Coluna da terça-feira

Série governadores: Gustavo Krause Sobrinho

Capítulo 19

Da fornalha de quadros por excelência que passaram pela escola do ex-governador Moura Cavalcanti, e depois a macielista, de Marco Maciel, Gustavo Krause, vindo da sua Vitória de Santo Antão, berço sagrado da batalha do Monte das Tabocas, é, sem dúvida, um dos mais brilhantes. Por onde passou, da chefia de gabinete de Moura, ainda imberbe, no Ministério da Agricultura, ao Ministério de FHC, deu show, quase uma unanimidade como gestor público.

Pai da vice-governadora Priscila Krause, Gustavo foi governador de Pernambuco por 11 meses, sucedendo a Roberto Magalhães, que se afastou para disputar o Senado nas eleições de 1986. Discípulo fiel, deu continuidade ao modelo de gestão, iniciado lá atrás, em 78, por Marco Maciel, e sequenciado por Magalhães, primando pelo controle dos gastos públicos. Fez uma transição civilizada para o então governador Miguel Arraes, que venceu as eleições em 86, elegendo os dois senadores – Mansueto de Lavor e Antônio Farias.

Fez questão, inclusive, de prestar contas sobre a situação financeira do Estado em publicação nos jornais de maior circulação no Estado, bem como o balanço de todos os órgãos da administração indireta também, o que até a oposição bateu palmas. Num mandato curto, deu continuidade às obras deixadas por Magalhães, inaugurando barragens, agências do Bandepe e o Terminal Integrado de Passageiros – TIP.

Depois da passagem pelo Governo de Pernambuco, Krause foi brilhar no plano nacional. Foi ministro da Fazenda e do Meio Ambiente durante os governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Por Pernambuco, além de governador, foi deputado federal, secretário da Fazenda, prefeito e vereador do Recife. Gustavo Krause nasceu em 19 de junho de 1946, filho de Severino Joaquim Krause Gonçalves e Emocy Krause Gonçalves. Em 1964, ingressou na faculdade de Direito na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

No mesmo ano, foi nomeado oficial-de-gabinete de José Francisco de Moura Cavalcanti, então secretário de Administração no Governo de Paulo Guerra. Quando assumiu o Ministério da Agricultura, Moura fez de Krause seu subchefe de Gabinete. Encantado com o desempenho do sobrinho da sua mulher, dona Suçu, ao chegar ao Governo de Pernambuco em 1975, Moura Cavalcanti o escolheu como secretário da Fazenda.

Quatro anos depois, Krause recebe uma missão de Marco Maciel: prefeito biônico do Recife. Fez uma gestão diferenciada, trazendo inovações para a administração e finanças públicas. Manteve sintonia com os diversos segmentos sociais e as camadas mais pobres, com obras e programas voltados para melhoria da qualidade de vida dos menos favorecidos.

Afastou-se da Prefeitura de Recife em maio de 1982, para participar das eleições estaduais como candidato à vice-governador na chapa encabeçada por Roberto Magalhães e que se saiu vitoriosa, derrotando o então favorito senador Marcos Freire, candidato das esquerdas, esmagado nas urnas por causa do casuísmo do chamado voto vinculado e da sublegenda.

Barracões da Prefeitura e Murais da Crítica como prefeito do Recife – Nomeado em 1979 prefeito biônico do Recife, pelo então governador Marco Maciel, Gustavo Krause imprimiu uma gestão popular e democrática, voltada primordialmente para as classes mais carentes e em ampla expansão nas cercanias de Recife. Realizou muitas obras estruturadoras, principalmente nas áreas de periferias, como escadarias e muros de arrimos. Mas a maior marca da sua gestão como prefeito foi a fixação dos chamados “barracões” da Prefeitura, nas áreas pobres do município, que eram “centros de atendimentos sociais” com médicos, engenheiros e vários servidores que atendiam a comunidade. Lançou os “Murais da Crítica”, espaços públicos para que a população pudesse se expressar e se comunicar com o governo, através da realização de pichações e grafites. Eles ficavam em locais estratégicos, de grande visibilidade, geralmente próximos de praças, universidades e vias de grande fluxo de trânsito. Diariamente, uma equipe da Prefeitura fotografava os grafites e registravam as solicitações ou manifestações deixadas pela comunidade. Servia como um canal direto com o cidadão, além de preservar os muros e fachadas de edifícios, deixando a cidade mais limpa e bonita. Essa iniciativa foi considerada bastante ousada para a época, servindo de inspiração para medidas semelhantes em outras cidades do País.

Ministro da Fazenda de Itamar, vítima do preconceito de Paulo Francis – Um momento mais marcante da trajetória política de Gustavo Krause se deu em 1992, quando pediu demissão do cargo de ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, dois meses apenas depois de ser empossado. Sua saída teria sido motivada pela aproximação do presidente com economistas que tinham teses opostas às suas. Itamar não queria entregar a Fazenda a São Paulo e pediu ao então governador Joaquim Francisco, amigo de Krause, a sugestão de um nome. “Eu levei um susto quando ele disse: “Joaquim indica o ministro da Fazenda”, porque seria quebrar um tabu muito grande e tirar o controle da política econômica do eixo paulista”, lembrou o ex-governador, numa entrevista, ao confirmar que indicou Gustavo Krause. Nem o próprio Krause, quando avisado por Joaquim, acreditou em tamanha ousadia. De Nova Iorque, o jornalista Paulo Francis, que carregava no sangue e na alma exagerado preconceito contra nordestinos, debochou de Itamar, disse que ele formou um ministério de compadres e sugeriu que Krause era um Jeca Tatu. No plano pessoal, Itamar Franco talvez tenha sido o mais desequilibrado presidente que este país já teve: impulsivo, detalhista, desinformado, com parca capacidade de discernimento, tanto em relação a fatos quanto a pessoas, e uma necessidade quase doentia de autoafirmação. Suas virtudes – de homem simples, bem-intencionado, menos afeito a práticas fisiológicas e ao uso da máquina do Estado que a maioria dos políticos – pareciam insuficientes para contrabalançar seus vícios de temperamento. Numa entrevista ao jornalista pernambucano Geneton Moraes Neto, Itamar contou bastidores do seu governo nunca revelados. Disse que políticos o procuraram para sugerir o fechamento do Congresso. “O Congresso enfrenta uma crise muito séria. Há corrupção generalizada na Comissão de Orçamento. É melhor fechar por um tempo”, sugeriram parlamentares, segundo relato do próprio Itamar, que não revelou os nomes dos deputados.

Atuação no Meio Ambiente com maior relevância – No primeiro mandato do Governo Fernando Henrique Cardoso, Gustavo Krause aceitou assumir mais um desafio: o Ministério do Meio Ambiente, num instante em que o País assiste, perplexo, ao aumento da devastação da mata amazônica. Imbuído de levar a efeito o desenvolvimento sustentável, sua agenda ambiental foi marcada por conflitos, em particular no que diz respeito à preservação da Amazônia e outros biomas, ao uso do solo para agricultura, pecuária e mineração e ao represamento de rios para geração de energia elétrica. Teve dificuldade de fazer respeitar a lei em regiões remotas do País e a política ambiental dividiu de FHC tanto a sociedade gerou reações de governadores. A riqueza da biodiversidade brasileira e os novos instrumentos de atuação do Estado e da sociedade estimularam várias ONGs ligadas ao meio ambiente a se instalar no Brasil, as quais Krause soube ter uma excelente relação. Mas com Krause no Meio Ambiente, o Brasil passou a assumir um protagonismo cada vez maior na área ambiental com ações voltadas à proteção do meio, com destaque para a questão da mudança do clima.

Um caso raríssimo na vida pública: disputar um cargo de vereador depois de governar o Estado – Contrariando todas as regras e princípios do jogo da política, em 1988, dois anos após deixar de bater ponto como governador no Palácio do Campo das Princesas, Gustavo Krause se lança candidato a vereador do Recife pelo PFL e saiu das urnas consagrado: 21 mil votos. Sua decisão pegou o mundo político do Estado de surpresa, porque não há ninguém no País que tenha deixado a função relevante de governador para se submeter em seguida ao teste das urnas para vereador, estágio inicial da grande maioria dos que entram na vida pública. Mas seu gesto foi entendido como um sinal de valorização da política municipalista. Provavelmente inspirado na filosofia de que o caminho mais certo de vencer é tentar mais uma vez, a chegada à Câmara de Vereadores do Recife lhe deu régua e compasso, mídia mais do que imaginava, para dois anos depois se eleger deputado federal.

Compositor de frevo vencedor no Fantástico, encheu de orgulho as mulheres com o “Adoro celulite” – Além de político e gestor público, Gustavo Krause é um escritor primoroso, construtor de frases antológicas. Também boêmio e poeta, compôs um frevo, em parceria com o compositor e cantor Jota Michiles, vencedor do Concurso de Marchinhas promovido pelo Fantástico. A música ‘Adoro Celulite’ faz uma homenagem às mulheres comuns e derrubou mais de 1,3 mil canções para chegar à final do concurso. Numa entrevista, ele contou que se arriscou como compositor quando estava em um spa. “Eu estava tentando emagrecer, mas chegou um cabra safado para acabar com minha dieta e a gente fez nascer esta canção de protesto, de contestação à ditadura da magreza”, disse, afirmando que gosta de mulher gordinha. “Eu acho que essa camadinha de gordura é melhor que aquela musculatura dura, que não parece muito com mulher”, destaca. “Gordinha, linda Afrodite/parei no seu it de anjo barroco/você me deixa louco com seu apetite/acredite/adoro celulite!”, diz a composição de Krause, que nasceu na década de 1990. Na época, o cantor de frevo Almir Rouche conheceu a canção e fez questão de gravá-la. Ele disse que se identificou porque a música tem tudo que uma canção de carnaval precisa. “Tem alegria, energia e irreverência e não desmerece ninguém. Música de carnaval tem que ser assim, tem que levantar o espírito. E, até hoje, esta é uma das canções mais irreverentes que já gravei”, disse Rouche.

CURTAS

NAS ESCRITAS, VALOR AO FREVO E A CAPIBA – Krause empresta seu talento hoje como articulista na mídia. Em recente artigo para o site Metrópoles, fez loas ao grande Capiba, um dos maiores compositores do País. “Descontados o ufanismo e a mania pernambucana de grandeza, “Pernambuco tem uma dança que nenhuma terra tem”. É o primeiro verso da letra que termina com “É frevo meu bem” de Capiba, um gênio pernambucano de talento universal”, escreveu, para acrescentar: “Para os que imaginam Capiba como o maior compositor de frevo, é importante salientar que sua primeira composição foi uma valsa (Meu destino) e o primeiro prêmio foi um tango: “Flor, as ingratas”. Sua obra é um precioso acervo criador de mais de duzentas composições: sambas, maracatus, valsas, cirandas, mais de cem frevos e músicas eruditas. Com parcerias de consagrados poetas, compositores e cantores”.

PRISCILA, A HERDEIRA POLÍTICA – Gustavo Krause tem cinco filhos, três do primeiro casamento com Cléa Borges, e dois do segundo com Débora. Priscila é a única da prole que herdou a vocação política do pai, que tem ainda Daniela, Manoela, Arthur e Lara. Antes de ser eleita vice-governadora na chapa de Raquel Lyra, Priscila foi, como o pai, vereadora do Recife e depois deputada estadual.

AMANHÃ TEM CORDEIRO DE FARIAS – A série prossegue amanhã trazendo o perfil do Cordeiro de Farias, que governou o Estado de 1955 a 1958.

Perguntar não ofende: A Câmara vai acelerar a cassação do deputado Chiquinho Brazão, mandante da morte de Marielle?

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A 3ª edição do Natal Mágico de São Lourenço da Mata superou todas as expectativas, com organização impecável e momentos emocionantes. O show de projeção mapeada e a Orquestra Bravo encantaram o público, enquanto várias apresentações culturais e cantatas das escolas trouxeram ainda mais brilho ao evento.

A chegada do Papai Noel no Alto da Igreja e a diversão com o Palhaço Chocolate garantiram alegria para todos.

“Foi um evento feito com muito amor. Superamos as expectativas e já estamos planejando uma edição ainda mais especial para o próximo ano”, afirmou o prefeito Vinícius Labanca.

Com luzes, música e magia, o Natal Mágico de 2024 ficará para sempre na memória da cidade, e em 2025, promete ser ainda mais encantador!

Jaboatão dos Guararapes - Natal Solidário 2024

Parte de uma ponte que liga os estados de Tocantins e Maranhão desabou neste domingo (22), deixando ao menos uma vítima.

A construção ligava os municípios de Aguianópolis (TO) e Estreito (MA) e faz parte da Rodovia Transamazônica, que parte do estado do Amazonas e vai até João Pessoa, na Paraíba, cruzando as regiões Norte e Nordeste do Brasil.

O vereador eleito por Aguianópolis Elias Junior (PRB-TO) gravava um vídeo perto da ponte quando foi surpreendido ao perceber o início do colapso da construção.

“Vou mostrar para vocês, quero que esse vídeo chegue até as autoridades competentes, […] deputados federais, senadores. Essa ponte já tem mais de 60 anos de existência, e, como vocês podem ver através das redes sociais, o noticiário tem mostrado bastante […] a ponte não está mais suportando o grande fluxo de veículos pesados que passam por aqui”, explica o Junior.

Em seguida, ele começa a mostrar rachaduras no solo, justamente no momento em que a pessoa que filmava nota a abertura de uma fenda na construção, começa a correr e pede que o vereador faça o mesmo. A gravação é interrompida no momento em que uma fenda já está aberta na ponte, mas sem ela ainda ter cedido por completo.

Segundo relatos de testemunhas que viram o momento do desabamento, entre 100 e 150 metros da construção ruíram e caíram no Rio Tocantins. Uma carreta passava pelo local e caiu sobre o curso de água.

Da revista Exame.

Conheça Petrolina

Na tarde deste domingo (22), o prefeito João Campos utilizou suas redes sociais para anunciar Pâmela Alves como a nova secretária de Assistência Social e Combate à fome. Em maio deste ano, Pâmela comandou interinamente a Secretaria de Turismo e Lazer do Recife após saída da jornalista Cacau de Paula.

Formada em administração pela UFPE e pós-graduada em Gestão Pública pela UPE, Pâmela é servidora pública estadual e acumula passagens por diferentes cargos e funções no poder público.

Como secretária-executiva de Saúde no Recife, coordenou os distritos sanitários do Recife. Como secretária de Turismo e Lazer do Recife, descentralizou ações de pasta pelos bairros, atuou como secretária executiva coordenadora do Pacto Pela Vida, no Governo de Pernambuco, entre outras funções que exerceu.

Camaragibe Avança 2024

Há pouco, o prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), usou a rede social para anunciar Fred Amâncio enquanto secretário de Educação, função que ele já vinha desempenhando nos últimos anos na gestão socialista. Existia uma dúvida sobre sua permanência, tendo em vista que a governadora Raquel Lyra (PSDB) determinou o retorno dos servidores estaduais cedidos a outros órgãos.

Fred Amâncio é formado em Administração de Empresas pela Universidade de Pernambuco (UPE) e em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com pós graduação em Economia Aplicada à Gestão Fiscal, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo e, MBA em Gestão de Negócios em Petróleo e Gás, pela FGV do Rio de Janeiro.

Auditor Fiscal do Tesouro Estadual da Secretaria da Fazenda de Pernambuco, Fred Amâncio foi secretário de Educação e de Saúde do Estado de Pernambuco, secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape. Também exerceu a função de secretário de Planejamento e Gestão.

Do blog Cenário.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (20) que não existe um patamar ideal para o dólar, apesar das sucessivas altas que levaram a cotação a superar a marca dos R$ 6. Em encontro com jornalistas na sede da pasta, em Brasília, Haddad salientou a importância de o Banco Central (BC) intervir quando houver desequilíbrio ou “disfuncionalidade” no mercado cambial.

Segundo o Metrópoles, o ministro comentou sobre a recente “escorregada” do dólar, ressaltando ser fundamental “corrigir” a trajetória ascendente da moeda norte-americana no Brasil. Ainda segundo Haddad, a correção não deve ser motivada pela busca de uma cotação específica:

“Nós temos de corrigir essa escorregada que o dólar deu aqui [no Brasil] não no sentido de buscar o nível de dólar, não no sentido de mirar uma meta, não é nesse sentido que eu penso que nós deveríamos atuar.”

O ministro reconheceu, porém, que houve um problema de comunicação ao final do ano, o que intensificou a valorização do dólar. Ele frisou a necessidade de uma “correção” nessa forma de comunicar e pontuou que o fortalecimento da moeda norte-americana ocorre em vários lugares do mundo. Para Haddad, o Banco Central deve promover ajustes “sempre que houver uma disfuncionalidade por incerteza, insegurança, seja lá o que for que gere uma disfuncionalidade no mercado de câmbio e no mercado de juros”.

Questionado se o valor da moeda deveria voltar ao patamar de R$ 5, Haddad se absteve de sugerir um número:

“Não vou cometer o equívoco de dizer qual é a meta de câmbio que o Banco Central tem que mirar. Ele [BC] tem hoje uma meta contínua e precisa estabelecer um calendário para trazer a inflação para a meta no espaço de tempo adequado para a política monetária funcionar.”

Em seguida, o ministro reforçou que a autoridade monetária deverá manter a taxa de juros em nível restritivo até que a inflação retorne ao intervalo estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Na visão de Haddad, a atuação conjunta do BC e do Tesouro Nacional, aliada à maior clareza acerca das medidas de revisão de gastos, tende a reduzir a tensão no mercado e a recolocar as coisas “na normalidade”.

“O cenário externo continua desafiador”, salientou Haddad, fazendo referência à posse de Donald Trump nos Estados Unidos em janeiro de 2025, como mais um fator de incerteza no âmbito global.

Do Brasil247.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais neste domingo (22) para manifestar solidariedade às vítimas da queda de um avião em Gramado (RS).

Uma aeronave de pequeno porte, que partiu de Canela (RS), caiu minutos após a decolagem, nesta manhã, na zona central de Gramado. Segundo o governo do Rio Grande do Sul, nove pessoas estavam a bordo, e ninguém sobreviveu.

“Minha solidariedade aos familiares das vítimas fatais da queda de um avião no centro de Gramado, no Rio Grande do Sul. Espero que os feridos tenham uma rápida recuperação. A Aeronáutica investiga as causas do acidente e o governo federal está à disposição do governo do estado e autoridades locais para esclarecermos o mais breve possível”.

Até a útima atualização desta reportagem, as equipes de resgate ainda não haviam conseguido chegar ao corpo do avião, por conta do risco de explosões. A identidade das vítimas também não foi oficialmente confirmada.

Repercussão

Além de Lula, ministros do governo usaram as redes sociais para prestar solidariedade às vítimas e familiares.

O titular Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, escreveu:

“Acabo de receber a notícia da queda de um avião em Gramado. Estou acompanhando de perto os desdobramentos do acidente junto a autoridades locais. Envio minha solidariedade aos familiares e amigos das vítimas desta tragédia que acontece no nosso estado”.

Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, afirmou que está em contato com o governador do Rio Grande do Sul e prestou solidariedade às famílias das vítimas.

“Recebemos com pesar a notícia do acidente aéreo em Gramado, no Rio Grande do Sul. Nossa solidariedade às famílias das vítimas neste momento de dor. Conversei com o governador Eduardo Leite e com as autoridades locais, colocando-me à disposição em nome do governo federal”.

“Neste momento, os órgãos responsáveis estão mobilizados para prestar todo o apoio necessário e iniciarão o processo de investigação”, seguiu.

Também em uma rede social, a ministra Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas, comentou sobre o acidente.

“Infelizmente, duas tragédias neste final de semana antes do Natal. Ontem o acidente de ônibus em Teófilo Otoni e hoje a queda do avião em Gramado. Minhas orações e solidariedade às famílias atingidas”.

Acidente em Gramado

De acordo com a Brigada Militar, o avião de pequeno porte havia saído do aeroporto de Canela com destino a Jundiaí (SP), quando às 9h13 caiu em Gramado.

No momento da queda, a aeronave atingiu a chaminé de um prédio, uma casa, uma loja de móveis e uma pousada. Uma turista que estava no local e presenciou a queda disse que as pessoas entraram em desespero.

A pousada foi atingida pelos destroços após a queda e houve um incêndio. Segundo o governo do Rio Grande do Sul, 15 pessoas que estavam no local ficaram feridas e foram socorridas e levadas para o hospital.

O governo informou que a maior parte das vítimas precisou de atendimento por ter inalado fumaça. Duas delas estão em estado grave.

As informações preliminares são de que nove pessoas estavam no avião no momento da queda. Em nota, o governador do Rio Grande do Sul informou que não há sobreviventes. “Não se cogita sobreviventes”, disse o governador Eduardo Leite.

Do G1.

O deputado estadual Antônio Moraes parabenizou a governadora Raquel Lyra pela iniciativa de refazer a licitação para as obras da ponte sobre o rio Paripe – parte da histórica Trilha dos Holandeses – que dá acesso ao povoado de Vila Velha, na Ilha de Itamaracá, tombado pela Fundarpe. A contratação de empresa responsável pela obra foi anunciada no final da semana, e contará com um investimento de R$ 1,3 milhão por parte do Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh).

“A recuperação da ponte vinha sendo uma luta nossa há muito tempo. Infelizmente, a construtora que ganhou a licitação anterior estava fazendo um serviço sem nenhuma qualidade, e precisou ser desclassificada. Demorou muito para acontecer a nova licitação, mas agora que foi feita, a obra vai ser reiniciada. E é muito importante não apenas para fortalecer o turismo em Itamaracá, mas também para os moradores de Vila Velha, que vão poder se deslocar com facilidade até o Forte Orange, onde dispõem de um transporte público de melhor qualidade”, justificou o deputado.

Ao que tudo indica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está próximo de iniciar mais uma reforma ministerial em seu governo. Apesar de manter o tom ameno, neste fim de ano, após cirurgia na cabeça, o chefe do Executivo tem assuntos com urgência de ajuste já no início de 2025. Alguns nomes podem, inclusive, deixar o governo ainda neste fim de ano.

Da equipe de 37 ministros que estreou o terceiro mandato de Lula, em janeiro de 2023, cinco deixaram o governo, mas, ao todo, seis trocas foram efetivadas. Márcio França foi retirado de Portos e Aeroportos para dar lugar a um representante do Centrão, mas recebeu a chefia de um 38º ministério, o do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

Ana Moser (Esportes), Daniela Carneiro (Turismo), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), Gonçalves Dias (Gabinete de Segurança Institucional), e Silvio Almeida (Direitos Humanos) foram as baixas nestes últimos dois anos.

Um dos mais cotados para mudar de função é o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta. Como ressaltado pelo próprio presidente Lula, no encerramento de um seminário do PT, no último dia 6, antes de Lula passar por procedimentos na cabeça, “há um erro no governo na questão da comunicação, e eu sou obrigado a fazer as correções necessárias”. Lula deixou explícito o descontentamento com a atuação de Pimenta, entre outros motivos, por não estar dando tantas entrevistas como gostaria.

O substituto tem nome certo: é Sidônio Palmeira, marqueteiro responsável pela campanha eleitoral de Lula em 2022. Convidado para a reunião ministerial da semana passada, ele deve ser o responsável pelo tradicional discurso à nação que Lula fará na noite da véspera de Natal. A substituição ainda não foi anunciada, segundo interlocutores, por causa do estado de saúde do presidente, que submeteu-se a uma cirurgia para drenar um hematoma na cabeça. Por isso, ficou em São Paulo por dez dias.

Pimenta, no entanto, não ficará desassistido, e é bem cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República. Atualmente, a pasta é chefiada por Márcio Macêdo que, caso concretizada a mudança, deixaria o governo e retornaria à direção nacional do PT, na qual ainda ocupa o cargo de vice-diretor, após passar cinco anos como tesoureiro da legenda.

Macêdo concretizou uma importante ação internacional do Brasil, o G20 Social, realizado em novembro deste ano, no Rio de Janeiro — a primeira inclusão de organizações da sociedade civil na cúpula do grupo das maiores economias do mundo. No entanto, foi algumas vezes criticado publicamente por Lula, como no ato de 1º de maio, Dia do Trabalhador, que o presidente chamou de “mal convocado”. Em café da manhã com jornalistas, na última semana, o ministro mostrou-se conformado com a possibilidade, dizendo que era um “direito” do presidente promover mudanças na equipe ministerial.

Outro ministro que deve deixar o cargo muito em breve, por vontade própria, é José Múcio Monteiro, titular da pasta da Defesa. Desde que foi convidado pelo presidente para ocupar a vaga, o ministro tinha avisado que não pretendia permanecer no governo até o final do mandato. Agora, ele tem confidenciado a interlocutores que está pronto para deixar o governo. Segundo o Correio apurou, ele costuma dizer que já “cumpriu a missão” dada por Lula de pacificar os quartéis e melhorar a relação das Forças Armadas com o governo, abalada pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

A pessoa mais cotada para ocupar a vaga de José Múcio é o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. No entanto, há dúvidas se ele aceitaria o convite. Outra possibilidade, apontada por quem acompanha de perto a rotina do Planalto, é o atual ministro da Justiça, Ricardo Lewandowsky.

Um ponto adicional de atenção de Lula para o próximo ano deve ser a articulação política e econômica com os outros Poderes. Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais do governo, não teve sucesso em intermediar a relação do Executivo com o Legislativo, após fortes embates com o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL). Padilha também estaria de olho em pastas com maior visibilidade e orçamento, como a da Saúde, que chefiou nos governos de Lula (2009-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014).

Do Correio Braziliense.

 

Uma aeronave caiu na manhã deste domingo (22) em Gramado, Rio Grande do Sul. O Corpo de Bombeiros, Brigada Militar e Polícia Civil estão no local. Ao menos 15 pessoas foram socorridas a hospitais da região.

Segundo a Brigada, o avião de pequeno porte havia saído do aeroporto de Canela e caiu minutos depois da decolagem, por volta das 9h15, em Gramado. A aeronave seguia para Jundiaí, em São Paulo.

No momento da queda, a aeronave atingiu a chaminé de um prédio, uma loja de móveis e uma pousada.

Segundo os bombeiros, no prédio uma pessoa conseguiu sair sem ferimentos. Não havia ninguém na loja de móveis no momento da queda.

Na pousada, o prédio foi atingido pelos destroços após a queda e houve um incêndio. Ao todo, 15 pessoas que estavam no local ficaram feridas e foram socorridas para o hospital. A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul informou que a maior parte das vítimas precisou de atendimento por ter inalado a fumaça do incêndio

As informações preliminares são de que 10 pessoas estavam no avião no momento da queda. Em nota, o governador do Rio Grande do Sul informou que não há sobreviventes.

Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou os dados da aeronave, que está em nome de Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, administrador de empresas, filho de Cláudio Galeazzi, ex-conselheiro do Pão de Açúcar. Ainda não há informação, no entanto, da identidade das vítimas do acidente.

Do G1.

Por Muciolo Ferreira*

Vinte e três anos de Bal Masquê e mais dezoito no Baile Municipal do Recife, organizando com maestria as duas principais e tradicionais prévias do Carnaval de salão do Recife, não é pra qualquer um. São muitos anos de serviços prestados.

Essa sempre foi a missão da socióloga Joseli Lacerda, que em 2025 estará exilada do mais antigo baile de máscaras do Carnaval brasileiro, iniciado em 1885, justamente no ano que completará 75 anos promovido pelo Clube Internacional do Recife.

A notícia publicada em primeira mão na coluna de Roberta Jungmann, na Folha de Pernambuco, pegou a todos de surpresa. Até porque o Bal Masquê sempre teve o DNA de Joseli no tocante à seleção criteriosa das melhores máscaras para participar no dia do baile, indicação de parte dos jurados, dos convidados e até da preparação dos camarins dos artistas que se apresentam na festa.

A decisão de deixar o Bal Masquê foi pessoal, pois ela acha que cumpriu a missão. Perfeccionista com tudo que faz, Jô, como é carinhosamente tratada pelos amigos, atuou no Bal Masquê de 2001 a 2024, e no Baile Municipal do Recife, de 1982 a 2001. Vem de uma época em que esses bailes eram disputadíssimos e serviam de vitrines para políticos selar parcerias, ter mídia espontânea em todos os veículos de comunicação e se aproximar mais da classe empresarial e dos espaços de poder.

Se fosse contar tudo que viu e ouviu nos bastidores dessas prévias, Joseli Lacerda poderia até escrever um livro. Uma coisa é certa: o Bal Masquê pode ser dividido em duas etapas: antes e depois de Joseli Lacerda.

*Jornalista

O ministro Amaury Rodrigues Pinto Junior, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), sofreu um acidente de carro neste sábado (21). O veículo onde ele estava saiu da pista, caiu de uma ponte e capotou na BR-060, perto de Rio Verde, no Goiás.

Segundo informações do G1, haviam três pessoas no carro. O Hospital Municipal Universitário, onde o ministro está sendo atendido, informou que ele está “consciente, orientado, verbalizando, e com sinais vitais estáveis”.

As outras duas ocupantes do carro estão estáveis. Uma delas, de 52 anos, foi encontrada fora do veículo, com dores no abdômen e no tórax. A outra, de 48, estava dentro do carro, mas relatou dores no ombro esquerdo e precisou ser imobilizada antes de ser levada ao hospital.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) explicou ao G1 que o veículo caiu sobre o Rio Bom Sucesso. O ministro, que conduzia o veículo, perdeu o controle da direção. O grupo retornava de Campo Grande para Brasília. As causas do acidente estão sendo investigadas.

Do Correio Braziliense.

“A obrigação moral é de resistir”: esta é a mensagem fixada no perfil do X, antigo Twitter, de Pedro Urruchurtu, coordenador internacional da campanha de Maria Corina Machado e Edmundo González para as eleições presidenciais da Venezuela de 28 de julho.

Ele e outros opositores estão refugiados desde 20 de março na Embaixada da Argentina em Caracas, atualmente sob custódia do Brasil, após serem acusados pelo governo de Nicolás Maduro de conspiração e traição à pátria.

Entre os asilados estão Pedro Urruchurtu, coordenador internacional da campanha de María Corina Machado; Magalli Meda, diretora de campanha; Omar González; Claudia Macero; e Humberto Villalobos, todos colaboradores do partido Vente Venezuela.

Recentemente, Fernando Martínez Mottola, ex-ministro dos Transportes e Comunicações, deixou a embaixada. O Ministério Público venezuelano afirma que ele se entregou voluntariamente e decidiu colaborar com a justiça, enquanto a oposição alega que ele foi detido após uma invasão armada à embaixada.

Os refugiados denunciam que, desde 23 de novembro, enfrentam um cerco das forças de segurança venezuelanas, com cortes no fornecimento de eletricidade e água, além de restrições para a entrega de suprimentos básicos.

A Argentina, juntamente com outros países e organizações internacionais, tem pressionado o governo venezuelano a conceder salvo-condutos que permitam a saída segura dos opositores asilados. O Ministério das Relações Exteriores argentino solicitou à ONU medidas urgentes para resolver a situação.

A situação dos refugiados se agravou após as eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais o Conselho Nacional Eleitoral declarou Maduro vencedor. A oposição denunciou fraude eleitoral, apresentando atas que indicariam a vitória de Edmundo González, que atualmente está exilado na Espanha.

A líder opositora María Corina Machado, impedida de concorrer nas eleições, encontra-se na clandestinidade. Tanto ela quanto outros opositores são acusados de traição à pátria e outros delitos pelo governo venezuelano.

A comunidade internacional continua a acompanhar de perto a situação na Venezuela, com diversos países e organizações expressando preocupação com as violações de direitos humanos e a repressão contra opositores políticos no país.

Do g1.