A toque de caixa, sem ter o menor critério técnico e, principalmente, de experiência em gestão pública, a Comissão de Justiça da Assembleia Legislativa aprovou, ontem, por unanimidade, o nome de Thallyta Figuerôa para administrar a complexa ilha de Fernando de Noronha.
Se os deputados tivessem pelo menos passado o olho rapidamente no currículo da indicada pela governadora Raquel Lyra (PSDB) constatariam que há completa falta de experiência da parte dela que justifique seu nome para o posto. A “vasta” experiência de Thallyta, enquanto administradora, se deu apenas como titular e executiva na secretaria de Desenvolvimento Rural de Caruaru, além de ocupar por pouco mais de um ano a presidência da Central de Abastecimento de Caruaru (CEACA).
No mais, a vivência profissional da provável nova administradora da Ilha, que a julgar pelo currículo, nunca pisou sequer em Noronha para entender o funcionamento do arquipélago e suas necessidades, se deu como assistente administrativo em órgãos públicos da chamada Capital do Agreste.
Resta saber se, na votação em plenário, na próxima terça-feira, as 49 excelências parlamentares também venham a fechar os olhos para essa situação. É bom lembrar que o Governo Paulo Câmara deixou uma pendenga judicial do Estado com a União na questão ambiental da ilha que exige, no mínimo, alguém que saiba transitar nos corredores do poder, em Brasília, sem precisar de cartão de apresentação.