Após ser questionado por Simone Tebet sobre a questão das mulheres, Bolsonaro devolveu a pergunta a Ciro Gomes, com foco na criação de empregos para as eleitoras. Ao responder, Gomes disse que Bolsonaro não respeita “com a devida delicadeza, profundidade, essa grave questão feminina”. O pedetista disse que já foi criticado várias vezes pela jornalista Vera Magalhães, mas que não a atacou, como Bolsonaro fez no debate. Lembrou que seu adversário já disse que ter uma filha mulher foi ato de “fraquejada”. Sobre a pergunta, Ciro destacou que 78 de cada 100 mulheres “estão no limite recorde de endividamento e que elas não sairão desse cenário sem política pública”. Afirmou não ser razoável o país manter esse atual cenário. “Não sou daqueles críticos que esquecem a realidade e os limites. Apenas o seu governo não conseguiu responder nem a questão econômica trágica que herdou do PT, nem conseguiu mudar aquilo que foi promessa […] o senhor está filiado ao partido do Valdemar Costa Neto”, declarou Gomes. Jair, por sua vez, se desculpou pela fala da fraquejada, e lembrou que o pedetista já disse o papel de sua ex-esposa, Patrícia Pillar, era “dormir” ao lado dele e que, por isso, ele deve se desculpar. O presidente ressaltou que o Auxílio Emergencial na pandemia tinha o foco de atender inicialmente as mulheres, o que se repetiu no Auxílio Brasil, bem como a titulação de terras. Ciro Gomes afirmou que cometeu “a infelicidade” de proferir fala machista contra Pillar, mas que não fala sobre isso, e sim sobre a “falta de escrúpulos” de Bolsonaro, O pedetista disse que Jair “corrompeu” todas as suas ex-esposas e também os filhos.