Clique aqui e ouça o Frente a Frente de hoje. Programa ancorado por este blogueiro e transmitido pela Rede Nordeste de Rádio. Ao clicar no link, o leitor deve selecionar a opção “ouvir pelo navegador”.
Clique aqui e ouça o Frente a Frente de hoje. Programa ancorado por este blogueiro e transmitido pela Rede Nordeste de Rádio. Ao clicar no link, o leitor deve selecionar a opção “ouvir pelo navegador”.
Presidente municipal do PSD em Trindade, no Sertão do Araripe, Zé Capacete se reuniu no Recife com o prefeito e presidente nacional do PSB, João Campos, para reafirmar o seu apoio à construção de uma aliança em prol de um estado mais justo e desenvolvido. Na ocasião, também estiveram presentes Romerinho Jatobá e Samuel Salazar, vereadores recifenses.
Em pauta, houve espaço para falar sobre projetos e ações da capital pernambucana que podem servir como referência para o povo de Trindade e de todo o Sertão, considerando o papel de articulação que Zé Capacete cumpre na região.
A relação entre João Campos e Zé Capacete vem se consolidando, o que inclui gestos de ambos os lados. Nas eleições de 2024, João anunciou o seu apoio à candidatura a prefeito de Zé Capacete e os dois voltaram a se encontrar recentemente na Missa do Vaqueiro, em Serrita.
A governadora Raquel Lyra (PSD) esteve ontem (3) em Vertentes, onde assinou, ao lado do ex-prefeito e agora pré-candidato a deputado estadual Romero Leal, a ordem de serviço para a restauração da PE-130, no trecho que conecta a PE-090 (Vertentes) à BR-104, em Taquaritinga do Norte.
A obra, inserida no programa PE na Estrada, prevê a requalificação de 19,5 km de rodovia, com investimento de R$ 20,6 milhões. Segundo o governo, a iniciativa é estratégica tanto para garantir mais segurança aos motoristas quanto para fortalecer a economia do Agreste, marcada pelo intenso fluxo de mercadorias e pelo potencial comercial da região.
Após o ato oficial, Raquel Lyra e Romero Leal participaram de um almoço com lideranças locais, onde a governadora aproveitou para reafirmar apoio à pré-candidatura do aliado à Assembleia Legislativa de Pernambuco. O gesto consolida a entrada de Romero na disputa eleitoral com respaldo direto do Palácio do Campo das Princesas.
Depois do Recife e Cabo, a próxima cidade da Região Metropolitana a abrir suas portas para “Os Leões do Norte” é Olinda. A manhã de autógrafos está marcada para a próxima sexta-feira, a partir das 11 horas, no auditório da Prefeitura, com apoio da prefeita Mirella Almeida (PSD).
Desde o primeiro lançamento no Recife, em junho do ano passado, já promovi mais de 30 eventos de apresentação e difusão da obra, que reúne a miniobigrafia de 22 governadores de Pernambuco, de Carlos de Lima Cavalcanti, em 1930, a Paulo Câmara, em 2022.
Leia maisA governadora Raquel Lyra (PSD) não está retratada porque está no exercício do seu mandato. O livro trata de legados, de avaliação de gestões. O último lançamento ocorreu na última quinta-feira, em Petrolina, transformando-se numa homenagem ao ex-governador Nilo Coelho, filho da terra.
“Os Leões do Norte” é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
Leia menosPor Jorge Quintino*
O Ministério da Saúde deu um passo fundamental rumo ao cuidado mais humanizado e eficiente das nossas crianças: a partir de agora, profissionais da Atenção Primária à Saúde passarão a realizar, como parte da rotina de avaliação do desenvolvimento infantil, testes para identificar sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em todas as crianças com idade entre 16 e 30 meses.
Essa importante medida foi anunciada na última quinta-feira (18), durante o lançamento da nova Linha de Cuidado para o TEA, promovida pelo Governo Federal. O principal objetivo dessa iniciativa é garantir que as intervenções e estímulos às crianças com possíveis sinais de autismo comecem o quanto antes — mesmo antes da confirmação diagnóstica.
Leia maisSegundo o Ministério da Saúde, essa atuação precoce é essencial para o desenvolvimento da autonomia, da comunicação e da interação social das crianças, ampliando significativamente suas chances de inclusão e qualidade de vida no futuro.
Pela primeira vez, o Ministério estabelece uma linha de cuidado para o TEA. O centro dela, a recomendação mais importante, é o esforço do diagnóstico precoce no início dos cuidados e intervenções.
A nova diretriz tem caráter preventivo e orientador, permitindo que as unidades básicas de saúde em todo o Brasil possam atuar de forma coordenada, identificando precocemente os sinais do TEA e promovendo cuidados ainda mais qualificados.
Ainda de acordo com o ministro, o diferencial da proposta está na atuação antes mesmo do diagnóstico ser fechado. Claro: Não precisa fechar o diagnóstico para começar as ações. Tem um impacto muito grande no desenvolvimento dessas crianças.
O Governo Federal estima que cerca de 1% da população brasileira viva com TEA, e, conforme dados do IBGE, 71% dessas pessoas apresentam também outras deficiências. Isso reforça ainda mais a urgência de políticas públicas integradas e acessíveis, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo um cuidado mais amplo, efetivo e inclusivo.
Como vereador da cidade de Caruaru e defensor da inclusão, acolhimento e políticas públicas para pessoas com deficiência, reconheço e parabenizo esta iniciativa do Governo Federal. Precisamos unir forças — municípios, estados e União — para que essa nova diretriz seja efetivamente implementada em todo o território nacional.
Aqui em Caruaru, continuaremos vigilantes e comprometidos com o fortalecimento da Atenção Primária, capacitação de nossos profissionais e sensibilização das famílias. A detecção precoce do TEA é uma porta aberta para um futuro mais justo, acessível e digno para nossas crianças.
Seguimos juntos nessa luta!
*Vereador de Caruaru
Leia menosA Chapa 1 foi declarada vencedora das eleições do Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco (CRO-PE) para o biênio 2026-2027. O pleito aconteceu ontem (3) e transcorreu de forma organizada e tranquila, segundo a Comissão Eleitoral. O processo agora será encaminhado ao Conselho Federal de Odontologia (CFO) para homologação.
O presidente do CRO-PE, Eduardo Vasconcelos, destacou a condução serena e transparente do processo eleitoral. “Encerramos mais um processo eleitoral com a sensação de missão cumprida. A eleição transcorreu com total lisura, transparência e tranquilidade, refletindo o comprometimento e o reconhecimento da nossa categoria”, afirmou.
Leia maisCom a vitória, os membros da Chapa 1 assumirão a responsabilidade de liderar o Conselho e representar a classe odontológica no estado durante os próximos dois anos. A chapa é composta por João Godoy, Fabiana Motta, Igor Morais, Renata Pedrosa, Sidney Câmara, Mônica Marques, Danielle Lago, Fabrício Landim, Felipe Bravo e César Durando.
João Godoy, que será nomeado futuro presidente do Conselho, e que foi apoiado por Vasconcelos, comentou sobre os próximos desafios da nova gestão. “Seguiremos trabalhando com ética, compromisso e dedicação à odontologia pernambucana. Temos um time qualificado e preparado para continuar avançando nas pautas da classe do litoral ao sertão”, afirmou.
A eleição teve uma expressiva participação de 96% dos votos válidos, um recorde que reflete o apoio maciço da categoria em todas as regiões do estado, com destaque para a forte mobilização no interior.
Leia menosA Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para rejeitar o recurso do senador Sergio Moro (União-PR) contra a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele, que é acusado de caluniar o ministro Gilmar Mendes.
O julgamento começou ontem no plenário virtual da Primeira Turma e está previsto para se estender até o dia 10 de outubro. A maioria dos ministros seguiu a relatora, ministra Cármen Lúcia. As informações são do jornal O Globo.
Leia maisA ação penal foi aberta após o Ministério Público Federal (MPF) apontar que Moro atribuiu falsamente ao ministro a prática de corrupção passiva. O episódio que motivou a denúncia ocorreu em uma festa junina, em 2022, quando o ex-juiz da Lava-Jato aparece em vídeo dizendo que um habeas corpus poderia ser “comprado” de Gilmar Mendes. A gravação foi feita por terceiros e divulgada nas redes sociais.
Na denúncia aceita em junho de 2024, a PGR argumenta que Moro agiu com a intenção de “macular a imagem e a honra objetiva” do magistrado, tentando descredibilizar sua atuação na Corte. Caso seja condenado a mais de quatro anos de prisão, o senador poderá perder o mandato.
Cármen Lúcia foi acompanhada por unanimidade pelos demais integrantes da Primeira Turma ao tornar Moro réu. O colegiado também inclui o ministro Cristiano Zanin, que teve embates com o ex-juiz durante a Operação Lava-Jato, quando atuava como advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A defesa de Moro, conduzida pelo advogado Luís Felipe Cunha, sustenta que o senador não teve intenção de ofender o ministro e que se tratou de uma “piada infeliz” tirada de contexto. Cunha também afirma que o vídeo foi editado de forma “maldosa” por terceiros.
Leia menosO jornalista Carlos Britto, que tem o blog mais lido do Vale do São Francisco e um dos mais acessados do Estado, com forte influência na Bahia também, abriu as portas da sua casa, ontem, num belo condomínio de Petrolina, onde passo o fim de semana, para um jantar super agradável, descontraído e com boa dose de bastidores políticos.
Estive lá com minha Nayla e toda equipe que me acompanha nesta peregrinação de lançamentos no Estado do livro “Os Leões do Norte”. Anfitrião de mão cheia, Britto nos recebeu ao lado da sua simpática Dora.
Entre uma garfada e um bom vinho, o prazer de rever os jornalistas amigos Edenevaldo Alves, com sua Suzana, e Júnior Vilela. Conheci também o radialista Wanderley Alves, agora vereador no município, aliás o segundo mais votado, de relações estreitas com Britto, provável candidato a deputado estadual nas eleições do próximo ano.
Por Marcelo Tognozzi
Colunista do Poder360
Esta semana explodiram protestos no Marrocos contra a Copa do Mundo de 2030 comandados pela geração Z, a mesma que levou à queda do governo do Nepal, depois da tentativa frustrada de controlar as redes sociais. Países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos costumam ter uma população com maioria de pessoas com baixa renda, baixa escolaridade e baixa capacidade cognitiva como no caso dos nepaleses. E, por isso mesmo, viciada em redes sociais.
No caso do Marrocos estamos vendo uma reprise do que aconteceu no Brasil em 2013 e 2014, quando parte da população se revoltou com os bilionários investimentos em estádios e infraestrutura para a Copa do Mundo, quando o básico como saúde, educação e segurança pública eram esquecidos.
Leia maisEn Marruecos se están produciendo las mayores protestas de los últimos años con lemas como “No queremos el Mundial; queremos hospitales” o “Queremos hospitales, no estadios”. pic.twitter.com/tvWFDIHNT6
— Lucio Martínez Pereda (@anluma99) September 29, 2025
O Marrocos sediará a Copa de 2030 juntamente com Espanha e Portugal. Os jogos serão realizados dos dois lados do Mediterrâneo e, no caso dos marroquinos, tem sido enorme o investimento em infraestrutura. O país está ligado por uma linha de trem-bala entre Tanger a Casablanca, mas com previsão de ser ampliada e chegar a Marrakesh e Agadir. O porto de Tanger é hoje o maior e mais moderno do Mediterrâneo e o de Dakhla, no Saara Ocidental, será outro gigante.
Um movimento autodenominado GenZ212 tem assumido a liderança dos protestos. No site do GenZ212 há um único post com críticas ao governo do rei Mohamed 6º e do primeiro-ministro Aziz Akhannouch. O 212 é o DDI do Marrocos e simboliza, de acordo com eles, a unidade e a ação pelo futuro do país. O movimento pede reformas imediatas para a saúde, educação e trabalho.
Cerca de 40% da população do Marrocos tem menos de 25 anos e a taxa de desemprego juvenil (de 15 a 24 anos) chega a 47%. Muitos destes jovens tentam imigrar para a Europa diante da falta de perspectivas, mas com o endurecimento das leis de imigração ficou cada vez mais difícil.
Como se deu no Brasil em 2013, os protestos se espalharam rapidamente pelo país, incluindo a capital Rabat, onde a repressão foi mais forte. Centenas de manifestantes foram presos, mais de 200 feridos e ao menos 4 morreram.
Há algo que precisa ser revisto quando a Fifa decide fazer uma Copa do Mundo em países em desenvolvimento. Como vimos no Brasil, o legado da Copa foram bilhões gastos em estádios. No Maracanã, por exemplo, a reforma expulsou do campo as classes populares com a extinção da geral e os preços mais baratos, nos setores norte e sul, ficam de R$ 100 a R$ 200. Em Brasília, a preços de 2014, foram gastos R$ 1,9 bilhão para reformar o Mané Garrincha, hoje administrado pela iniciativa privada.
A Fifa tem se preocupado mais com os investimentos do que com legado das copas. Por isso, quando se trata de países em desenvolvimento, como Brasil e Marrocos, a população acaba demonstrando enorme antipatia com a entidade, porque os investimentos são altíssimos em detrimento das melhorias dos serviços básicos e da qualidade de vida.
Num mundo cada vez mais conectado, onde um protesto no Nepal acaba tendo desdobramentos em outros países, a Fifa deveria rever sua política para as copas, transformando esse tipo de evento em algo que beneficiasse a população em vez de visar unicamente ao lucro. Parte dos grandes jogadores que atuam na Europa vêm de países africanos e sul-americanos como Brasil, Colômbia, Peru, Argentina, Chile, Uruguai ou México.
Muitos, como Vinicius Junior, Raphinha ou Casemiro vieram de famílias humildes. Seria mais do que justo que uma Copa na América do Sul ou na África deixasse algo de concreto para as futuras gerações de jogadores, como boas escolas, bons centros de saúde, um retorno mais do que justo para as comunidades de onde eles vieram e continuam vindo.
Mas esse tipo de iniciativa não faz parte da agenda da Fifa. Eles são muito bons na hora de fazer exigências para padronizar estádios e controlar a venda de comida e bebida nas arquibancadas, impuseram até uma lei, a Lei Geral da Copa do Mundo de 2014, baseada no protocolo assinado entre o governo brasileiro e a entidade.
Depois das inúmeras acusações de corrupção envolvendo seus dirigentes, o que rendeu até a queda do até então intocável Josef Blatter, o atual presidente Gianni Infantino já foi investigado pelas autoridades suíças.
Os investigadores descobriram que Infantino se reuniu secretamente com o ex-procurador-geral da Suíça Michael Lauber para tratar do Fifagate, caso de corrupção que derrubou seu antecessor Blatter e mandou para a cadeira o brasileiro José Maria Marin. Ele foi acusado de obstrução de justiça, abuso de poder e violação de sigilo funcional. Escapou por pouco de uma condenação.
As pessoas não vão deixar de gostar de futebol, mas é evidente o mau humor com a cartolagem da Fifa por sua arrogância e falta de sensibilidade. E isso não corre o menor risco de melhorar. Nesse quesito, perdem de goleada.
O Marrocos saiu quase ileso da Primavera Árabe (2010-2012), iniciada na Tunísia e que se espalhou por quase todo o mundo muçulmano. Governos foram derrubados e governantes mortos, como Muammar Gaddafi da Líbia. O rei Mohamed 6º conseguiu controlar a situação e promover mudanças e o país superou esse momento. Agora, uma nova onda de revolta começou e exigirá da elite marroquina a mesma criatividade de 13 anos atrás.
Leia menosO vice-prefeito de Belém do São Francisco, Roberval Aguiar (PP), é um político experiente, já foi vereador várias vezes e na minha passagem pela cidade, no início da semana, quando lancei meu livro, fez uma observação interessante, mesmo sendo aliado da governadora Raquel Lyra (PSD).
“Costumo dizer que para ter sucesso, qualquer governo precisa fazer boa gestão e muita política. Mais do que isso, precisa se articular. Sem uma articulação política e uma comunicação eficientes, as ações de governo caem no vazio e no esquecimento. Hoje é uma data simbólica, porque a
eleição será daqui a um ano. A governadora ainda tem tempo para reorganizar a articulação política e a comunicação do seu governo, mas precisa agir rapidamente. Seu maior adversário é o tempo. E o tempo não para, como diz uma canção”.
O prefeito de Petrolina, Simão Durando (UB), avaliou a relação da governadora Raquel Lyra (PSD) com o município e voltou a cobrar ações concretas do governo estadual para a cidade. Em entrevista à Folha de Pernambuco, o gestor destacou que, apesar das promessas, pouco foi entregue até agora. Segundo ele, o maior problema é a Compesa, que arrecada R$ 12 milhões por mês em contas de água e esgoto, mas reinveste apenas uma pequena parte em Petrolina. “Estamos às margens do São Francisco, mas há bairros que ficam até 20 dias sem água. O que a população não aceita é pagar caro e continuar sem o serviço adequado”, afirmou.
Na avaliação do prefeito, falta diálogo do governo estadual com as cidades do interior. Ele lembrou que, desde a gestão de Miguel Coelho, a prefeitura solicita a retomada do controle dos serviços de água e esgoto para poder investir com mais eficiência. Apesar de torcer para que a concessão anunciada pelo governo dê certo, Durando insiste que a prioridade deve ser garantir acesso universal à água tratada e ao saneamento.
Leia maisO cenário político estadual também foi pauta da entrevista. Para Simão, a eleição de 2026 será definida pela avaliação da população sobre a gestão atual. Ele defendeu a pré-candidatura do ex-prefeito Miguel Coelho ao Senado, destacando que o Sertão precisa de um representante que conheça de perto as dificuldades da região. “Miguel já mostrou que está pronto. Pernambuco ganha com um senador que tenha cheiro de povo”, afirmou.
Durando também comentou a disputa entre Raquel Lyra e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que lidera as pesquisas para o governo estadual. Sem avaliar diretamente a gestão de Raquel, disse que o eleitor vai pesar se houve avanço em áreas como educação, saúde e geração de empregos. Ao falar de João Campos, ressaltou o legado político do avô, Miguel Arraes, e do ex-governador Eduardo Campos, lembrados como referências de gestão no estado.
Sobre a economia local, o prefeito destacou o impacto do “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos às exportações de frutas brasileiras. Segundo ele, o aumento das tarifas chegou como “uma bomba” para o Vale do São Francisco, que depende da fruticultura irrigada. A saída encontrada foi negociar com os importadores e buscar apoio do governo federal para prorrogar os prazos de pagamento junto aos bancos. “Um terço da população vive diretamente da fruticultura. Se não tivéssemos conseguido esse acordo, o comércio e a economia local teriam sido gravemente afetados”, explicou.
Mesmo com os desafios, Petrolina segue ampliando sua presença internacional. Apenas para a América do Norte, são exportados anualmente 2.500 contêineres de manga e 800 de uva, além de grandes volumes destinados à Europa. O município aposta em novas áreas irrigadas no Pontal e aguarda a conclusão da Transnordestina para reduzir custos logísticos. “Se a ferrovia chegar até Salgueiro já é um avanço, mas nosso sonho é que venha até Petrolina”, ressaltou o prefeito.
Durando também destacou o esforço para retomar voos cargueiros internacionais a partir do Aeroporto de Petrolina, ampliado recentemente. A medida facilitaria a exportação por via aérea, especialmente para mercados mais distantes como Japão e China, onde a logística por navio torna inviável a chegada da fruta em boas condições.
Ainda durante a entrevista, o prefeito aproveitou o lançamento do meu mais recente livro, “Os Leões do Norte”, em Petrolina, para relembrar a importância histórica do ex-governador Nilo Coelho para o município e para Pernambuco. Citando relatos de seu pai, o ex-prefeito Simão Durando, destacou que Nilo foi responsável por obras estruturantes, como a pavimentação de rodovias e a eletrificação rural, além de apoiar a implantação da irrigação no Sertão. “Ele foi um estadista que sonhava com os pés no chão e deixou um legado que permitiu que Petrolina se tornasse hoje a capital da fruticultura irrigada”, concluiu.
Leia menosO deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) vai retornar ao comando do PSDB em dezembro e tem a missão de liderar a sigla na campanha eleitoral de 2026, com foco em aumentar o número de deputados federais. A sigla tem planos de ganhar 30 cadeiras na Câmara dos Deputados. Atualmente, os tucanos possuem 13 deputados.
Aécio já foi presidente do PSDB de 2013 a 2017, e durante esse período foi o último candidato forte da sigla nas eleições presidenciais. Em 2014, ele foi ao 2º turno contra a então presidente Dilma Rousseff (PT), e terminou derrotado pela petista. As informações são do portal Metrópoles.
Leia maisO deputado federal vai ocupar o lugar de Marconi Perillo, que encerra sua presidência em 30 de novembro. No último sábado (27), Perillo anunciou sua pré-candidatura ao governo de Goiás, estado que já governou por quatro vezes.
Ao deixar o comando do PSDB, o ex-governador goiano deve se dedicar a sua campanha. Além disso, ele será presidente do ITV (Instituto Teotônio Vilela), que está nas mãos de Aécio.
Desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi candidato em 2018 e ganhou as eleições daquele ano, o PSDB vem perdendo força nacionalmente e luta para manter a relevância política. Em agosto, o partido perdeu o seu último governador. O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, deixou o PSDB se filiou ao PP.
Na última década, o PSDB saiu de maior legenda da oposição para uma sigla menor. Em 2022, pela primeira vez desde a sua fundação, a sigla não teve um candidato à Presidência. No mesmo ano, a sigla também perdeu o comando do estado de São Paulo, que era o seu maior reduto.
Leia menosPor AFP
A política Sanae Takaichi, conhecida por sua postura nacionalista, assumiu a liderança do partido governista do Japão neste sábado (4), colocando-se no caminho para se tornar a primeira mulher primeira-ministra do país.
Takaichi venceu no segundo turno das eleições internas do Partido Liberal Democrata (PLD) e tem praticamente garantida sua investidura parlamentar, que, segundo a mídia local, pode ocorrer já em 13 de outubro.
Leia maisO primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, anunciou, em 7 de setembro, que renunciaria após menos de um ano no poder, sob pressão dos descalabros eleitorais sofridos por seu partido nas eleições legislativas durante seu mandato.
Takaichi, de 64 anos, autoproclamada admiradora da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, defende ideias conservadoras em questões sociais e o fortalecimento dos programas de defesa, além de ser altamente crítica do aumento do poder militar da China na região.
A política visita regularmente o Santuário Yasukuni, um memorial para aqueles mortos em conflitos armados, incluindo criminosos de guerra, considerado em outros países asiáticos como um símbolo do passado militarista do Japão.
Em questões econômicas, ela apoia o aumento dos gastos públicos e as baixas taxas de juros, em linha com seu mentor, o falecido ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, assassinado em 2022.
“Uma nova era”
Esta ex-ministra derrotou o atual chefe do Ministério da Agricultura, Shinjiro Koizumi, um político de 44 anos de alto perfil, mas inexperiente, na votação interna de seu partido.
“Juntamente com muitos de vocês, estamos forjando uma nova era para o PLD”, declarou Takaichi na sede do partido em Tóquio.
Ishiba assumiu o cargo de primeira-ministra em setembro de 2024 com a promessa de “criar um novo Japão”, revitalizar as regiões rurais e abordar a “emergência silenciosa” do declínio populacional.
Ele imediatamente convocou eleições para a Câmara Baixa, e nessas eleições, em outubro de 2024, seu partido obteve os piores resultados em 15 anos, e sua coalizão com o partido Komeito perdeu a maioria. Em julho passado, eles perderam a maioria no Senado, e começaram as especulações sobre sua possível renúncia.
Ishiba, de 68 anos, renunciou sob pressão de líderes partidários, apesar de ter conseguido conduzir com sucesso as negociações comerciais com os Estados Unidos, particularmente as tarifas sobre a indústria automotiva, fundamental para o Japão. Seu mandato terminaria em setembro de 2027.
O Partido Liberal Democrata é um partido conservador que domina o cenário político no Japão e governa quase ininterruptamente desde 1955.
Atualmente, governa em coalizão com o partido Komeito, portanto, Takaichi, como líder do partido, que tem quase garantida a posição de primeira-ministra.
Leia menos