Padilha quer PL de Bolsonaro em cargos nos estados e comemora relação com Lira e Pacheco

Da Folha de S. Paulo

Responsável pela articulação política do governo, o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) avalia que o Planalto saiu vitorioso nos seis primeiros meses na relação com os presidentes da Câmara e do Senado. Ele diz que agora é preciso aprimorar a base de apoio no Congresso, até então volátil.

Segundo ele, o presidente Lula (PT) pretende consolidar a entrada no governo de PP e Republicanos e definir os espaços que eles vão ocupar no ministério. Em entrevista à Folha, Padilha acena ainda para a entrada de setores do PL – partido de Jair Bolsonaro – em cargos de segundo escalão e nos estados.

Padilha rechaça que essas negociações por cargos sejam “toma lá, dá cá” e também afirma ser legítimo que parlamentares possam influenciar no destino de emendas e outras verbas do governo.

Qual a sua avaliação sobre a articulação no primeiro semestre?

Nós conseguimos aprovar todas as cinco prioridades. São como as cinco pontas da estrela do PT. A primeira era conseguir garantir presidentes da Câmara e do Senado que se comprometeram e foram decisivos para estancar o golpe de 8 de janeiro. Conseguimos reestruturar dezenas de medidas provisórias feitas pelo Bolsonaro para que não gerassem pauta-bomba nem perpetuar lógicas terraplanistas do governo anterior. A terceira prioridade foi reorganizar o Orçamento com a PEC da Transição. A quarta ponta foi recriar os programas sociais. A quinta foi aprovar o marco fiscal e a reforma tributária.

E qual a previsão para o segundo semestre?

Concluir o que resta da Reforma Tributária. Estou otimista que vamos até o final do ano ter concluído, nas duas Casas, pelo menos a parte constitucional da Reforma Tributária. Também temos que consolidar a presença da frente política dentro do governo, saudando a possibilidade de parlamentares que representam bancadas de partidos que tiveram compromisso conosco para que eles possam participar do governo.

Isso inclui o PP e Republicanos?

Sim. As bancadas desses partidos ofereceram, indicaram diretamente a mim e ao presidente Lula, a possibilidade de terem parlamentares compondo o governo, o primeiro escalão. Mas estou falando também de outros partidos, de outras bancadas que não necessariamente oferecem parlamentares no sentido de compor o primeiro escalão, mas que têm disposição, seja nos estados, seja em outros espaços, de compor o governo. Temos toda a intenção de ter essas bancadas junto conosco.

O senhor se refere ao PL?

No caso do PL, nós temos um conjunto de parlamentares que, até por afinidade nos seus estados, por posicionamento de não passar pano para os atos terroristas no dia 8 de janeiro, por ter votado tanto a Reforma Tributária quanto o marco fiscal e a retomada dos programas sociais. E temos todo o interesse em interagir, sobretudo nos estados, com a participação deles no governo.

Essas negociações podem ser consideradas como um ‘toma lá, dá cá’?

Eu vejo como uma consolidação de uma frente política que já se expressou desde a PEC da Transição. Não tinha nem governo, não tinha nem cargo, não tinha nem ministério e essas forças políticas já contribuíram. Depois, esse grupo foi decisivo e firme no dia 8 de janeiro.

O governo recebeu críticas de parlamentares e também teve derrotas no Congresso, como a instalação da CPI do MST e a nos decretos de saneamento. E agora trocas no ministério com menos de oito meses. Houve falha na articulação política?

É muito raro um time ser campeão invicto no campeonato. É uma situação excepcional. Num campeonato você ganha, você empata, você perde dentro de casa, você perde fora de casa, mas você não pode perder a final. No segundo semestre, vamos buscar aprimorar.

Isso é um aprimoramento ou é uma necessidade para ter vitórias no Parlamento?

É um aprimoramento para consolidar essa frente.

Legendas como MDB, União Brasil e PSD já receberam 3 ministérios cada. O governo errou na escolha e na distribuição dos ministérios?

A composição na largada foi adequada para aquele momento político e nos ajudou a ganhar essa etapa do campeonato.

Vai ser um ministério para o PP e um para o Republicanos?

Não está definido isso. Essas duas bancadas indicaram um deputado cada. Essas definições vão se configurar a partir do retorno do mundo político a Brasília, a partir de agosto. O que tem certo é a disposição do presidente de incorporar essas duas forças políticas que representam bancadas da Câmara.

Os indicados foram Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA)? Há objeções a eles no governo?

Não. Nenhuma objeção por parte do governo, do presidente Lula, a esses nomes.

Qual é o número da base?

Nossa relação [com o Congresso] não é [de] contar gado. Nossa relação é o encontro de agenda política de temas prioritários e de aprovação. Tem coisa que a gente precisa de mais de 308 votos para aprovar e a gente vai construir essa base, como nós fizemos nesse primeiro semestre.

Quais ministérios estão realmente blindados?

O presidente já falou de algumas situações específicas que são ministérios que não foram compostos por forças políticas partidárias. Ele citou o exemplo da Saúde. Mas não tem nenhuma definição do presidente sobre a reorganização, quais ministérios ele pretende discutir.

Na reforma, pode haver redução no número de mulheres, que na verdade já não é tão alto?

Pelo contrário, o esforço do presidente Lula tem sido sempre de ampliar a presença e a participação de mulheres no governo e vai continuar sendo isso.

Qual é a chance de PP ou Republicanos assumir o Ministério do Desenvolvimento Social?

Não tem esse debate ainda, só deve começar a partir de agosto, quando Lula se reunir com as lideranças partidárias. O que ele deixou muito claro, mais de uma vez, é que é um ministério que faz parte do coração do governo.

Quando candidato, Lula criticava o poder excessivo do Arthur Lira, mas o que a gente vê ainda é uma dependência grande dele. Por que não conseguiram mudar isso?

Com essa relação que nós temos tanto com o presidente Lira, quanto com o presidente Pacheco, nós aprovamos aquilo que era necessário aprovar para o país. Fomos vitoriosos nesse primeiro semestre. Construindo uma nova relação, de diálogo, às vezes de mediações, conseguindo aprovar aquilo que era prioritário para nós.

Lira ainda exerce muita influência sobre as emendas, apesar de as emendas de relator não existirem mais. Na prática, ele mantém o controle sobre as emendas que passaram para recursos de ministérios, as chamadas verbas extras?

Não, pelo contrário, houve uma mudança profunda em relação a isso. Você teve um aumento das emendas impositivas, com um calendário pré-definido. Às vezes você pode ter uma coincidência de uma votação acontecer naquela semana onde estava programado o empenho para determinada emenda.

Agora, até porque eu sou deputado eleito, sei o quanto que muitas vezes o parlamentar conhece uma realidade local, um tema, às vezes melhor do que um técnico de um determinado ministério. É um governo [que] a gente orienta sim os ministérios, que estejam abertos a ouvir propostas, a receber proposta dos parlamentares, de presidentes de comissão.

Sobre o que era emenda de relator e virou recursos dos ministérios, o governo pretende divulgar os beneficiários?

Você está falando de uma coisa que não é emenda. Agora, os ministérios sempre têm que perseguir como melhorar a transparência.

O Planalto deve apoiar algum candidato na sucessão de Lira e Pacheco?

Nem o presidente Arthur Lira nem quem pretende vir a ser presidente da Câmara querem antecipar essa discussão. Não é o Planalto que vai antecipar nem interferir nessa discussão. Nós, em nenhum momento, cometeremos erros que outros governos já cometeram de entrar numa discussão que é uma construção feita pela Casa. É o mesmo debate para o Senado.

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Humberto vai comer o pão que o diabo amassou    

Presidente do PT em mandato tampão até julho, quando será eleita a nova composição da Executiva e do Diretório Nacional, o senador Humberto Costa pegou um grande abacaxi. Reitera, em entrevistas, seu desejo de pacificar o partido em torno do nome do ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva. Seu esforço, entretanto, é um caminho de pedras e espinhos.

Ontem, por exemplo, o ex-presidente nacional da legenda, Rui Falcão, depois de fazer uma carta contundente aos filiados com direito a voto, contendo forte desabafo, críticas e orientações que divergem da cúpula do PT, assumiu que será candidato. Quer bater chapa contra Edinho.

No texto, Falcão faz acenos às correntes de esquerda, que podem se unir em torno de seu nome. “A companheira Gleisi Hoffmann, ao me suceder na presidência do PT, a partir de 2017, conduziu com coragem a resistência à extrema direita e a preparação de nosso partido para a sucessão presidencial de 2022. Após a vitória, sempre foi uma referência no enfrentamento ao reacionarismo e no fortalecimento da esquerda dentro do próprio governo”, diz.

O parlamentar ainda defendeu uma alternativa antissistema para se contrapor “à ordem estabelecida pelos bilionários”. “Não pode haver dúvidas de que somente a esquerda e seu maior partido, o PT, expressam uma alternativa estruturalmente antissistema, que proponha a transformação radical da economia, da sociedade e do Estado”, afirmou.

Para Rui Falcão, o processo de renovação do partido não pode ficar restrito à disputa pelos postos de direção. “Não podemos nos aprofundar numa disputa que vise apenas a conquista de cargos e espaços de poder”, acrescentou. De acordo com o deputado, abrir mão da polarização com o bolsonarismo significaria uma transição do PT para o centro.

“Nosso partido deve rechaçar os apelos à despolarização, palavra da moda que significa levar-nos a uma transição efetiva para o centro, com um forte rebaixamento ideológico, programático e organizacional. A construção de coalizões para vencer as eleições e governar não pode ser vista como contraditória com a disputa pública de hegemonia pelos partidos do campo popular. O partido não pode ser reduzido a um braço institucional do governo de frente ampla”, destacou.

RUI FALA EM VALENTIA – Da corrente minoritária Novo Rumo, Rui presidiu o PT entre 2011 e 2017. A CNB, porém, agora tem Edinho como possível candidato. A expectativa é que Falcão tenha o apoio das correntes de esquerda na eleição marcada para 6 de julho. “O processo eleitoral interno que está sendo inaugurado nestes dias é uma chance para elevarmos o PT a um novo patamar, em um cenário interno e externo de conturbações extremas. Desse desafio depende, em grande medida, a reeleição do presidente Lula e a continuidade de nosso projeto histórico. A valentia, a generosidade e a integração de toda a militância são essenciais em mais essa hora da verdade”, disse o ex-dirigente.

Lula alertado sobre movimento contra Edinho – O racha do PT veio a público com o vazamento de conversas de um encontro ocorrido na quinta-feira passada, no apartamento da nova ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Na reunião, Lula foi pressionado a não apoiar Edinho para a presidência do partido. De acordo com os relatos, revelados pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, o grupo disse ao presidente da República que o ex-prefeito não seria eleito por não contar com o apoio integral da principal corrente petista, a Construindo um Novo Brasil (CNB), da qual o próprio Edinho faz parte.

Nome do NE como alternativa – Na terça-feira da semana passada, houve uma conversa entre Gleisi e Edinho com o objetivo de esfriar os ânimos. A nova ministra já defendeu um nome do Nordeste para presidir o PT. Durante a tarde, a CNB divulgou uma nota sobre a reunião da semana passada. No texto, defendeu a necessidade de “unidade partidária”, o que foi lido como um recado para que Edinho trabalhe para vencer as objeções a seu nome. Aliados do postulante, por sua vez, encararam o comunicado como uma trégua.

Mandato tampão – Edinho é o nome preferido de Lula para a eleição interna marcada para julho. Estiveram no encontro da discórdia os integrantes da CNB que fazem parte da Executiva Nacional. Na mesma ocasião, Humberto Costa foi escolhido para o mandato-tampão. A corrente admite que houve discussões sobre a sucessão de julho. “Também foram feitas considerações sobre o perfil da futura direção, que seja capaz de conduzir o partido com unidade na defesa do governo Lula e das conquistas para a população, como foi durante toda a presidência de Gleisi Hoffmann”, diz a nota.

Quaquá questiona apoio – O vice-presidente do PT, Washington Quaquá, um dos integrantes da ala que se opõe à eleição de Edinho, disse à colunista Malu Gaspar, de O Globo, que não há apoio de Lula, neste momento, ao nome de Edinho. “Eu acho que, quando o presidente Lula quer alguém, ele fala. Ninguém ouviu do Lula essa defesa do Edinho até agora. O Edinho usa um pretenso apoio para impor uma candidatura que não tem apoio da base nem do comando dos principais estados”, afirmou.

CURTAS

PIORA 1 – Se o governo não aprimorar suas políticas macroeconômicas, especialmente no controle dos gastos fiscais para conter a trajetória da dívida pública, a inflação tende a piorar antes de melhorar. Ex-diretores do Banco Central alertam que, quanto mais adverso for o cenário, maior será a necessidade de um aperto monetário.

PIORA 2 – Na visão do ex-diretor de Política Econômica do BC e chefe de macroeconomia do ASA, Fabio Kanczuk, para gerar efeito de desaceleração e trazer a inflação pelo menos para o redor da meta, de 3%, seria necessário elevar a Selic até 18%.

DOM FRANCISCO – Primeiro-secretário da Câmara dos Deputados e pajeuzeiro de Tabira, o deputado Carlos Veras (PT) assumiu, ontem, o compromisso de convencer os Correios a produzir um selo comemorativo ao centenário de Dom Francisco de Mesquita, ex-bispo da Diocese do Vale do Pajeú. Se vivo, ele teria completado 100 anos no ano passado.

Perguntar não ofende: Humberto seria capaz de unificar o PT como candidato à sucessão de Gleisi Hoffmann?

Jaboatão - Combate Dengue

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

Faltando mais de um ano para as eleições para o Senado, em 2026, o clima da disputa em Pernambuco já começou a esquentar. Nesta quinta-feira (13), o senador Humberto Costa (PT), que vai tentar renovar o mandato no ano que vem, afirmou que o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (presidente estadual do União Brasil), é um “bolsonarista que mudou de posição”.

A fala foi uma reação a uma declaração de Miguel. O filho de Fernando Bezerra Coelho questionou onde foram aplicadas as emendas parlamentares de Humberto em Pernambuco. Em uma entrevista à Rádio Clube e ao Blog Dantas Barreto, também nesta quinta, Miguel questionou o que os senadores Humberto Costa e Fernando Dueire (MDB) têm feito pelo Estado que os credencie à reeleição em 2026.

A atitude de Miguel Coelho, na opinião de Humberto Costa, “é uma tentativa de antecipar as eleições”. “Não queria fazer essa declaração, mas é um bolsonarista que depois da eleição mudou de posição”, disparou Costa.

Miguel vem se colocando como pré-candidato ao Senado pela Frente Popular, grupo do qual o PT também faz parte. A partir de abril deste ano, ele percorrerá os municípios do Estado para se apresentar, visando uma das vagas na Casa Alta justamente pela Frente Popular.

Mas Humberto Costa também pode sair candidato pela Frente Popular e defendeu sua trajetória. “Pode olhar tudo que já fiz no meu mandato, nos temas nacionais e estaduais, na defesa da Transnordestina, no PAC Seleções”, ressaltou.

A reeleição do senador é uma prioridade para o PT nacional, que tem a estratégia de conquistar mais aliados nas casas legislativas em 2026. As declarações de Costa foram feitas durante uma entrevista coletiva, no início da noite desta quarta-feira (13), na sede do PT no Recife, em Santo Amaro, Zona Norte da capital.

Conheça Petrolina

O deputado federal Fernando Monteiro (PP-PE) defende a aprovação do Projeto de Lei 4860/24, que propõe a criação da Rota Turística do Cangaço, abrangendo municípios de Pernambuco, Sergipe e Alagoas. A iniciativa busca valorizar a história de Lampião e fortalecer o turismo em cidades como Serra Talhada, onde estão localizados o Museu do Cangaço e o Sítio Passagem das Pedras, pontos fundamentais para a preservação da cultura nordestina.

Além de ampliar a visibilidade das cidades envolvidas, a proposta pretende impulsionar a economia local, atraindo visitantes interessados na história do cangaço e na literatura de cordel. “Contribuirá para dotar as cidades dos instrumentos de fortalecimento do turismo, ao mesmo tempo em que as tornarão conhecidas em todo o Brasil, estimulando a demanda turística por seus atrativos”, afirmou Monteiro. O projeto será analisado pelas comissões de Turismo e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados.

Dulino Sistema de ensino

O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para o dia 25 de março a análise da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas. A análise vai ocorrer de forma presencial. Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro e os demais investigados virarão réus.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, liberou a denúncia para julgamento após a PGR apresentar uma manifestação rebatendo as respostas apresentadas pelas defesas contra a denúncia. As informações são do Jornal O Globo.

Participam do julgamento, além de Moraes e Zanin, a ministra Cármen Lúcia e os ministros Flávio Dino e Luiz Fux.

Será analisada a denúncia referente ao primeiro núcleo apontado pela PGR — a acusação foi dividida em cinco grupos, para facilitar seu andamento.

Além de Bolsonaro, estão nesse grupo quatro ex-ministros do seu governo: Walter Braga Netto (Casa Civil e Defesa), Anderson Torres (Justiça), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

Também estão no núcleo o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, atual deputado federal, e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que fechou acordo de delação premiada.

O julgamento sobre o recebimento ou não da denúncia é uma avaliação preliminar sobre o caso. Os ministros vão analisar se há indícios mínimos na investigação. Caso a acusação seja aceita, os denunciados vão virar réus e será aberta uma ação penal. A decisão sobre o mérito do caso, ou seja, a absolvição ou condenação, ocorre em outro momento.

Ipojuca No Grau

O deputado federal Pedro Campos (PSB) criticou a governadora Raquel Lyra pelo aumento da alíquota do ICMS em Pernambuco e cobrou ajustes fiscais para reduzir o impacto nos preços dos alimentos. Segundo o parlamentar, a elevação da taxa de 18% para 20,5% colocou o estado entre os que mais cobram impostos no país. “Raquel Lyra colocou Pernambuco no pódio dos estados que mais cobram impostos no Brasil. Por isso, fazemos um apelo para que a governadora atenda ao pedido do presidente Lula e reduza a carga tributária para ajudar o povo brasileiro”, declarou.

A cobrança do parlamentar ocorre após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçar o pedido do governo federal para que os estados revisem as alíquotas do ICMS sobre alimentos. Como parte das medidas para conter a alta nos preços, o Planalto anunciou, na semana passada, um pacote que inclui imposto zero para importação de itens da cesta básica, ampliação dos estoques reguladores da Conab e estímulo à produção por meio do Novo Plano Safra.

Pedro Campos também lembrou que, em gestões anteriores, Pernambuco havia adotado políticas de isenção para produtos essenciais, como carnes e ovos, além de reduzir a tributação de itens como feijão e fubá para 2,5%. “Cobramos do governo federal medidas efetivas, e agora vamos cobrar do governo estadual para que aja com razoabilidade e contribua para a redução dos preços dos alimentos em Pernambuco”, afirmou o deputado.

Caruaru - IPTU 2025

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

O senador Humberto Costa (PT) afirmou, nesta quinta-feira (13), que a decisão do PT sobre o apoio às candidaturas de Raquel Lyra (PSD) ou João Campos (PSB) ao Governo de Pernambuco, em 2026, é uma discussão que ficará mais para a frente, porque a prioridade do partido é a reeleição do presidente Lula (PT).

Humberto Costa reuniu a imprensa na sede da sigla no Recife, hoje, para uma conversa após assumir, por aclamação, a presidência nacional do PT.

Sobre Raquel e João, ele comentou: “É uma discussão e uma avaliação para um pouco mais à frente, porque esta é uma eleição (a de 2026) fundamentalmente nacional. A nossa principal meta é a reeleição do presidente Lula. Para que essa reeleição aconteça, nós vamos ter que fazer uma ampla frente nacional envolvendo a centro-esquerda, partidos de centro e talvez até de centro-direita. E a gente sabe que o processo para a construção de uma aliança nacional passa por discussões que envolvem os Estados e por negociações”.

O senador acrescentou: “O tratamento que os Estados vão ter terá que ser harmonizado com a posição nacional. Hoje, com perspectivas de estarem conosco, temos o PSB, o PCdoB, o PV, a Rede e o PDT. Tudo indica que o PSOL e o MDB deverão compor também a chapa em apoio ao presidente Lula. Existe a possibilidade de o PSD e até o União Brasil, que são partidos que fazem parte do governo hoje, se unirem a nós”.

Ainda segundo Costa, qualquer Estado no Brasil terá interesses e demandas para as eleições de 2026. “Eu diria que a discussão aqui vai ocorrer no tempo, no momento em que essa discussão começar a se dar em termos nacionais”, reforçou Humberto Costa.

Teresa Leitão

A senadora Teresa Leitão (PT) também esteve na coletiva de imprensa e lembrou: “Em 2022, Lula teve três palanques em Pernambuco”. Ela se referiu às candidaturas de Marília Arraes (SD), Danilo Cabral (ex-PSB) e João Arnaldo (PSOL). Todos eles abriram os palanques para Lula na disputa estadual.

A governadora Raquel Lyra, que venceu a disputa, no entanto, não apoiou nem Lula e nem Bolsonaro (PL) e reforçava que, para ela, não fazia diferença, embora todo o meio político tivesse noção do tratamento que Pernambuco receberia caso um ou outro ganhasse as eleições nacionais.

Camaragibe Cidade do Trabalho

Os ministros Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Renan Filho (Transportes) anunciaram, nesta quarta-feira (13), em Brasília, que a licitação para a retomada das obras da Transnordestina será realizada no início do segundo semestre de 2025, após conclusão do projeto executivo. A intervenção, que visa conectar o estado de Pernambuco ao restante do Brasil, é considerada um projeto estratégico para o escoamento da produção nordestina e a integração regional. O Governo Bolsonaro havia tirado Pernambuco do percurso da ferrovia; prejudicando o estado.

A Transnordestina, com cerca de 1.753 km de extensão, se propõe a interligar o Porto de Suape, em Pernambuco, ao estado do Piauí, passando por diversos municípios e promovendo o acesso a mercados nacionais e internacionais. Com essa ferrovia, o Governo Federal vai aumentar a competitividade dos produtos nordestinos, especialmente aqueles oriundos da agricultura e da pecuária, além de reduzir os custos logísticos e o tempo de transporte.

Os ministros destacaram que a retomada da obra trará benefícios diretos à população local, como a geração de empregos durante a construção e a operação da ferrovia, além de impulsionar o desenvolvimento de cadeias produtivas na região. “O ministro Renan tem, ao lado do presidente Lula, ajudado muito Pernambuco destravando obras no nosso estado, como a Transnordestina, a duplicação da 423; o planejamento e investimento na 232. Obras que serão fundamentais para o desenvolvimento de Pernambuco. Estamos comprometidos em transformar a realidade do Nordeste; e a Transnordestina é um projeto fundamental para alcançar esse objetivo. A licitação que anunciaremos representa um marco para o futuro econômico da nossa região”, afirmou Silvio Costa Filho.

Renan Filho complementou dizendo que a obra também facilitará a integração entre os estados nordestinos, promovendo um desenvolvimento mais coeso e sustentável. “O ministro Silvio é um dos grandes quadros em ascensão na política nacional; representando muito bem o povo de Pernambuco! O Governo Bolsonaro tinha retirado o trecho de Pernambuco da Transnordestina. E o presidente Lula entendeu que não há alternativa para o desenvolvimento do Nordeste excluindo Pernambucano do centro da estratégia. Por isso, nós retomamos o trecho e vamos executar como obra pública. Com a Transnordestina, criaremos condições para que o Nordeste se torne ainda mais forte e competitivo no cenário nacional e internacional”, ressaltou.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

A governadora Raquel Lyra transmitiu o cargo para a vice-governadora Priscila Krause nesta quinta-feira (13), em cerimônia realizada no Palácio do Campo das Princesas. Krause ficará à frente do Governo de Pernambuco até o dia 30 de março, período em que Raquel Lyra estará de recesso, acompanhada dos filhos.

Toritama - Prefeitura que faz

O presidente da Câmara Municipal de Garanhuns, vereador Jonhy Albino, será homenageado pelo segundo ano seguido com o Troféu Top Ouro, uma das premiações mais prestigiadas do Nordeste, idealizada pelo empresário Wellington Wagner. O reconhecimento será entregue no dia 15 de março, em cerimônia no Recife.

Ao agradecer a homenagem, o parlamentar ressaltou a importância da parceria com a população. “É uma honra receber esse prêmio, que reflete o nosso compromisso diário com a cidade. Agradeço a todos que confiam no nosso trabalho e nos motivam a seguir em frente”, afirmou.

Palmares - Outlet

O prédio de uma lanchonete localizada no Centro de Sobral, a 233 km de Fortaleza, desabou no início da tarde desta quinta-feira, 13. Corpo de Bombeiros foi acionado para o local, que tinha o nome de “Puro Sabor”.O Corpo Bombeiros Militar informou que a ocorrência de desabamento aconteceu na manhã desta quinta-feira, 13, na rua Joaquim Ribeiro, no Centro de Sobral. As equipes de emergência foram para o local e os funcionários que estavam no imóvel que estavam no momento do incidente conseguiram sair. As informações são do Jornal O Povo.

A “Puro Sabor Salgaderia” informou, por meio de nota, que não há pessoas feridas de forma grave. “Nossa prioridade sempre foi a segurança e o bem-estar dos nossos clientes e colaboradores. Estamos colaborando com as autoridades competentes para apurar as causas do ocorrido”, descreve a nota.

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

O senador Humberto Costa (PT) anunciou que o presidente Lula (PT) virá a Pernambuco até o final do primeiro semestre deste ano.

A visita faz parte do movimento de Lula de caminhar pelo Brasil para recuperar popularidade. Uma vinda do presidente estava prevista para a semana que vem, mas acabou sendo cancelada.

Humberto Costa conversa com a imprensa pernambucana, neste momento, na sede estadual do PT, em Santo Amaro, na Zona Norte do Recife.

A entrevista coletiva é a primeira de Humberto com os veículos locais desde que ele foi eleito, por aclamação, presidente nacional da sigla.