Confira o guia eleitoral do candidato do PSB ao Governo do Estado, Danilo Cabral.
Confira o guia eleitoral do candidato do PSB ao Governo do Estado, Danilo Cabral.
De olho no alto escalão do governo cearense, um nome começa a ressurgir em Brasília nas últimas semanas. Ciro Gomes, que atualmente integra o PDT, tem chamado atenção de grandes partidos como o União e Progressistas. Até o PSDB, em busca de nomes com densidade política, já sinalizou interesse e mantém Ciro no radar. As informações são da CNN Brasil.
A ideia principal de Ciro, segundo interlocutores ouvidos pela CNN, é concorrer ao governo do Ceará em 2026, cargo que já ocupou de 1991 a 1994, além de já ter sido ministro da Fazenda (1994-1995) e ter desempenhado outros cargos no governo federal ao longo de sua trajetória política.
Leia maisDe acordo com caciques do União e também do Progressistas, a candidatura de Ciro seria boa para firmar uma aliança de oposição ao governador cearense, Elmano de Freitas (PT), de forma que o ex-governador e ex-ministro poderia ajudar a puxar votos e aumentar as bancadas de ambos os partidos na Câmara dos Deputados.
Na última semana, Ciro circulou por Brasília e chegou a participar de um jantar promovido pelo presidente do Progressistas, o senador Ciro Nogueira.
Segundo fontes, no entanto, a mudança de legenda está ainda no campo das ideias, já que não houve nenhuma conversa formalizando o interesse e a possibilidade dessa migração por parte do ex-governador com Carlos Luppi, o presidente do PDT.
Pessoas próximas a ele dizem que Ciro gosta do partido que está e que ainda está “avaliando os possíveis cenários”.
Leia menosO ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje que o Brasil “não pode ser quintal de ninguém” e precisa ser um parceiro comercial de “todo mundo” ao comentar sobre o tarifaço dos Estados Unidos.
Haddad participou de uma reunião do PT junto com lideranças da sigla e do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. As informações são da CNN Brasil.
Leia mais“Nós não podemos abrir mão da nossa soberania, não podemos abrir mão da independência dos poderes. O presidente Alckmin, quero registrar aqui publicamente, tem conduzido de maneira muito sóbria e muito altiva as tratativas com autoridades dos Estados Unidos. É assim que tem que ser. Sem bravata, mas, ao mesmo tempo, fazendo valer a dignidade da nossa gente”, destacou o ministro da Fazenda.
Também foi ressaltado pelo ministro da Fazenda que jamais se passou pela sua cabeça abrir mão das parcerias econômicas com os EUA. Mas que elas não podem ser feitas normalmente dentro das condições que estão sendo colocadas pelos norte-americanos. Ainda indicou que o Brasil dialoga com o governo de Donald Trump, mantendo uma postura ativa, séria e soberana.
Geraldo Alckmin, por sua vez, criticou novamente a imposição de tarifas: “É, primeiro, injustificado porque se a gente for ver a relação comercial Brasil e Estados Unidos, dos dez produtos que eles mais exportam para o Brasil, oito não pagam imposto”. Além disso, apontou que existem diversos produtos que ficam de fora das medidas aplicadas pelo governo de Trump e, naturalmente, há itens que devem ser realocados para outros mercados no futuro.
“Nós não vamos desistir de baixar essa alíquota e tirar mais produtos”, disse o vice-presidente. Logo em seguida, ele apontou que a meta é expandir e conquistar novos mercados, ressaltando os acordos que o Mercosul vai estabelecer com a União Europeia. Além de expor as ações do governo para proteger a economia brasileira, o ministro também defendeu o Pix ao comentar sobre as investigações comerciais dos EUA.
O evento do Partido dos Trabalhadores reuniu também os deputados federais Lindbergh Farias (PT-RJ) e José Guimarães (PT-CE), além do senador Humberto Costa (PT-PE).
Leia menosO senador Marcos do Val (Podemos-ES) desobedeceu as medidas cautelares que lhe foram impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e fez uma live ontem em seu canal no YouTube. No vídeo, o parlamentar nega as acusações de vazamento de documentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), diz que não saiu do País ilegalmente e mostra a tornozeleira eletrônica que está usando.
“Senador da República com tornozeleira eletrônica sem nenhum crime”, disse ao levantar o pé e mostrar o dispositivo. “Senadores, isso aqui é um tapa na cara de vocês”, completa o parlamentar. As informações são do Estadão.
Leia maisDo Val lê, durante o vídeo, os casos em que o uso de tornozeleira eletrônica é permitido. Ele afirma que o dispositivo é previsto, dentre outros crimes, para envolvidos com tráfico de drogas, furto, estupro e agressão a mulheres, o que não seria o seu caso. O senador também defende que nunca foi condenado, por isso, não poderia usar o equipamento.
Em junho de 2023, Do Val foi alvo de uma operação da PF por divulgar documentos sigilosos da Abin. Em investigação, ele foi impedido de deixar o País. Porém, em julho, viajou aos EUA usando o seu passaporte diplomático e driblando o STF. Ao desembarcar no Brasil, em agosto, o senador foi alvo de medidas cautelares da Polícia Federal, entre as quais o uso de tornozeleira eletrônica.
“Eu fui para os Estados Unidos porque sou um cidadão livre e senador da República em exercício. Não cometi crime, não fui denunciado. E aí? Eu sigo a Constituição ou eu sigo Alexandre (de Moraes)?” questiona do Val no vídeo. Do Val também diz que teve seu passaporte recolhido, mas que não havia ordem que o impedisse de sair do País.
O senador ainda afirma que, quando estava no exterior, ele e sua filha tiveram seus CPFs e contas bancárias bloqueadas por Alexandre de Moraes. Após o ocorrido, ele afirmou que entrou em contato com Marco Rubio — secretário de Estado dos EUA — e comunicou as sanções que enfrentava.
“Eu fiz contato direto com o Marco Rubio e disse para ele o que tinha acabado de acontecer (bloqueio do seu Pix). Até então, Alexandre só tinha perdido o visto e não poderia entrar nos Estados Unidos. A equipe do Marco Rubio virou para mim no telefone, revoltados, posso mostrar depois o ódio que ficaram na hora, e falaram: ‘Senador, amanhã ele será penalizado’. No dia seguinte, acordo com ele integrando a Lei Magnitsky”, afirma Do Val. Ele ainda complementa: “Você (Moraes) não sabe com quem você se meteu” e diz que a queda do ministro está se aproximando.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em 13 de agosto, afirmou que a Casa analisava como recorreria ao STF a favor do senador. Uma possibilidade, era o Senado, em contrapartida a uma flexibilização das medidas cautelares contra Do Val, afastar o senador do mandato por seis meses.
Leia menosDa Agência Brasil
Reações adversas possivelmente relacionadas ao uso da vacina Excell 10, contra clostridiose, podem ter resultado na morte de quase 200 animais, o que levou o ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a retirar de circulação os lotes 016/2024 e 018/2024 da vacina produzida pelo laboratório Dechra Brasil Produtos Veterinários. Segundo o Mapa, até o momento foram registrado óbitos de 194 ovinos, 4 caprinos e 1 bovino.
A notificação informando sobre a situação foi dada pela Agência de Defesa Agropecuária do estado do Piauí no dia 12 de agosto. O Mapa então analisou o caso e, em 13 de agosto, iniciou a fiscalização, após solicitar à empresa relatórios sobre a vacina.
Leia maisNa sequência, foi feita uma fiscalização, dia 14 em Londrina, do laboratório fabricante do produto; e, no dia seguinte, foi emitida ordem de apreensão cautelar das frações dos lotes (016/2024 e 018/2024) da vacina EXCELL 10 na distribuidora que comercializou as unidades da vacina.
Foi solicitado também que o fabricante apresentasse o painel de distribuição da vacina em todo país. O laboratório Dechra Brasil, então, comunicou, no dia 15, distribuidores e lojistas para interromperem a venda dos lotes suspeitos.
A apreensão dos lotes na distribuidora localizada em Teresina (PI) foi iniciada no dia 18. Amostras foram coletadas para análise fiscal em laboratório da rede oficial.
Segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, o Mapa já está atuando “de forma coordenada e integrada com os órgãos estaduais de defesa sanitária para confirmar a causa dos óbitos dos animais e adotar todas as medidas necessárias para proteção da produção pecuária”.
“Ações de fiscalização e investigação seguem em andamento, por meio de inspeções no estabelecimento fabricante/proprietário, e realização de testes em amostras dos lotes da vacina e dos animais que vieram a óbito. A estimativa inicial de conclusão do processo de investigação é de 60 dias”, informou o ministério.
De acordo com o Mapa, a clostridiose é uma doença fatal causada por toxinas de bactérias do gênero Clostridium spp. Entre os sintomas associados a ela estão inchaço muscular, manqueira, incoordenação motora e, em casos graves, rigidez muscular, tremores, trismo, opistótono (arqueamento do corpo com cabeça para trás) e convulsões.
O ministério ressalta que a vacinação continua sendo considerada uma estratégia eficaz no combate à clostridiose.
Por meio de nota, a Dechra Brasil Produtos Veterinários disse ter ciência de relatos de reações adversas em caprinos, ovinos e bovinos após a aplicação da Exell 10.
“Estamos investigando a situação junto com o Mapa. Como precaução suspendemos as vendas e recolhemos os lotes 016/24 e 018/24”, informou o laboratório, que abriu dois canais para relatos de reações adversas relacionadas à Excell 10: o 0800 400 7997 ou (43) 991351168.
Leia menosO Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) se reúne neste sábado (23) para escolha da nova Executiva Nacional. As modificações acontecem após a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) obter a maioria dos votos no Processo de Eleições Diretas (PED) de 2025. Além da presidência, o grupo irá ocupar os cargos mais estratégicos da sigla, como Comunicação e Finanças.
Em julho, Edinho Silva, ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) e ex-prefeito de Araraquara (SP), conquistou a maioria dos votos para assumir a presidência nacional do PT. Com pensamento mais alinhado ao centro, o novo presidente deve buscar alianças mais distantes da esquerda tradicional de olho nas eleições presidenciais de 2026. As informações são do portal Metrópoles.
Leia maisEdinho contou com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para chegar ao comando do partido. Agora, a nova Executiva Nacional será escolhida a partir de nomes ligados à CNB.
Entre os nomes já definidos, está o de Gleide Andrade, próxima à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que deixou a presidência da sigla em março para assumir uma cadeira no Palácio do Planalto. Gleide deve permanecer na Secretaria de Finanças.
Já em Comunicações é esperada a saída do deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) e a entrada de Éden Valadares, ex-presidente do PT da Bahia, numa indicação do senador Jaques Wagner (PT-BA). Tatto, por sua vez, deve assumir uma cadeira na vice-presidência do partido. Pela indicação de Jilmar Tatto, Laércio Ribeiro, ex-presidente municipal do PT em São Paulo, deve assumir a Secretaria de Organização.
Saindo um pouco das indicações da CNB, Henrique Fontana, da Resistência Socialista, mais alinhada ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, deverá seguir na Secretaria-Geral.
Agora, o atual presidente do PT, o senador Humberto Costa (PE), deve ir para a Secretaria de Relações Internacionais, no lugar de Romênio Pereira, que ainda está sem cargo definido.
O Metrópoles conversou com petistas que destacam que a chegada de Edinho Silva à presidência do PT deixa o partido cada vez mais próximo do centro, com foco nas eleições gerais de 2026.
A expectativa é de que uma das primeiras mudanças a serem sentidas dentro do PT seja na comunicação. Nos últimos meses, a sigla tem adotado um perfil mais combativo, o que deve mudar. A previsão é de que o PT continue na defesa da soberania brasileira, mas tente se afastar do que chamam de “armadilhas” do bolsonarismo.
A comunicação irá refletir a linha política da nova gestão, com um posicionamento mais moderado e em defesa do governo Lula, considerado o “maior patrimônio” da sigla.
Leia menosDa Folha de S.Paulo
Paula Lima, 28, migrou para Santa Catarina em busca de crescimento profissional em fevereiro de 2022. Deixou para trás o trabalho de cabeleireira e a rotina de vida em Duque de Caxias, região metropolitana do Rio.
Três anos e meio depois, não se arrepende. Buscou qualificação de nível técnico e diz que já encontrou quatro empregos no Sul. Atua hoje na área administrativa de uma concessionária de veículos. “Aqui tem muita oportunidade”, afirma Paula, que mora com o filho em São José, na Grande Florianópolis.
Leia maisA cerca de 3.400 km dali, no Recife, Alex Sales dos Santos, 54, atravessa uma situação diferente. Ele diz que procura emprego com carteira assinada há cerca de um ano.
Santa Catarina e Pernambuco ilustram parte dos extremos que persistem no mercado de trabalho do Brasil, apesar da recuperação de indicadores de emprego e renda após a pandemia.
No estado do Sul, a taxa de desemprego caiu a 2,2% no segundo trimestre de 2025. Trata-se do menor patamar do país e da mínima da série histórica de Santa Catarina.
Já em Pernambuco o desemprego foi de 10,4% no intervalo de abril a junho. Mesmo em trajetória de baixa, o indicador local é o maior e o único acima de 10% entre as unidades da federação.
Ao contrário de Santa Catarina, o estado nordestino ainda não conseguiu renovar a mínima de sua série. A menor taxa já registrada por Pernambuco foi de 7,4%, no quarto trimestre de 2013. O maior patamar foi de 21,8%, no segundo trimestre de 2021, na pandemia.
Os dados integram a pesquisa oficial de emprego e desemprego do país, a Pnad Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A série histórica começou em 2012.
Na média do Brasil, o desemprego recuou a 5,8% no segundo trimestre de 2025. É a menor taxa da série. Foi a primeira vez que o número nacional ficou abaixo de 6%.
A exemplo de Paula, Alex também morava em Duque de Caxias, no Rio, de onde saiu há mais de dez anos para viver e trabalhar em Pernambuco.
Nas estatísticas oficiais, não chega a ser considerado desempregado, já que recorreu a bicos nos últimos meses, mas o que ele quer mesmo é a garantia de uma vaga formal. “O que aparecer, sendo um trabalho digno, meu irmão, estou pegando. O importante é trazer o pão para casa”, diz ele, que completou o ensino fundamental.
Enquanto isso não vira realidade, Alex conta com o apoio da esposa, que está empregada, e de um projeto social, o Samaritanos, que o auxilia na tentativa de recolocação no mercado.
“O mercado de trabalho no Brasil tem mostrado resiliência, sucessivas quedas no desemprego, e isso vale para os estados, mas em níveis diferentes”, afirma o economista Bruno Imaizumi, da consultoria 4intelligence. “O Brasil é um país superdesigual. Tem discrepâncias regionais que explicam boa parte da situação.”
O contexto de Pernambuco
Pernambuco mostra a maior taxa de desemprego do país, de forma consecutiva, desde o segundo trimestre de 2024.
Apenas outros cinco estados encabeçaram esse ranking ao longo da série iniciada em 2012. Todos são do Norte e Nordeste: Amapá, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe e Alagoas.
“Pernambuco tem características históricas de grandes extensões rurais, de um estado que se forma a partir da escravidão”, diz o economista Edgard Leonardo Lima, professor do Centro Universitário Tiradentes. “Então, há uma parcela da população que já vem à margem. Isso traz reflexos até hoje.”
Segundo Lima, o mercado de trabalho local também sente os impactos de uma economia menos diversificada do que em outras regiões brasileiras. Há, nas palavras dele, cadeias produtivas “mais curtas”.
Por isso, o economista entende que o estado deve seguir em busca de avanços na área de infraestrutura logística. A intenção é facilitar a ligação entre Recife e o restante do estado. “Temos várias cidades do interior que sobrevivem através de auxílios como Bolsa Família, recursos de prefeituras e agricultura familiar.”
O sociólogo Sidartha Soria e Silva, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), chama a atenção para o desempenho do mercado de trabalho no setor da construção.
Ele diz que a atividade havia experimentado um boom devido a obras no porto de Suape, mas, com o fim desse impulso, amargou demissões na última década.
No quarto trimestre de 2013, quando Pernambuco registrou a sua menor taxa de desemprego (7,4%), a construção tinha um total de 353 mil pessoas ocupadas no estado, conforme a Pnad.
No segundo trimestre de 2025, o número era de 267 mil, o que sinaliza uma redução de 86 mil postos (formais ou informais). “Tinha canteiros de obras enormes. Houve uma desmobilização, e esse contingente não foi realocado, não foi absorvido, por outros setores”, diz Silva.
O professor também afirma que aspectos históricos influenciam o contexto local do trabalho. “Em estados como Santa Catarina, a ocupação da terra foi diferente, com fomento ao pequeno negócio. Aqui [em Pernambuco] a história é diferente”, diz.
“Tem a questão da escravidão, de monoculturas de exportação, de concentração de riquezas e pobreza grande”, acrescenta o professor, que defende esforços públicos e privados na geração de empregos e na qualificação da mão de obra.
A Folha pediu posicionamento sobre os dados de desemprego para o governo de Pernambuco na segunda (18) e tentou novo contato na quarta (20), mas não teve retorno.
O contexto de Santa Catarina
Em Santa Catarina, o baixo nível de desocupação pode ser associado à formação de uma economia “extremamente diversificada”, segundo Lauro Mattei, professor de economia da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e coordenador do Necat (Núcleo de Estudos de Economia Catarinense).
Ele ressalta a presença de indústrias de diferentes segmentos no estado, além do desenvolvimento de atividades agropecuárias e do setor de serviços, que inclui o turismo em regiões como o litoral.
Na opinião de Mattei, essas características, aliadas a políticas nacionais como o aumento do salário mínimo, têm contribuído para a expansão da economia e da demanda por trabalhadores. “É um conjunto de fatores que ajuda a explicar o boom do emprego. É um boom mesmo.”
Leia menosOs ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) condenaram ontem, por maioria, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a 5 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma.
Ainda cabe recurso, o que significa que Zambelli não começará a cumprir pena de forma imediata. O caso foi analisado pelo plenário virtual da Corte, modelo em que não há debate entre os ministros. O placar foi de 9 a 2. As informações são da CNN Brasil.
Leia maisApesar de todos os ministros já terem depositado voto, o plenário virtual se encerrou oficialmente às 23h59 de ontem (22). André Mendonça e Nunes Marques foram os únicos a divergir do relator Gilmar Mendes e se colocarem contra a condenação.
Nunes propôs a absolvição de Zambelli, enquanto Mendonça votou para condenar apenas por constrangimento ilegal, mediante a grave ameaça, a oito meses de detenção em regime inicial aberto.
A deputada é acusada de perseguir, de arma em punho, um homem no meio da rua em um bairro da área nobre de São Paulo, em outubro de 2022, durante as eleições. Ele era apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Esta é a segunda condenação da deputada no STF. Em maio, os ministros aplicaram dez anos de prisão por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos. O tempo de pena das duas condenações serão somadas.
À CNN, a defesa de Zambelli afirmou que a deputada sofre uma perseguição política e que “nunca houve julgamento tão rápido na casa”.
A deputada está hoje presa na Itália, aguardando processo de extradição para o Brasil. Antes de ter o processo de invasão ao CNJ transitado em julgado, a parlamentar fugiu do país. O nome dela chegou a ser colocado na lista de difusão vermelha da Interpol.
Leia menosO deputado federal pernambucano Fernando Monteiro tem sido presença requisitada em eventos importantes às vésperas da COP30. Nesta sexta-feira, por exemplo, ele foi painelista do momento principal do workshop para jornalistas promovido pela Confederação Nacional de Seguros, no Rio de Janeiro.
O parlamentar falou sobre os desafios regulatórios para enfrentamento das mudanças climáticos e reforçou: “como nordestino, repito que além de combater situações como a seca, precisamos aprender a conviver com a seca. E isso vale para todas as mudanças climáticas que estamos enfrentando”.
Leia maisNa próxima semana, Fernando Monteiro volta a falar sobre o assunto. Na terça-feira, em Brasília, ele fala sobre resiliência climática e o papel estratégico do setor de seguros na mitigação das mudanças do clima. O encontro reunirá autoridades, parlamentares e as principais lideranças das seguradoras patrocinadoras da Casa do Seguro na COP30.
SANEAMENTO – No mesmo dia, o deputado será palestrante da primeira edição do Conexões Saneamento, que marca os 5 anos do Marco Legal do Saneamento. Com diretrizes claras e foco na universalização, a lei reafirma o compromisso do país com o desenvolvimento sustentável, a redução das desigualdades e a melhoria das condições de vida da população.
O evento reunirá as principais vozes do país — autoridades dos Três Poderes, especialistas, empresas reguladoras e imprensa — em um encontro estratégico sobre o presente e o futuro do saneamento no Brasil.
Leia menosChegou a hora de agradecer e dar uma satisfação: meu telefone não tem parado ao longo do dia com tantas manifestações carinhosas e emocionantes pela passagem do meu aniversário.
Impossível responder a todos. Com esta mensagem, reitero meus agradecimentos a todos que me cumprimentaram. Estou muito feliz.
Obrigado de coração!
A maioria dos brasileiros não quer nem a reeleição de Lula (PT) nem o retorno de Bolsonaro (PL) em 2026, aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada na última quinta-feira (21).
58% dos entrevistados rejeitam Lula, enquanto 39% apoiam sua candidatura. Para Bolsonaro, que está inelegível, a rejeição subiu para 65%, e apenas 26% ainda o veem como opção.
Em um cenário sem Bolsonaro, Michelle Bolsonaro (PL) lidera entre os eleitores de direita com 36%, enquanto Tarcísio de Freitas (PL) e Ratinho Júnior (PSD) registram 14% e 10%, respectivamente. Entre todos os eleitores, Michelle tem 16%.
O levantamento foi realizado entre 13 e 17 de agosto, em 120 municípios, com pessoas com 16 anos ou mais, margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) argumentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele não descumpriu as medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes ao utilizar o WhatsApp.
Esse é apenas um dos pontos que será analisado pelo ministro, que incluem risco de fuga e contato com outros investigados, o que também estava proibido. A defesa negou o descumprimento e disse que as acusações feitas pelo relatório da Polícia Federal são vazias de indícios. As informações são do Estadão.
Leia maisPara os advogado do ex-presidente, o WhatsApp é um “aplicativo de troca de mensagens privadas” e não uma rede social. Portanto, na visão deles, não houve descumprimento.
Os defensores citam um despacho do próprio Moraes para sustentar a alegação.
“Tanto não há confusão entre o aplicativo de mensagens e as redes sociais que, em outras situações, essa diferença acabou por ser registrada nas decisões judiciais. É o que aconteceu, por exemplo, no INQ 4.921, quando Vossa Excelência determinou ‘a oitiva de especialistas em monitoramento de grupos de apoiadores de Jair Bolsonaro nas redes sociais e nas plataformas de mensageria Whatsapp e Telegram’ – duas coisas absolutamente diversas, portanto”, escrevem eles na peça da defesa.
O argumento vai na contramão da própria inteligência artificial embutida no aplicativo. Ao responder sobre o assunto, a Meta AI disse que o “Whatsapp é considerado uma rede social, embora seja mais conhecido como um aplicativo de mensagens instantâneas”.
Bolsonaro está proibido de utilizar redes sociais desde o dia 18 de julho. A PF apresentou no relatório pelo menos 22 mensagens compartilhadas por Bolsonaro no dia 3 de agosto, dia de manifestações pelo Brasil em favor do ex-presidente.
Todas elas foram encontradas mais de 300 vezes em chats do WhatsApp cada uma. Elas foram enviadas por meio de quatro listas de transmissão montadas pelo ex-presidente. A ferramenta que permite o disparo de mensagens para vários contatos ao mesmo tempo sem precisar da criação de um grupo.
A defesa do ex-presidente também disse que ele não descumpriu a proibição de conversar com o filho, Eduardo Bolsonaro (PL), porque as conversas entre os dois encontradas pela PF foram até o dia 17 de julho. A decisão de Moraes que vetou os contatos é do dia seguinte.
“O que está presente nas trocas e mensagens, ainda que não tenha sido destacado pelo trabalho policial, é que a conversa com Eduardo termina quando Vossa Excelência proíbe o Peticionário de falar com o filho, em mais uma demonstração de obediência às decisões desta C. Suprema Corte”, dizem os advogados.
A petição da defesa será analisada por Moraes, que pode pedir a manifestação da Procuradoria-Geral da República antes de decidir se adotará novas medidas, como transformar a prisão domiciliar de Bolsonaro em prisão preventiva.
Leia menosDo jornal O Globo
O Brasil foi o segundo país que mais recebeu investimentos diretos da China no primeiro semestre deste ano, atrás apenas da Indonésia, em meio a um avanço dos aportes chineses nos mercados emergentes, segundo o China Global Investment Tracker, plataforma de monitoramento mantido pelo think tank americano American Enterprise Institute (AEI).
O Brasil já era o quarto maior destino no acumulado desde 2005, quando os aportes do gigante asiático ainda privilegiavam os países desenvolvidos. Rico em matérias-primas, carente em infraestrutura e dono de um grande mercado consumidor, o país tenderá a seguir com destaque no radar do investimento chinês mesmo com o avanço em cima dos emergentes, que já vem de alguns anos.
Leia maisA guerra comercial deflagrada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, poderá reforçar o movimento, disseram especialistas ouvidos pelo jornal O Globo.
De janeiro a junho, as empresas chinesas aplicaram US$ 22 bilhões mundo afora. No topo, US$ 2,6 bilhões foram para a Indonésia e US$ 2,2 bilhões vieram para o Brasil. O valor representa aumento de 5% ante a primeira metade de 2024.
Agro e mineração
Em um dos projetos mais recentes, a Cofco, gigante do agronegócio que no Brasil atua na fabricação de açúcar e etanol e na comercialização de grãos, está terminando de investir num terminal de granéis sólidos no Porto de Santos, concessão que ganhou em 2022.
A chinesa investiu R$ 1,2 bilhão na aquisição de 979 vagões e 23 locomotivas para a infraestrutura ferroviária de acesso ao terminal, anunciou em janeiro a Rumo, operadora ferroviária que firmou parceria com a Cofco. Segundo uma nota da Rumo, o terminal portuário recebeu mais R$ 1 bilhão em aportes.
Antes de as incipientes negociações com a Embaixada dos EUA no Brasil colocarem na mesa a produção de minerais estratégicos — lítio, cobre, níquel, nióbio, terras-raras, entre outros, mais demandados pela alta tecnologia e pela transição para uma economia de baixo carbono —, como revelou o jornal O Globo, empresas chinesas já vinham ampliando investimentos na indústria de mineração nacional.
Na virada do ano passado para este, foram pelo menos quatro transações: a MMG, subsidiária da estatal China Minmetals, anunciou investimento de até US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões) para ficar com todas as minas de níquel da mineradora Anglo American no Brasil; a China Nonferrous comprou a Mineração Taboca, produtora de estanho refinado, com mina no Amazonas e usina em São Paulo, por US$ 340 milhões (R$ 1,8 bilhão, segundo o China Global Investment Tracker; e a Huaxin Cement pagou US$ 186 milhões (em torno de R$ 1 bilhão) pela Embu, que fornece pedras para construção civil, com pedreiras na Região Metropolitana de São Paulo.
Em abril foi concluída a compra da Mineração Vale Verde, que produz cobre em Alagoas, pela mineradora Baiyin Nonferrous, um negócio de US$ 420 milhões (R$ 2,4 bilhões). Após a aquisição, a Vale Verde passa por “um momento de revisão, priorização e detalhamento de estudos, para que posteriormente possam ser implementados” novos investimentos, mas sem novos aportes no radar, informou a empresa por escrito.
Apesar da posição de destaque do Brasil entre os destinos do investimento chinês no exterior, a média anual está inferior a de anos anteriores, seguindo uma tendência de diversificação já captada em outros mapeamentos, como o feito anualmente pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).
Essa diversificação — saindo de projetos bilionários na infraestrutura, principalmente elétrica, e na indústria extrativa para chegar à indústria e aos serviços, com foco em alta tecnologia — vem com projetos menores e aparece na variedade dos setores alvos dos investimentos, que passaram a ir além de projetos de infraestrutura e matérias-primas.
Nos serviços, chama a atenção a ofensiva no mercado de entregas: a 99, controlada pela chinesa Didi, está se expandindo do transporte de passageiros para o delivery e a Keeta, marca da também chinesa Meituan — que em maio anunciou plano de investimentos de R$ 5,6 bilhões —, está chegando ao mercado.
Até na novela
Na indústria automotiva, a GWM inaugurou este mês sua fábrica em Iracemápolis (SP) — parte de um plano de investimentos de R$ 10 bilhões até 2032. A GAC, sexta maior da China, começou a vender seus elétricos no país em maio, enquanto isso, a BYD, maior produtora global de elétricos, com fábrica na Bahia, segue investindo na conquista do mercado brasileiro — esta semana fez inserções publicitárias nos intervalos da novela Vale Tudo, no horário nobre da TV Globo, em que o veículo aparecia como carro da família Roitman.
“Minério de ferro, soja, petróleo: o Brasil é abençoado com o que a China precisa. Em troca, a China ajudará a construir infraestrutura de energia e outras”, Derek Scissors, pesquisador do AEI e autor do China Global Investment Tracker
Já a Geely inaugurou sua primeira concessionária este mês e lançou campanha na TV com o casal de apresentadores Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert. Em maio, a montadora anunciou a aquisição de 26% da subsidiária brasileira da francesa Renault, replicando parceria semelhante já feita na Coreia do Sul, para compartilhar a rede de vendas e a fábrica no Paraná.
A plataforma do AEI registrou um aporte de US$ 720 milhões (R$ 3,9 bilhões) no Brasil em junho — procurada, a Geely não comentou.
— Temos a questão das matérias-primas, que ainda é importante, mas o foco no mercado consumidor é muito evidente quando se fala do carro elétrico e, agora, nos investimentos em aplicativos de entrega — afirmou Tulio Cariello, diretor de Conteúdo e Pesquisa do CEBC e autor do relatório anual da entidade, cuja edição de 2025 deverá ser divulgada no início de setembro.
A diversificação ajuda a explicar por que o Brasil seguirá no radar mesmo com mudança no perfil de seus investimentos no exterior.
— Os investidores chineses permanecem intensamente interessados nas commodities do Brasil. Minério de ferro, soja, petróleo. O Brasil é abençoado com o que a China precisa. Em troca, a China ajudará a construir infraestrutura de energia e outras — disse ao jornal O Globo, por escrito, o economista Derek Scissors, pesquisador do AEI e autor do China Global Investment Tracker.
Os dados publicados pelo AEI mostram a mudança de perfil no investimento chinês. Embora Reino Unido e França ainda tenham figurado entre os principais destinos dos investimentos da China no exterior em 2024 e 2025, Hungria, Malásia, Cazaquistão e República Democrática do Congo também figuraram nas listas, ao lado de Indonésia e Brasil.
Restrições dos ricos
Segundo Scissors, esse avanço rumo aos emergentes tem a ver com restrições dos próprios países desenvolvidos às empresas chinesas, especialmente a partir do primeiro governo Trump.
E esse avanço se dá também no comércio. Ano passado, as exportações da China para o chamado Sul Global somaram US$ 1,584 trilhão, mais de 50% acima do US$ 1,046 trilhão vendido para os EUA e a Europa Ocidental somados, segundo relatório da agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P).
“As elevadas incertezas sobre as tarifas dos EUA e a desaceleração da economia doméstica da China continuarão a motivar as empresas chinesas a avançar para o Sul Global. O resultado poderá ser uma nova ordem do comércio global, na qual as trocas Sul-Sul se tornem o novo centro de gravidade, e as multinacionais chinesas emerjam como novas protagonistas”, diz o relatório, publicado na terça-feira.
Ao se manter em destaque mesmo na nova configuração, o Brasil poderá se beneficiar, mas Renato Baumann, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que foi secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), alerta para os riscos do aprofundamento do padrão atual do comércio bilateral Brasil-China, em que exportamos matérias-primas e importamos manufaturados.
— Ficamos dependendo de quem fornece, da assistência técnica. Sobretudo, o que preocupa mais é a questão dos padrões técnicos — afirmou Baumann. — Um padrão produtivo chinês bem diferente do que é aceitável na Europa ou nos EUA pode vir a complicar a exportação de algum produto para lá.
Segundo o pesquisador, não se trata de vetar a importação de componentes ou maquinário mais baratos e de alta tecnologia, mas ter uma atenção a isso. E o mesmo vale para os investimentos, especialmente quando se destinam para infraestrutura e insumos estratégicos, como o sistema elétrico ou os minerais críticos.
Baumann defende, no mínimo, uma política de monitoramento dos investimentos, já que as carências da infraestrutura, a falta de espaço no Orçamento público e a escassez de poupança interna impedem que o Brasil recuse totalmente os aportes.
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