Brasil cada vez mais aberto à eletrificação – Um levantamento da McKinsey & Company apontou que existem quatro grandes fatores que podem alavancar a eletromobilidade no Brasil: consumidores, tecnologia, infraestrutura e incentivo regulatório. “No entanto, o consumidor é a chave da história. O brasileiro tem um apetite enorme por novas tecnologias. E nosso estudo identificou que, no país, existe uma intenção de adoção acima da média de países desenvolvidos”, afirma Felipe Fava, líder do centro da mobilidade do futuro da McKinsey na América Latina.
Segundo Fava, além do desejo e do interesse do consumidor por esse tipo de veículo, a preocupação ambiental e o surgimento de novas soluções em mobilidade são fatores relevantes para a consolidação dessa tendência. Prova disso é que 70% dos entrevistados consideram aderir a serviços de assinatura de veículos, principalmente, devido à possibilidade de explorar diferentes tipos de soluções de mobilidade (21%) e por conta de uma possível redução nos custos totais de propriedade (18%), uma vez que não seria necessário adquirir os veículos eletrificados, pagando apenas pelo seu uso.
Leia mais“Notamos que os interessados pela eletrificação de veículos associam a mudança a uma mobilidade mais sustentável, mas, muitos não veem mais motivo em serem proprietários de um veículo. O interesse é mais em ter acesso a um carro, uma mobilidade compartilhada, do que sem ser o dono do meio de transporte”, diz. Outro ponto de destaque é que 39% dos brasileiros afirmam que pretendem utilizar mais meios de locomoção de micromobilidade, como patinetes elétricos e bicicletas, nos próximos 10 anos.
C-Move – Felipe Fava será um dos palestrantes do C-Move, congresso da mobilidade e veículos elétricos, previsto para ocorrer nos dias 1 e 2 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo, simultaneamente ao VE Latino Americano, que é o Salão da Mobilidade Elétrica. Ele abordará, além do interesse dos brasileiros por novas tecnologias e soluções de mobilidade, pontos como tendências de mercado, possíveis ganhos financeiros e econômicos alavancados pela implantação da eletromobilidade no Brasil e no mundo, bem como oportunidades geradas por esse processo em diferentes setores econômicos.
“A ideia é tratarmos, de maneira ampla, os benefícios que a adoção de veículos eletrificados pode trazer ao país. Há espaço de desenvolvimento nas mais diversas áreas e temos que explorar as possibilidades de forma planejada. Por isso, é importante a realização do C-Move, já que o evento reunirá especialistas renomados em suas áreas para discutir as soluções que moldarão o futuro da mobilidade brasileira”, afirma Ricardo Guggisberg, presidente da MES Eventos, organizadora do C-Move.
O C-Move é realizado de forma simultânea ao VE – Veículo Elétrico Latino-Americano. O evento, conhecido como o Salão da Mobilidade Elétrica, vai apresentar as principais tendências e novidades da eletromobilidade, reunindo setores como veículos elétricos pesados, leves, levíssimos, além de componentes, infraestrutura e serviços.
Levantamento recente da Fenabrave, a federação dos distribuidores de veículos, os emplacamentos de automóveis e comerciais leves eletrificados cresceram quase 35% nos sete primeiros meses de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. “Isso implica uma crescente demanda de produtos e serviços para atender estes consumidores e o VE conta com soluções para esse público”, explica Guggisberg.
Fiat mostra interior do Fastback – A Fiat acaba de revelar as primeiras imagens internas do SUV cupê Fastback, que será lançado oficialmente no dia 14 de setembro. Como tem sido padrão, a marca divulga em pílulas: primeiro, o nome; em seguida, a silhueta e design externo. Agora, o interior – que parece ser bem mais sofisticado do que os demais modelos Fiat (os bancos, por exemplo, têm acabamento em couro claro). O console ganhou detalhes cromados. O freio de estacionamento agora é eletrônico.
Novo Sentra chega ano que vem – A Nissan confirmou para o começo do primeiro semestre de 2023 do reestilizado sedã Sentra. Ele foi mostrado a jornalistas no Innovation Week, evento voltado para divulgar as iniciativas da marca na área de tecnologia. O Sentra ficou maior (4,64m de comprimento) e mais bonito. Serão vendidas pelo menos três versões, a preços que devem variar entre R$ 140 mil e R$ 170 mil.
Ram Classic – A nova picape Ram, a Classic, chega ao Brasil com motor V8 5.7 de 400cv e 56,7 kgfm de torque e linhas visuais baseadas no estilo “big-rig” da segunda geração das picapes Ram, na década de 1990. De série, um pacote de conforto e comodidades como ar-condicionado digital de duas zonas, bancos elétricos com aquecimento e ventilação, central Uconnect de 8.4” com Apple CarPlay e Android Auto e som premium Alpine. Produzida no México, na fábrica de Saltillo, a Ram Classic estará disponível a partir de 15 de setembro nas 58 concessionárias da marca. O preço não foi divulgado. Mas deve ficar próximo aos valores cobrados pela Chevrolet para a S10, pela Toyota com a Hilux e Nissan com a Frontier.
JAC lança caminhão médio elétrico – O modelo E-JT 12,5 possui motor 100% elétrico e oferece carga útil de 8,6 toneladas. Só no custo do combustível, o novo modelo da JAC oferece R$ 1,32 de economia por quilômetro rodado em relação aos modelos similares a diesel. O motor gera 235cv e 1.050Nm de torque e autonomia de 150 a 250 km, dependendo da carga e do perfil de uso. Preço? R$ 700 mil. Ele não possui câmbio e embreagem, é silencioso, sem ruídos ou vibrações, e ainda oferece banco do motorista com suspensão pneumática. O modelo é equipado com terceiro eixo e suspensão a ar e será usado no transporte urbano de carga. Ele será o 11º elétrico da marca no Brasil e nasceu por intermédio de um pedido direto dos clientes, frotistas que haviam adquirido o iEV1200T e, satisfeitos com seu rendimento, solicitaram à JAC uma opção de caminhão 100% elétrico com PBT maior – o iEV1200T possui 8,5 ton –, a fim de cumprir alguns roteiros logísticos que exigiam maior capacidade de carga. Sergio Habib, presidente do Grupo SHC e da JAC Motors Brasil, explica o que a marca fez. “Fomos à China, trouxemos esse caminhão e o equipamos com o terceiro eixo”, conta ele.
L200 Sertões, só para clientes – A Mitsubishi Motors resolveu fazer uma homenagem à 30ª edição do maior rally das Américas, que acontece este fim de semana: a L200 Triton Sport Sertões é uma edição limitada a apenas 100 unidades, que será vendida a R$ 300 mil. Com acabamentos e equipamentos exclusivos – além de aptidão fora de estrada ainda maior – o modelo foi desenvolvido em parceria com os organizadores da prova, e tem por base a versão HPE da picape. Neste primeiro momento, apenas quem já é cliente da marca terá prioridade de compra.
Novo Citroën C3 chega dia 30 – O novo Citroën C3, que a marca chama de “hatch com atitude SUV”, já vem sendo divulgado há mais de ano. Agora, finalmente, tem data de lançamento revelada: 30 de agosto. A Citroën, agora pertencente à Stellantis, promete diferentes opções de versões, motores e câmbios. Essas possibilidades – principalmente levando-se em conta os motores da Fiat, por exemplo – vão garantir muita versatilidade ao cliente, quase como uma customização. Do acabamento às opções de cores, com ou não teto em duas cores, por exemplo. O hatch deve entregar bom espaço interno, o maior porta-malas da categoria e uma exclusiva central multimídia de 10 polegadas com Android Auto e Apple Carplay sem fio.
Commander, um ano de vida – O SUV da Jeep, desenvolvido no Brasil e produzido no polo automotivo de Goiana, em Pernambuco, já vendeu mais de 16 mil unidades desde o seu lançamento. Desses emplacamentos, 3,7 mil foram em 2021 (setembro a dezembro). No acumulado de 2022, ele segue na liderança da categoria com uma participação de mais de 32,7% entre os SUVs grandes, com 12,4 mil unidades vendidas no ano.
Novo Bolt por R$ 329 mil – A General Motors divulgou o preço da versão única do reestilizado modelo elétrico Bolt. Por R$ 329 mil, você leva um carro mais bonito e um motor elétrico de 200cv (150 kW) de potência e 36,7 kgfm de torque. A autonomia é de até 416km. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 7,3 segundos, com velocidade máxima de 148 km/h. Os 40 primeiros compradores vão ganhar um novo carregador doméstico de corrente alternada (AC). Ele permite a recarga com potências de 7,4kW até 22 kW e gerenciamento por meio do aplicativo.
Quem quer carro? – A quarta edição da pesquisa de intenção de compra e venda de carros da Webmotors revela que 86% dos entrevistados afirmaram que pretendem comprar ou trocar de carro no segundo semestre deste ano. O estudo também revela quais são os modelos e carrocerias mais desejados e como eles pretendem pagar. O levantamento leva em consideração dois tipos de usuários: os que já têm um veículo e estão de olho em um novo modelo e aqueles que ainda não possuem um carro e se preparam para investir na compra de um. A maioria é homens (92%) e têm entre 36 e 45 anos (39%). Entre os 83% que possuem um carro e querem trocar de modelo ainda este ano, 41% idealizam a aquisição de um SUV e acreditam que os motores flex (66%) oferecem melhor custo-benefício e desempenho ao automóvel. Já entre os 17% de respondentes que não possuem carro, 92% afirmaram ter interesse na compra do veículo até dezembro. Dentre esse público, a preferência é por veículos hatch (40%) e sedã (33%) – opções mais econômicas em relação aos utilitários esportivos.
Consórcio ou financiamento: qual é mais vantajoso? – De janeiro a julho deste ano, o sistema de consórcios comercializou mais de 1,8 milhão de novos planos, um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo Eduardo Rocha, CEO do Klubi, fintech autorizada pelo Banco Central para operar como administradora de consórcios no país, esses números mostram a importância desse mercado. Principalmente neste momento, quando instituições bancárias estão mais rigorosas na concessão de financiamentos por uma série de fatores.
Para o executivo, a compra de um plano permite que o consumidor possa se programar financeiramente para conquistar um bem dos seus sonhos, sem pagar juros. Afinal, o financiamento provoca, em sua grande maioria, um endividamento elevado e exige um valor relevante de entrada. “Para quem não tem o dinheiro em caixa ou não quer sujeitar as altas taxas de juros dos financiamentos, a melhor opção é o consórcio”, completa o executivo.
Outra desvantagem do financiamento é que os juros sempre estão muito acima da Selic (taxa básica de juros) – atualmente em 13,75% ao ano, conforme divulgado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) no início de agosto. Portanto, o consórcio é uma solução ainda mais atraente neste cenário.
Rocha exemplifica a diferença comparando um consórcio de R$ 60 mil, a um financiamento do mesmo valor. “Ao optar pelo financiamento de R$ 60 mil, com uma entrada de R$ 24 mil, por exemplo, o consumidor arcará com uma mensalidade de R$ 1,1 mil por um período de 60 meses. No consórcio, simulando os mesmos valores, a mensalidade será de R$ 659, que dentro do período de 60 meses, sairia pelo total de R$ 65,9 mil – o que representa uma economia de quase R$ 28 mil reais em relação ao financiamento”.
Além disso, vale ressaltar que o consórcio não exige entrada mínima, já que as administradoras dividem o valor total da carta de crédito em parcelas fixas, previamente aprovadas pelo consumidor.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
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