Mais um capítulo da novela mexicana entre o Governo do Estado e os hospitais conveniados ao Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco (Sassepe): diretores das unidades de saúde conveniadas denunciam que, além de vítimas da má gestão e falta de pagamento por parte do Governo, agora são reféns do mesmo.
Através de um documento enviado aos hospitais, o Estado comunica que só reconhece como inadimplência as dívidas com até 90 dias de atraso, ou seja, feitas no atual Governo. Com isso, ele se considera adimplente, pois assumiu em janeiro.
O problema é que existem dividas entre o Governo e os hospitais conveniados desde julho de 2022. Segundo uma fonte, o déficit entre o Estado e as instituições gira em torno de R$ 280 milhões.
Sem ter como manter as portas abertas para a realização das consultas e cirurgias nem como pagar os funcionários, os hospitais anunciaram a paralisação de cirurgias e consultas eletivas desde o início do mês.
No mesmo documento enviado à rede credenciada, o Governo ameaça cortar o convênio dos hospitais que aderirem a suspensão dos atendimentos. O Estado alegou a criação de um grupo de trabalho para analisar o passivo anterior e deu um prazo de 90 dias para a solução. Enquanto isso, as unidades de saúde não conseguem mais se sustentar e as demissões e o fechamento de leitos são um risco eminente.
Uma articulação iniciada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), levou a escola de samba Mangueira a receber um dos maiores patrocínios do estado do Amapá neste ano. A gestão do governador Clécio Luís (Solidariedade), aliado de Alcolumbre, vai injetar R$ 10 milhões para apoiar o enredo mangueirense do carnaval de 2026, que homenageia o estado. O valor corresponde ao terceiro maior termo de fomento – aporte para entidades sem fins lucrativos – firmado pela gestão Clécio em 2025.
O termo foi assinado em abril pela secretária de Cultura do Amapá, Clícia Vieira, irmã do governador. Em declarações recentes, a secretária atribuiu a escolha do Amapá como enredo a uma conversa entre Alcolumbre e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT), que é torcedor da Mangueira e tem entrada na diretoria da agremiação.
Procurado, Freixo confirmou ter intermediado conversa entre Alcolumbre e a direção da Verde e Rosa, mas disse que não participou de conversas sobre patrocínio. Em nota, o presidente do Senado admitiu que “incentivou e apoiou” a escolha do enredo, mas que não destinou recursos.
Dos R$ 10 milhões prometidos à Mangueira, o governo do Amapá já havia pagado R$ 6 milhões até o fim de outubro, segundo o portal de transparência. O recurso vai financiar o projeto “Amapá, terra das águas e da liberdade: a Amazônia negra brasileira”, que envolve o desfile da escola na Marquês de Sapucaí. O enredo da Mangueira contará a história de Mestre Sacaca, curandeiro e folclorista amapaense conhecido como “guardião da Amazônia negra”.
O governo do Amapá afirmou que a Mangueira foi “a única escola de samba a manifestar interesse” em fazer desfile sobre o estado, e por isso foi escolhida para o patrocínio. O enredo foi visto como “uma oportunidade para valorizar a nossa cultura e para fortalecer o turismo local”.
A gestão disse ainda que “foi a Mangueira que escolheu o Amapá”, não o contrário. “O Governo do Amapá não tem qualquer ingerência sobre o tema escolhido pelas Escolas de Samba. No entanto, se uma agremiação escolhe o Amapá como tema, isso se torna motivo de interesse do Governo e da sociedade Amapaense”, afirma a nota.
Alcolumbre afirmou que não houve destinação ou alocação de recursos para o enredo por parte dele. Alegou ainda que é “naturalmente procurado em assuntos que envolvem o Estado” e que se orgulha de ter incentivado a iniciativa.
O movimento foi costurado inicialmente por Freixo, que sugeriu o tema a Alcolumbre durante reunião com o senador para tratar de pautas da Embratur. A agência de turismo não tem relação formal com o enredo, mas destinou recursos a outra iniciativa ligada à escola: alocou R$ 200 mil como patrocínio, no carnaval de 2025, no Camarote Verde e Rosa da Sapucaí.
“A Mangueira estava com dificuldade para entender qual seria o enredo em 2026. Eu tinha um café da manhã com Alcolumbre para tratar de outros assuntos. Lembrei que o Amapá tem uma coisa bem forte da Amazônia negra, e perguntei a ele se queria conversar com o pessoal da Mangueira para ver se cabia (o enredo). Depois não tive mais contato”, argumenta Freixo.
A incursão de Alcolumbre e do Amapá não é a primeira empreitada do Centrão no carnaval do Rio. Em 2024, Maceió alocou R$ 8 milhões na Beija-Flor para patrocinar um enredo em homenagem à capital alagoana. O desfile, na ocasião, foi acompanhado pelo então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC.
O episódio gerou representação no Tribunal de Contas de Alagoas, aberta por um vereador de oposição, para apurar o volume de recurso enviado à escola. Segundo a ação, “o valor destinado ao patrocínio representa percentual superior a 50% das despesas da Secretaria Municipal de Turismo”, que firmou o patrocínio.
“Referido gasto, além de extrapolar a previsão orçamentária, tornaria inviável o pagamento das faturas mensais da secretaria, dos prestadores de serviços, aluguéis de veículos, diárias dos servidores e outras despesas”, afirmou.
O processo foi instaurado pelo TCE de Alagoas em agosto de 2023, mas desde o mês seguinte não teve novas movimentações na Corte. Já em 2025, a Grande Rio fez um enredo em homenagem ao Pará. Segundo o governador Helder Barbalho (MDB), que participou do desfile, a escola captou recursos de empresas privadas por meio de programas de incentivo fiscal para a Cultura no estado.
Leia a íntegra da nota enviada pela assessoria de Alcolumbre:
“A Assessoria do presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, esclarece que não houve destinação ou alocação de recursos para o enredo da Estação Primeira de Mangueira no Carnaval de 2026.
O que ocorreu foi o incentivo e o apoio à escolha do Amapá como tema do samba-enredo da escola, por se tratar de uma oportunidade única de projetar o Estado em escala nacional e internacional. A homenagem da Mangueira dará visibilidade à cultura, à história e às riquezas do Amapá, contribuindo para impulsionar o turismo, atrair investimentos e gerar novos negócios.
Como figura pública do Amapá, o presidente Davi Alcolumbre é naturalmente procurado em assuntos que envolvem o Estado. Ele orgulha-se de ter incentivado essa iniciativa e considera que ela fortalece o orgulho do povo amapaense e impulsiona o potencial econômico e turístico do Estado”.
O ex-senador José Agripino Maia, líder do União Brasil no Rio Grande do Norte, revelou, hoje, em entrevista à Rádio 94 FM, que a senadora Zenaide Maia (PSD), vice-líder do governo no Congresso Nacional, não apoiará a reeleição do presidente Lula.
Segundo Agripino Maia, o PSD de Zenaide, por hoje ocupar a chefia da Casa Civil no governo Tarcísio de Freitas (SP), estaria automaticamente desligado do campo lulista. “Que história é essa que Zenaide é ligada ao PT?”, questionou Agripino. “Zenaide apoiará um candidato de centro!”, finalizou.
Todos os dias, familiares dos pacientes internados no Hospital Regional Ruy de Barros Correia, em Arcoverde, no Sertão pernambucano, fazem relatos dolorosos e indignados sobre o tratamento recebido na unidade de saúde. São notícias de mau atendimento, descaso com os pacientes e acompanhantes, falta de informação sobre resultados de exames e prontuários, entre diversos outros pontos negativos.
Desta vez, a redação da Rádio Itapuama FM recebeu o caso do pastor Diógenes Dionízio da Silva, de 52 anos. Ele estava indo de motocicleta para a igreja, no distrito de Rio da Barra, em Sertânia, na noite da última sexta-feira, quando colidiu com uma vaca na rodovia PE-287.
O pastor foi socorrido pela equipe do SAMU para o Hospital Municipal de Sertânia, mas, devido à gravidade do caso, foi transferido para a emergência do Regional de Arcoverde, onde ficou sem se alimentar e tomar água até às 13h de ontem. A resposta da equipe de atendimento era que “logo” ele iria para o bloco cirúrgico operar a clavícula, quebrada no acidente.
A reportagem solicitou uma resposta da Assessoria de Comunicação do Tricentenário – único órgão que pode responder aos questionamentos da imprensa sobre “assuntos relacionados ao Regional”, mas até a última atualização desta matéria, não obtivemos retorno.
O deputado federal Coronel Meira (PL) confirmou sua presença no meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o ‘Direto de Brasília’, de amanhã (18). Na pauta, o parlamentar vai falar sobre a PEC da segurança pública e o polêmico outdoor que ele espalhou pelo Estado, sugerindo que “bandido bom é bandido morto”.
Membro da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, recentemente o deputado propôs um debate sobre mudanças na Lei Antiterrorismo, visando o enfrentamento do crime organizado. Os participantes foram unânimes em apontar a gravidade do avanço das facções criminosas. Elas já atuam como grupos organizados que desafiam a soberania do Estado por meio do controle de comunidades, táticas de guerrilha e poder bélico.
Coronel da reserva da Polícia Militar de Pernambuco, Meira entrou para a vida política em 2022, quando foi eleito deputado federal pelo PL com 78.941 votos. Desde então, o parlamentar se destaca como um fiel seguidor e apoiador do bolsonarismo no Estado. O Direto de Brasília, em parceria com a Folha de Pernambuco, vai ao ar das 18h às 19h, com transmissão pelo YouTube da Folha de Pernambuco e do meu blog, e também em cerca de 165 emissoras de rádio no Nordeste.
Retransmitem ainda o programa a Gazeta News (Grupo Collor) em Alagoas; a Rede Mais Rádios, com 25 emissoras na Paraíba; a Mais-TV, sob o comando do jornalista Heron Cid; e ainda a Rede ANC, no Ceará, com mais de 50 emissoras, além TV LW, de Arcoverde.
Entram como parceiros na mídia institucional o Grupo Ferreira, de Santa Cruz do Capibaribe, a Autoviação Progresso, o Grupo Antonio Ferreira Souza, a Água Santa Joana, a Faculdade Vale do Pajeú e o grupo Grau Técnico.
Pelo menos 32 garimpeiros morreram após o colapso de uma mina de cobalto no sul da República Democrática do Congo, informaram autoridades ontem. “Foram resgatados 32 corpos após a queda de uma ponte que delimitava a área de mineração em Kalando, na província de Lualaba”, afirmou o ministro regional do Interior, Roy Kaumba Mayonde. Segundo ele, as equipes de busca “continuam” os trabalhos no local.
O ministro explicou ainda que o acesso estava interditado “devido às fortes chuvas e aos riscos de penetração”, mas que “garimpeiros irregulares forçaram a entrada” na pedreira. De acordo com Mayonde, a ponte cedeu no momento em que eles atravessavam.
Um relatório do Órgão de Governo de Assistência Técnica e Financeira às Cooperativas de Mineração (SAEMAPE), consultado pela AFP neste domingo, aponta que militares presentes na região teriam provocado um movimento de pânico. “Ao cair”, os garimpeiros “se amontoaram uns sobre os outros, causando feridos e mortos”, descreve o documento.
Arthur Kabulo, coordenador regional da Comissão Nacional de Direitos Humanos, afirmou à AFP que “mais de 10 mil” garimpeiros trabalham em Kalando, cuja suspensão foi anunciada pelas autoridades neste domingo. A República Democrática do Congo responde por mais de 70% da produção mundial de cobalto, metal essencial na fabricação de baterias usadas em eletrônicos e veículos elétricos.
Embora grande parte do cobalto congolês seja extraída por operações industriais, estima-se que mais de 200 mil pessoas atuem em áreas de mineração ilegais.
O médico e pré-candidato a deputado estadual, Bruno Marques (PSB), segue ampliando sua base eleitoral no Agreste pernambucano e no entorno de Arcoverde. Nesta semana, ele recebeu a adesão do também médico e ex-candidato a prefeito de Tupanatinga, Diego Teixeira, que disputou as eleições de 2024 e obteve quase 3 mil votos no município.
A aliança é considerada estratégica e reforça o avanço do nome de Bruno na região. Com forte atuação em Petrolândia onde seu pai governo num segundo mandato, Fabiano Marques, e apoio crescente em municípios vizinhos, o pré-candidato passa a contar com um grupo político expressivo em Tupanatinga. “Recebemos o apoio da grande liderança de Tupanatinga, Dr. Diego, e de todo o seu grupo político. Seguimos unidos, ampliando diálogo e construindo um projeto sólido para transformar ainda mais a vida do nosso povo”, afirmou Bruno.
Diego destacou as semelhanças entre os dois médicos que escolheram unir profissão e política para cuidar de pessoas. “Bruno agora é parceiro de Tupanatinga e nós já declaramos apoio à sua pré-candidatura a deputado estadual. Nós dois escolhemos, como ofício, cuidar de gente, ajudar as pessoas e lutar por um mundo melhor. Vamos juntos fazer muito por Tupanatinga e por Pernambuco”, disse.
Alvo foragido de uma operação da Polícia Federal (PF), o presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), Carlos Lopes, afirmou por meio de nota da entidade que irá se apresentar à Justiça “assim que tiver acesso aos autos” do processo.
“A Conafer informa que o presidente já está em processo de retorno e se apresentará às autoridades competentes assim que tiver acesso aos autoz, conforme já comunicado à assessoria jurídica da Confederação, que acompanha todos os trâmites de forma transparente e colaborativa. A entidade reafirma que, desde o início das investigações, sempre se colocou à disposição para fornecer informações, documentos e esclarecimentos que se façam necessários, mantendo postura institucional de respeito absoluto às normas legais e às instituições responsáveis pela condução do processo”. As informações são do portal G1.
Após ler a minha coluna de hoje, um médico me enviou o relato abaixo, mas pedindo anonimato, o que de pronto aceitei e compartilho com os leitores do blog.
Caro Magno,
A crise nos hospitais em Pernambuco é antiga. Mas no atual governo, mudou sim. Mudou para pior. A gestão é altamente centralizada, o que não impede (segundo alguns servidores) vários problemas de uso dos poucos recursos. Falta até medicações básicas.
O governo, formado por um inexperiente corpo de técnicos, investiu na estruturação dos organogramas dos hospitais, que passaram, sobretudo os menores, a ter vários cargos de gerência. O que poderia ser bom, se não faltasse o básico.
Nas urgências pediátricas faltam até as bombinhas de spray para asma brônquica em crise, forçando as mães e pais aflitos a comprarem medicamentos. Quando muitas vezes, infelizmente, não têm sequer o básico alimentar.
Em Garanhuns, o Governo Federal ofereceu uma Carreta Da Mulher a ser usada por pacientes encaminhadas primeiramente pelo município, o que deu certo, e no mês seguinte (iniciado agora em novembro) seria pela Geres. Após inúmeras conversas, o Estado PARECE que vai iniciar o envio dos pacientes para realizar mamografias, punções, biópsias, já tendo desperdiçado vários dias.
Isso tudo por conta da ira insana que parte mais da gestora estadual, que não quer sequer estar no mesmo ambiente do prefeito Sivaldo Albino. É o samba do crioulo doido, onde só perde de verdade os pacientes”.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) publicou, hoje, a ata do julgamento e, nos próximos dias, o acórdão de sua decisão de rejeitar os embargos de declaração de Bolsonaro e dos demais seis condenados no núcleo crucial da ação penal do golpe.
Os advogados de defesa do ex-presidente vão apresentar novos recursos, provavelmente agora os embargos infringentes, e não mais de declaração, para evitar provocações à Primeira Turma. As informações são do blog do Valdo Cruz.
Ciente de que suas chances são praticamente nulas, a defesa de Bolsonaro já prepara laudos médicos para solicitar de imediato a prisão domiciliar no cumprimento da sentença de 27 anos e três meses de reclusão. Se não conseguir a prisão domiciliar de imediato, vai arguir que Bolsonaro, por ser capitão reformado do Exército, tem direito de cumprir sua pena em uma dependência do Exército.
A equipe de defesa de Bolsonaro agora é que tem pressa. Afinal, quer ter tempo para garantir uma prisão domiciliar para o ex-presidente antes do Natal. Se esticar ainda mais os prazos, a execução da sentença do ex-presidente pode ocorrer próximo das datas festivas do final do ano. E isso é tudo que a família de Bolsonaro não deseja.
Principalmente se a Primeira Turma decidir que, no início do cumprimento da pena, o ex-presidente terá de passar por um regime fechado em um estabelecimento prisional. É tudo que a defesa quer evitar agora. Mas sabe que pode ser uma realidade. Daí, espera ter tempo para pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Bolsonaro tenha o direito de cumprir sua pena em casa.
Retomo minha agenda de palestras e lançamentos de ‘Os Leões do Norte’, hoje, pela cidade de Pedra, bacia leiteira do Estado, produtora de queijos e manteiga de qualidade. O evento, que conta com o apoio do prefeito Júnior Vaz (PV), está marcado para o Espaço Dona Vilma, a partir das 13 horas.
Amanhã, tenho jornada dupla: logo cedo, às 8 horas, em Bom Jardim, na quadra esportiva Dr. Oswaldo Lima Filho, anexa à Escola Municipal 19 de Julho, no bairro Noelândia, com apoio do prefeito Janjão (UB), que estará presente com toda sua equipe, diretores de escolas e professores, além de vereadores.
Ainda na terça, estarei em Itaíba, no Agreste Meridional, a partir das 19 horas, na Câmara de Vereadores, com apoio e a presença do prefeito Pedro Pilota (Republicanos), da ex-prefeita Regina da Saúde, candidata a deputada estadual, secretários, vereadores, professores e estudantes.
‘Os Leões do Norte’ é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
MONTANHAS DA JAQUEIRA – A crônica da humanidade adâmica gira em torno de três maçãs desde o Paraíso perdido: a maçã da cobiça, oferecida a Eva pela serpente do pecado; a maçã da sabedoria, que revelou a força da gravidade ao cair na cabeça do cientista Isaac Newton; a maçã da gravadora Apple nos anos 1970, incandesceu o planeta com os acordes dos Beatles, os quatro cavaleiros do Big Bang musical de Liverpool.
Dizei-nos cowboy Donald Tramp, quem é esse cara, o muçulmano Zohran Mamdani, prefeito eleito de New York? “É um comunista lunático”. Nascido em Kampala, capital da Uganda, Mamdani é filho de pai ugandês e mãe indiana. Migrou com a família para a América aos 7 anos. Estudou em colégios e faculdade de elite.
Novayorquinos e outsiders saúdam a Big Apple na voz de Francis Albert Sinatra, americano oriundo da Sicília, berço dos mafiosos na Itália: “Dê uma volta no coração da cidade que não dorme/ E encontre o seu rei/ no topo da montanha/ New York New York”.
Mamdani hoje habita o topo da montanha na Big Apple. “Nacionalidade é acaso de migrações e desordem”, ensinou Sua Excelência o poeta Mário de Andrade, paulistano da gema do ovo dos bandeirantes.
Zohran Mamdani aprendeu vários idiomas, dominou os recursos dos aplicativos da Internet. Com essas ferramentas da Internet fez campanha e foi eleito prefeito da Big Apple. Cultiva uma vistosa barba socialista, pois todo revolucionário que se preza é barbudo. Se você é barbudo, sinta-se um revolucionário. Em sendo eleitor da caterva vermelha, paciência. Acontece até nas melhores famílias. Se você é um cara escanhoado, tá na cara que é um cara conservador. No tempo da universidade Mamdani atuou como rap num grupo musical. Grunhia sons de protesto contra o sistema capitalista que fez dele um príncipe na vida.
Mamdani é um self-made-man na definição da cultura americana. Se permanecesse na sua pátria-mãe a Uganda, ou vivesse num País subdesenvolvidos, tipo o Brazil, seria hoje mais um entre milhões de jovens subjugados pelo sistema e pelas engrenagens sociais.
Ele era ainda um espermatozoide quando o general Idi Amin Dada, conhecido como “o açougueiro de Uganda”, instalou uma das mais brutais e sangrentas ditaduras em seu País, de 1971 a 1979. Escrevi na época um artigo intitulado “O furibundo ditador”, publicado no Diário de Pernambuco idos 1978-1979. Era uma alma tenebrosa, tipo um Nicolas Maduro. Naqueles tempos as esquerdas combatiam ditaduras, e eu próprio defendia a caterva vermelha, mas já paguei meus pecados.
O lunático prometeu transporte público gratuito para todos, hospitais e clínicas de saúde para adotar políticas afirmativas da ideologia de gênero e criar um “santuário” LGBT em New York, na linguagem da galera. Faz parte da cultura Woke de esquerda combatida pelo valente cowboy Donald Tramp.
Assim feito preconizado pela comuna de Paris de 1871, Mamdani irá comandar o “assalto aos céus” para implantar o paraíso socialista na Big Apple. Em sua cruzada quixotesca o lunático irá aprender que o céu não é perto.
O drama dos hospitais públicos não é exclusividade de Pernambuco. É do País e vem de longe. Depender deles, para quem não pode pagar um plano de saúde, é botar o pé na cova. Mas a governadora Raquel Lyra (PSD) prometeu um Estado de mudanças, aliás mote da sua gastança em publicidade, principalmente na saúde. Fechando seu terceiro ano de gestão, os hospitais em Pernambuco continuam sendo matadouros. Ao invés da cura dos pacientes, matam sem piedade.
Símbolo da mudança tão propalada, o Hospital da Restauração, uma das maiores emergências do Nordeste, obra da era Paulo Guerra, continua sangrando, literalmente. É objeto de uma reforma que anda a passos de tartaruga, travada, como travado é o Governo Raquel. No último fim de semana, postei vídeos de mães aflitas na pediatria do HR, algumas implorando por atendimento, outras por falta de segurança nos médicos, incapazes de dar um diagnóstico.
O caos não é exclusividade do HR. Há 20 dias, o teto de um hospital, recentemente “reformado”, veio abaixo, uma semana após o jornal da Globo mostrar, em rede nacional, pacientes em outro hospital de emergência no Recife travando uma guerra contra a invasão das muriçocas, usando raquetes eletrônicas.
Os hospitais regionais também agonizam. Vivi uma experiência dramática no de Afogados da Ingazeira com minha sogra Ivete Lira. Ela deu entrada na emergência com uma crise de pancreatite. Foi tratada pessimamente, como um bicho. A saída foi removê-la para um hospital em Arcoverde. Se dependesse do “matadouro” de Afogados teria morrido, como morrem tantos pacientes indefesos.
Raquel é culpada pelo caos na saúde em Pernambuco? Sim, porque nada fez para mudar este cenário de horror. Gerou uma grande expectativa. Na gestão dela, nem o Sassepe funciona, porque os hospitais credenciados não estão recebendo os repasses do Estado. Raquel prometeu cuidar da saúde e não cuida.
Cuidar da sua saúde é um ato de amor próprio. A saúde é a base para uma vida boa e cheia de energia. Pequenas mudanças num governo podem ter grande impacto. Saúde pública de qualidade não é caridade. É um direito fundamental.
Mulheres também esquecidas – As promessas de Raquel viraram letra morta para todos os segmentos sociais. Até hoje, as mulheres esperam os mirabolantes anúncios que ela fez após a manifestação do Dia da Mulher, em 8 de março, no Centro do Recife. Ela desceu de seu gabinete no Palácio do Campo das Princesas para encontrar as integrantes dos movimentos feministas e fez uma promessa. Acompanhada da vice-governadora e das mulheres que integram o primeiro escalão do governo, Raquel ouviu o manifesto elaborado pelas organizações sociais e, em discurso que durou aproximadamente cinco minutos, se comprometeu em reunir algumas representantes dos movimentos para criar um Grupo de Trabalho para debater e elaborar políticas públicas voltadas para as mulheres. Até hoje, nada!
Não à reeleição – As mudanças na gestão Raquel, como se vê na propaganda paga na mídia pernambucana, não convencem quem vive o dia a dia no Estado, sobretudo na Região Metropolitana, onde se concentram quase metade do eleitorado. Essa voz rouca das ruas não quer a reeleição dela. Segundo pesquisa da Quaest, 54% dizem que ela não merece continuar, contra 43% que acreditam que sim. A eleição se aproxima. A governadora tem apenas dez meses para reverter esse sentimento dos pernambucanos.
O grito da polícia – A Polícia também agoniza. O Sindicato dos Policiais Civis (SINPOL), em nota recente, voltou a cobrar o cumprimento de promessas de valorização e melhorias na infraestrutura das delegacias, alegando que os policiais continuam pagando para trabalhar. A contratação de concursados para a segurança pública ocorreu apenas próximo às eleições de 2022. A governadora prometeu uma revolução em Pernambuco, mas as mudanças apresentadas até agora não foram percebidas como reais pela oposição.
Garanhuns sem esperança – Nem em Garanhuns, terra do coração de Priscila Krause, Raquel consegue cumprir promessas. O hospital Dominguinhos até hoje é ficção. Há pouco, houve uma republicação do edital para e até uma suspensão por parte do TCE que viu sobrepreço na licitação. Não há absolutamente nada concreto da maternidade e até o IML também não há garantia de ser entregue até o próximo ano. “Se Raquel quiser ver como se faz, pode visitar as obras do Hospital de Amor, parceria com o Governo Federal”, ironiza o suplente de deputado Cayo Albino (PSB), filho do prefeito Sivaldo Albino (PSB), tratado a pão e água pela governadora.
Zé Martins é só felicidade! – Ao contrário da maioria dos prefeitos, que estão perdendo a paciência com Raquel por acertos não concretizados, Zé Martins, de João Alfredo, que fez a travessia do PSB para o PSD, é só elogios à governadora. “Comigo, tudo que ela prometeu, cumpre. Não tenho do que me queixar”, disse, em conversa com este colunista, sexta-feira passada, em meio ao lançamento de “Os Leões do Norte”, evento super prestigiado, no auditório da Faculdade Vale do Pajeú, com a presença de Painha, diretor da instituição. Ele anunciou mais dois cursos e afirmou que Medicina, tão sonhado e aguardado, pode sair no próximo ano.
CURTAS
EM PEDRA – Dando sequência à agenda de palestras e lançamentos de “Os Leões do Norte” pelo Agreste estarei hoje, a partir das 13 horas, em Pedra, a 232 km do Recife, região intermediária entre o Sertão e o Agreste. O evento, com apoio do prefeito Júnior Vaz (PV), está marcado para o espaço Dona Vilma, voltado exclusivamente para estudantes.
BOM JARDIM – Já amanhã será a vez de Bom Jardim, com apoio e participação do prefeito Janjão (UB) e toda sua equipe. Será bem cedinho, por volta das 8 horas, na quadra esportiva Dr. Oswaldo Lima Filho, anexa à Escola Municipal 19 de Julho, no bairro Noelândia, com a presença de estudantes da rede municipal de ensino.
ITAÍBA – Também amanhã, a partir das 19 horas, dou prosseguimento a maratona em Itaíba, no Agreste. A palestra sobre “Os Leões do Norte”, seguida de uma sessão de autógrafos, está marcada para o plenário da Câmara de Vereadores, com apoio e a presença do prefeito Pedro Pilota (Republicanos) e da ex-prefeita Regina da Saúde.
Perguntar não ofende: Quando a saúde de Pernambuco vai sair da UTI?