O Sertão pernambucano ganhará um novo complexo de geração de energia solar fotovoltaica. Com financiamento da Sudene de R$ 114 milhões, através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), será construído o parque Serrita II. O investimento total será de R$ 196 milhões.
“Esse é um empreendimento importante para a região por trazer mais desenvolvimento e oportunidades. A transição energética já é uma realidade e o Nordeste lidera esse processo, gerando 83% da energia renovável do país. Salgueiro passa a fazer parte desse processo a partir da instalação da usina”, afirmou o superintendente Danilo Cabral, em visita ao local onde está localizado o parque de energia solar, nesta terça-feira (5). Ele estava acompanhado por representantes da empresa, pelo prefeito do município, Marcones Sá, além de vereadores.
Leia maisO Serrita II faz parte do Complexo Serrita, junto com o Serrita I, instalados no Sítio Marrecas. Os dois parques começaram a ser construídos em agosto e somam um investimento de R$ 392 milhões da empresa Enerfin Brasil, integrante do grupo espanhol Elecnor. O complexo é o primeiro de energia solar da empresa no Brasil e terá capacidade instalada de 60MW para geração de energia elétrica de fonte solar – 30 MW para cada parque. A energia produzida pelo projeto tem o objetivo de atender o consumo de 52 unidades consumidoras do Estado de Pernambuco, através de uma parceria público-privada, com um consumo mensal médio de 9.303.866,07 kWh/mês.
De acordo com o gerente do projeto, Ranier Messias, as placas solares começam a chegar em fevereiro e os equipamentos para a subestação, em abril. Esta subestação será interligada com a rede da Neoenergia, que está 800 metros de distância do local do empreendimento. “Temos a expectativa de começar a produzir energia em dezembro de 2024”, disse.
A comercialização da energia foi feita por meio de leilão, realizado em agosto do ano passado, para parceria público-privada (PPP) na modalidade concessão administrativa para construção, operação, manutenção e gestão de usina de autoprodução de energia renovável e compra de energia através do ACL. A expectativa do Governo de Pernambuco é ter uma redução de ate 25% no custo da energia ao longo dos próximos anos. Entre os órgãos que serão atendidos, estão as sedes das secretarias estaduais e unidades da administração indireta.
A receita do Projeto se dará pela contraprestação da concessão de 30 anos paga pelo Governo de Pernambuco, além das receitas acessórias advindas da venda do excedente de energia gerada pela usina. O valor da contraprestação mensal referente ao arrendamento é de R$ 2.428.309,25 (data base ago/22), equivalente ao valor de R$ 261,00 MW/h. O consumo contratado representa aproximadamente 75,3% da energia a ser produzida pelo Projeto.
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