O pré-candidato a deputado estadual, Zé Queiroz (PDT), recebeu em Caruaru, ao lado do ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, o prefeito do Recife e pré-candidatos governador, João Campos (PSB).
O presidente nacional do PSB cumpre uma extensa agenda no Agreste neste final de semana e aproveitou a ocasião para discutir a conjuntura política do país e estadual. João encerra os compromissos do final da semana neste amanhã (14) em Canhotinho, onde ao lado do deputado Álvaro Porto (PSDB), participa da 23ª Missa do Vaqueiro do município. As informações são do blog Cenário.
O presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, o líder da legenda na Câmara Municipal do Recife, Rinaldo Júnior, e o ex-senador Douglas Contra estiveram presentes no café da manhã ofertado pelo ex-prefeito de Caruaru. A cidade foi comandada pela governadora Raquel Lyra (PSD) e é bastante estratégica politicamente por se tratar do principal reduto eleitoral da chefe do Executivo estadual.
Após a condenação pela trama golpista na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro vai tentar obter na Justiça o direito a cumprir a pena em prisão domiciliar, como revelou a colunista do Globo Malu Gaspar. As sequelas e riscos decorrentes da facada que o ex-presidente sofreu durante a campanha eleitoral de 2018 devem basear o pedido.
Atualmente, a legislação autoriza a prisão domiciliar para detentos que já se encontram no regime aberto ou quando se trata de uma prisão preventiva, antes, portanto, da condenação. No entanto, ela também é admitida pelos tribunais de forma excepcional em casos como do ex-presidente Fernando Collor, que, por sofrer da doença de Parkinson, foi autorizado em maio deste ano a cumprir a pena de casa. Chamada de prisão domiciliar humanitária, ela deverá ser pleiteada também pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. As informações são do jornal O Globo.
Leia mais“Fica a critério do juiz. O Código de Processo Penal regula para a prisão preventiva, e a Lei de Execução Penal trata para o regime aberto. O que se precisa demonstrar é que seria impossível dar o tratamento adequado no regime fechado. Acaba sendo feito caso a caso, conforme a situação de cada um”, diz o advogado criminalista João Vicente Tinoco, sócio do escritório Maíra Fernandes Advocacia e professor da PUC-Rio.
O artigo 318 do Código de Processo Penal define que a prisão preventiva pode ser convertida em domiciliar quando o detento tiver mais de 80 anos ou se encontrar “extremamente debilitado por motivo de doença grave”. Há ainda incisos que autorizam a concessão do benefício para gestantes ou responsáveis por crianças pequenas ou deficientes. Os critérios são semelhantes aos da Lei da Execução Penal, que, no entanto, prevê uma idade menor, de 70 anos.
Em maio deste ano, o ex-presidente Fernando Collor de Mello conseguiu no STF a permissão para cumprir de forma domiciliar uma pena de oito anos de prisão por envolvimento em um esquema de corrupção na BR Distribuidora. Doenças e a idade avançada de Collor, que tem 76 anos, estão entre os argumentos usados pelos advogados do ex-presidente no pedido.
Collor apresentou laudos médicos indicando que sofre de apneia do sono grave, transtorno afetivo bipolar e doença de Parkinson. Ao julgar o pedido, o ministro Alexandre de Moraes avaliou que a presença progressiva de sintomas graves e um histórico recente de quedas do ex-presidente justificavam a concessão de prisão domiciliar humanitária. Moraes destacou já ter tomado outras decisões semelhantes no passado.
Atualmente, Bolsonaro se encontra em prisão preventiva domiciliar, decretada após ele descumprir medidas cautelares impostas pelo STF em outro processo. O professor de Direito Penal da FGV-Rio Thiago Bottino avalia que o histórico de saúde de Bolsonaro deve favorecer a concessão do benefício na condenação da trama golpista:
“Ele já tem mais de 70 anos. Não deve ser difícil demonstrar a questão da doença, pois ele já se submeteu a várias cirurgias de urgência. Dados a esses episódios, é mais fácil para a defesa justificar. A prisão domiciliar é uma pena de privação de liberdade, não uma pena de morte”.
Leia menosPor Marília Parente
Do Diário de Pernambuco
Um projeto da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape), em Garanhuns, pretende fornecer leite de jumenta para abastecer bancos de leite em hospitais neonatais, responsáveis por atender bebês e crianças. Em fase de testes, a iniciativa acadêmica já faz planos de virar startup e também desponta como uma possível solução para salvar os animais, atualmente em risco de extinção, ao reinseri-los no sistema produtivo do Brasil.
Intitulado “Caracterização do potencial produtivo leiteiro de fêmeas asininas do ecótipo Nordestino”, o projeto de extensão foi criado em 2018, depois que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) procurou a universidade em busca de uma destinação para jumentos abandonados nas estradas.
Leia mais“As pessoas perderam interesse econômico nesses animais e, naquele momento, um grande número de acidentes estava sendo registrado”, afirma Jorge Lucena, professor do curso de Zootecnia da Ufape e um dos coordenadores da atividade.
Segundo a ONG Internacional The Donkey Sanctuary, a população de jumentos no Brasil sofreu uma redução de 94% no Brasil, entre os anos de 1999 e 2024. Além das mudanças na dinâmica de trabalho no campo, a espécie tem sofrido com extrativismo do colágeno, encontrado sob a pele dos asininos.
Da substância, deriva o elijao, produto utilizado pela medicina tradicional chinesa há cerca de 5 mil anos para tratar problemas de saúde como menstruação irregular, anemia, insônia e impotência sexual. Sem comprovação científica, o produto tem motivado a atividade de abatedouros de asininos no Brasil.
Alternativa de preservação
Lucena acredita que a produção de leite de jumenta pode representar tanto uma alternativa sustentável para a sobrevivência da espécie quanto uma fonte de renda para famílias camponesas. “Em termos bioquímicos, o leite de jumenta é o mais próximo ao leite materno humano. Como os aminoácidos estão livres, em moléculas menores, eles são mais fáceis de digerir e causam menos alergia”, explica.
Os pesquisadores esperam fornecer leite de asininos para unidades de saúde neonatais do estado já no primeiro semestre do ano de 2026. “Estamos na fase de avaliação microbiológica do leite, para ver se há contaminação de alguma bactéria nociva, além de aspectos como o teor das proteínas”, conta Victor Netto, professor da Ufape e colaborador do projeto.
Atualmente, os pesquisadores trabalham com plantel próprio, constituído por animais doados e resgatados. A equipe tem atuado para induzir geneticamente a produção de mais fêmeas, a exemplo do que já acontece com as vacas.
A gestação das jumentas leva entre 11 e 12 meses. Após esse período, a fêmea pode produzir leite entre 4 e 8 meses, a depender do manejo. “Esperamos que a quantidade de leite produzido aumente ainda neste ano, permitindo que a gente inicie a produção desse leite em pó. Nessa forma, ele é mais seguro por causa do tempo de prateleira, facilitando a utilização em UTI’s”, ressalta Netto.
Startup
A produção do leite em pó acontece através do liofilizador, máquina a vácuo responsável por aquecer e desidratar o líquido. “O nosso é capaz de liofilizar entre 8 e 12 litros de leite por dia. Estamos com um projeto-modelo de startup, para buscar investimentos para a melhoria do equipamento e dos processos, desde a melhoria genética, até a rotulagem dos produtos”, diz Netto.
O projeto inclui a produção de outros produtos derivados do leite de jumenta, como cosméticos, sabonetes e queijos. “Todo animal que dá retorno financeiro é bem tratado pelo produtor. A cadeia de bem estar deles está muito ligada à produção, pois um animal bem cuidado produz mais. A gente espera que o aumento do valor agregado de jumento também melhore a qualidade de vida deles”, completa.
Bastante consumido no Oriente Médio, o queijo de leite de jumenta pode custar até 80 vezes mais caro do que o convencional leite de vaca. “A jumenta não produz leite durante todo o dia, como a vaca. Além disso, devido à qualidade nutricional desse leite, precisamos de muitos mais litros para produzir um quilo de queijo”, explica Gerla Chinelate, professora Associada do curso de Engenharia de Alimentos da UFAPE.
Com alto potencial nutritivo, o queijo de jumenta possui sabor mais adocicado, em razão do alto teor de lactose, o açúcar natural do leite. Seu aroma, contudo, pouco difere do já conhecido cheiro do queijo tradicional.
“Quanto ao sabor, a gente não trata da modificação sensorial para melhor aceitação do consumidor. Pelo contrário, mantemos as características naturais para que as pessoas se acostumem com o leite de jumenta e derivados”, acrescenta Chinelate.
A professora destaca a diversidade da produção de derivados de leite de jumenta no âmbito da pesquisa. A partir de processos de pasteurização, sua equipe vem fabricando, além de queijo, coalhada, iogurte e até sorvete com o leite asinino.
“Muitas pessoas ainda não têm o conhecimento da capacidade dos jumentos de produzir materiais de alto valor agregado e nutricional. A gente espera que essa iniciativa mostre o potencial desses animais aos produtores”, conclui Chinelate.
Leia menosDo Jornal do Commercio
A 24ª edição da Parada da Diversidade de Pernambuco será realizada neste amanhã (14) com uma notável mudança: pela primeira vez desde que chegou à Zona Sul, o evento não contará com o tradicional desfile de trios elétricos pela Avenida Boa Viagem. Neste ano, a programação será concentrada no Parque Dona Lindu, onde foi montada a chamada “Arena da Diversidade”.
De acordo com a organização, a mudança busca oferecer “maior segurança, acessibilidade e melhores condições de participação ao público”. Nos últimos anos, mesmo com a presença policial, a festa enfrentou episódios de furtos e agressões, o que contribuiu para a redução do público que acompanhava os trios.
Leia maisProgramação
A line-up inclui a dupla Mari & Rayane, a cantora de brega Dany Myler, a sambista Gabi do Carmo, além de Big Black, MC Calixto, Banda Império, Bloco Obirin e o tradicional Afoxé Oxum Pandá. Durante a manhã, o público poderá acompanhar performances de drag queens e apresentações artísticas e culturais.
A programação começa das 08h às 12h com apresentações de DJ Cabeça, DJ Chell, Lilian Fonthinelly, Nega Jurema, Marcelly Tretine, Allura Nox, Fabiana Oliveira, Charlotte Delfina, Saiury Heiwa, Courtney, Diana Firce, BreG’Queens, As Frenéticas, Coco Fulô da Mata e Anderson Big Black. Das 12h às 17h, sobem ao palco a Banda Império, Gabi do Carmo, Bloco Obirin, Dany Myler, Mari e Rayanne e o Afoxé Oxum Pandá.
“A proposta é valorizar os artistas locais, receber atrações nacionais e garantir um espaço mais estruturado, sem dispersão. Queremos reforçar o caráter político e cultural da Parada”, explica Chopely Santos, integrante da coordenação do evento.
Leia menosA morte da estudante Alícia Valentina, de 11 anos, após ser agredida dentro da Escola Municipal Tia Zita, em Belém do São Francisco, continua mobilizando familiares, autoridades e a comunidade escolar. A criança foi espancada no dia 3 de setembro e faleceu quatro dias depois, no Hospital da Restauração, em Recife, com diagnóstico de morte cerebral. O caso é investigado pela Polícia Civil de Pernambuco.
De acordo com o boletim de ocorrência do caso, a menina foi agredida por cinco colegas, incluindo quatro meninos e uma menina. Um dos adolescentes acusados da agressão foi apreendido e encaminhado à Funase, em Petrolina. Conforme o documento, as agressões foram feitas porque a vítima “não quis ficar” com um dos garotos. A polícia não informou se o adolescente apreendido foi esse garoto.
Leia maisA família da menina aponta falhas no socorro inicial. Segundo a tia da vítima, que prefere não se identificar, a escola demorou a acionar os responsáveis e a encaminhar a aluna para atendimento médico. “Negligência da escola. Não levaram rápido para o hospital. Graças a Deus apareceu uma professora de outra escola que viu a criança e a socorreu até o hospital com a coordenadora e depois a buscou a mãe na casa. Aí foi quando a mãe informou a família”, relatou.
No primeiro atendimento, realizado no Hospital Municipal Doutor José Alventino Lima, a tia afirma que a criança recebeu apenas injeções de dexametasona e dipirona. “Nenhum soro a menina tomou, nada. Ela passou 20 minutos no hospital, quando afirmaram que estava bem, não tinha trauma nenhum. Não pediram nenhum exame, mesmo com ela falando que sentia muitas dores e que o menino tinha dado um soco”, disse. Segundo a parente, a coordenadora da escola questionou a médica sobre a gravidade do caso e recebeu a resposta de que não havia sinais de trauma.
A prefeitura de Belém do São Francisco e a direção do hospital divulgaram nota negando qualquer negligência. Segundo o comunicado, emitido na última segunda-feira (8), a médica plantonista não autorizou a alta, e a menor teria sido levada para casa pela mãe. A família, porém, refuta veementemente essa versão.
Após voltar para casa, Alícia apresentava um sangramento no ouvido, e os pais a levaram a um posto de saúde do município, onde outro médico constatou a gravidade da situação e recomendou sua transferência. Ela retornou ao hospital municipal já sem conseguir andar ou falar, e só então foi encaminhada para o Hospital de Salgueiro, também no Sertão de Pernambuco, onde exames revelaram traumatismo craniano e coágulos na cabeça. Em seguida, foi transferida para o Hospital da Restauração, no Recife, mas não resistiu. No atestado de óbito, consta que a vítima teve “traumatismo cranioencefálico produzido por objeto contundente”.
A família descreve a menina como uma criança alegre e dedicada. “Sempre foi uma boa aluna, uma boa pessoa. Muito amável, sempre aqui em casa, sorridente e alegre”, contou a tia. “A gente só quer que a justiça seja feita”, acrescentou.
Leia menosO prefeito de Agrestina e presidente da Comagsul, Josué Mendes, acompanhado dos vereadores Caio Damasceno, Gordo de Zé Lito e Jobinho, marcou presença neste fim de semana na tradicional Festa da Galinha, em São Bento do Una. O evento, considerado um dos mais importantes do calendário cultural do Agreste pernambucano, reuniu milhares de pessoas em celebração à cultura e à economia local, fortalecendo o turismo e movimentando o comércio da região.
Na ocasião, as lideranças de Agrestina reafirmaram compromisso com o desenvolvimento regional e manifestaram apoio ao pré-candidato ao Governo de Pernambuco, João Campos. “Estamos juntos para fortalecer nossas cidades e dar todo o suporte necessário a projetos que tragam crescimento e mais qualidade de vida para a população”, afirmou Josué Mendes. Já os vereadores ressaltaram a importância da união entre os municípios.
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Luiz Vassallo e Fabio Serapião
Do Metrópoles
Um ex-funcionário afirmou à Polícia Federal (PF) que o lobista Antonio Carlos Camilo Antrunes, o “Careca do INSS”, estava se livrando de sua frota de carrões de luxo e que tinha o hábito de viajar de carro a Brasília com dinheiro em espécie todas as sextas-feiras. A testemunha se disse ameaçada de morte pelo lobista em depoimento à PF.
O depoimento foi citado no pedido da Polícia Federal pela prisão de Antunes no âmbito da Operação Cambota, desdobrameto da Sem Desconto, que investiga a farra dos descontos indevidos sobre aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Leia maisO lobista também está sob suspeita de planejar fugir do país. A PF acredita que a investigação, cuja primeira fase foi deflagrada em abril, vazou para os investigados.
O ex-funcionário Edson Claro Medeiros Junior procurou a Polícia Federal em São Paulo e disse temer por sua integridade física. Relatou que Antunes o ameaçou de morte. Em depoimento, a testemunha afirmou que “Antônio Camilo, logo após a Operação da Polícia Federal, começou a dilapidar seu patrimônio para se capitalizar, e que ele falou que precisava ‘levantar dinheiro, fechar as torneiras, dispensar os empregados e que iria para os Estados Unidos”.
Antonio Camilo também teria dito ao depoente que “deixaria seu filho Romeu encarregado de administrar um call center, localizado em um prédio de cinco andares de propriedade dele, para a realização de consignados em prejuízo dos segurados do INSS”, disse o depoente, segundo a PF.
De acordo com o ex-funcionário, o Careca do INSS “lavava dinheiro com carros de luxo e estaria se desfazendo de tais veículos por preços abaixo do mercado”. Ele também afirmou considerar suspeitas as viagens do investigado “todas às sextas-feiras de carro para Brasília com dinheiro em espécie”.
Quem é o “Careca do INSS”
Ex-superintendente de marketing de uma gigante do ramo de planos de saúde, Antonio Carlos Camilo Antunes é um lobista que atua em Brasília e ganhou o apelido de “Careca do INSS” pela influência que tem dentro do órgão federal.
Ele é suspeito de pagar propina a diretores do INSS para favorecer entidades envolvidas no bilionário esquema de descontos indevidos, fraudando filiações de aposentados.
Um contrato da empresa de consultoria dele, a Prospect, com uma das entidades investigadas, o Cebap, mostra que o lobista recebia uma comissão de 27,5% sobre cada valor descontado de aposentados pelas associações para as quais atuou.
Dez meses após assinar o contrato com o “Careca do INSS”, o faturamento do Cebap com os descontos saltou de R$ 574 mil para R$ 9,9 milhões por mês.
Segundo a PF, ele teria pagado propina ao ex-diretor de Benefícios André Fidelis, que autorizava os acordos com as entidades suspeitas, ao ex-diretor de Integridade Alexandre Guimarães, e ao ex-procurador-geral do INSS Virgílio Oliveira Filho.
Leia menosO bispo Dom José Ruy, da Diocese de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, ficou ferido após sofrer um acidente na noite de ontem (12). A mãe do sacerdote, que não teve o nome divulgado, também estava no veículo e também teve ferimentos.
A colisão aconteceu no bairro Maurício de Nassau. Após o impacto, o carro do bispo Dom José Ruy capotou. Equipes da Autarquia de Mobilidade de Caruaru estiveram no local. As informações são do g1 Caruaru.
Até a última atualização desta reportagem, informações sobre o outro veículo envolvido e a dinâmica do acidente não foram divulgadas.
Nas redes sociais, o bispo emitiu uma mensagem informando que foi encaminhado para o hospital Unimed, com escoriações e dores causadas pelo impacto da batida, mas que estava bem. A Diocese de Caruaru emitiu uma nota à imprensa na manhã deste sábado (12) informando que o bispo e a mãe já tiveram alta hospitalar e passam bem.
Do Diário de Pernambuco
Moradores da Zona Norte do Recife estão assustados com assaltos na área. Uma das ocorrências foi registrada por câmeras de segurança, na manhã da última quinta-feira (11), na Avenida Dezessete de Agosto, no bairro de Casa Forte.
Nas imagens, é possível ver o momento em que uma dupla se aproxima de moto em um carro estacionado. Em seguida, o homem na garupa desce da motocicleta, que sai da cena, e anda até o veículo. Na sequência, a porta é aberta e a motorista abandona o carro, que é guiado para longe pelo suspeito.
Segundo relatos de moradores, o caso não é isolado. Ontem (12), uma dupla de moto teria sido vista assaltando nas imediações da rua Flôr de Santana, no Parnamirim.
Procurada, a Polícia Civil informou que não localizou registro de ocorrência.
Blog da Folha
Faltando pouco mais de um ano para a eleição, a governadora Raquel Lyra (PSD) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), intensificam suas agendas pelo estado. Nos próximos 45 dias, a gestora deve visitar 90 municípios do estado, a começar por Ibimirim, amanhã (14). Já o socialista colocou o pé na estrada ainda ontem (12). Ele visita quatro cidades do Agreste pernambucano, base eleitoral da pessedista e sua família.
Numa estratégia para marcar presença em todo o estado, a governadora Raquel Lyra quer ir aos municípios ainda não visitados por ela. Desde que assumiu o comando do estado, passou por 94 dos 180 municípios, sendo 19 deles somente durante as edições do programa Ouvir para Mudar e do Festival Pernambuco Meu País, realizados este ano.
Leia maisNa nova rodada de compromissos, Raquel contará com a aprovação de um novo empréstimo na Alepe para reforçar as entregas e ações do governo do estado. Em Ibimirim, ao lado do prefeito aliado Welinton Siqueira (PSDB), a governadora assina a ordem de serviço para a construção de uma creche e entrega uma nova sala de raio-x, entre outros investimentos.
Agreste
Mesmo sem assumir a pré-candidatura ao governo estadual em 2026, João Campos mantém uma agenda de movimentações pelo interior. Ele deve reunir dois pré-candidatos ao Senado Federal que disputam espaço na possível chapa do gestor recifense: o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), e o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (UB). Os gestores participam da 23ª Missa do Vaqueiro em Canhotinho, terra governada por Sandra Paes (Republicanos), esposa do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), opositor de Raquel Lyra.
Antes, o prefeito visita Panelas e Altinho, cidades governadas pelos correligionários Ruben Lima e Marivaldo Pena, respectivamente. “Vamos passar em algumas cidades que amigos convidaram para conhecer manifestações locais específicas da cultura de cada cidade. A maior parte delas, eu já estive, conheço e tenho amigos”, declarou João Campos.
Leia menosPor Marcelo Tognozzi
Colunista do Poder360
Sobrevivemos a mais uma semana explosiva, com o acirramento do confronto político nos Estados Unidos pelo assassinato do ativista de direita Charlie Kirk, as manifestações com confrontos e incêndios numa Paris cada vez mais parecida com a da comuna de 1871, confrontos no Nepal depois de o governo tentar controlar as redes sociais, drones russos bombardeando a Polônia e mísseis de Israel eliminando líderes do Hamas no Qatar e o Supremo condenando Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de cadeia.
Uma semana em que o ministro Luiz Fux deu uma aula de Direito e de comunicação estratégica ao ocupar todos os espaços da sessão do Supremo da quarta-feira (10). Fux foi a estrela do dia, com todos os portais de notícias, blogs, redes sociais e até veículos do exterior estampando sua foto e cobrindo seu extenso voto de 12 horas.
Foi a primeira vez que um ministro mobilizou a mídia a seu favor para dar um recado claro e contundente. Saiu vencedor, mesmo sendo voto vencido.
O mundo de 2025 se parece cada vez mais com o de 100 anos atrás. O mesmo acirramento do embate político, esgarçamento das relações sociais, antissemitismo, desequilíbrios globais desaguando na crise de 1929, ascensão dos regimes fascistas na Europa, xenofobia, a Revolução de 1930 e o fim da República Velha no Brasil.
Há 101 anos, a cidade de São Paulo era bombardeada por ordem do presidente Artur Bernardes durante a revolução comandada pelo general Isidoro Dias Lopes e um punhado de tenentes oriundos do movimento de 1922.
Há 1 século, o mundo estava em transformação e era um lugar tão violento quanto este em que vivemos. O poder exercido pela força, coerção e a polarização, como agora, tornara-se um ativo político, um caminho fácil, quase um atalho, para o poder. Na dúvida, polarize diziam Hitler, Mussolini, Getúlio, Peron, Prestes e Stálin.
Ao mesmo tempo em que o mundo caminhava para a 2ª Guerra, nasciam os futuros políticos destinados a quebrar essa lógica perversa. Juscelino Kubitschek tinha 23 anos e Tancredo Neves 15, quando em 11 de setembro de 1925 dona Maria José deu à luz Armando Monteiro Filho no Recife. Armandinho veio ao mundo rico, bonito, charmoso e com uma capacidade ímpar para transformar limões em limonadas, por mais azedos que fossem.
Morreu em 2018 aos 92 anos. Faria 100 anos nesta semana. Nasceu numa data depois marcada como um dos símbolos da polarização com a deposição do presidente chileno Salvador Allende, em 1973, o atentado às torres gêmeas em Nova York, em 2001 e, agora, a condenação de Bolsonaro.
Ao desembarcar neste planeta Terra, Armandinho encontrou um Brasil incendiado pelo movimento tenentista e um Nordeste varrido pelo cangaço. Lampião era lenda viva, Padre Cícero mito e canudos um trauma.
Quando tinha de 4 para 5 anos, João Pessoa, candidato a vice de Getúlio nas eleições de 1930, foi assassinado na Confeitaria Glória, no Recife, pelo jornalista João Dantas. Pessoa, governante da Paraíba, mandou publicar as cartas de amor de Dantas para Anayde Beiriz, capturadas durante uma batida policial. Um escândalo.
A morte de Pessoa foi estopim para a Revolução de 1930. Vargas tomou o poder e lá empoleirou-se por 15 anos. Quando os militares tiraram Getúlio, ele tinha 20 anos e viu o país trocar a ditadura pela democracia. Armandinho, agora na Escola de Engenharia da Universidade do Recife, dava os primeiros passos na política como líder estudantil.
Conquistou o coração de dona Maria do Carmo, filha do lendário governador Agamenon Magalhães, tão vivo na memória dos pernambucanos quanto Miguel Arraes. Tiveram 5 filhos, viveram um amor soma de amizade, companheirismo e admiração mútua durante mais de 60 anos. Do Carmo foi o esteio que permitiu a Armandinho dar seus voos como político.
Foi deputado estadual, secretário de Viação e Obras Públicas. Disputou uma vaga de deputado federal pelo PSD, em 1954, e saiu como o mais votado de Pernambuco. Acabou vice-líder do governo JK, político que o inspirou com a energia de fazedor. Foi um construtor de pontes no Congresso, exercendo esse lado artesanal da política, hoje fora de moda. Reeleito em 1958, Armando Monteiro já era um político de prestígio quando Jânio Quadros renunciou em 1961.
Com a crise provocada pelos militares, contrários à posse constitucional do vice, Jango, Armando Monteiro Filho foi procurado por José Maria Alkmin, ex-ministro da Fazenda de JK. Recebeu o convite para assumir o Ministério da Justiça durante a Presidência interina do deputado Ranieri Mazzili.
Jango estava na China e voltou devagar, chegando pelo Uruguai e indo direto a Porto Alegre (RS), onde seu cunhado Leonel Brizola, governador do Rio Grande, resistia tentando garantir a posse de Jango com uma rede de emissoras de rádio, a Cadeia da Legalidade.
Alckmin, raposa velha, depois vice no governo do general Castello Branco, líder do golpe de 1964, achou que levaria Armandinho no bico. “Não posso, sou engenheiro”, desconversou. Alckmin insistiu: “Isso não é argumento”. E Armandinho encerrando o assunto: “Sou violentamente a favor da posse do presidente João Goulart”.
Pouco depois, com a volta de Jango ao poder, veio o parlamentarismo como remédio para moderar o apetite golpista dos militares. Tancredo Neves virou primeiro-ministro e contou com a ajuda e o talento de Armandinho, em quem confiava. JK dava suporte. Na formação do gabinete, acabou ministro da Agricultura.
Fez um sucesso retumbante, a ponto de o New York Times publicar reportagem elogiando seu projeto de reforma agrária. O jornal chamou o projeto do ministro Armando Monteiro Filho de equilibrado, num momento em que o campo do Brasil estava inundado de comunistas liderados pelo deputado Francisco Julião. Era a Guerra Fria respingando por aqui.
Ele ficou 1 ano no Ministério da Agricultura. Voltou para a Câmara e seguiu trabalhando para apaziguar ânimos. No fim de 1962, disputou o governo de Pernambuco. Miguel Arraes venceu e ele ficou em 3º. Menos de 2 anos depois, o país mergulharia por 21 anos na ditadura militar. Armando Monteiro Filho foi cuidar dos negócios da família, sem descuidar da política.
Filiado ao MDB de Ulysses, Tancredo, José Ermírio de Moraes e Nelson Carneiro, resistiu como pode. Foi perseguido. Fiscais eram instruídos a fazer pente fino nas suas empresas. Segurou tudo altivamente. Jamais negociou sua dignidade, muito menos a honra e as convicções. Tentou voltar em 1994, mas acabou perdendo a eleição para o Senado.
Armando ensinou a política da empatia, serenidade e convicção. Aprendeu a sobreviver aos momentos explosivos, sempre suave e bem-humorado inspirando o sobrinho José Múcio, ministro da Defesa, seu melhor aluno. Assim, tijolo por tijolo, construiu sua própria trajetória, aprendeu a ser feliz, amar a família, sublimar perdas e celebrar ganhos. Viveu uma vida bonita. A história de um homem bom.
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