O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), pediu a um grupo de 24 parlamentares a destinação de emendas parlamentares para a segurança pública do Rio e que a PEC da Segurança Pública encaminhada pelo Palácio do Planalto seja alterada.
“Ele disse para termos cuidado na análise da PEC da Segurança Pública, para que seja alterado o trecho que retira autonomia dos estados e das polícias estaduais”, disse à CNN o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que liderou a comitiva. As informações são da CNN.
Leia maisAlém disso, segundo ele, outro pedido foi por recursos federais ao estado via emendas parlamentares.
“Ele solicitou que nós, como bancada federal, puséssemos emendas na segurança pública do Rio, especialmente para reforçar bloqueadores de celulares nos presídios. Então, nós, como bancada do Rio, vamos atender essa demanda”, disse Sóstenes.
Participaram dessa reunião, além de Sóstenes, outros nove deputados federais que integram a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, além de dez deputados estaduais e quatro vereadores do Rio.
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O prefeito de Camaragibe, Diego Cabral, embarcou nesta quinta-feira (30) para a Espanha, onde participará do Smart City Expo World Congress, em Barcelona, entre os dias 4 e 5 de novembro. O evento, considerado o maior do mundo sobre inovação urbana, reúne gestores públicos para compartilhar experiências e políticas voltadas à construção de cidades inteligentes. A viagem ocorre a convite da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP). “Vamos trazer experiências e tecnologias que melhorem a vida do cidadão camaragibense”, afirmou Diego, ao lado de autoridades municipais durante a cerimônia de transmissão de cargo.
Durante os 10 dias de missão, que também inclui compromissos em Madri, a prefeita em exercício será a Comandante Débora. Na solenidade realizada nesta manhã, ela destacou o caráter simbólico e institucional do ato. “É uma demonstração de confiança e respeito dentro da instituição. É com gratidão e fé que assumo o cuidado das pessoas até o retorno do prefeito”, declarou.
Entrou em vigor a Lei nº 18.929/2025, que proíbe hospitais públicos e privados de reter macas, equipamentos e equipes de ambulâncias em Pernambuco. A norma, de autoria do deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL), foi promulgada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto, após o fim do prazo para sanção do Executivo estadual.
A lei prevê multa de até R$ 5 mil para as unidades que descumprirem a determinação. A medida tem o objetivo de evitar a paralisação de ambulâncias e serviços de urgência, prática comum em função da falta de leitos, e vale para todo o território pernambucano.
Por Alex Fonseca – Blog da Folha
A Justiça suspendeu o resultado da convenção do MDB que resultou na recondução do presidente da legenda, Raul Henry. A ação foi protocolada pelos presidentes dos diretórios municipais do MDB de Bodocó, Otávio Cavalcante, e de Paulista, Kelly Moura, e foi atendida pela juíza da 6ª Vara Cível de Brasília, Bruna Araújo Coe Bastos.
A magistrada entendeu que as normas estabelecidas pelo estatuto do partido não haviam sido cumpridas durante o processo de eleição interna. Isso, ainda de acordo com a juíza, comprometeu a lisura da eleição. Henry poderá recorrer da decisão.
Leia maisA juíza apontou ainda que o MDB nacional decidiu, em reunião realizada em Brasília, que a participação dos Delegados Municipais na Convenção Estadual seriam baseados nos resultados das Eleições Municipais de 2020 e explicou que “o acordo firmado expressamente afastou a aplicação de norma estatutária. Por outro lado, não se tem expressa comprovação da participação de representantes dos diretórios municipais ou de seus delegados no acordo entabulado, notadamente dos autores da presente ação”.
“Ante o exposto, com fundamento no art. 300 do CPC, DEFIRO A TUTELA DE URGÊNCIA para determinar a suspensão do resultado da Convenção Estadual do MDB de Pernambuco, realizada em 24/05/2025, até ulterior decisão deste juízo, suspendendo-se a anotação dos eleitos para o biênio 2025/2027 para compor o Diretório Estadual, a Comissão Executiva Estadual, o Conselho Fiscal e seus respectivos suplentes; o Conselho de Ética e Disciplina Estadual e seus respectivos suplentes e os Delegados e seus respectivos suplentes à Convenção Nacional”, escreveu a magistrada na decisão.
Resposta
O Diretório Estadual do MDB em Pernambuco publicou uma nota, explicando que todas as normas do estatuto do partido foram seguidas e que as regras foram, inclusive, aceitas por ambas as chapas eleitorais, com a coordenação da Direção Nacional do MDB.
O Diretório ainda informou que vai adotar todas as medidas cabíveis, após serem formalmente notificados, para reverter a decisão da Justiça.
Já o deputado estadual Jarbas Filho (MDB) também publicou uma nota, criticando a posição da direção municipal que, segundo ele, deixou de ouvir as lideranças municipais. Confira abaixo as duas notas na íntegra:
Recebo essa decisão com serenidade e respeito à Justiça. Sempre defendi que as decisões dentro do MDB precisam seguir o que está no estatuto e garantir espaço e voz para todos os filiados.
Desde o início, manifestei preocupação com o processo da convenção estadual, que deixou de ouvir lideranças e diretórios municipais legitimamente constituídos.
Essa decisão reafirma a importância da legalidade, da transparência e do diálogo dentro do partido.
Jarbas Filho
Deputado estadual pelo MDB
NOTA OFICIAL DO MDB-PE
O Diretório Estadual do MDB de Pernambuco foi eleito em uma convenção limpa, transparente e democrática. Todas as regras da disputa seguiram as normas do
estatuto do partido e foram aceitas pelas duas chapas envolvidas no pleito, com a coordenação da Direção Nacional do MDB.
O próprio candidato da chapa derrotada reconheceu o resultado e afirmou: “Toda disputa tem um vencedor e um vencido. É a democracia interna do partido.”
Hoje, tomamos conhecimento pela imprensa, de uma decisão judicial que suspende os efeitos da vontade soberana dos convencionais do MDB de Pernambuco, cinco meses após a realização da eleição.
Nossa atitude, assim que formos formalmente notificados, será adotar todas as medidas cabíveis para reverter essa estranha e surpreendente decisão.
É nosso dever lutar para resgatar a verdade, expressa pelo voto direto, livre e democrático dos convenciona
is do nosso partido.
Direção do MDB de Pernambuco
Histórico
Raul Henry foi reeleito para o comando da legenda em 24 de maio deste ano, após vencer o deputado estadual Jarbas Filho. Enquanto Henry defende que o MDB se alinhe mais ao projeto do prefeito do Recife, João Campos (PSB), Jarbas é aliado da governadora Raquel Lyra (PSD).
Internamente, o partido enfrenta disputas e cisões. Recentemente, a filiação do deputado estadual Waldemar Borges (MDB) virou alvo de contestação nos tribunais.
O parlamentar havia sido nomeado para a liderança da legenda na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) no lugar do deputado Jarbas Filho, nomeação que foi suspensa com a decisão da Justiça que derrubou a filiação.
No último dia 10 de outubro, a decisão foi novamente revertida por meio de uma decisão proferida pelo Desembargador Agenor Ferreira de Lima Filho, da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
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O relatório que o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, elabora sobre o projeto de lei que pretende classificar o CV (Comando Vermelho) e o PCC (Primeiro Comando da Capital) como organizações terroristas não menciona diretamente as facções, mas elenca uma série de condutas praticadas por elas que, na visão dele, caracterizam terrorismo.
São mencionados na minuta o domínio de território, a obstrução de ferrovias, ordens para que moradores deixem suas casas, o uso de armas de fogo de uso restrito das Forças Armadas e ações típicas do chamado “Novo Cangaço”, como explosões para assaltos a bancos. As informações são da CNN.
Leia maisCom isso, serão ampliadas as hipóteses previstas hoje na Lei nº 13.260, de 2016, que considera atos terroristas apenas crimes de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião — o que, na prática, exclui as facções criminosas como o CV e o PCC.
O texto também reforça o papel dos estados na investigação e no julgamento dos crimes de terrorismo como forma de limitar a atuação da Polícia Federal e da Justiça Federal nesses casos.
Isso pode evitar uma prática criticada por governadores: a de que a União “escolha” os casos em que deseja intervir, invariavelmente os de maior repercussão nacional.
Além disso, há a leitura de que o efetivo das polícias estaduais é maior do que o da PF e, portanto, tem mais capacidade de apuração.
A minuta também prevê a ampliação das penas mínimas e máximas para esses crimes, que passariam de 12 a 30 anos para um intervalo entre 15 e 30 anos.
O texto ainda determina o agravamento da pena se os crimes forem cometidos contra crianças e idosos ou se o criminoso for líder ou financiador do ato terrorista.
O relatório será apresentado na próxima terça-feira (4) ao colégio de líderes da Câmara. A ideia é que Derrite se licencie do cargo para relatar o projeto.
A previsão, acertada pelo secretário com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), é que ele seja votado na semana seguinte.
Os governadores de oposição defenderão, nesta quinta-feira (30), no Rio de Janeiro, a aprovação do projeto.
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Estadão
O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou, hoje, a certidão de trânsito em julgado da condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por perseguir, armada, um homem em São Paulo. A condenação se torna definitiva, abrindo caminho para a execução da pena de cinco anos e três meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo.
Zambelli está presa na penitenciária de Rebibbia, em Roma, na Itália, desde julho deste ano. O Ministério Público italiano emitiu parecer favorável à extradição dela na última quarta-feira. O episódio que provocou a condenação da parlamentar ocorreu na véspera do segundo turno das eleições de 2022, quando Zambelli se desentendeu com o jornalista Luan Araújo após um ato político em São Paulo e o perseguiu com uma pistola em punho.
Leia maisEm agosto, ela foi condenada por nove votos a dois em processo que teve como relator o ministro Gilmar Mendes. Os ministros Nunes Marques e André Mendonça divergiram parcialmente. Nunes votou pela absolvição em relação ao porte ilegal de arma, enquanto Mendonça defendeu condenação apenas por constrangimento ilegal.
Essa é a segunda condenação criminal de Zambelli no Supremo. Ela já havia sido sentenciada a dez anos de prisão por envolvimento na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O objetivo era emitir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes. Após essa primeira decisão, a parlamentar fugiu do País e foi detida na Itália. O STF determinou a cassação de seu mandato, medida que ainda depende de deliberação da Câmara dos Deputados.
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou, hoje, que quer levar à votação na próxima semana o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR). Alcolumbre declarou que discutirá, ainda nesta quinta, o andamento do projeto com o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Segundo ele, se Renan, que também preside a Comissão de Assuntos Econômicos da Casa, pautar a proposta e votá-la na próxima semana, o texto será submetido à votação no mesmo dia no plenário principal do Senado. “Vou perguntar para ele [Renan]. Eu quero [votar na semana que vem]. No meu querer, eu quero”, declarou.
Leia maisPor unanimidade, no início deste mês, a Câmara aprovou uma proposta que aumenta a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil por mês. O texto chegou no último dia 7 e, desde então, aguarda análise na comissão presidida por Renan Calheiros.
Ao longo das últimas semanas, o relator da proposta no Senado, Renan Calheiros, chegou a sinalizar que faria mudanças no texto aprovado pelos deputados. Questionado, ele recuou e disse que as alterações ainda seriam discutidas.
Em uma audiência pública na terça (21), Renan sinalizou que poderia sugerir mudanças em alguns pontos do texto aprovado pela Câmara dos Deputados no início deste mês. A intenção foi criticada por setores da economia e especialistas em tributação.
Entre os trechos que estariam na mira, segundo o senador, estão o que permite que lucros obtidos até o fim de 2025 e distribuídos até 2028 fiquem isentos de tributação; e um sobre a tributação de dividendos enviados ao exterior.
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, hoje, o início do cumprimento da pena por tentativa de golpe de Estado do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
Delator do esquema golpista, Cid recebeu a pena mais leve entre os condenados pela Primeira Turma do STF. O colegiado fixou a punição em 2 anos de reclusão em regime aberto, com o cumprimento de medidas cautelares. As informações são do portal G1.
O município de Angelim, no Agreste Meridional, sediou, há pouco, a manhã de autógrafos do meu livro ‘Os Leões do Norte’, pela editora Eu Escrevo. A programação, palestra seguida de sessão de autógrafos, aconteceu no Ginásio Osvaldo de Miranda, com apoio do prefeito Caíque (PSB) e forte presença de autoridades.

O grande destaque foi a participação ativa de dezenas de estudantes de três escolas da cidade, a Escola Municipal Pedro Alves da Rocha, a Escola Municipal Miguel Calado Borba e a EREM Azarias Salgado. Mobilizados pela Prefeitura, os alunos fizeram perguntas, comentaram trechos e conectaram o conteúdo histórico do livro ao aprendizado em sala.


Além do prefeito e de seu vice, Oliveira, estiveram presentes os vereadores Sandro Rocha, Maurílio, Junior Caldas, Bruno, Joselito e Willian. Participaram do evento os secretários municipais Fernanda Barros (Administração), Amanda Morais (Saúde), Djane Maria (Educação), Raí Couto (Juventude), Marcos Alexandre (Cultura), Dieggo Lívio (Finanças), Ivan Lulu (Agricultura), Nádison (Infraestrutura) e Mellise Ramos (Assistência Social). O ex-prefeito Samuel Salgado e a ex-vice-prefeita Rosa Cavalcante também prestigiaram o lançamento.

“Os Leões do Norte” reúne 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco (1930–2022), fruto de ampla pesquisa jornalística e historiográfica. A obra preserva a memória política e institucional do Estado e destaca Pernambuco como berço de grandes lideranças. O projeto traz design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg, fomentando o debate sobre legados, contradições e impactos de gestão.

O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. ‘Os Leões do Norte’ homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
Ainda hoje, Caetés receberá sua tarde de autógrafos, às 15h, no Colégio Monsenhor Callou. O evento conta com a participação do prefeito Nivaldo Tirri e da secretária de Educação, Giselda Correia. Encerrando o dia, o lançamento de ‘Os Leões do Norte’ desembarca em Garanhuns, às 19h, no auditório da AESGA, com o prefeito Sivaldo Albino (PSB), o secretário Ronaldo César e demais integrantes do governo municipal.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Edson Fachin, estará no Recife, na próxima segunda-feira, para a abertura do Mês Nacional do Júri 2025, iniciativa nacional que tem o objetivo de agilizar os julgamentos de crimes dolosos contra a vida. A abertura do evento acontecerá no auditório do Fórum Des. Rodolfo Aureliano (Fórum do Recife, em Joana Bezerra), às 8h.
A vinda do ministro a Pernambuco não é à toa. Em 2025, segundo dados do CNJ, o Estado foi o que mais realizou julgamentos nos processos de crimes dolosos contra a vida. Foram 6.417 até agora. Além disso, Pernambuco é pioneiro na criação do Mês Estadual do Júri, que acontece em maio e agiliza o julgamento dos processos.
Leia maisO bom desempenho estadual é fruto da articulação de todo o sistema de justiça: Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Defensoria Pública de Pernambuco (DPPE), Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP-Caps), Polícia Militar (PMPE) e Polícia Civil.
Estarão presentes, além do presidente do STF, o presidente do TJPE, desembargador Ricardo Paes Barreto, o corregedor-geral da Justiça, desembargador Francisco Bandeira de Mello, o coordenador criminal do TJPE, desembargador Mauro Alencar, e o conselheiro do CNJ José Rotondano.
Instituído pelo CNJ, o Mês Nacional do Júri 2025 será realizado ao longo de todo o mês de novembro, mobilizando tribunais de justiça. O Mês Nacional do Júri tem o objetivo de garantir a razoável duração dos processos e a celeridade no julgamento das ações penais de competência do júri. A iniciativa foi instaurada pela Portaria CNJ n. 69/2017 e atualizada pela Portaria n. 242/2025.
Para a edição deste ano, foram definidos como prioridades os crimes dolosos contra a vida de mulheres, de menores de 14 anos, ações envolvendo policiais e processos antigos – com mais de cinco anos de tramitação e sem desfecho. No Brasil, pouco mais de 91 mil ações se enquadram nesse último caso. Foco de prioridade na portaria, o feminicídio registrou 4.254 casos julgados até o momento, mas ainda há 9.154 processos pendentes.
Em 2024, o Mês Nacional resultou em 8,3 mil julgamentos em todo o País, com 2.548 condenações e 1.012 absolvições. Ao todo, foram realizadas 2.582 sessões do júri em um único mês, concentradas, principalmente, em casos de homicídio qualificado (5.685), homicídio simples (1.829), tentativas de homicídio (1.744) e feminicídios (575).
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Por Rudolfo Lago – Correio da Manhã
No dia 11 de novembro, o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho (MDB), deverá ser eleito presidente do Conselho de Edificações e Clima. Esse conselho vai se reunir dentro da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30. Se a eleição se confirmar, o que é bem provável, será mais um momento importante para a família Barbalho e suas pretensões políticas a partir da conferência.
O irmão de Jader Filho, o governador do Pará, Helder Barbalho, é o anfitrião da COP30. A partir de tudo o que acontecerá e será discutido, os Barbalho avaliam poder aumentar o poder de influência que já têm para seguirem no domínio do estado e para empurrar mais o MDB rumo ao apoio à reeleição de Lula em 2026.
Leia maisO MDB do Pará é a seção mais poderosa do partido. O MDB tem um complexo sistema de divisão de seus delegados nas convenções. Os cargos não são proporcionais às populações do estado, mas efetivamente ao tamanho do partido naquele estado.
Além do governador, o MDB elegeu 85 prefeitos no Pará. Tem ainda o senador Jader Barbalho e nove deputados federais. Isso faz com que o estado tenha o maior número de delegados. Dificilmente o MDB fechará um apoio oficial a Lula. Mas o Pará terá influência na decisão.
O conselho que Jader Filho deverá presidir reúne os 70 países que assinaram a Convenção de Chaillot, pela qual os países se comprometem a fazer edificações neutras em carbono. Prédios ecológicos. O ministro já é o responsável por alguns dos pontos que Lula tentará levar como bandeira na disputa pela reeleição: os programas de habitação – Minha Casa, Minha Vida e Reforma Casa Brasil. A presidência do conselho dará ao ministro a possibilidade de agregar um discurso de defesa do meio ambiente aos projetos e às suas construções. No ano que vem, Jader Filho deve disputar uma vaga de deputado federal, nos planos da família.
Os planos dos Barbalho incluem eleger a vice-governadora Hana Ghassan (MDB) para suceder Helder Barbalho, que disputará o Senado. O quadro atrapalha as pretensões do ministro do Turismo, Celso Sabino (União), que ambiciona o apoio de Lula para o Senado.
Todos esses planos, é claro, dependem de tudo dar certo na COP30. Nos dias 6 e 7, começa a cúpula dos chefes de Estado. No dia 10, a conferência propriamente dita, que irá até o dia 20. Até a sexta-feira (24), 132 países tinham confirmado hospedagem. Estima-se 150.
Possíveis problemas, é claro, estão sendo contabilizados. Até alguns prosaicos, como o calor em Belém. A previsão do tempo é de 33 graus de máxima na cidade no dia 10 de novembro. Estão previstos eventos ao ar livre, no clima quente e úmido da cidade.
Durante o Círio de Nazaré, no dia 12 de outubro, uma delegação da ONU, de 25 pessoas, esteve em Belém. E verificou como a cidade lidou para receber um número estimado de 2,6 milhões de visitantes. Avaliou que tudo correu muito bem. Foi um teste para a COP30.
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Por Antonio Magalhães*
Que ninguém se engane. As ações do crime organizado espalham-se pelo país. O epicentro das facções é o Sudeste, Rio de Janeiro e São Paulo. Mas elas se ampliam para o Norte e Nordeste e estão mais visíveis na Bahia e no Ceará. E podem chegar logo, com força, em muitos estados. Não há vacina até agora para conter esta atividade que inclui a submissão das comunidades, o tráfico de drogas, assaltos a bancos, infiltração nos meios políticos e empresariais e no serviço público. E elas contam ainda com a simpatia de segmentos da sociedade pelos bandidos que são tratados como vítimas, enquanto criminalizam as verdadeiras vítimas.
Hoje, as favelas cariocas, paulistas e de outras capitais não tem moradores, mas, sim, reféns de criminosos. São usados como escudo humano para deter as investidas da polícia. As balas perdidas que os matam são sempre de fuzis policiais. É comparável a organizações terroristas, como os islâmicos Hamas e Hezbollah, ao controlar a população, o cotidiano dela, a cobrar e roubar os parcos ganhos do comércio da comunidade e ainda são beneficiadas financeiramente por “caridosas” ONGs que impõem o conteúdo ideológico à atividade criminal.
Leia maisA megaoperação policial na terça, 28, em duas favelas do Rio de Janeiro, controladas pela organização criminosa Comando Vermelho (CV), foi um freio de arrumação de curta duração. O próprio CV e outros grupos de bandidos vão continuar aterrorizando a população favelada e de fora da comunidade. Hoje, cerca de 8 mil km quadrados, 20% do território do Rio de Janeiro, está ocupado pelo crime organizado. E curiosamente as principais lideranças de facções encontram-se presas e dos presídios comandam seus territórios e as atividades criminosas em todo o país.
O balanço oficial da megaoperação desta semana, na Zona Norte do Rio, aponta o registro de 119 mortes, das quais 115 foram classificadas pela Secretaria de Segurança Pública como “narcoterroristas” e 4 policiais. O número de mortos, contudo, pode aumentar, porque moradores têm trazido cadáveres da mata próxima à favela. E para dar ideia midiática de uma chacina de jovens inocentes, parentes e colegas do tráfico foram flagrados em vídeo, disponível no YouTube, retirando uniformes de guerra camuflados dos mortos.
A operação resultou ainda em 113 prisões, incluindo 33 lideranças criminosas de outros estados, conforme informou o secretário de Segurança Pública, Felipe Curi. Foram apreendidos 10 adolescentes, 119 armas, entre elas a maioria sendo fuzis, além de milhares de munições, drones bombardeiros e toneladas de drogas, que ainda estão sendo contabilizadas.
O combate ao crime organizado tem sido um festival de irresponsabilidades. O governo federal vem adiando a reação às organizações criminosas – não se sabe se quer mesmo reagir – com a ilusória promessa da aprovação no Congresso de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que mudaria o perfil da ação policial no país, diminuindo a autonomia dos estados e centralizando tudo em Brasília, o que seria uma temeridade diante da expansão do autoritarismo governamental e o já péssimo gerenciamento da área de segurança pública federal. Principalmente num país que tem uma Educação gerida por incompetentes e uma Saúde que provoca mais doenças.
O jogo de ‘empurra com a barriga’ entre governo central e estados terminou esta semana no Rio de Janeiro, quando o governador Cláudio Castro agiu e promoveu a operação policial por conta própria. Na entrevista à imprensa, ele disse que o Rio ficou sozinho nesta batalha. A ajuda federal não veio. E por isso foi criticado, na própria terça-feira em meio à operação, pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que reagiu informando que nada foi pedido, uma lorota desmentida por fatos anteriores à operação policial que foi planejada por um ano de investigações.
Ontem, 29, de cabeça baixa, o ministro Lewandowski passou recibo do descaso com o Rio. Levou uma comitiva da segurança pública federal e anunciou uma ação integrada contra o crime organizado. Com o semblante sério, o governador aceitou o apoio tardio.
Sabe-se que a espera pela aprovação e implementação proposta pela PEC da Segurança expõe a população ao crime incontido em conluio, muitas vezes, com autoridades que deveriam combatê-lo. A iniciativa do governador do Rio foi exemplar. Mostrando que não se deve esperar muito do governo federal – a polícia ou o exército -. E essas ações estaduais têm dado certo em outros locais com problemas de menor dimensão, como Goiás, onde o governador Ronaldo Caiado conseguiu vitórias importantes contra o crime, como informou em Podcast deste blog. “O bandido ou deixa o estado ou muda de profissão”, afirmou. Melhorou muito a segurança dos goianos.
Por sua vez, o governo federal vem resistindo a classificar o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) como organizações terroristas, como pediu ao Brasil o governo de Donald Trump. O pedido foi negado por Lula. Há o temor entre os governistas de que policiais americanos venham atuar diretamente no combate a esses criminosos. Para encobrir a recusa, os petistas alegaram a combinação de razões jurídicas, políticas e diplomáticas. Segundo eles, a Lei Antiterrorismo (Lei nº 13.260/2016) define que atos terroristas tenham, entre outros fatores, motivação ideológica, política, religiosa ou xenofóbica, além de intenção de provocar terror generalizado na população.
Ora, mas não é o que fazem essas organizações criminosas nacionais. Aterrorizam todos. Mantêm a população nas favelas submetida à extorsão, ameaçada de morte pela força das armas contrabandeadas, assediando jovens para participarem do tráfico de drogas. Isto é a imposição violenta dos bandidos sobre o cidadão comum. Não seria uma luta de classes, senhores juristas, o criminoso opressor contra o morador oprimido? A interpretação jurídica é livre nesses tempos togados. E assim o crime avança. É isso.
*Jornalista
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