar com o apoio formal do PT na chapa e goza de grande prestígio com o presidente Lula e com boa parte do partido em Pernambuco. Por isso, o grupo acredita que Lula não iria se sentir com “palanque dividido”, como ocorrerá em outros estados.
Por José Nivaldo Junior
Do jornal O Poder
A eleição e posse do prefeito do Recife, João Campos, na presidência do PSB nacional, em Brasília, na tarde deste domingo (1), está cercada de simbolismos. Apesar de não haver sucessão familiar, nem nada que lembre oligarquia, desde que João construiu sua carreira com seus próprios méritos, quando o pai Eduardo Campos e o bisavô Miguel Arraes já haviam falecido, o ato está cercado de simbolismos.
Primeiro, marca a chegado de um político carismático, amado e admirado por seus concidadãos, que atrai a atenção do país. Aos 31 anos, já foi deputado federal duas vezes e é prefeito reeleito de uma das capitais com maior significado político do Brasil.
Leia maisSegundo, marca a chegada ao protagonismo partidário de uma nova e promissora geração que está apontando para uma renovação natural na política brasileira. Uma simbólica mudança de geracional.
Ato expressivo
Neste sentido, em um ato que já seria muito prestigiado por lideranças e autoridades políticas nacionais, o prefeito do Recife, João Campos, também contará com a presença do presidente Lula no Congresso do PSB, realizado em Brasília. João será aclamado presidente nacional do partido.
O abraço entre Lula e João, que certamente ilustrar a mídia ainda hoje e amanhã, representa o encontro de duas gerações que constroem a história hoje. Lula, com seus erros e acertos, é o maior líder popular do país em todos os tempos. João, com a base sólida que está construindo e o protagonismo nacional que agora assume formalmente, é um sol nascente, uma nova esperança, no exato momento em que os principais atores da política nacional são obrigados a reconhecer que, para eles, o pôr do sol está em curso.
Sintonia
A presença de Lula no evento reforça a relação próxima com o prefeito e a sintonia que deve permanecer entre os dois nos próximos anos. João Campos é o principal nome do PSB na atualidade e representa a renovação geracional no comando da legenda.
O ato também reúne a participação do presidente da Câmara Federal, Hugo Motta e do vice-presidente Geraldo Alckmin, entre outras autoridades, ministros, parlamentares, políticos de quase todos os partidos. O que embute mais uma mensagem: podemos não estar alinhados hoje mas em futuro próximo, quem sabe?
Mensagens
Nesse sentido, João Campos, no decorrer do Congresso Nacional que ocorre desde a última sexta feira, emitiu posições de estadista. Pregou a despolarização, o diálogo, a aproximação do campo Progressista com o centro. Ou seja, as trilhas de um caminho para as políticas nacional, regional e local. Esboço de um novo projeto de país, desejo de todos os brasileiros de boa vontade.
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