O fim de uma era, colunista João Alberto se despede do DP

Transcrevo abaixo o texto no qual o jornalista João Alberto, colunista do Diario de Pernambuco há 55 anos, se despede do jornal. Como antecipado com exclusividade por este blog, o jornalista aceitou o convite do empresário João Carlos Paes Mendonça e assumirá, a partir da próxima semana, a coluna social do Jornal do Commercio.

O fim de uma era

Por João Alberto

Hoje, depois de 55 anos, deixo de assinar a Coluna do Diario de Pernambuco, numa das mais difíceis decisões da minha vida. Foram  60 anos de trabalho em vários cargos no jornal mais antigo em circulação em língua portuguesa. Com a saída, também desaparece o blog, o Instagram, o facebook, que comando há 12 anos. Hora de agradecer a todos que me ajudaram nestes anos todos.

Em 1963, eu trabalhava no Banco do Brasil e escrevia um jornalzinho da AABB, com informações do clube, que tinha intensa atividade social. Costumava levar o boletim, que existe até hoje, para os jornais, a fim de conseguir divulgação. No Diario de Pernambuco, conheci o jornalista Antônio Camelo, que era o diretor de redação. Ele leu o boletim, gostou do texto e pediu que eu escrevesse um texto, numa máquina Remigton da redação, sobre a Pracinha em frente ao jornal. Leu, gostou e me convidou para trabalhar no jornal. Foi meu maior professor de jornalismo e começou minha carreira no Diário.

Iniciei como estagiário, fazendo reportagens, colaborando com a coluna social, que era chamada “O Diário na Sociedade”, assinada por Fernando Barreto, de quem me tornei grande amigo. A coluna tinha tido, antes, como titular, Paulo do Couto Malta, Edmundo Morais e Edson Cacho Borges. Passei a dividir com ele a cobertura de eventos, especialmente festas em clubes, que aconteciam todos os fins de semana. E o substituía nas suas viagens ou quando estava doente. Não podia ainda assinar a coluna, mas recebi muito incentivo de Edmundo Morais, que era o chefe de redação e um famoso jornalista.

Em 1966, fui chamado pelo dr. Antônio Camelo (estou desobedecendo a ele que me ensinou que jamais se usa o termo dr. num texto), que me ofereceu uma vaga que tinha aparecido na redação: de redator da primeira página. Tive então minha carteira profissional assinada em 1º de outubro de 1966. Passei a trabalhar com o editor Waldimir Maia Leite. Não era uma tarefa fácil e de muita responsabilidade. Tinha de escrever textos que chegavam pelo telex e muitas vezes o trabalho entrava pela madrugada. Continuei colaborando com a coluna social. Passei, então, a assinar minha primeira coluna no jornal. “Chamava-se “Nova Geração”, saia aos domingos, no Suplemento Social do jornal. Foi, graças a Deus, um enorme êxito, tanto que em pouco tempo tornou-se diária. Suas festas para apresentar as “Mais Elegantes do Ano”, na sede do Iate Clube do Recife, eram sempre enorme sucesso. Recordo que a marca da “Nova Geração” foi criada pelo saudoso Italo Bianchi.

Fui então deslocado para outras funções: repórter cobrindo setores como Receita Federal, Secretaria da Fazenda, Empetur,  Polícia Federal, Aeroporto dos Guararapes (entrevistando personalidades que chegavam ou partiam). Foi lá que tive minha única prisão, quando repórter, em busca de uma melhor imagem, com o fotógrafo Francisco Silva, ultrapassei a barreira de policiais para chegar mais perto de um avião da Swissair, que fez um pouso de emergência. Levei uma pancada de cassetete nas costas e fui levado para a Base Aérea. Fiquei preso apenas algumas horas na sala do comandante, até ser libertado com um telefonema de Edmundo Morais. Já o fotógrafo conseguiu escapar e a foto foi para a primeira página do jornal. Dava plantão aos sábados, quando cobri vários fatos importantes. A edição do domingo só saia de madrugada.

Passei a ser repórter especial e fui editor de vários suplementos como o “Domingo”, que saía aos domingos, o Caderno de Turismo, o Viver, que existe até hoje. Escrevi editoriais, várias vezes cobri espaços como editor geral, fui integrante do Conselho Editorial. Em resumo, no Diário não trabalhei apenas no Caderno de Classificados. Estive em todas as outras funções, mas sem jamais deixar meu lado mais importante, o repórter.

Em 1968, outra boa notícia: fui chamado à sala do presidente do jornal, Nereu Bastos, e junto com Antônio Camelo fui comunicado que iria assumir a coluna social, com a ida de Fernando Barreto para o setor de marketing. Foi, claro, uma ótima notícia, junto com muita responsabilidade. No dia 3 de julho de 1968, uma terça-feira, saiu a primeira coluna. Tive a ideia de trocar o antigo nome “O Diario na Sociedade” pelo meu nome. Não foi fácil emplacar a novidade, mas acabou aprovada. Surgiu então a Coluna de João Alberto, a primeira da imprensa brasileira a ter a novidade, que eu tinha visto num jornal de Itália.

Decidi, então, ir fazer um estágio com Zózimo Barrozo do Amaral, que era um famoso colunista no Jornal do Brasil, que havia revolucionado o colunismo social do país, dominado por Ibrahim Sued. Passei uma semana com ele, que se tornou meu grande amigo e informante e que me ensinou um slogan que sempre adotei no trabalho: “a coluna deve ser um jornal dentro do outro”, abordando todos os assuntos e não apenas eventos da sociedade. Foi ele quem me deu a notícia da vinda da Rainha Elizabeth ao Recife. Nestes anos todos, tive a felicidade de dar muitos furos (notícia em primeira mão), mas este foi o maior de todos. Um dia, o mestre Gilberto Freyre me disse: “tomo café da manhã lendo sua coluna”. Aproveitei e criei o slogan que uso  até hoje: “O café da manhã da sociedade pernambucana.”

Graças ao Diario de Pernambuco comecei a cultivar um hábito que virou paixão: viajar. Estive em todos os estados do Brasil, em todos os países da América do Sul, da América do Norte, da América Central, da Europa, e em vários do Oriente e da África. Perdi a conta de tantos, incluindo os que estiveram em três voltas ao mundo que realizei. Paralelamente à coluna, fui editor do Caderno de turismo, onde tinha a coluna “Passaporte” e publiquei dois livros de viagens. Nunca deixei de ir, todos os anos, às minhas cidades favoritas no mundo: Nova York, Las Vegas, Londres e Lisboa.

Tive a felicidade de participar de eventos com duas rainhas: Elizabeth II, da Inglaterra, e Sílvia da Suécia. E muitos presidentes da República. E com orgulho fui amigo de todos os governadores de Pernambuco e prefeitos do Recife neste período. Tive amigos fraternais em todos os setores, na sociedade, na política, no judiciário, no empresariado. Tenho orgulho de ter sido amigo de Gilberto Freyre, Ariano Suassuna, Mauro Mota, Miguel Arraes, Dom Helder Câmara, Lula Cardoso Ayres, Marco Maciel, para citar apenas algumas personalidades pernambucanas. Durante 35 anos, em parceria com José Ubiracy Silva, publiquei o livro “Sociedade Pernambucana”, com tiragens recordes e inesquecíveis festas de lançamento.

Graças ao meu trabalho no Diario de Pernambuco, recebi o título de Cidadão de Pernambuco, de Cidadão do Recife, e a cidadania de cidades do interior, as principais medalhas do Governo de Pernambuco e Prefeitura do Recife, do Exército, Marinha e Aeronáutica, da Academia Pernambucana de Letras, da Polícia Militar e de outras instituições.

Trabalhei em quatro sedes do Diário de Pernambuco. No histórico prédio da Praça da Independência, na Rua do Veiga, na Marques de Olinda e agora na Avenida Cruz Cabugá. Todas me marcaram muito. Nestes anos todos, estive presente em todos os grandes eventos da cidade, as festas, os carnavais, os shows, as visitas importantes. E também cobri fatos tristes, como a enchente de 1975, o funeral de Frei Damião, a queda do avião da Noar em Piedade, a morte em acidentes aéreos de Marcos Freire e Eduardo Campos. Sempre com a marca do repórter que nunca deixei de ser. 

Também tive uma tarefa descontraída: coordenei por alguns anos o concurso “Miss Pernambuco”, quando era promovido pelo Diario de Pernambuco e que superlotava o Geraldão. Em duas ocasiões, estive no júri que elegeu a Miss Brasil. Há cinco anos assino artigo na página de opinião do jornal nas sextas-feiras, relembrando fatos da história do Recife, que devem virar, brevemente, um livro.

Paralelamente ao trabalho no jornal, tive atuação em outros setores. Na televisão, iniciei na TV Tupi, que era dos Diários Associados, com o programa “Gente e Notícia”, na mesma semana em que esta coluna começou. Depois passei por outras emissoras como TV Rádio Clube, TV Guararapes, TV Manchete, TV Pernambuco, TV Universitária, TV Estação e TV Tribuna, onde estou numa segunda passagem. No rádio, tive programas nas rádios Caetés, Clube, Globo e CBN. Escrevi também em várias revistas, inclusive em “O Cruzeiro”.

Tive alguns pioneirismos: fui o primeiro jornalista do estado a usar um computador, a assinar uma coluna nas segundas-feiras e comandar um dos primeiros blogs sociais, que existe há mais de 10 anos, com o mérito de ser um formador de talentos, com estagiárias que brilham no nosso jornalismo.

Tive vários diretores no Diario de Pernambuco, que se tornaram amigos: João Calmon, Fernando Chateubriand, Paulo Cabral, Hilton Mota, Nereu Bastos, Antônio Camelo, Joezil Barros, Gladstone Vieira Belo, Eduardo Monteiro, Luiz Otávio Cavalcanti, Paulo Pugliesi, Lourenço Cunha, Guilherme Machado, Maurício e Alexandre Rands, Clóvis da Silveira Barros, Sérgio Jardelino, Gabriela Vital, e atualmente Carlos Frederico Vital, de quem, como os outros, sempre foi muito mais do que um chefe, um amigo, sempre me apoiando.

Um tesouro que ganhei do jornal foram os colegas amigos, um patrimônio que mantenho até hoje – foram tantos que seria impossível citar todos. Porém, destaco os diretores de redação: Antônio Camelo, Edmundo Morais, Ricardo Leitão, André Gustavo Stumpf, Ivan Maurício, Zenaide Barbosa, Vera Ogando, Brites Caminha, Kaué Diniz, e atualmente Paula Losada, uma presença especial na minha carreira.

Nestes 55 anos da coluna, tive muitos auxiliares no meu trabalho: Fátima Bahia, Luiz Felipe Moura, Dalci José, Márcio Neves Baptista, Orismar Rodrigues, Daniela Gusmão, Paula Imperiano, Tatiana Sotero, Cecília Ramos, Larissa Lins, Marina Simões, Fernanda Guerra, Tahyse Boldrini, além de dezenas de estagiárias do meu blog, chamadas carinhosamente de “Albertetes”. Além de fotógrafos, como Fernando Gusmão, Antônio Souza Leão, Nando Chiappetta e minha companheira de todas as horas, Sheila Wanderley, que assina as fotos da coluna há alguns anos. Dos diagramadores, importantes no visual da coluna, um de forma especial, Armandinho. Muitos destes colegas de jornada seguiram carreira solo de brilho e continuam amigos queridos. Todos foram fundamentais nos 55 anos da coluna.

Não foi fácil escrever este texto que encerra os 55 anos da coluna. Nos 198 anos do Diario de Pernambuco, em cada quatro edições, uma teve esta coluna. Nos 55 anos, não deixou de circular um só dia. Sempre com meu compromisso de fazer um trabalho melhor a cada dia. Tive duas segundas casas: O Diario de Pernambuco e o Banco do Brasil, onde fui por 28 anos ótimo funcionário (ao contrário do que muitos pensam), jamais faltando a um expediente no edifício do Recife Antigo. Encerro este círculo, com dor no coração, mas com o sentimento de dever cumprido e com o agradecimento a todos que tornaram isto possível – especialmente, o personagem mais importante na história: você, leitor, que transformou a coluna no seu café da manhã diário. E o grande responsável por tudo isto, Deus, que sempre teve um olhar carinhoso comigo.

Recebam todos meu carinhoso muito obrigado

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Congresso já fez a sua parte 

Em tempo recorde, o Congresso fez a sua parte, aprovando e sancionando o Projeto de Decreto Legislativo que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro. O texto autoriza o Governo a excluir da meta fiscal as despesas realizadas via meio de crédito extraordinário para atender o povo gaúcho.

A bola agora é com o Executivo, com o presidente Lula, que ainda não decidiu o valor da ajuda federal que chegará ao Rio Grande do Sul. Tanto Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, quanto Arthur Lira, presidente da Câmara, pautaram a urgência da matéria pouco antes de votar o mérito, que foi aprovado de forma simbólica (sem contagem nominal dos votos) nas duas Casas.

Na prática, só os recursos destinados exclusivamente ao Rio Grande do Sul não serão computados no cumprimento da meta fiscal estabelecida pelo Ministério da Fazenda. Assim, o Executivo e o Legislativo não ficam à mercê da regra de controle de gastos para ajudar a população. Entretanto, o valor do auxílio não foi especificado pelo governo.

A expectativa é de que agora, depois de o Congresso fazer a sua parte, o Executivo apresente uma MP (medida provisória) com detalhes sobre as despesas. O presidente Lula (PT) anunciou o projeto em reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, com os presidentes da Câmara e do Senado.

O petista afirmou que o texto será o primeiro de um grande número de atos que serão feitos para auxiliar o Rio Grande do Sul por conta das fortes chuvas que acometeram a região e deixaram 95 mortes, até o momento. A velocidade que o Congresso andou é muito louvável. O que se espera do Governo, a partir de agora, é que aja na mesma velocidade, porque o Rio Grande do Sul tem que passar por uma operação de guerra para ser restaurado. As imagens mostram uma tragédia que deixou o Estado completamente destruído.

Prejuízos acima de R$ 4 bi – Os municípios do Rio Grande do Sul já somam mais de R$ 4,6 bilhões em prejuízos por conta das fortes chuvas que atingem a região desde o dia 28 de abril. Os dados são do balanço divulgado pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios). O levantamento foi feito com 388 cidades afetadas. Segundo o presidente da instituição, Paulo Ziulkoski, os gastos foram informados pelos próprios gestores municipais e representam uma parcial dos prejuízos e estão em atualização a todo momento. Do total, R$ 465,8 milhões são danos no setor público e R$ 756,5 milhões, no privado.

Foco nos abrigos – O ministro-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, entende que os abrigos onde está a população atingida pelas chuvas serão o foco do governo federal no Rio Grande do Sul nos próximos dias. Segundo ele, a situação nos locais “tende a se estender”, porque o volume do rio Guaíba deve demorar cerca de 10 dias para baixar. “O que fazer com 50.000 pessoas em abrigos na Região Metropolitana [de Porto Alegre]? Três refeições por dia, são 150 mil refeições por dia, água, lixo, material de higiene, descarte de toda essa estrutura”, declarou o ministro.

Situação dramática – De acordo com Pimenta, parte dos abrigos não tem banheiro e nem água potável. O ministro da Secom disse que os helicópteros e a estrutura que estão sendo usados no resgate de pessoas desaparecidas terão “outra utilidade”, que será a de chegar nas cidades com suprimentos. No entanto, o ministro afirmou que ainda há cidadãos a serem resgatados. As pessoas afetadas pelas chuvas não têm como sair da região. A chuva destruiu estradas e, além disso, o aeroporto de Porto Alegre suspendeu os voos por tempo indeterminado.

Remanejamento de emendas – O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) revela que o governo federal vai abrir uma janela para que deputados e senadores possam remanejar parte de suas emendas individuais para ações emergenciais em municípios do Rio Grande do Sul atingidos por enchentes nos últimos dias. De acordo com o ministro, a bancada gaúcha sozinha tem como remanejar R$ 448 milhões que foram alocados em ações como compra de equipamentos ou estruturas de obras que levam tempo para serem executadas. Os recursos poderão agora ser destinados para ações de defesa civil, saúde e assistência social.

Dívida gaúcha rolada – O ministro Alexandre Padilha garante ainda que o governo trabalha com uma proposta para renegociar a dívida do Rio Grande do Sul com a União. A dívida do Estado é de R$ 92,8 bilhões até 2023, segundo dados da Secretaria da Fazenda gaúcha. O governador do RS, Eduardo Leite (PSDB-RS), já havia solicitado a suspensão do pagamento da parcela mensal da dívida do Estado com a União pelo período que durar a reconstrução dos danos causados pelas chuvas no Estado. A medida liberaria R$ 3,5 bilhões do caixa gaúcho, segundo estimativa estadual.

CURTAS

ROUBOS – O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), informou, ontem, que irá adotar medidas para garantir a segurança da população e conter saques em alojamentos e roubos. Leite pediu ao Ministério da Justiça mais homens da Força Nacional e acionou governadores dos demais Estados do Sul para envio de efetivos policiais.

ATÉ OS CLUBES – Ao menos 8 dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro disponibilizaram suas instalações – estádios, centros de treinos e lojas oficiais – para arrecadar doações para a população do Rio Grande do Sul. Outros disponibilizaram chaves Pix do governo gaúcho ou criaram contas próprias, a exemplo do Atlético Mineiro. De acordo com o Galo, o 1º depósito foi feito pelo próprio time.

APPLE AJUDA – O CEO da Apple, Tim Cook, disse que a empresa vai ajudar o Rio Grande do Sul. Em publicação no X (antigo Twitter), Cook declarou que a big tech “fará doações para esforços de socorro locais”, mas não especificou em que constituem essas doações.  “Nossos corações estão com as pessoas afetadas pelas enchentes devastadoras e trágicas no Brasil”, escreveu.

Perguntar não ofende: Quanto o Governo Lula vai mandar para ajudar o Rio Grande do Sul?

Paulista - No ZAP

Jaboatão dos Guararapes teve projetos importantes selecionados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, que totalizam R$ 214,7 milhões em investimentos no município. Os setores a serem beneficiados são os de renovação de frota do Sistema Complementar de Transporte, obras de contenção em encostas, urbanização e regularização fundiária.

O anúncio foi feito no Palácio do Planalto, em Brasília, hoje, pelo presidente Lula e os ministros das Cidades, Jader Filho, e da Casa Civil, Rui Costa. O prefeito Mano Medeiros participou da solenidade.

Um dos projetos é a renovação de toda a frota de 286 micro-ônibus do Sistema de Transporte Complementar, medida essencial para o processo de implantação da bilhetagem eletrônica, que está em andamento. Estão previstos R$ 140 milhões em financiamento, via Caixa Econômica Federal (CEF), para os permissionários adquirirem novos veículos, dentro dos padrões previstos para uso da bilhetagem.

“Submetemos R$ 448,7 milhões em projetos ao novo PAC e fico muito feliz que diversas das nossas propostas tenham sido selecionadas. São questões sociais de extrema importância para o município do Jaboatão, que vão proporcionar maior segurança, qualidade de vida e dignidade aos jaboatonenses”, comemorou Mano Medeiros.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Diante do caos instaurado no Rio Grande do Sul, por conta da grande enchente que atinge o Estado, o deputado federal Coronel Meira (PL/PE), buscando facilitar a ajuda e o socorro aos cidadãos atingidos, apresentou um Projeto de Lei que considera crime, a criação de obstáculo ou embaraço fiscal, sanitário, ambiental ou administrativo; o impedimento ou dificuldade ao serviço de combate ao perigo, de socorro ou salvamento e a entrega de donativos; ou ainda, o resgate às vítimas, durante a vigência de estado de calamidade pública.

A tragédia climática que afeta o Estado Gaúcho já conta com grande número de mortos e desaparecidos, além de milhares de desabrigados e desalojados, somando prejuízos ambientais e destruição ao patrimônio e despertando na população, um momento de solidariedade e mobilização, para levar ajuda às vítimas.

“O que estamos vendo, no entanto, é uma série de casos em que voluntários, proprietários de barcos ou jet skis, na tentativa de entregar suprimentos ou oferecer o resgate às vítimas das enchentes, acabam sendo impedidos ou cobrados de autorização, documentação ou habilitação para transitar com os veículos. Caminhões com donativos sendo barrados nas entradas sob a exigência de nota fiscal ou por ultrapassarem o peso na balança rodoviária, até o fornecimento de medicamentos estão sofrendo dificuldades e embaraços para chegar a quem precisa”, completou o parlamentar.

O Projeto visa alterar o de Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal impondo uma pena de reclusão, de 4 a 8 anos, e multa. “A decretação de calamidade pública acarreta diversos efeitos fiscais, tributários, financeiros e administrativos, tais como dispensa de licitação, antecipação de benefícios da previdência social, renegociação de dívidas rurais, entre outros. Nesse sentido, considerando a situação extraordinária, não é justo que sejam criados embaraços burocráticos que impeçam ou dificultem o atendimento às vítimas durante esse período”, concluiu Meira.

Ipojuca - Minha rua top

Reunindo uma série de temáticas envolvendo as nuances da legislação eleitoral, o Instituto dos Advogados de Pernambuco (IAP) lançou a segunda edição do Livro Estudos de Direito Eleitoral e Político. A obra, que foi coordenada pelos advogados Renato Hayashi, Pietro Duarte e Orlando Morais Neto, é uma coletânea de artigos de diversos especialistas da área. O lançamento foi realizado na sede do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco.

O volume tem prefácio do desembargador Adalberto de Oliveira Melo, presidente do TRE-PE.  Dentre os autores da obra estão os especialistas em Direito Eleitoral Diana Câmara, Walber Agra, Emanoel Messias, Felipe Moraes e Rosa Maria Freitas. O lançamento contou com a presença da presidente da OAB/PE em exercício, Ingrid Zanella, e o presidente do IAP, Gustavo Ventura.

Caruaru - Geracao de emprego

Por Edward Pena – repórter do Blog

Um grupo de professores e alunos da rede pública estadual protestou, hoje, no Recife, em repúdio a um suposto abandono das unidades de ensino. Em ato que ocorreu em frente da Escola Arthur da Costa e Silva, na Mustardinha, docentes e discentes elencaram como os principais problemas naquele local a ausência de climatização nas salas, infiltrações, presença de mofo, deficiências no abastecimento de água e acúmulo de lixo em frente ao colégio.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe), a unidade da Mustardinha é apenas um exemplo da situação que engloba toda rede. As condições das escolas e a valorização dos professores serão pautas de um novo ato, que ocorrerá amanhã, às 9h, em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Camaragibe Agora é Led
Belo Jardim - Vivenciando Histórias
Vitória Reconstrução da Praça

Por Edward Pena – repórter do Blog

A produção de cerveja na cidade de Viamão, Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, será suspensa e dará vez a uma operação emergencial de envasamento de água potável para ser doada às vítimas das chuvas no estado. De acordo com a Ambev, cerca de 850 mil latas, cada uma com 473 ml, serão produzidas diariamente na cervejaria.

“A companhia precisou levar de São Paulo alguns maquinários para viabilizar a adaptação de sua fábrica”, disse a empresa, em nota. Mais de 560 mil de litros de água, sendo 185 mil litros para a população de 11 municípios afetados e 375 mil em caminhões-pipa para suprir a necessidade de água de hospitais da grande Porto Alegre, já foram doados pela companhia.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou, hoje, o resultado de cinco modalidades do Novo PAC Seleções, dos eixos ‘Água para Todos’ e ‘Cidades Sustentáveis e Resilientes’. Palmares, na Zona da Mata Sul, foi um dos municípios pernambucanos contemplados.

As cinco modalidades são executadas pelos Ministério das Cidades e somam R$ 18,3 bilhões em investimentos. Estados e municípios tiveram participação ativa no Novo PAC Seleções, inscrevendo propostas em todas as modalidades. No total, 532 municípios foram contemplados, dos 26 estados e Distrito Federal, beneficiando a população com estruturas e equipamentos que ampliam os direitos.

Em visita a Expoagro Agreste, em Garanhuns, hoje, o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destacou os instrumentos da Autarquia para a agropecuária e o agronegócio. Tanto os fundos regionais como os incentivos fiscais podem ser acessados por esses setores produtivos.

O FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste) e o FDNE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste) têm taxas de juros diferenciadas nas linhas de crédito para e oferecem vantagens para empreendedores instalados nas áreas prioritárias, como o semiárido. O primeiro atende agricultores familiares, cooperativas e associações rurais, agroindústrias e indústrias, todos dos mais variados portes. E os recursos podem ser usados para aquisição de equipamentos, capital de giro, projetos de irrigação, construção, ampliação de benfeitorias, por exemplo.

Já o FDNE é indicado para agroindústrias e empreendimentos rurais de médio e grande porte. “O agro é uma grande oportunidade para o fortalecimento da economia da nossa área de atuação e é importante que a gente se aproxime do setor para divulgar nossos mecanismos de financiamento e de incentivos”, afirmou Danilo Cabral na abertura do evento.

Os benefícios fiscais da Sudene permitem a atração de investimentos para a região. Eles são calculados com base no Imposto de Renda Pessoa Jurídica, em duas modalidades: redução de 75% do IRPJ e reinvestimento de 30% do IRPJ. Os recursos devem ser utilizados para lançar um novo empreendimento, modernizar sua empresa, permitir uma ampliação ou diversificar uma nova linha de produtos.

A Expoagro Agreste teve início hoje (8) e segue até o próximo domingo. Reúne representantes do setor agropecuário de Pernambuco, com expositores de várias regiões do estado e também de Alagoas. A região de Garanhuns tem cerca de 3,5 milhões de habitantes, 101 mil produtores rurais distribuídos em 50 municípios, e um PIB agrícola de R$ 3,2 bilhões, com destaque para a produção leiteira e a avicultura.

EXCLUSIVO

Um passarinho me contou que o prefeito do Recife, João Campos (PSB), almoçou em Brasília com o deputado Mendonça Filho (UB) e o presidente nacional da legenda, Antônio Rueda, para traçar um filé à parmegiana e acertar os ponteiros sobre as eleições municipais.

João Campos fez questão de pagar a conta. Ao final da degustação, os três disseram a uma só voz. “Tamos juntos”. Mas ainda não têm data para anunciar o pacto municipal.

O prefeito do Paulista, Yves Ribeiro (PT), foi recebido, hoje, em Brasília, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  O encontro ocorreu durante o evento de lançamento do Novo PAC – Seleções, do Ministério das Cidades.

A reunião do gestor municipal com Lula foi viabilizada com o apoio dos senadores petistas Humberto Costa e Teresa Leitão. A cidade do Paulista foi contemplada pelo PAC na área de proteção de encostas.