Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog
Desde abril passado, o Fórum dos Servidores do Estado de Pernambuco, entidade classista coordenada pela CUT e composta pelos Sindicatos dos Servidores do Estado de Pernambuco, tenta negociar com o Governo a pauta da campanha salarial deste ano. A data-base da categoria é 1º de junho, mas até agora, mais de 60 dias após a entrega da pauta com pedido de reajuste salarial, o pleito segue sem ser atendido.
“No dia 13 de abril, entregamos diretamente à secretária de Administração, Ana Maraiza, a pauta de reivindicação de todos os servidores do Estado. Ela contempla, entre outros pedidos, um reajuste de 7,2%. Porém, no último dia 20, data que deveríamos ter algum posicionamento, o que ouvimos foi um sonoro silêncio do Governo”, relata o vice-presidente da seção sindical dos docentes da Universidade de Pernambuco (Adupe), Luiz Oscar.
Leia maisDe acordo com Luiz Oscar, em agosto, está marcada uma nova rodada de negociação da mesa geral, que compreende a pauta geral com o pleito geral de todo o funcionalismo público. “Caso o reajuste seja aprovado nessa mesa geral, vamos exigir o reajuste retroativo a junho, nossa data-base”, complementa.
Pela legislação estadual, as negociações salariais entre o funcionalismo público de Pernambuco acontecem de forma coletiva e específica. Na coletiva, conhecida como mesa geral, são tratadas as reivindicações em comum. Ou seja, além do reajuste salarial, temas como revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, restruturação do Sassepe e concursos público.
Já nas específicas, são as demandas inerentes a cada entidade. No caso da UPE, por exemplo, cuja mesa específica está marcada para a próxima quarta-feira (5), estão a criação da função do professor titular de carreira e revisão dos critérios de progressão de professor adjunto para associado da UPE.
“Para ganhar tempo, o Governo afirma que não vai negociar nada especificamente, mas que vai negociar na mesa geral. Quando chega na mesa geral, diz que vai negociar diretamente com a mesa específica. Notamos que o que a governadora está engabelando a gente”, desabafa o representante dos docentes da Universidade de Pernambuco.
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