Com informações da CNN e do Metrópoles
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (3) que os Estados Unidos querem acabar com o multilateralismo e voltar a negociar diretamente com cada país, o que, segundo ele, coloca os mais fracos em desvantagem. Lula ressaltou ainda que não esquece que os EUA “também já ajudaram a dar golpe” no Brasil.
Sobre a relação comercial do Brasil com os EUA e o mundo, Lula disse: “O Brasil, hoje, não é tão dependente como já foi nos Estados Unidos. O Brasil tem uma relação comercial muito ampla, no mundo inteiro. A gente está muito mais tranquilo do ponto de vista econômico. Mas, obviamente, que eu não vou deixar de compreender a importância da relação diplomática com os Estados Unidos, que já dura 200 anos.”
Leia mais“Agora ele extrapolou os limites, porque ele quer acabar com o multilateralismo. Ele quer a volta da negociação de país com país”, disse, referindo-se ao ex-presidente Donald Trump.
Lula comparou esse tipo de negociação à relação entre patrões e trabalhadores em uma fábrica. “Ou seja, um país pequeno negociar os EUA é como um trabalhador de uma fábrica, que tem 80 mil trabalhadores, negociar sozinho com o patrão. O acordo é leonino, não vai ganhar nada”, afirmou.
A fala ocorreu durante a cerimônia de posse do novo presidente do PT, Edinho Silva, e do diretório nacional do partido.
O presidente afirmou ainda que o Brasil hoje não é tão dependente dos EUA como já foi, e que mantém uma relação econômica ampla com outros países. Em declarações anteriores, Lula já havia dito que, se os EUA não quiserem comprar do Brasil, o país buscará quem queira.
O presidente disse também que o país precisa negociar com o Brasil em igualdade de condições e que o governo brasileiro não abrirá mão de seus interesses, como a criação de uma moeda alternativa ao dólar para negociações com outros países.
“Eu não vou abrir mão de construir uma moeda alternativa para negociar com outros países. Agora, nós queremos negociar igualdade de condições. […] Nós também temos que ser respeitados. Não somos uma republiqueta. Colocar um assunto político para nos taxar economicamente é inaceitável”, disse.
Leia menos
Da CNN Brasil
A poucos meses do início oficial da campanha presidencial de 2026, pesquisa do Instituto Datafolha divulgada neste domingo (3) mostra que o perdão ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a seus aliados condenados ou investigados por envolvimento em ações golpistas é amplamente reprovado pela população.
Segundo o levantamento, 61% dos eleitores não votariam em um candidato que se comprometesse a livrar o ex-presidente de punições. Apenas 19% afirmaram que certamente votariam em alguém com essa proposta, enquanto 14% disseram que talvez o fizessem. Outros 6% não souberam responder.
Leia maisA pesquisa foi divulgada em meio ao julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), da ação penal por suposta tentativa de golpe envolvendo Bolsonaro e outros sete réus. A pesquisa ouviu 2.004 pessoas nos dias 29 e 30 de julho e tem margem de erro de dois pontos percentuais.
Neste domingo, manifestantes de direita se reuniram em diversas cidades em atos contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a favor da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, entre outras pautas.
O ex-presidente Jair Bolsonaro não participou das manifestações, pois cumpre medidas cautelares em Brasília e está proibido de sair de casa aos finais de semana.
Leia menosA ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) elevou o tom contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao chamá-lo de “cachaceiro sem vergonha”, durante um ato bolsonarista realizado em Belém (PA) hoje.
Entre os termos usados, ela também classificou o petista como “irresponsável” e “mentiroso”. “Ele [Lula] não é macho para assumir as suas falas”, afirmou. “Lula está mandando nossas riquezas para fora, fazendo aliança com comunistas e ditadores. Isso não vamos aceitar”, discursou Michelle, em cima de um carro de som. As informações são do Jornal do Commercio.
Leia maisMichelle sinalizou a possibilidade de ampliar sua participação política. “Eles querem enterrar Bolsonaro, mas esqueceram que a semente já brotou no coração do povo”, afirmou, em tom de pré-campanha.
A ex-primeira-dama ainda disse que há uma “perseguição” às liberdades no país e fez críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Nós estamos passando por uma perseguição à nossa liberdade de expressão e à nossa liberdade religiosa”, declarou.
Em outro momento do discurso, criticou a mudança de posicionamento do PT em relação a Alexandre de Moraes, ministro do STF. Segundo ela, o partido era contra a indicação feita pelo então presidente Michel Temer. “Hoje eles veem como um aliado”, afirmou.
De acordo com Ana Paula Bimbati, do UOL, a decisão de Michelle Bolsonaro de participar do ato em Belém, e não do evento realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, causou incômodo entre aliados bolsonaristas.
Parte do entorno do ex-presidente considera que a escolha foi um erro estratégico, já que Michelle é vista como uma das principais herdeiras do eleitorado de Jair Bolsonaro — que atualmente está inelegível por oito anos e é réu no STF, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022.
Segundo a assessoria da ex-primeira-dama, ela já tinha um compromisso prévio em Marabá (PA), onde participou de um evento do PL Mulher, e por isso decidiu também marcar presença no ato em Belém.
O ato em Belém fez parte de uma mobilização nacional organizada por parlamentares bolsonaristas sob o slogan “Reaja, Brasil”. As manifestações ocorreram em diversas capitais e cidades do interior. A principal concentração foi na Avenida Paulista, em São Paulo, sem a presença de Jair Bolsonaro, que cumpre medidas cautelares do STF e está proibido de sair de casa aos fins de semana.
Leia menosDo g1
Um estudo da Microsoft apontou que profissões que dependem fortemente de linguagem, produção de conteúdo, áreas de computação, matemática, comunicação ou tarefas repetitivas ligadas a informações têm maior probabilidade de serem impactadas por modelos de linguagem de inteligência artificial. Já aquelas que exigem trabalho manual, operação de máquinas ou atividades físicas apresentam um potencial de impacto significativamente menor.
A pesquisa “Working with AI: Measuring the Occupational Implications of Generative AI” (“Trabalhando com IA: medindo as implicações ocupacionais da inteligência artificial generativa”, em tradução livre), focada no mercado de trabalho nos Estados Unidos, foi publicada em 22 de julho como pré-print, quando ainda não houve revisão de outros especialistas.
Leia maisMetodologia
Os pesquisadores analisaram 200 mil conversas anônimas de usuários com o Copilot, assistente de IA da Microsoft, para identificar as tarefas mais solicitadas à tecnologia, avaliar o desempenho da IA nessas atividades e medir qual é a parcela do trabalho realizada com sua ajuda.
A pesquisa considerou a relevância e a importância das tarefas para cada ocupação, utilizando o O*NET, banco de dados nacional que define estrutura e escopo de trabalho nos Estados Unidos.
Depois, foi criada uma pontuação chamada “índice de aplicabilidade da IA”. As profissões com as maiores pontuações são aquelas cujas tarefas podem ser, em grande parte, executadas e automatizadas com o auxílio da inteligência artificial (veja abaixo).
As profissões com maior índice de aplicabilidade da IA
As profissões menor índice de aplicabilidade da IA
O impacto da IA no mercado de trabalho
A conclusão da pesquisa da Microsoft ressalta que, mesmo quando a IA realiza muitas tarefas de uma profissão, isso não significa que ela vá substituir totalmente o trabalho humano. Na maioria das vezes, a tecnologia atua como apoio. Os resultados, no entanto, estão alinhados a outros estudos sobre o impacto tecnológico.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT), junto com o Instituto Nacional de Pesquisa da Polônia (NASK), mostrou que um em cada quatro empregos no mundo está potencialmente exposto à transformação pela inteligência artificial generativa.
Já a ONU alertou que quase metade dos empregos em todo o mundo poderiam ser afetados.
Leia menosPor Estadão Conteúdo
Cumprindo medidas cautelares e sem poder sair de casa, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu 37,6 mil apoiadores na Avenida Paulista neste domingo (3), por meio de aliados que convocaram as manifestações em São Paulo e em várias cidades brasileiras.
A estimativa é do Monitor do Debate Público do Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), que fez o levantamento a partir de fotos aéreas em diversos momentos do ato. A margem de erro é de 12%, o que faz com que o número possa variar entre 33,1 mil e 42,1 mil participantes.
De acordo com estimativa feita pelo Monitor do Debate Público do Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), um total de 37,6 mil apoiadores do ex-presidente Bolsonaro estiveram na Avenida Paulista neste domingo
O grupo que constantemente acompanha e faz a contagem de público de manifestações chegou a ser criticado pelo líder do PL na Câmara, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (RJ), que disse que a Universidade “não sabe contar os brasileiros”, e que este, segundo sua própria percepção, é o maior protesto bolsonarista até agora.
Em São Paulo, as principais lideranças presentes foram o pastor Silas Malafaia, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), e prefeito Ricardo Nunes (MDB), que subiu no trio elétrico das autoridades, mas não discursou. Deputados federais, estaduais e vereadores paulistanos também compareceram, mas o principal orador foi Malafaia, que teve o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como seus principais alvos.
O comparecimento aos atos em favor do ex-presidente minguou à medida do avanço da investigação e da ação penal por tentativa de golpe de Estado, da qual Bolsonaro é réu. A redução do público foi superior a 90%. Em fevereiro de 2024, mais de 125 mil pessoas estiveram presentes na Avenida Paulista. Em 29 de junho, um protesto no mesmo local reuniu 12,4 mil pessoas, segundo dados do Monitor.
Veja a evolução do público nos atos bolsonaristas, segundo dados do Monitor da USP:
As manifestações deste domingo, que ocorreram em outras capitais brasileiras e em cidades do interior, foram as primeiras realizadas após o anúncio de sanções dos Estados Unidos ao Brasil, estimuladas por um dos filhos do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Segundo relatório do Monitor da USP, o auge da manifestação ocorreu às 15h33. No momento, o deputado Nikolas Ferreira discursava, e foi assistido por cerca de 31 mil telas que acompanhavam a transmissão no canal do YouTube de Malafaia. Durante o discurso do parlamentar, a transmissão alcançou 31,7 mil espectadores.
Leia menosHá pouco, o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, usou as suas redes sociais para agradecer as manifestações de apoio que recebeu dos diversos segmentos da sociedade pernambucana, diante das pressões do governador do Ceará para afastá-lo. Clique e confira!
Por Flávio Chaves*
O que era promessa se confirmou com brilho e emoção na madrugada deste domingo, 3 de agosto. O pernambucano Rafael Câmara, aos 19 anos, escreveu uma das páginas mais marcantes do automobilismo brasileiro ao vencer a corrida principal do GP da Hungria e sagrar-se campeão da Fórmula 3 com uma etapa de antecedência. Um feito gigante, digno de quem carrega no peito o talento nato e, nas veias, o sangue quente do Recife.
Piloto da equipe Trident, Rafael cruzou a linha de chegada em Budapeste com a leveza de quem venceu muito mais do que uma prova: venceu o tempo, os obstáculos, a distância da família, a dureza da estrada — e consagrou uma trajetória construída com suor, persistência e fé no sonho.
Leia mais“Estou muito feliz, principalmente com o trabalho da equipe. Desde o começo da temporada, fomos constantes, e isso fez a diferença para conquistar o título antes da última etapa”, declarou, emocionado, em entrevista à repórter Mariana Becker.
A vitória na Hungria coroou uma temporada irrepreensível. Com três vitórias em corridas principais, consistência em todos os fins de semana e um foco obstinado, Rafael dominou a F3 com a maturidade de quem já vislumbra o próximo passo: a Fórmula 2 em 2026, e, quem sabe, a Fórmula 1 em breve.
Mas, por trás do capacete, existe o menino que começou no kart aos seis anos, em Recife, correndo com apenas dez pilotos no grid. E é impossível não reconhecer o papel fundamental de seus pais, Maru Câmara e Paula Chaves Câmara, que foram os primeiros a acreditar, mesmo quando o futuro parecia incerto.
“Meus pais sempre pensavam se deveriam continuar, se dava para seguir… e eu sempre conseguia surpreender de algum jeito. Eles não queriam tirar esse sonho de mim. Ver hoje todo mundo torcendo, a família mandando mensagem, é até uma pressão a mais — mas uma pressão boa”, revelou o campeão.
Agora, após nove corridas intensas, Rafael planeja descansar com os pais, os amigos e a família. A participação ainda em 2025 em provas da F2 está sendo considerada, mas o foco principal é 2026, e tudo indica que as negociações já estão avançadas.
“Tenho uma ideia, mas não posso falar ainda. Provavelmente já nessas férias vai estar assinado. Depois de Monza, a ideia é focar completamente na Fórmula 2 e começar o ano do jeito certo”, disse, com a serenidade de quem sabe o caminho que trilha.
A última etapa da F3 será em Monza, na Itália, em setembro. Mas, para Rafael Câmara, o campeonato já está vencido. E não é apenas um troféu que ele leva para casa — é o reconhecimento mundial de que o Brasil, mais uma vez, revela ao mundo um talento de ouro.
De Recife para Budapeste, das pistas do kart aos holofotes do automobilismo europeu, Rafael Câmara é hoje símbolo de uma nova geração e motivo de imenso orgulho para Pernambuco.
*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras
Leia menosDo Correio Braziliense
O recém-empossado presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Edinho Silva, afirmou neste domingo (3) que a legenda precisa se preparar para manter seu projeto político mesmo após a saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva das disputas eleitorais. Durante o encontro nacional do partido, em Brasília, que contou com a presença de Lula e de 11 ministros, Edinho disse que a sucessão não se dará em torno de um nome, mas sim da força institucional do PT.
“Essa eleição (de 2026) é de fato a mais importante da nossa vida. Temos a responsabilidade de construir o partido para quando o presidente Lula não estiver mais nas urnas disputando o projeto. Ele nos deixa um legado fundamental, mas sempre disputou eleições em momentos de crise. Após 2026, por direito ao descanso, não teremos mais. O seu substituto não será um nome, mas o PT”, declarou.
Leia maisO ex-prefeito de Araraquara (SP) também aproveitou o discurso para criticar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela decisão de aumentar em 40% a tarifa sobre produtos brasileiros — elevando a taxação total para 50%. Edinho classificou o republicano como “o maior líder do fascismo” e o acusou de negar a urgência das mudanças climáticas.
“Nós estamos enfrentando o maior líder do fascismo, que é Donald Trump. Se o Trump representa o fascismo e nega a urgência climática, nós temos que dizer não a isso”, afirmou, emendando críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem também chamou de fascista.
Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do ato do PT e em referência indireta a Jair Bolsonaro e aliados, criticou a aproximação de opositores com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Tem um cara que fazia campanha abraçado na bandeira nacional, agora tá indo nos Estados Unidos se abraçar na bandeira americana para pedir pro Trump fazer taxação nos produtos brasileiros para dar anistia para o pai dele. É a excrescência da excrescência política”, declarou.
Lula também defendeu a retomada dos símbolos nacionais pelo campo progressista. “Vamos resgatar a bandeira nacional para o povo brasileiro. Vamos resgatar a camiseta da seleção brasileira para o povo brasileiro. Não é possível que fascistas, nazistas, fiquem desfilando com as cores nacionais, contando mentira e traindo a pátria. (…) Eles estão traindo o povo brasileiro. Renunciar a um mandato de deputado para ir lá ficar lambendo as botas do Trump e pedindo para ele taxar o Brasil mais alto, o máximo que puder… quem é brasileiro e quem defende este país somos nós, o povo brasileiro, e disso nós não abrimos mão”, declarou o presidente.
Leia menosDo g1
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste domingo (3) que, se estiver com 100% de saúde, disputará a reeleição em 2026. Presidente discursou durante encerramento do evento nacional do PT, em Brasília.
“Para ser candidato tenho que ser muito honesto comigo. Preciso estar 100% de saúde. Para eu me candidatar e acontecer o que aconteceu com Biden, jamais. Jamais eu irei enganar o partido e o povo brasileiro”, disse. “Se eu for candidato eu não vou disputar, eu vou ser candidato pra ganhar as eleições”, afirmou o presidente.
Leia maisLula ressaltou que não quer passar pela mesma situação que o ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O democrata estava concorrendo à reeleição no ano passou e desistiu da candidatura.
Biden resistia à pressão de entregar a candidatura diversas maneiras. Ele deu entrevistas, fez uma reunião com governadores democratas e negou alegações de que sofria um declínio cognitivo e físico. Biden afirmou várias vezes que não iria desistir e que venceria a eleição.
Tarifas Estados Unidos
Durante o evento, Lula voltou a falar sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos. O presidente admitiu que as negociações exigem cautela, porque há “limites” na briga. Segundo Lula, a diplomacia não permite que ele fale tudo o que acha que “deve que falar, e sim o que é possível falar”.
A declaração acontece em meio ao agravamento da tensão entre os dois países, após Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A Casa Branca também impôs sanções ao ministro Alexandre de Moraes pela Lei Magnisky, usada para punir estrangeiros.
No evento, Lula defendeu ainda que a postura do Brasil em defesa da soberania assusta “pessoas que acham que mandam no mundo”, sem citar diretamente Donald Trump.
“O governo tem que fazer aquilo que ele tem que fazer. Por exemplo, nessa briga que a gente está fazendo agora, com a taxação dos Estados Unidos, eu tenho um limite de briga com o governo americano. Eu não posso falar tudo que eu acho que eu devo falar, eu tenho que falar o que é possível falar, porque eu acho que nós temos que falar aquilo que é necessário”, afirmou o petista.
Leia menosDa CNN Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo que depende mais do Congresso Nacional para governar do que o parlamento depende dele.
A declaração foi feita durante a cerimônia de posse do novo presidente do PT, Edinho Silva, e do diretório nacional do partido, em Brasília. “Eu preciso mais do Congresso do que ele de mim”, declarou.
Leia maisLula afirmou que as eleições refletem o pensamento dos eleitores e que o fato de o PT ter elegido apenas 70 deputados entre as 513 cadeiras não é um problema exclusivo do partido, mas sim de toda a esquerda. “Se fôssemos tão bons quanto pensamos, teríamos elegido 140 ou 150 deputados. Mas não é defeito do PT, é de toda a esquerda”, disse.
O presidente também comentou que, ao enviar projetos ao Congresso, sabe que, se depender apenas dos votos dos deputados do PT, nenhuma proposta seria aprovada. “A arte da política é convencer quem não pensa igual a gente a votar no que mandamos. Muitas vezes vocês acham que é derrota, mas nós aprovamos uma política tributária que estava esperando 40 anos”, disse.
Lula ressaltou ainda que não importa se os presidentes da Câmara e do Senado gostam dele pessoalmente, mas sim a capacidade de dialogar com eles.
Leia menosO cantor e compositor Alcymar Monteiro acaba de lançar uma nova versão da canção “Você Marcou Demais a Minha Vida”, sucesso do cantor e compositor Cláudio Roberto, ícone da Jovem Guarda. A música, lançada nos anos 1970, é uma das mais marcantes da carreira de Cláudio Roberto e ganha nova vida na interpretação de Alcymar, que reveste o clássico romântico com a energia, a emoção e a autenticidade do forró tradicional.
Natural de Aurora, Ceará, Alcymar Monteiro é uma das vozes mais representativas do forró brasileiro, conhecido como “O Rei do Forró”. Com uma trajetória de mais de 40 discos lançados, ele já dividiu palco com grandes nomes da música nordestina, como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Marinês, e levou o ritmo a palcos internacionais, incluindo o Festival de Montreux, na Suíça. Além de cantor, Alcymar é produtor cultural e pesquisador da música popular, criador do festival Juaforró, em Juazeiro do Norte.
Ouça abaixo!
O pernambucano Cícero Dias foi um dos nomes mais inventivos da arte moderna brasileira. Nascido em Escada, em 1907, levou para o mundo imagens oníricas do Recife, de Olinda e dos canaviais do Nordeste. Rejeitou o academicismo da Escola de Belas Artes, mergulhou na vanguarda modernista e, em 1931, causou impacto com o painel “Eu vi o mundo… ele começava no Recife”.
Exilado em Paris durante o Estado Novo, tornou-se figura ativa entre artistas como Picasso, Braque e Matisse, sem nunca abandonar as raízes nordestinas. Durante a Segunda Guerra, foi preso pelos nazistas e ajudou a contrabandear o poema “Liberté”, de Paul Éluard, que acabou lançado sobre a França ocupada. Aos 95 anos, seguia pintando, com a alma livre e o coração ancorado no Brasil.
Confira vídeo sobre sua história.