O ex-presidente Jair Bolsonaro acaba de chegar na Avenida Paulista para participar do ato chamado por ele. Antes de subir no trio onde irá discursar, o líder bolsonarista foi abraçar os seus apoiadores que aguardam ansiosos pelo início do evento.
O ex-presidente Jair Bolsonaro acaba de chegar na Avenida Paulista para participar do ato chamado por ele. Antes de subir no trio onde irá discursar, o líder bolsonarista foi abraçar os seus apoiadores que aguardam ansiosos pelo início do evento.
Por Estadão Conteúdo
A Polícia Federal afirma que o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, seria o “dono de fato” de uma entidade de pescadores responsável por descontos indevidos em aposentadorias, a Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e da Aquicultura (CBPA).
As informações surgiram na quinta fase da Operação Sem Desconto, deflagrada na última quinta-feira (18), para aprofundar as investigações sobre desvios de aposentadorias do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). A defesa do empresário afirmou que não iria se manifestar porque não teve acesso aos autos.
Leia maisDe acordo com as investigações, a CBPA arrecadou R$ 99 milhões com descontos indevidos e teve um crescimento expressivo a partir de 2023.
A PF afirma que Antônio Camilo e outros dois aliados, que também foram alvos da investigação, seriam os “donos de fato” dessa confederação de pescadores.
“As evidências reunidas na investigação demonstram, de forma clara e consistente, que GABRIEL NEGREIROS, ANTONIO CAMILO e TIAGO SCHETTINI atuam como donos de fato da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA)”, diz a PF.
A investigação detectou que a CBPA fez transferências de recursos para uma empresa de Antunes com o objetivo de desviar os recursos dos aposentados.
As defesas de Negreiros e Schettini não foram localizadas para comentar. Eles foram alvos de mandados de prisão expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça na última fase da operação.
Operação Sem Desconto
A Operação Sem Desconto apura um esquema de descontos indevidos em aposentadorias do INSS, realizados por associações sem o consentimento dos beneficiários. Os valores arrecadados abasteceriam os cofres dessas entidades e teriam sido desviados para os líderes do esquema e outros investigados.
A nova fase da operação foi autorizada por Mendonça e previa o cumprimento de 16 mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão. Os crimes investigados incluem inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário e dilapidação patrimonial.
Um avião onde estavam o deputado federal Maurício Carvalho (União) e o vereador Márcio Pacele (Republicanos) fez um pouso forçado e depois pegou fogo em Extrema, distrito de Porto Velho, neste sábado (20). Ninguém ficou ferido.
As informações foram divulgadas pelo próprio deputado nas redes sociais. Ele gravou um vídeo para tranquilizar a população e explicar o que ocorreu. Segundo Maurício, a aeronave sofreu uma pane e o piloto precisou fazer um pouso forçado. Ele, o vereador Márcio Pacele e assessores estavam na região a trabalho. As informações são do portal g1.
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Segundo Maurício, a aeronave sofreu uma pane e o piloto precisou fazer um pouso forçado. Ele, o vereador Márcio Pacele e assessores estavam na região a trabalho.
O Corpo de Bombeiros informou que não foi acionado para atender a ocorrência.
Sobre a aeronave
O avião é um bimotor turboélice fabricado em 2009. O modelo é o Hawker Beechcraft e pertence à empresa Crescit Multi Investments e Aviation Solutions Ltda. A aeronave tem certificado válido para voo até junho de 2026.
Registrado sob a matrícula PS-GAC, o avião não tem autorização para operar comercialmente. Está registrado para uso do proprietário: isso significa que só pode ser usado para voos privados, sem fins lucrativos ou comerciais.
O g1 entrou em contato com o deputado para obter mais detalhes sobre o voo, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. A equipe também tenta contato com a empresa dona do avião.
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Da Folha de S.Paulo
Integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) aceitaram o projeto da redução de penas aprovado pelo Congresso Nacional ainda que tenham feito críticas públicas. Uma das razões é o fato de uma ala da corte entender que os efeitos da proposta não serão automáticos para todos os réus, incluindo Jair Bolsonaro (PL), mas avaliados caso a caso, a critério do relator, ministro Alexandre de Moraes.
A ideia de uma anistia ampla, defendida por apoiadores do ex-presidente, era totalmente rejeitada pelos magistrados. Mas, à medida que essa proposta inicial não teve o apoio necessário para avançar no Legislativo, ministros e parlamentares estabeleceram um diálogo em torno dos contornos do texto que foi aprovado no Congresso.
Leia maisDe acordo com dois ministros, assessores de magistrados da corte e pessoas próximas ao tribunal e às discussões ouvidos pela Folha, uma ala do STF participou de conversas para a construção do texto tanto na primeira etapa, quando tramitou na Câmara, como depois, com o envio ao Senado.
Essa participação de magistrados, segundo as pessoas consultadas, envolveu sugestões concretas para a redação, que partiram até mesmo de Moraes. Procurado pela reportagem por intermédio da assessoria de comunicação do tribunal, o gabinete do ministro não respondeu.
Apesar desse envolvimento de ministros na discussão do texto aprovado pelo Congresso, integrantes da Primeira Turma, encarregada de julgar a trama golpista, deram declarações contra a possibilidade de atenuação das punições impostas aos condenados, seguindo uma avaliação interna de que era preciso fazer defesa do trabalho do STF ao longo dos últimos anos.
Na terça (16), Moraes criticou a redução de penas no fim do julgamento que condenou, por unanimidade, o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques e outros quatro integrantes da trama golpista.
“Não é possível mais discursos de atenuante em penas, em penas aplicadas depois do devido processo legal, aplicadas depois da ampla possibilidade de defesa, porque isso seria um recado à sociedade de que o Brasil tolera ou tolerará novos flertes contra a democracia”, disse.
Ele declarou ainda que a fixação das penas serve tanto para condenar os réus quanto para prevenir que novas tentativas de rupturas democráticas ocorram no futuro.
“Prevenir, deixar bem claro que não é possível mais que se tome de assalto o Estado, Ministério da Justiça, Ministério da Defesa, Gabinete de Segurança Institucional, Abin [Agência Brasileira de Inteligência], se tome de ação a Polícia Rodoviária Federal, para tentar que um determinado grupo, que, repito, se transformou numa verdadeira organização criminosa, queira se manter no poder eternamente, com esses discursos de que a sociedade está a exigir a manutenção deles no poder”, disse.
Flávio Dino, presidente do colegiado, afirmou ser importante levantar dados sobre tamanho de penas impostas aos réus. Segundo o ministro, há distorções no discurso público sobre o tema. “Houve pleno atendimento ao princípio da individualização da pena.”
Naquela terça, a Primeira Turma encerrou a análise dos principais núcleos da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre a trama golpista — falta apenas o quinto deles, formado apenas pelo empresário bolsonarista Paulo Figueiredo, que está nos EUA foragido.
Para uma ala do STF, o texto ajudará no distensionamento institucional, até pelo entendimento de que ficará a cargo de Moraes interpretar e aplicar, caso a caso, o que prevê o projeto aprovado pelo Congresso.
Os ministros têm sido alvo de ataques pela condução e julgamento dos casos há meses, e ações policiais recentes autorizadas por ministros da corte e que miraram parlamentares acirraram a crise com o Legislativo.
O chamado PL da Dosimetria foi aprovado na quarta (17) no plenário do Senado com um placar de 48 votos a favor e 25 contra. Como a Câmara já havia aprovado a matéria, a proposta agora segue para sanção presidencial.
O presidente Lula (PT) afirmou que irá vetar o projeto. Ele também negou qualquer participação do Palácio do Planalto no acordo que viabilizou a votação da matéria no Senado.
O chefe do Executivo tem para isso até 15 dias úteis após o recebimento da matéria para o veto.
O trecho do projeto que mais beneficia Bolsonaro é o que permite uma espécie de unificação dos crimes de golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de Direito. O ex-presidente foi condenado a 8 anos e 2 meses por golpe e 6 anos e 6 meses por abolição do Estado democrático. Pelas regras atuais, as duas penas são somadas. O projeto permite que seja considerada apenas a maior, com um acréscimo de um sexto até a metade, dependendo do caso.
Além disso, o projeto permite que os condenados pelo 8 de Janeiro tenham progressão de regime depois de um sexto da pena cumprida. Pelas regras atuais, a progressão vem depois de um quarto da pena cumprida.
Se entrar em vigor, o projeto poderá, em tese, reduzir o tempo que Bolsonaro passará no regime fechado de cumprimento de pena dos atuais 6 a 8 anos para algo entre 2 anos e 4 meses e 4 anos e 2 meses, dependendo da interpretação.
Também influenciará na redução das penas o tempo que Bolsonaro dedicar a trabalho ou estudo, atividades que podem ser usadas para diminuir o período na prisão. A condenação total foi a 27 anos e 3 meses.
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A confraternização de fim de ano promovida neste sábado (20), pelo presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto (PSDB), e por seu filho, Gabriel Porto (PSDB), pré-candidato à Câmara Federal, acabou se transformando em um ato político em torno da pré-candidatura do prefeito do Recife, João Campos (PSB), ao Governo de Pernambuco. O encontro foi realizado na fazenda da família Porto, em Canhotinho, no Agreste.
A presença de prefeitos, ex-prefeitos, vereadores, deputados federais e estaduais e lideranças de várias regiões do Estado deu ao evento um caráter de confirmação de apoio ao projeto oposicionista liderado por João Campos. Para Álvaro Porto, a confraternização cumpriu o papel de celebrar o ano, mas a participação do prefeito do Recife trouxe um “impacto político-eleitoral inevitável”.
Leia maisSegundo o deputado, a pré-candidatura de João Campos transforma naturalmente o encontro em um espaço de consolidação de alianças e fortalecimento do projeto estadual. Álvaro lembrou ainda que, no mesmo local, há quatro anos, reuniu lideranças em apoio à atual governadora, de quem foi aliado. “Agora estamos aqui, no mesmo lugar, para pedir desculpas aos pernambucanos, dizer que erramos ao apoiar um projeto que não deu certo e reafirmar nosso apoio a João, que faz política com competência, junto do povo”, afirmou.
João Campos chegou ao evento após cumprir agenda no município de Jupi e destacou a importância de construir diálogo tanto no Recife quanto no interior. “Isso é fundamental, porque na política você tem que ter união de forças e de projeto para ter uma caminhada que seja vitoriosa. Gosto de fazer política, de reconhecer o trabalho das pessoas, e estou feliz de chegar aqui e ver que mais que um grupo político, uma força de palanque, é saber que há compromisso com a população”, destacou. Gabriel Porto, por sua vez, afirmou que o momento é de celebração e preparação para 2026, ressaltando o apoio recebido das lideranças presentes.
Entre os participantes estavam o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (UB), a ex-deputada Marília Arraes (Solidariedade), além de deputados federais e estaduais de diferentes partidos. Também marcaram presença prefeitos de municípios do Agreste, Mata Sul e outras regiões, além do prefeito de Ipojuca, Carlos Santana (PSB).
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Acredite se quiser: ontem, a governadora Raquel Lyra (PSD) jantou no restaurante Cantana, em Arcoverde, acompanhada apenas de dois assessores, enquanto pelas ruas da cidade três mil pessoas participavam do primeiro festival de seresta e serenata.
Soube da presença dela no restaurante por uma mensagem chegada no meu telefone. A princípio, não acreditei. Achei tratar-se de fake news. Afinal, como uma cidade está em festa, num evento de um prefeito aliado, Zeca Cavalcanti (Podemos), e a governadora se refugia, quase solitária, num restaurante da mesma cidade, como se estivesse escondida?
Mas era tudo verdade. Apurei e soube que ela regressava de uma agenda em Ibimirim, cidade próxima de Arcoverde. Tudo bem que Arcoverde não estava na sua agenda, mas o que custava ela ir até o local da serenata, chegando de surpresa?
Alguém tem dúvida que, no lugar dela, alguém do ramo da política, um animal político, não teria dado uma passadinha na seresta para roubar a cena?
Está em tramitação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) o Projeto de Lei nº 3656/2025, de autoria da governadora Raquel Lyra, que autoriza o Estado de Pernambuco a alienar, por meio de licitação na modalidade leilão, o imóvel conhecido como Antigo Batalhão, localizado na Praça Major João Novaes, nº 251, no Centro de Floresta, no Sertão de Pernambuco.
Segundo o Governo do Estado, o imóvel não está sendo utilizado pela administração pública estadual, o que motivou o envio da proposta ao Legislativo, conforme determina a Constituição Estadual para a alienação de bens públicos. As informações são do blog do Elvis.
Leia maisJustificativa do Governo
De acordo com o texto do projeto, a proposta de alienação tem como objetivos reduzir despesas com vigilância, manutenção, conservação e taxas urbanas de imóveis sem uso pela administração estadual direta ou indireta; evitar esbulhos, turbações e ameaças à posse, bem como gastos e constrangimentos com ações judiciais; impedir a degradação do ambiente e riscos à segurança, evitando a desvalorização do patrimônio público e dos imóveis do entorno; e gerar receita para aplicação em investimentos considerados necessários ao desenvolvimento do Estado, especialmente na gestão patrimonial.
Destinação dos recursos
O Projeto de Lei nº 3656/2025 determina que os valores arrecadados com a venda do imóvel sejam depositados em conta bancária específica e classificados como despesas de capital previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA).
No entanto, o texto não estabelece regras claras e específicas sobre como, quando e onde exatamente os recursos serão aplicados, nem vincula o dinheiro a obras, programas ou localidades determinadas.
Prédio histórico e obra abandonada
Construído a partir de 1912 e tombado em 2016, o Antigo Batalhão tem grande valor histórico para Floresta. Em 2022, o Governo de Pernambuco iniciou uma obra de reforma que previa também a construção de um teatro com 225 lugares, mas os serviços foram abandonados após mais de meio milhão de reais em recursos públicos terem sido gastos, sem conclusão do projeto.
A reportagem visitou o imóvel na última quinta-feira (18) e constatou o abandono do prédio. No interior da área existem algarobas de grande porte, que colocam em risco inclusive o prédio principal tombado.
Uma parte da estrutura já desmoronou há alguns anos, e o restante do imóvel segue sob risco, agravado pela presença das árvores, que comprometem paredes, fundações e a integridade do patrimônio histórico.
Tramitação
O projeto segue em análise nas comissões da Alepe e ainda será votado em plenário. Caso aprovado, o Estado ficará autorizado a realizar o leilão do imóvel.
A proposta deve gerar debate em Floresta por envolver um patrimônio histórico, uma obra pública abandonada e a ausência de garantias claras sobre o destino dos recursos que poderão ser arrecadados.
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O Grupo JCPM lança o Condomínio Praia de Guadalupe na Praia de Guadalupe, em Sirinhaém, no Litoral Sul de Pernambuco, a cerca de 80 quilômetros do Recife, em uma área caracterizada pela presença de Mata Atlântica, manguezais e pela proximidade entre o mar e o Rio Formoso. Com cerca de 1,2 milhão de metros quadrados, o empreendimento foi planejado para conciliar ocupação residencial e preservação ambiental.
Com investimento estimado em R$ 198 milhões, o condomínio encontra-se em estágio avançado de implantação, com cerca de 80% das obras de infraestrutura já concluídas. O planejamento inclui sistemas completos de saneamento, abastecimento de água, redes subterrâneas, mobilidade interna e áreas de lazer, além de equipamentos de apoio à praia e ao rio. A previsão de conclusão total das obras é até dezembro do próximo ano.
Vice-presidente da Alepe, o deputado Rodrigo Farias (PSB) denuncia que a promessa de creches feita pela governadora Raquel Lyra é um fracasso. Segundo ele, a chefe do Executivo anunciou em outubro que inauguraria ainda em 2025 a primeira creche de sua gestão, no bairro Xique-Xique, em Caruaru, como parte de um pacote de 250 unidades e 60 mil novas vagas até 2026.
De acordo com Farias, passados mais de dois meses da última promessa, às vésperas do fim de 2025, imagens da obra indicam que a unidade está longe de ser concluída, reforçando o clima de frustração e desconfiança em relação às entregas anunciadas pelo Palácio do Campo das Princesas. O deputado lembrou que a promessa das 250 creches foi feita em junho de 2023, ou seja, há cerca de dois anos e meio, e que, até agora, com aproximadamente 74% do mandato cumprido, nenhuma vaga de creche foi entregue às famílias pernambucanas.
Leia mais“Estamos entrando no último ano de governo e nenhuma creche foi inaugurada. Não se pode brincar com as expectativas de crianças e mães. O que vemos é um governo que acumula anúncios, mas não entrega o que promete. Educação infantil não pode ser tratada como peça de marketing, é direito das crianças e das mães que precisam trabalhar”, criticou o parlamentar.
Farias destacou que, enquanto o governo divulga promessas, o que pesa para a população é a ausência de creches funcionando e atendendo criança. Para ele, a frustração com a creche de Caruaru, anunciada como prova concreta de que o projeto de 60 mil vagas “estava se tornando realidade”, é um símbolo de uma gestão que não consegue transformar o discurso em obra pronta.
Em tom duro, Rodrigo Farias afirmou que o atraso na entrega das creches se soma a outras áreas em que o governo não cumpre metas nem materializa promessas, como segurança pública, saúde e infraestrutura. Segundo ele, o caso das creches evidencia um padrão: “um governo que fala muito, gasta em propaganda, mas não entrega políticas concretas para as famílias que mais precisam”. O parlamentar disse que continuará cobrando transparência, cronograma real e, sobretudo, entrega.
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A 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) decidiu, por unanimidade, reconhecer a condição de anistiada política da ex-presidente Dilma Rousseff e conceder a ela reparação econômica mensal, permanente e continuada, além de indenização por danos morais no valor de R$ 400 mil.
A decisão reforma parcialmente uma sentença anterior, que havia limitado a compensação ao pagamento único. O colegiado entendeu que Dilma foi vítima de perseguição política durante a ditadura militar, período em que sofreu prisão e torturas físicas e psicológicas. As informações são do jornal O Globo.
Leia maisA Comissão de Anistia já havia reconhecido essa condição em âmbito administrativo, mas a discussão judicial girava em torno do tipo de reparação a ser concedida.
Os desembargadores concluíram, com base na lei da Anistia, que Dilma faz jus à reparação mensal, calculada sobre a remuneração que recebia à época da interrupção de sua carreira.
Segundo o relator, desembargador João Carlos Mayer Soares, os atos praticados contra Dilma causaram “sequelas físicas e abalos psicológicos duradouros”, justificando a indenização por danos morais.
A reparação econômica será definida em fase de liquidação, considerando prescrição quinquenal e os parâmetros salariais do cargo que ela ocupava antes da perseguição.
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Da Agência Brasil
Um ponto chave do discurso de Lula na reunião do Mercosul, neste sábado (20), foi o risco de um conflito armado na América do Sul diante da ameaça de intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela, que pode levar à tentativa de derrubar o atual regime do presidente Nicolás Maduro e, com isso, desencadear uma nova guerra na região de proporções imprevisíveis.
“Passadas mais de quatro décadas desde a Guerra das Malvinas, o continente sul-americano volta a ser assombrado pela presença militar de uma potência extrarregional. Os limites do direito internacional estão sendo testados”, disse Lula ao alertar: “Uma intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária para o hemisfério e um precedente perigoso para o mundo.”
Leia maisNeste momento, tropas dos EUA cercam o Mar do Caribe na fronteira venezuelana, sob alegação de combate ao narcotráfico. Foi montado um bloqueio para impedir a navegação de navios petroleiros do país caribenho, um dos maiores produtores de petróleo do planeta. O petróleo é o coração da economia da Venezuela e a ação norte-americano pode causar um asfixia financeira ao país.
Desde setembro, cerca de 25 ataques a embarcações no Caribe foram realizados por forças militares dos EUA, matando pelo menos 95 pessoas. “[A Venezuela] está completamente cercada pela maior armada já reunida na história da América do Sul. Ela só vai crescer, e o choque para eles será algo nunca visto antes – até que devolvam aos Estados Unidos da América todo o petróleo, terras e outros bens que nos roubaram”, disse o presidente dos EUA, Donald Trump, nos últimos dias.
A ameaça elevou a tensão e abriu interpretações sobre qual seria o real interesse norte-americano em mudar o regime na Venezuela, além do alegado combate ao narcotráfico.
Em entrevista a jornalistas, na última quinta-feira (18), no Palácio do Planalto, Lula informou ter mantido conversas por telefone tanto com Maduro como com Trump, na tentativa de buscar uma solução diplomática para a situação.
“Falei para o presidente Maduro que se ele quisesse que o Brasil ajudasse com alguma coisa ele tinha que dizer o que ele gostaria que a gente fizesse. E disse ao Trump: ‘Se você achar que o Brasil pode contribuir, nós teremos todo interesse de conversar com a Venezuela, de conversar com vocês, conversar com outros países para que a gente evite um confronto armado aqui na América Latina e na nossa querida América do Sul. E o Brasil tem muito apreço por isso, porque nós temos muitos quilômetros de fronteira com a Venezuela”, afirmou, na ocasião.
“Era possível negociar sem guerra. Então, eu fico sempre preocupado com o que está por detrás. Porque não pode ser apenas a questão de derrubar o Maduro. Quais são os interesses outros que a gente tem e ainda não [se] sabe?”, questionou o presidente brasileiro sobre as motivações norte-americanas para a ameaça militar.
Lula também prometeu ligar novamente para Trump antes do Natal e já havia alertado o ministro das Relações Exteriores, Mauro Viera, para que não se afastasse muito longe do Brasil ao longo das próximas semanas, caso o cenário piore ainda mais.
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O prefeito do Recife e presidente nacional do PSB, João Campos, foi recebido de forma calorosa pelo povo de Jupi, no Agreste Meridional, neste sábado (20). Ele chegou à cidade para participar de evento ao lado da prefeita Rivanda Freire (PSD), além de vereadores, prefeitos, lideranças locais e regionais, a deputada federal Tabata Amaral, os presidentes estaduais do União Brasil, Miguel Coelho, e do Solidariedade, Marília Arraes.
Em sua fala, João agradeceu o apoio e ressaltou a importância de alianças amplas e do fortalecimento das pontes entre as lideranças pernambucanas. “É uma alegria estar aqui hoje. Quero saudar a prefeita e todas as lideranças presentes e dizer na sua terra que você, prefeita, conta comigo incondicionalmente pra gente caminhar junto. Eu, que gosto muito de andar pelo interior, tive em Jupi a segunda maior votação entre as cidades pernambucanas na minha eleição para deputado federal. Podem contar comigo para buscar a unidade da política e do povo nas ruas para fazer mais por Jupi e região”, falou João, destacando a coragem de Rivanda em se posicionar a favor do seu projeto político.
Mesmo filiada ao PSD (partido da governadora Raquel Lyra), a prefeita Rivanda Freire reafirmou publicamente seu apoio a João Campos e destacou a convergência de projetos e valores entre as gestões. “Vamos trabalhar para João, mostrar por que Pernambuco será melhor com ele, por que estamos lhe apoiando. Jupi está vivendo um novo tempo com a nossa gestão, e Pernambuco precisa acompanhar esse novo tempo. João Campos tem todos os atributos para isso”, declarou a prefeita.
A passagem por Jupi integra uma série de agendas de João no Agreste, região estratégica do estado. Hoje o prefeito ainda segue para Canhotinho, onde marca presença em evento do presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Álvaro Porto.
O ministro de Lula, Silvio Costa Filho, visitou, neste sábado (20), a fábrica da Masterboi, em Canhotinho. A visita institucional ao presidente da companhia Nelson Bezerra teve como intuito buscar ações para impulsionar a exportação da produção da proteína animal de Pernambuco pelos portos do Estado.
No mercado há 25 anos, a Masterboi é uma das maiores indústrias no mercado nacional e internacional no processamento e distribuição de alimentos, tornando-se referência no segmento no Brasil, que é um dos maiores produtores e exportadores globais. A companhia exporta para mais de 100 países e conta com mais de 4 mil colaboradores entre os estados de Pernambuco, Tocantins e Pará.
Leia mais“A Masterboi é um ativo de Pernambuco e uma das líderes no Nordeste no mercado de proteína animal. Cumpre um papel econômico e social importante com geração de milhares de emprego, movimentando a economia do nosso estado”, avaliou Costa Filho.
Dados recentes de 2024 e 2025 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) indicam um crescimento contínuo e recordes de volume e receita, especialmente para carne bovina, de frango e suína. Na produção de bovina, o país assumiu a liderança mundial na produção e manteve-se como um dos maiores exportadores. No acumulado de janeiro a novembro de 2025, o país exportou 3,15 milhões de toneladas, um aumento de 18,3% em relação ao mesmo período de 2024, com receita de US$ 16,18 bilhões.
O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, respondendo por mais de 20% do mercado global, e o terceiro maior produtor. A produção estimada para 2024 foi de 15 milhões de toneladas. As exportações em novembro de 2025 totalizaram 434,9 mil toneladas. As exportações de carne suína também bateram recordes. De janeiro a setembro de 2025, foram exportadas 1,121 milhão de toneladas, 13,2% a mais que em 2024.
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