O ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Admar Gonzaga, afirmou não se preocupar com o fato de o ex-presidente Jair Bolsonaro não ter pago multas aplicadas pelo estado de São Paulo, mesmo após receber R$ 17,2 milhões em transações via Pix neste ano.
Gonzaga, que trabalha atualmente como advogado, doou 5 mil reais ao ex-capitão por meio do sistema de pagamentos instantâneos. As informações são da Carta Capital.
Leia maisSegundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, a movimentação “atípica” na conta de Bolsonaro pode ter relação com uma campanha de doações organizada em junho por apoiadores. À época, aliados disseram nas redes sociais que o dinheiro seria usado para pagar multas.
Bolsonaro, porém, ainda não quitou a dívida que se aproxima de 1 milhão de reais em multas aplicadas pelo estado de São Paulo por descumprir normas sanitárias durante a pandemia.
“Eu não estou preocupado se ele vai pagar a multa, se não vai pagar a multa”, disse Gonzaga em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “O que eu vi foi uma pessoa ter todos os seus recursos bloqueados. De uma hora para a outra, ele não tinha mais nada na conta”.
O Coaf apontou que o ex-presidente aportou 17 milhões de reais em investimentos de renda fixa, montante equivalente aos recursos que embolsou via Pix no primeiro semestre. Gonzaga, porém, diz não se importar.
“Todo dinheiro tem que ter remuneração. Dinheiro parado num País que está com inflação galopante e com todas essas incertezas que estão aí atormentando as pessoas, eu acho que ele fez muito bem de investir, de buscar remunerar esse dinheiro”, prosseguiu. “Eu acho até uma atitude responsável”.
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