Caro Magno,
Sou apreciador do bom forró e há anos que frequento o São João de Caruaru durante todo o mês de junho. Uma das coisas que sempre me chamou atenção, é a vulnerabilidade daquelas pessoas que vendem cerveja dentro do pátio. Além de pagar caro para ali estarem, ficam expostos a chuva e ao frio durante toda a noite, e diga-se de passagem, o mês de junho é um mês que chove muito.
O que custaria ao poder público, até mesmo através de uma parceria público/privada, doar guardas chuvas aquelas pessoas? Não custaria nada, muito pelo contrário, além de fazer o que é certo, humano, ainda poderia gerar uma receita a mais para os cofres municipais com a propaganda dos guardas chuvas.
Outra coisa que também me chama muita atenção, é a falta de respeito para com os artistas da terra. São eles que mantém vivo o nosso autêntico forró pé de serra, tocam o ano inteiro nos quatro cantos do Brasil e do mundo.
Quando falo em falta de respeito, é porque nenhum deles tocam no pátio principal no São João de Caruaru. E quando são contratados, são direcionados para tocar nos polos descentralizados, ou seja, nos sítios, ou rara às vezes, no alto do Moura.
Sem falar nos baixos valores que são pagos aos artistas da terra, enquanto os de fora são pagos com valores astronômicos, e muitos deles, não tem nenhuma identidade com o nosso São João e com o nosso forró!
Fica o meu repúdio contra esses abusos praticados contra a nossa gente e principalmente contra os nossos artistas!
Tudo isso, sem falar na pequena quantidade de banheiros químicos para o povo e nos altos preços cobrados para sentar em um dos daqueles bares que ficam dentro do pátio.
*René Junior (advogado)
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