No Rio, minha Nayla e eu demos uma passadinha também no boêmio, charmoso e histórico bairro da Lapa. É lá que as noites não têm hora para acabar. É lá que também estão os famosos Arcos da Lapa, que dão mais charme e beleza ao bairro.
Sua construção começou no século XVIII, entre os anos de 1723 e 1744. Uma das principais razões da sua construção foi porque naquele tempo a população do Rio de Janeiro sofria com a falta d’água. Então a ideia era levar água do Rio Carioca até uma fonte no Largo da Carioca.
Leia maisDe lá, a água era distribuída para outra fonte na Praça XV, onde navios chegavam. O aqueduto foi construído entre os morros de Santa Teresa e Santo Antônio, do qual pouco restou, já que parte fora destruída na década de 1950.

Já no meio do século XIX, a rede de abastecimento de água da cidade avançou e não havia mais utilidade para o aqueduto. Nesta época, os primeiros bondinhos começaram a aparecer nas ruas do Rio de Janeiro. O primeiro bondinho, puxado por mulas, foi inaugurado em 1859 pelo imperador Dom Pedro II.
Poucos anos depois, bondes a vapor substituíram as mulas. Ao fim do século XIX, precisamente em 1896, os Arcos da Lapa se conectam ao sistema público de bondinhos, se tornando o principal meio de transporte entre o Centro e Santa Teresa. O bondinho amarelo é uma das rotas utilizadas no transporte de turistas e dos próprios cariocas.
Os arcos se estendem por aproximadamente 270 metros e a altura chega a pouco menos de 18 metros. Composto por 42 arcos de estilo romano, os Arcos da Lapa são a maior e mais importante construção colonial do Brasil (e do Rio de Janeiro)! Como a maior parte das construções da época, também foram feitos por escravos indígenas e africanos.
A sua primeira estrutura foi feita com canos de ferro, mas logo foi trocada porque o material não resistia às condições e sofria corrosões. Tal fator fez com que o Conde de Bobadela — Gomes Freire de Andrade, o governador da época — ordenasse a reconstrução dos Arcos. Dessa vez, com materiais mais resistentes, sólidos e seguros.
Pedra e cal foram as matérias-primas mais usadas para reerguer o Aqueduto. Misturadas ao óleo de baleia, produziam uma liga de concreto extremamente resistente. Esse composto era a principal base da construção civil da época, bastante utilizado por todo o País em obras de fortes, igrejas e outras edificações que precisavam ser robustas.
Leia menos