O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou, hoje, os ministros a mostrarem à população os resultados obtidos pelo governo nos três anos deste terceiro mandato do petista. O petista fez a cobrança durante a última reunião ministerial de 2025, na Residência Oficial da Granja do Torto, em Brasília.
Na conversa com os ministros, o presidente disse ter a impressão de que “o povo ainda não sabe o que aconteceu no país”. E lembrou que, em 2026, haverá disputa eleitoral. As informações são do portal G1.
Leia mais“O dado concreto é que o ano eleitoral vai ser o ano da verdade, para mostrar quem é quem neste país, quem faz o que neste país, o que aconteceu antes de nós e o que acontece quando chegamos ao governo. Qual foi a mudança que houve na economia, na educação, na saúde, no transporte, nas políticas de inclusão social, na igualdade racial, na mulher, nos indígenas”, disse Lula.
“É importante que a gente tenha noção que nós precisamos fazer com o que o povo saiba o que aconteceu neste país. Eu tenho a impressão que o povo ainda não sabe. Tenho a impressão de que nós ainda não conseguimos a narrativa correta para fazer com que o povo saiba fazer uma avaliação das coisas que aconteceram neste país”, completou o presidente.
Lula também disse que a polarização política no Brasil atrapalha a avaliação do governo em pesquisas de opinião, mas que avalia que conseguiu “terminar o ano em uma situação amplamente favorável”.
“Embora isso não apareça com a força que deveria aparecer nas pesquisas de opinião pública. Não aparece porque existe uma polarização no país, como se fosse Corinthians e Palmeiras, Grêmio e Internacional, Flamengo e Vasco, ou seja, você tem uma realidade em que ninguém muda de posição”, afirmou Lula.
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A sessão do Conselho Pleno do Tribunal de Justiça de Pernambuco, realizada na última segunda-feira, homologou, por aclamação, a Lista Tríplice destinada ao preenchimento da vaga da advocacia no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE/PE). O momento foi marcado por um dado histórico relevante: os três integrantes da Lista Tríplice são presidentes de Subseccionais da OAB e oriundos do interior do Estado, representando distintas regiões de Pernambuco – Sertão do Pajeú, Zona da Mata Norte e Agreste.
Compõem a Lista Tríplice a advogada Hérica de Kássia Nunes de Brito, presidente da OAB Subseccional de São José do Egito; a advogada Gelva Lúcia Barbosa de Araújo, presidente da OAB Subseccional de Carpina; e o advogado Washington Luís Macêdo de Amorim, presidente da OAB Subseccional de Vitória de Santo Antão, que concorre à recondução.
O registro do momento contou ainda com a presença do ex-presidente da OAB Pernambuco, Jorge Neves, liderança histórica da advocacia pernambucana, cuja trajetória institucional se confunde com a própria história da OAB no Estado, marcada por compromisso contínuo com o fortalecimento da classe e do sistema de Justiça.
Começaram a ser apresentadas e intensificadas, tanto na esfera governamental como em entidades representativas de vários segmentos, as ações de adaptação de trabalhos ao Plano de Ação de Saúde de Belém, elaborado e aprovado durante a COP 30 para ser utilizado pelos países como forma de, por meio de iniciativas diversas, prevenir e combater doenças provocadas pelas mudanças climáticas do planeta.
As ações já fazem parte tanto de projetos do Ministério da Saúde e de organizações diversas como também têm sido objeto de reuniões da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA) – entidade que desde antes da conferência, divulgou documento se comprometendo a acolher as medidas recomendadas.
Leia maisEdifícios e equipamentos saudáveis
Recentemente, o Ministério da Saúde deu a partida ao anunciar investimento de R$ 9,8 bilhões em ações de adaptação no Sistema Único de Saúde (SUS) ao plano, incluindo a construção de novas unidades de saúde e a aquisição de equipamentos resilientes às mudanças climáticas.
Já a ABRAVA, tem destacado e ampliado esse entendimento sobre a necessidade de transformações de edifícios residenciais, corporativos e, sobretudo, de hospitais e unidades diversas de saúde, em ambientes saudáveis – com aplicação de técnicas que associem climatização, eficiência energética, que melhorem a qualidade do ar interno (QAI) e impeçam a proliferação de doenças.
Não à toa, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou, durante a Climate Week de Nova York, a Global Commission on Healthy Indoor Air – iniciativa, liderada pelo International Well Building Institute (IWBI) e que conta com a participação técnica e institucional da ABRAVA.
Adaptações de hospitais e UBSs
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou durante entrevista recente a crise climática como um problema de saúde pública e destacou que, em todo mundo, um em cada 12 hospitais paralisa suas atividades por causa de eventos climáticos extremos.
O Ministério da Saúde lançou, em função desta estatística, uma publicação intitulada ‘Guia Nacional de Unidades de Saúde Resilientes’, que orienta sobre a construção e a adaptação de unidades básicas de saúde (UBS), unidades de pronto atendimento (UPA) e hospitais, de forma que as estruturas possam resistir a eventos climáticos.
O documento, segundo a pasta, passa a integrar projetos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Saúde), com diretrizes sobre estruturas reforçadas, autonomia de energia e água, inteligência predial e padrões de segurança.
Também foi instalado um grupo técnico responsável por detalhar as diretrizes de resiliência, formados por especialistas do próprio ministério, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Organização Panamericana da Saúde (Opas) e de conselhos de saúde.
Qualidade do ar interno
A expectativa dos representantes da ABRAVA é que os protocolos de QAI sejam incorporados às diretrizes de resiliência e ajudem a mitigar o problema e melhorar a qualidade do ar interno nos ambientes. Jarbas Barbosa, diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), trouxe dados alarmantes durante a COP30: o calor aumentou 20% desde os anos 1990 e 550 mil pessoas morrem por ano por conta do calor extremo.
As principais implicações das mudanças climáticas e da poluição atmosférica sobre a saúde humana, tanto em nível global como no Brasil, têm sido objeto de atenção perante as instituições mundiais.
Redução de GEEs e eficiência energética
Para Inger Andersen, Diretora Executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e Subsecretária geral da ONU, o acesso ao resfriamento deve ser tratado como uma infraestrutura essencial, assim como água, energia e saneamento, porque o resfriamento salva vidas e mantém economias, escolas e hospitais funcionando.
O relatório Global Cooling Watch 2025 do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), lançado na COP30, alertou que a demanda global por ar-condicionado pode triplicar até 2050 devido a três fatores: ondas de calor extremo, crescimento populacional e aumento da riqueza global. E este crescimento precisa ser acompanhado.
Para Adalberto Maluf, Secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Mutirão contra o Calor Extremo vem ajudar e apoiar os prefeitos a compreender, com bons dados e com base na ciência, o que precisam fazer, quais são as medidas e as soluções, o que precisam realizar e como obter financiamento para implementar essas soluções.
E mais uma vez o setor se organiza, por meio da ABRAVA, para garantir que tenhamos no Brasil as soluções adaptadas a nosso clima e nossos padrões. Para Thiago Pietrobon, Diretor de Meio Ambiente da ABRAVA, “garantir acessibilidade ao resfriamento, começa por garantir que equipamentos de baixo impacto e baixo consumo de energia estejam acessíveis. O aumento da eficiência de novos equipamentos em 50% até 2030 é uma meta pública do setor”.
Escolas climatizadas
Cerca de 20 milhões de pessoas, entre estudantes, professores e trabalhadores da educação, estão em salas de aula de escolas sem climatização, tendo que suportar cada vez mais altas ondas calor, consequência das mudanças climáticas, apontou a ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima (MMA), Marina Silva.
O Ministério da Educação (MEC) já se manifestou sobre a questão da climatização das escolas em relação às mudanças climáticas e apresentou dados e anunciou a construção de uma política nacional para tornar as escolas mais resilientes às ondas de calor e outros impactos climáticos, antes mesmo da COP30. Esta é mais uma área em debate entre os Departamentos Nacionais da ABRAVA.
“Assim como aprendemos a cuidar da água que bebemos e dos alimentos que consumimos, precisamos cuidar também da climatização e do ar que respiramos em ambientes internos. Afinal, já sabemos que o tema é urgente para a saúde pública e para a qualidade de vida das pessoas”, reiterou o engenheiro Leonardo Cozac, presidente da Abrava. Ele também é CEO da Conforlab e comissário da Global Commission on Healthy Indoor Air, iniciativa liderada pelo International WELL Building Institute (IWBI).
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O deputado estadual Romero Albuquerque (União) se posicionou, fazendo críticas ao Governo de Pernambuco após a divulgação, no Diário Oficial, de uma licitação milionária para compra de açúcar. Segundo dados da transparência, houve um crescimento explosivo nos gastos com a compra de açúcar pela administração estadual nos últimos anos. Segundo o parlamentar, a despesa, que em 2023 foi de aproximadamente R$ 138 mil, saltou para mais de R$ 3 milhões em 2024.
Além disso, o Governo, através da publicação oficial, demonstrou que irá dobrar novamente esse valor, fazendo com que o gasto alcance quase R$ 6 milhões em 2025. “No acumulado, estamos falando de um crescimento que ultrapassa 4.000%. É um salto de quase 44 vezes em apenas dois anos. Isso não é força de expressão, é matemática”, afirmou o deputado estadual.
Leia maisPara o parlamentar, o aumento desproporcional exige explicações imediatas e detalhadas. “O que mudou nesse período? O número de servidores cresceu 4.000%? A quantidade de equipamentos públicos explodiu? Houve alguma demanda extraordinária que justifique esse gasto? Ou o que mudou foi apenas a forma de gastar o dinheiro público?”, questionou Romero.
Romero Albuquerque ressaltou também que gastos desnecessários poderiam ser transferidos para áreas essenciais como saúde e educação. “Enquanto o cidadão aperta o cinto em casa e o custo de vida aumenta, o Governo precisa explicar por que uma despesa que era residual virou milionária”, destacou.
O deputado estadual cobra, agora, explicações do Governo do Estado, para que venha a público apresentar dados completos sobre a compra, incluindo contratos, fornecedores, critérios técnicos e justificativas para o aumento expressivo. “O cidadão pernambucano merece respeito. Nosso papel é fiscalizar, e não vamos fechar os olhos para o uso indevido do dinheiro público, que sai do bolso do cidadão”, concluiu Romero.
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Por Inácio Feitosa*
O Brasil volta a recorrer a uma solução conhecida sempre que falha em enfrentar seus problemas estruturais: empurrar a conta para quem está na ponta. Desta vez, o destinatário é, mais uma vez, o professor da educação básica.
A Proposta de Emenda à Constituição nº 169, de 2019, autoriza a ampliação do acúmulo de cargos públicos por professores, permitindo que o magistério seja exercido simultaneamente com outro cargo público de qualquer natureza, desde que haja compatibilidade de horários e respeito ao teto constitucional.
Leia maisO que torna o debate ainda mais urgente é o estágio avançado de sua tramitação. A proposta já foi aprovada pelo Senado Federal em dois turnos e, por se tratar de emenda constitucional, não depende de sanção do Presidente da República. O texto segue para promulgação pelo Congresso Nacional, etapa final do processo legislativo, quando passa a integrar definitivamente a Constituição. Não se trata mais de hipótese ou discussão acadêmica, mas de uma mudança prestes a produzir efeitos concretos sobre as redes públicas de ensino.
À primeira vista, a proposta é apresentada como valorização, liberdade profissional e ampliação de oportunidades. À segunda leitura, revela-se aquilo que de fato é: um expediente constitucional para administrar a precariedade sem resolvê-la.
A autoria do projeto não é irrelevante. A proposta foi apresentada pelo deputado federal Capitão Alberto Neto, filiado ao Partido Liberal (PL), legenda historicamente identificada com a defesa do Estado mínimo, da contenção de gastos públicos e da responsabilização individual como resposta preferencial a problemas coletivos.
É justamente aí que emerge a contradição central.
A educação pública, a valorização do magistério, a defesa de carreira estruturada e de financiamento estatal robusto sempre foram bandeiras associadas à esquerda e ao campo progressista. No entanto, a resposta apresentada agora parte de uma lógica liberal clássica: se o Estado não consegue pagar melhor, que o trabalhador trabalhe mais.
O diagnóstico que fundamenta a proposta é correto. O professor brasileiro é mal remunerado, a carreira perdeu atratividade e faltam docentes na educação básica, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste e, de forma ainda mais grave, nos municípios pequenos e médios. O erro não está no diagnóstico. Está na solução adotada.
Em vez de enfrentar o problema estrutural — salário, carreira, concurso público, formação e financiamento — opta-se por rebatizar a precariedade como liberdade individual. Se o salário não basta, acumule cargos. Se a carreira não atrai, amplie a jornada. Se faltam professores, estique os que ainda resistem.
A malícia da proposta está exatamente aí: transformar o fracasso do Estado em escolha do professor.
Do ponto de vista administrativo, a medida é funcional. Reduz a pressão por concursos públicos, posterga a discussão sobre planos de carreira e permite que o sistema continue operando com o mínimo de investimento estrutural. A União preserva seu conforto normativo; Estados e Municípios seguem executando políticas sem financiamento suficiente; e o professor assume o papel de amortecedor humano das falhas institucionais.
Do ponto de vista pedagógico, o custo é alto e deliberadamente invisibilizado. A docência passa a ser tratada como atividade compatível com múltiplos vínculos simultâneos, como se ensinar fosse apenas cumprir presença física. Planejamento, correção, formação continuada, acompanhamento individual de alunos e desgaste emocional permanecem fora da equação constitucional. A regra olha apenas para o relógio. A compatibilidade humana, intelectual e pedagógica não entra no cálculo. E o cansaço, como se sabe, ainda não é categoria jurídica.
Nos municípios, especialmente no Nordeste, essa lógica encontra terreno fértil. Onde faltam recursos, concursos e políticas de fixação de profissionais, a solução é pragmática: usar mais intensamente quem ainda está disponível. A sobrecarga deixa de ser falha do sistema e passa a ser estratégia institucional legitimada.
Há ainda um efeito colateral silencioso, mas grave. Ao permitir o acúmulo amplo de cargos, a proposta reduz a urgência por concursos, esvazia planos de carreira e normaliza vínculos precários. Resolve-se a falta de professor sem formar professor. Ajusta-se a estatística sem melhorar a educação.
No plano jurídico, a redação aberta amplia a insegurança e alimenta a judicialização. A expressão “cargo de qualquer natureza” abre espaço para interpretações divergentes, atuação permanente dos Tribunais de Contas, do Ministério Público e dos órgãos de controle. O sistema jurídico se movimenta; a sala de aula permanece sobrecarregada.
Chama atenção, também, o silêncio constrangedor de setores da esquerda institucional. Historicamente vocais na defesa do magistério, sindicatos e partidos progressistas reagiram timidamente a uma proposta que normaliza a precarização sob o rótulo da flexibilidade. O contraste entre o discurso histórico e a reação presente revela o empobrecimento do debate educacional no país.
No fim, a contradição é explícita. Um tema social historicamente associado à agenda da esquerda — a educação pública — passa a ser tratado com instrumentos típicos da direita liberal. No lugar de direitos, oferece-se adaptação. No lugar de salário, acúmulo. No lugar de política pública, resistência individual.
A proposta não cria professores, não melhora a formação, não fixa profissionais no território e não fortalece a escola pública. Mas cumpre bem sua função política: permite que o Estado continue não valorizando o magistério sem deixar o sistema colapsar.
Não se trata apenas de uma emenda constitucional. Trata-se de uma escolha política clara sobre quem paga a conta quando o Estado falha.
E, mais uma vez, a conta foi enviada ao mesmo destinatário: o professor.
*Advogado, mestre em educação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), diretor e fundador do Instituto IGEDUC
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal tem, na pauta de hoje, o projeto que reduz as penas de condenados por atos golpistas e beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conhecido como PL da Dosimetria. Mas um impasse entre os senadores pode adiar a votação.
Até a noite de ontem, não havia acordo para votação do texto. A terceira maior bancada do Senado, a do MDB, formada por 11 senadores, decidiu se posicionar contra a versão do projeto aprovada pela Câmara dos Deputados. O líder da sigla, Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou que a votação ficará para 2026.
Leia maisNo domingo (14), manifestantes realizaram atos pelo país contra a anistia a envolvidos no 8 de Janeiro e o PL da Dosimetria. Houve manifestações em todas as capitais, de tamanhos diferentes.
Após este anúncio, o relator da proposta, Esperidião Amin (PP-SC), admitiu que, sem o apoio de bancadas como o MDB e o PSD, é “muito difícil” votar o texto. Ele disse que avisou ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre o impasse. O PSD é o segundo maior grupo no Senado, composto por 14 parlamentares, atrás somente do PL – que defende o projeto – com 15 senadores.
O presidente da CCJ é filiado ao PSD, o senador Otto Alencar (-PSD-BA). Ele criticou, mais de uma vez, a proposta e alertou que, do jeito que está, a matéria não passa na comissão.
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Exame para exercer a medicina no Brasil poderá ser instituído por projeto de lei
Por Larissa Rodrigues – repórter do blog
Deputado federal em primeiro mandato, médico e professor da Universidade Federal do Maranhão, Allan Garcês (PP-MA) defende que o Brasil passe a adotar uma prova para que profissionais da medicina possam requerer seu ingresso nos Conselhos Regionais da categoria, nos moldes de como o processo é feito na advocacia, com o exame da OAB.
O parlamentar foi o entrevistado de ontem (16) do podcast Direto de Brasília, comandado pelo titular deste blog, em parceria com a Folha de Pernambuco. Allan Garcês é coautor do Projeto de Lei (PL) 785/2024, que institui o Exame Nacional de Proficiência em Medicina como requisito obrigatório para o exercício da profissão no Brasil.
Leia maisDe acordo com o parlamentar, a proposta foi motivada pelo cenário atual do país. “Nos últimos anos, foram abertas inúmeras escolas médicas. Entre essas escolas, muitas sem as mínimas condições de oferecer um curso de formação médica, de capacitação para uma profissão extremamente importante, para cuidar da vida. Com isso, vieram os profissionais mal formados”, relatou.
A discussão existe no Conselho Federal de Medicina, que detectou as falhas. O projeto, que tem por objetivo instituir a prova obrigatória para ingresso na área da medicina, foi elaborado junto com o deputado Doutor Luizinho (PP-RJ). Segundo Garcês, atualmente há 436 escolas de medicina no Brasil, sendo que 64% pertencem a instituições privadas de ensino superior.
O exame para ingresso na área não teria como finalidade impedir a abertura de cursos, tampouco solicitar o fechamento das escolas, destacou o deputado, porque são prerrogativas do Ministério da Educação (MEC). Mas, para Garcês, o MEC não tem agido com rigor ao detectar instituições que estão formando mal os novos profissionais.
“O conselho não vai propor fechamento de curso com as notas dos médicos que não conseguirem passar no exame. Isso é prerrogativa do MEC, que tem um raio-x das universidades, das escolas privadas que estão deficientes, mas não toma posição”, avaliou o deputado.
Porteira aberta – Segundo Allan Garcês, hoje não existe restrição de abertura das escolas, pelo contrário: “Abriram a porteira, e foi exatamente nessa abertura desenfreada onde as escolas médicas estão sem cumprir as mínimas condições, como hospital-escola, laboratório, centro cirúrgico e leitos”, afirmou Garcês. O parlamentar ainda lembrou que o MEC tem três ferramentas de avaliação, sendo uma delas criada após a tramitação do projeto. “Agora veio o Enamed, que avalia o aluno e o curso também, e que foi criado depois que o nosso projeto de lei começou a tramitar na Câmara Federal. É como se o governo estivesse tomando alguma atitude para descredibilizar essa ferramenta que propomos, que é do Conselho Federal de Medicina e que avalia o aluno”.

Metrô do Recife – O presidente Lula (PT) anunciou, ontem (16), investimentos de R$ 4 bilhões no Metrô do Recife. Divulgou a boa nova ao lado da governadora Raquel Lyra (PSD), do prefeito do Recife, João Campos (PSB), além do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (RP) e da bancada federal pernambucana. O anúncio também contou com a presença do ministro Jader Filho (Cidades) e prevê a estadualização e a concessão dos serviços como eixo central da recuperação do metrô. Do jeito que Lula fez o anúncio, com todo mundo junto, deixou bem amarradinho que a obra é do Governo Federal e impediu que Raquel Lyra tentasse angariar os créditos sozinha ou acabasse recusando os recursos, como fez com a reforma do Aeroporto de Caruaru, só para não dividir os louros.
Enfim a paz – O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), fez questão de registrar, ao final da reunião plenária de ontem (16), que a Alepe aprovou todos os projetos enviados pelo Governo do Estado à Casa, em 2025. Segundo ele, a Assembleia “deu uma demonstração de harmonia, maturidade e compromisso com o povo pernambucano”.
Presidente nas redes – Álvaro Porto não falou com a imprensa após a votação, mas registrou o trabalho legislativo nas redes sociais. “Aqui, cumprimos nosso papel constitucional de forma independente e com muito zelo! Discutimos com altivez as matérias nas comissões e em plenário; apresentamos emendas; criamos convergências entre o Legislativo e o Executivo. E votamos; a maioria decide. Foi para isso que fomos eleitos”, destacou, acrescentando: “Os deputados governistas e os oposicionistas têm a coerência de deixar as divergências políticas de lado para trabalhar pelos conterrâneos”.

Palavra da líder – Líder da bancada do Governo na Casa, a deputada Socorro Pimentel (UB) ressaltou a importância da construção de diálogo entre os poderes Executivo e Legislativo. “Estou nessa liderança para construir o diálogo, para que a gente possa colocar em primeiro lugar o povo pernambucano. E é isso que a gente vem fazendo aqui”, ressaltou. A parlamentar enfatizou que a governadora Raquel Lyra (PSD) vem fazendo entregas importantes. “Quando houve o anúncio do Arco Metropolitano, é algo que fala muito do que a governadora vem fazendo em todas as regiões do nosso Estado. Eu venho de uma região no Sertão com muitas entregas, e isso me faz ter mais motivação para estar aqui defendendo e fazendo essa articulação com a oposição, com o presidente da Casa, para que a gente não possa criar barreira entre o Executivo e o Legislativo”, declarou.
CURTAS
Reações ao tarifaço – Pesquisa Genial/Quaest divulgada ontem (16) mostra que 54% da população acham que o presidente Lula e o PT se saíram melhor no embate do tarifaço, e 24% acham que foi Bolsonaro (PL) e aliados. As informações são do g1. Na última pesquisa, em setembro, 49% achavam que Lula e PT tinham se saído melhor, e 27% achavam que tinha sido Bolsonaro e aliados.
Flávio Bolsonaro em baixa – A Pesquisa Genial/Quaest também mostrou que 54% dos entrevistados afirmam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) errou ao indicar o filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), como candidato à Presidência, em 2026. Outros 36% dizem que Bolsonaro acertou, e 10% não souberam ou não responderam.
Por falar em Lula e Flávio – O levantamento ainda divulgou que Lula derrotaria Flávio Bolsonaro e os governadores do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (RP), nos dois turnos da eleição presidencial de 2026. Foram ouvidas 2.004 pessoas entre os dias 11 e 14 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Perguntar não ofende: A paz entre a Alepe e o Governo de Pernambuco vai sobreviver a 2026?
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Os governos federal, estadual e municipal decidiram, após reunião nesta terça-feira (16), iniciar o processo de extinção do contrato com a Enel, concessionária fornecedora de energia elétrica da capital e de cidades da Grande São Paulo. As informações são do g1.
“Não há outra alternativa senão a medida mais grave que existe, que é a decretação de caducidade. Nós estamos mandando elementos para o Ministério de Minas e Energia. Vamos mandar isso também para a agência reguladora”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em entrevista após o encontro.
Considerada uma medida extrema, a caducidade (ou extinção do contrato) pode ocorrer quando confirmado que a concessionária descumpre obrigações contratuais e não tem condições de manter a prestação de serviços à população.
Leia mais“Vamos instar a agência, a gente está falando de uma união importante, que é do governo federal, estadual e Prefeitura de São Paulo, na mesma página, para que o processo de caducidade seja instaurado”, completou.
Alexandre Silveira, ministro de Estado de Minas e Energia, disse que a Enel perdeu as condições de estar à frente do serviço de concessão de energia elétrica na capital e na Grande São Paulo. Ele destacou que a visita ao governador foi uma determinação do presidente Lula (PT).
“Estamos completamente unidos — governos federal, estadual e do município — para que a gente inicie um processo rigoroso, regulatório. Esperamos que a Aneel possa dar resposta o mais rápido possível ao povo de São Paulo, implementando e iniciando o processo de caducidade que vai resultar, com certeza, na melhoria da qualidade do serviço de distribuição, que o mais sensível do setor elétrico”, destacou o ministro.
O g1 entrou em contato com a concessionária e aguarda posicionamento a respeito da reunião.
O Procon Paulistano, da Prefeitura de São Paulo, aplicou uma multa de R$ 14,2 milhões à concessionária Enel “por falhas graves e estruturais na prestação do serviço, especialmente as ocorridas entre os dias 8 e 10 de dezembro”.
O apagão na Grande São Paulo aconteceu após um vendaval histórico que provocou quedas de árvores, cancelamentos de voos e desligamento de semáforos por toda São Paulo. No auge, na quarta-feira (10), mais de 2,2 milhões de clientes ficaram no escuro. Segundo boletim da Enel das 18h54 desta terça (16), havia 79 mil imóveis sem luz na região metropolitana.
“A empresa já havia sido notificada anteriormente sobre as falhas detectadas, mas não adequou sua conduta para atender à exigência de manutenção do serviço de forma contínua, adequada, eficiente e segura”, apontou o Procon.
Acrescentou ainda que “a autuação é resultado da análise de reclamações registradas por consumidores e da apuração técnica realizada pelo órgão de defesa do consumidor, que constatou o descumprimento de normas previstas no Código de Defesa do Consumidor”.
Entre os problemas encontrados, estão: falhas no atendimento, interrupções no fornecimento e ausência de informações adequadas aos usuários. O Procon Paulistano destacou que a Enel “deixou de assegurar a continuidade e a eficiência do serviço essencial, além de não atender plenamente às demandas dos consumidores afetados, o que caracteriza infração à legislação vigente”.
Agora, a concessionária será notificada e terá 20 dias para apresentar defesa administrativa.
O que diz a Enel sobre a multa
Em nota, a Enel disse:
“A Enel Distribuição São Paulo reitera que, nos dias 10 e 11, a companhia enfrentou um ciclone extratropical com o vendaval mais prolongado já registrado na região. As rajadas sucessivas de vento perduraram por até 12 horas e atingiram um pico de 82,8 km/h no Mirante de Santana. Radares do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) chegaram a registrar 98,1 km/h na Lapa.
As condições climáticas causaram impactos severos na rede elétrica, atingida por quedas de galhos, árvores e outros objetos arremessados pela força contínua dos ventos. Desde a manhã de quarta-feira (10), a Enel mobilizou um número recorde de equipes em campo, chegando a quase 1.800 times ao longo dos dias.
No domingo à noite, a operação da distribuidora voltou ao padrão de normalidade, com o restabelecimento do serviço para os clientes afetados pelo ciclone nos dias 10 e 11. No momento, equipes atuam para atender casos registrados nos dias seguintes ao evento climático”.
R$ 374 milhões em multas da Aneel
A Enel SP já recebeu R$ 374 milhões em multas aplicadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) desde 2020 por conta da má prestação de serviços na área de concessão da Grande São Paulo, mas ainda não pagou mais de 92% desse valor, segundo levantamento da própria agência.
Envolta em mais uma crise que deixou os paulistas cinco dias sem luz, a empresa judicializou ou ainda não pagou mais de R$ 345,4 milhões em multas devidas à agência.
Esse total de multas ainda não inclui o apagão dessa semana, que, no pico, chegou a deixar mais de 2,2 milhões de endereços sem energia. A Aneel já pediu explicações para a companhia. (Veja mais abaixo)
A Enel é a empresa responsável pela distribuição de energia elétrica na capital e Grande São Paulo. Já a Aneel é o órgão federal responsável por regular, fiscalizar e supervisionar o setor de energia elétrica no Brasil. Em São Paulo, a fiscalização da Aneel é feita pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), que tem termo de cooperação assinado com a Aneel para tanto e representa a agência nacional em território paulista.
A reportagem também procurou a Enel para comentar as multas aplicadas pela Aneel e ainda não pagas, mas ainda não recebeu retorno.
Além disso, na noite de sexta (12), a Justiça comum de São Paulo determinou que a Enel restabelecesse imediatamente o fornecimento de energia. A decisão previu uma multa de R$ 200 mil por hora em caso de descumprimento.
A Enel foi notificada no sábado (13), às 15h, sobre a decisão e tinha o prazo de 12 horas para cumprir a sentença, sob multa de R$ 200 mil por hora. Entretanto, a energia foi considerada normalizada apenas na noite de domingo (14).
O g1 procurou o Ministério Público de São Paulo, autor da ação, para saber quando vai ser cobrado de multa em razão desse atraso, mas ainda não recebeu retorno.
Desde 2020, foram cinco multas aplicadas pela Aneel na Enel SP. Duas delas foram pagas e somam cerca de R$ 29 milhões. As demais ainda estão pendentes no sistema da agência.
A última multa aplicada foi em outubro do ano passado e foi no valor de R$ 83,7 milhões. A infração está em fase de recursos dentro da própria agência, já que foi lavrada só no mês de outubro de 2025.
A infração mais pesada foi em 2023, quando a Aneel aplicou 165,8 milhões em multas conta a concessionária, mas a empresa contestou a infração na Justiça e ainda não fez o pagamento. No total, a Enel SP já judicializou R$ 261,6 milhões em multas aplicadas.
Em todo o país, nos três estados onde a Enel atua (SP, RJ e CE) a Aneel já aplicou R$ 626,2 milhões em multas à concessionária.
Multas aplicadas à Enel SP
O cantor e compositor Delmiro Barros, conhecido como o “Embaixador do Forró”, anunciou a gravação de um DVD no próximo dia 14 de janeiro, em Santa Terezinha, no Sertão. A apresentação será aberta ao público e marcará mais um capítulo da trajetória do artista, que soma mais de 30 anos de carreira.
Natural de São José do Egito, Delmiro Barros é reconhecido como uma das referências do forró e da música de vaquejada no Nordeste. Seu repertório é marcado por letras que retratam o cotidiano sertanejo e as vivências do vaqueiro, elementos que consolidaram seu nome no cenário regional.
A gravação do DVD contará com a participação de importantes artistas do forró e da música nordestina, entre eles Sirano & Sirino, Flávio José, Toca do Vale, Assun Preto, Iguinho & Lulinha, Tarcísio do Acordeon, Ton Oliveira, Flávio Leandro, Buscapé, Seu Marquinhos, Siramin e Lostiba.
Segundo o cantor, o projeto reserva surpresas para o público. Informações adicionais sobre a programação, horários e estrutura do evento devem ser divulgadas em breve.
O STF (Supremo Tribunal Federal) encerrou nesta terça-feira (16) o julgamento das ações sobre a tentativa de golpe de Estado, com a análise do último núcleo investigado.
Ao todo, foram julgados 31 réus em quatro núcleos. Desses, 29 foram condenados, incluindo integrantes do alto escalão do governo de Jair Bolsonaro (PL), aliados e militares. As informações são da CNN.
Leia maisDentre os condenados, 25 responderão pelos cinco crimes imputados pela PGR (Procuradoria-Geral da República): organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Outros dois foram condenados apenas por alguns desses crimes, e houve duas desclassificações para delitos mais leves (incitação ao crime e associação criminosa), com possibilidade de acordo para evitar prisão.
Apenas dois réus foram totalmente absolvidos: o general Estevam Cals Theophilo, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército, e o delegado Fernando Sousa de Oliveira, ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça.
Na fase de instrução penal das ações (produção de provas) foram ouvidas 154 testemunhas, realizados os interrogatórios de todos os réus e apresentadas sustentações orais por todas as defesas.
Os advogados questionaram principalmente a imparcialidade do ministro Alexandre de Moraes, a competência do Supremo para julgar pessoas sem foro privilegiado e a validade da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, apontando contradições e descumprimentos do acordo.
O processo, porém, seguiu. A delação foi validada e utilizada como prova. Apesar de condenado por todos os crimes, Cid recebeu pena de dois anos de prisão em regime aberto. Ele não perderá a patente militar e deverá estar livre em até um ano e meio.
No núcleo de Bolsonaro (1) e da desinformação eleitoral (4) houve a voz dissonante do ministro Luiz Fux, que surpreendeu votando pela absolvição de quase todos os réus, incluindo o ex-presidente. O ministro, porém, decidiu deixar a Primeira Turma em outubro, fazendo com que os outros dois núcleos tivessem resultados unânimes.
Penas
As penas definidas pela Corte para os outros réus variam de 1 ano e 11 meses a 27 anos e 3 meses de prisão. A maior pena foi aplicada a Jair Bolsonaro, considerado pelo STF o líder da organização criminosa.
Durante o processo, o ex-presidente chegou a confessar que discutiu a implementação de medidas de exceção, como a GLO (Garantia da Lei e da Ordem), após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) rejeitar uma contestação do PL (Partido Liberal) sobre as eleições do primeiro turno. Bolsonaro admitiu ainda que lhe foi apresentada uma minuta com “considerandos” que previa essas medidas.
A segunda maior pena, de 26 anos e 6 meses, foi imposta ao general Mario Fernandes, autor confesso do plano para matar Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes.
O plano, documentado, impresso e entregue a Bolsonaro, previa o envenenamento dos alvos em dezembro de 2022 e o uso de um arsenal de guerra (com pistolas, fuzis, metralhadora e um lança-granadas) seguido da implementação de um gabinete de crise formado essencialmente por militares.
O núcleo do ex-presidente é o único com o processo já finalizado, sem possibilidade de novos recursos. Bolsonaro e outros seis aliados já estão presos e iniciaram o cumprimento das penas. Os demais núcleos ainda aguardam a publicação do acórdão para apresentar o primeiro recurso.
Esta foi a primeira vez na história do país que um ex-presidente e militares foram condenados criminalmente por tentativa de golpe. Além da prisão, os condenados perderam cargos públicos, poderão perder posto e patente militares, ficarão inelegíveis e deverão pagar multa por danos morais coletivos.
Repercussão
O caso teve repercussão internacional. Em julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu Bolsonaro e seus aliados e impôs sanções ao ministro Alexandre de Moraes.
A interferência americana atingiu outros ministros, familiares e auxiliares do relator. O gabinete de Moraes perdeu funcionários, e as sanções pesaram inclusive para a aposentadoria antecipada do ex-presidente do Supremo Luís Roberto Barroso.
As sanções foram retiradas na última semana, após articulação entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente e principal articulador das sanções, tornou-se réu por coação no curso do processo e deverá responder judicialmente no próximo ano. Ele está nos Estados Unidos.
Na sessão desta terça-feira, que encerrou não apenas o julgamento do plano de golpe, mas também as atividades da Primeira Turma neste ano, Moraes fez um discurso em defesa do processo.
O magistrado disse que a fixação das penas para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro e no plano de golpe deve deixar claro que o Brasil não tolera investidas contra a democracia e as instituições.
A declaração foi feita após a Câmara dos Deputados aprovar o PL da Dosimetria, que reduz penas dos condenados por atos antidemocráticos e pode beneficiar Jair Bolsonaro. O texto está sob análise do Senado.
O ministro havia prometido, em agosto, julgar todos os núcleos do plano de golpe ainda neste ano. O objetivo, segundo apurou a CNN Brasil, foi impedir que um tema de forte polarização se estendesse para o ano eleitoral. Para isso, a pauta das sessões presenciais da Primeira Turma ficou concentrada exclusivamente nas ações sobre o caso.
No próximo ano, com o encerramento dessas ações, a Primeira Turma deve se dedicar ao julgamento dos mandantes do assassinato de Marielle Franco, casos de desvio de emendas parlamentares e o processo de Eduardo Bolsonaro.
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O presidente da Compesa, Douglas Nóbrega, esteve nesta terça-feira (16), no município de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, onde vistoriou obras hídricas em execução na cidade. Acompanhado do vice-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe Flávio Pontes, e do prefeito de Toritama Sérgio Colin, o titular da Compesa acompanhou o início da fase dos testes da Adutora do Agreste, em Santa Cruz do Capibaribe, que transportará água da adutora do Alto do Capibaribe, para a cidade de Toritama.
O município é um dos atendidos pelo Sistema Jucazinho, cuja barragem, em Surubim, está em situação de pré-colapso. Outras quatro cidades do Tramo Norte (Frei Miguelinho, Santa Maria do Cambucá, Vertentes e Vertente do Lério) serão atendidas posteriormente, à medida que os testes prosseguirem, também pela Adutora do Alto Capibaribe e pela Adutora do Agreste.
Leia maisO presidente vistoriou ainda o andamento da obra da nova estação de tratamento de água, que está sendo instalada no bairro, Bela Vista, em Santa Cruz. A nova unidade é uma das mais modernas tecnologias em tratamento de água, em fibra de vidro, com capacidade para tratar 200 litros de água por segundo. As obras estão na reta final e o investimento é de R$ 15 milhões.
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“A nossa expectativa, em atendimento à solicitação da governadora Raquel Lyra, é entregar a nova ETA em março de 2026, beneficiando a população de Santa Cruz do Capibaribe e também de Toritama e Taquaritinga do Norte”, afirmou Douglas Nóbrega. O presidente da estatal adiantou que a iniciativa irá permitir uma melhoria significativa no abastecimento de água dessas três cidades, um benefício para mais de 85 mil pessoas, que atualmente enfrentam rodízios severos na distribuição de água.
Médico especializado em Ortopedia e Traumatologia, o deputado federal Allan Garcês (PP-MA) é autor de um projeto de lei que pretende instituir um exame para avaliar a formação dos profissionais, a exemplo do que faz a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Com três décadas de atuação, ele exerce seu primeiro mandato como parlamentar, tendo a saúde como principal bandeira. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, ele desmente a ideia de que o número de médicos no Brasil é insuficiente, uma das principais queixas da sociedade em pesquisas de opinião.
“O número de médicos não é insuficiente. Nós estamos numa média acima do que é preconizada hoje pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nós temos médicos suficientes. O que existe no Brasil é uma má distribuição desses médicos. Tem muitos médicos concentrados em um determinado local e poucos concentrados em outros locais. Na região Norte do país, existe uma concentração menor. Já nas regiões Sudeste e Sul, existe uma concentração maior da classe médica. Então o que tem que ter aí também é uma forma de melhor distribuir esses médicos no território nacional”, afirmou Garcês.
Leia maisSegundo ele, um exame de proficiência médica se faz necessário por conta da formação dos profissionais, o que já foi identificado pelo Conselho Federal de Medicina. “Temos estudos, inclusive, de formação precária de escolas médicas. Só para ter uma ideia, no Brasil hoje temos 436 escolas médicas. A nossa população gira em torno de 220 milhões. A proporção de médicos está acima do que é preconizado pela OMS, que é de um médico para cada mil habitantes. Nós estamos com 2,8, quase três para cada mil pessoas. Então nós temos uma quantidade de médicos que dá para dar um suporte para o nosso Brasil. Mas, mesmo com isso, as escolas médicas continuam sendo abertas, já que, dessas 436 citadas, cerca de 64% são escolas médicas de universidades privadas, e muitas com avaliação 1 ou 2”, ressaltou o parlamentar.
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