Já no Tio Armênio, QG da família nos jogos do Brasil, para torcer pela Argentina. No grupo, apenas um dissidente, o meu caçula João Pedro, fazendo figa pela França.
Já no Tio Armênio, QG da família nos jogos do Brasil, para torcer pela Argentina. No grupo, apenas um dissidente, o meu caçula João Pedro, fazendo figa pela França.
O Diário Oficial de ontem (15) trouxe a oficialização do que já vinha sendo especulado há alguns dias: a saída de Fúlvio Wagner da presidência da Empresa Pernambuco de Comunicação, para assumir uma função estratégica na comunicação institucional do Estado.
Com experiência em rádio e TV, e integrante do núcleo de confiança da governadora Raquel Lyra (PSD), o comunicador será o secretário executivo da pasta comandada por Rodolfo Costa Pinto, auxiliando na relação com a imprensa e divulgação das ações da gestão. O cargo era exercido por Diego Abreu, que foi exonerado e, até então, não apareceu nomeado em outra função. As informações são do blog Cenário.
Já Thaís Toledo assumiu a vice-presidência da EPC, mas Fúlvio, embora tenha sido exonerado do cargo de presidente, foi designado em nova portaria para assumir o comando da empresa pública.
A mudança acontece em um momento estratégico para o Governo, que pretende massificar as informações sobre o que Raquel Lyra vem realizando e pretende entregar ao longo de 2026. A missão dele será justamente fazer com que chegue até às pessoas, as ações que o Governo vem desenvolvendo.

Do Metrópoles
A operação da Polícia Federal (PF) que mirou um esquema de fraudes em licitações voltadas a compras de material escolar em prefeituras do interior de São Paulo teve como um dos alvos o empresário Daniel Lancaster, filho do ex-deputado estadual Gil Lancaster.
A investigação da PF aponta que Daniel atuou como uma espécie de operador financeiro informal por meio de suas empresas, cujas contas teriam sido utilizadas para a lavagem de dinheiro proveniente de contratos suspeitos da empresa Life Tecnologia com municípios.
Leia maisO dono da Life, André Mariano, é apontado pela PF como o líder do esquema, que teria movimentado cerca de R$ 111 milhões por meio de contratos suspeitos de corrupção com quatro prefeituras do interior paulista: Hortolândia, Sumaré, Limeira e Morungaba.
A operação Coffee Break, realizada na última quarta-feira (12) pela Polícia Federal, prendeu Mariano e outras quatro pessoas, incluindo o vice-prefeito e o secretário de Educação de Hortolândia. Cerca de 50 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
Dinheiro bloqueado
Daniel Lancaster foi alvo de busca e apreensão em um endereço em Barueri, teve o sigilo telemático quebrado e uma de suas empresas, a Metrópole Soluções, teve R$ 187 mil bloqueados pela Justiça. De acordo com a PF, a conta da empresa foi indicada por um intermediador de André Mariano para o recebimento dos valores ilícitos.
“Para o recebimento de valores da Life, João [apontado como um intermediador] teria indicado para André Mariano conta da Metrópole Soluções, cujo sócio formal é Daniel Lancaster Gonçalves Grassano de Moraes, o qual, ao menos entre 2019 e 2020, ocupou cargo comissionado no município de Cajamar (SP)”, diz a PF.
Ainda segundo a investigação, empresas de fachada ligadas a doleiros e usadas para lavagem de dinheiro da organização também remeteram recursos para a Lancaster Holding Administradora de Bens, vinculada a Daniel.
O Metrópoles não conseguiu contato com Daniel e Gil Lancaster. O espaço segue aberto para manifestação.
Cajamar e Barueri
Entre 2019 e 2020, Daniel Lancaster ocupou dois cargos comissionados na prefeitura de Cajamar, na Grande São Paulo. Em 6 de agosto de 2019, foi nomeado pelo então prefeito Danilo Joan (PSD) como assessor especial. Em 30 de dezembro do mesmo ano, Lancaster foi exonerado do cargo.
Já em 2 de janeiro de 2020, dias depois da exoneração, foi renomeado como oficial executivo do prefeito, nomeação também assinada por Danilo Joan.
O Metrópoles mostrou que Joan e o atual prefeito de Cajamar, Kauan Berto, que é seu aliado, são investigados pela Polícia Civil por um suposto esquema de desvios no município. Os contratos suspeitos somam R$ 875 milhões.
Além de Cajamar, Daniel Lancaster tem ligações com a política de Barueri. Ele é genro do ex-prefeito Gil Arantes e, até as eleições municipais de 2024, ocupava o cargo de presidente do diretório do PP em Barueri.
Na campanha eleitoral do ano passado, Lancaster participou de um evento de campanha do então candidato Gil Arantes, que acabou perdendo o pleito no município. Em publicação no perfil oficial do PP de São Paulo, o empresário aparece discursando aos presentes.
Operação Coffee Break
Uma mulher morreu e outras três pessoas ficaram feridas após um grave acidente por volta das 7h30 da manhã deste domingo (16) na rodovia estadual PE-360, nas proximidades da conhecida curva do Airi, no município de Floresta, no Sertão de Pernambuco. As informações são do blog do Elvis.
De acordo com informações apuradas pela reportagem do blog do Elvis, as vítimas são da cidade de Ibimirim e viajavam em um Corsa Classic com destino a Floresta, onde participariam de um evento católico. Durante o trajeto, o motorista teria perdido o controle do veículo, que saiu da pista e capotou.
A vítima fatal foi identificada, até o momento, apenas pelo nome de Quitéria. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local. As três pessoas que sobreviveram ao acidente foram socorridas e encaminhadas para o Hospital Municipal de Floresta, onde receberam atendimento médico. Não há detalhes oficiais sobre o estado de saúde delas.
A curva do Airi é conhecida pela grande quantidade de acidentes e pela péssima sinalização, segundo relatos de moradores e motoristas que trafegam pela região. A comunidade cobra providências urgentes do Governo do Estado para reforçar a segurança do trecho e evitar novas mortes. As causas do acidente ainda serão investigadas.
Retomo minha agenda de palestras e lançamentos de “Os Leões do Norte” amanhã pela cidade de Pedra, bacia leiteira do Estado, produtora de queijos e manteiga de qualidade. O evento, que conta com o apoio do prefeito Júnior Vaz (PV), está marcado para o Espaço Dona Vilma, a partir das 13 horas.
Na terça-feira, tenho jornada dupla: logo cedo, às 8 horas, em Bom Jardim, na quadra esportiva Dr. Oswaldo Lima Filho, anexa à Escola Municipal 19 de Julho, no bairro Noelândia, com apoio do prefeito Janjão (UB), que estará presente com toda sua equipe, diretores de escolas e professores, além de vereadores.
Leia maisAinda na terça, estarei em Itaíba, no Agreste Meridional, a partir das 19 horas, na Câmara de Vereadores, com apoio e a presença do prefeito Pedro Pilota (Republicanos), da ex-prefeita Regina da Saúde, candidata a deputada estadual, secretários, vereadores, professores e estudantes.
“Os Leões do Norte” é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
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Do Poder360
O ex-deputado federal Aldo Rebelo (MDB), 69 anos, voltou a criticar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), classificando a COP30 como um “fiasco político”. Em vídeo publicado ontem (15), o ex-ministro afirmou que o encontro climático em Belém (PA) teve pouca participação de líderes estrangeiros e acusou o Palácio do Planalto de permitir que a Amazônia permaneça com os piores indicadores sociais do país.
Aldo Rebelo disse que a conferência foi esvaziada e que países centrais das discussões climáticas não compareceram. “Não veio o presidente dos Estados Unidos, que além de não comparecer retirou-se da conferência de Paris e não mandou nem o porteiro da Casa Branca. Não veio o presidente da Rússia. Não veio o presidente do Uruguai, do Paraguai, da Argentina. Ou seja, os Brics e o Mercosul não apareceram por aqui”, declarou.
Leia maisA COP 30 é um fiasco político. pic.twitter.com/T4OeMb6GDJ
— Aldo Rebelo (@aldorebelo) November 15, 2025
Segundo ele, até o evento organizado pela primeira-dama, Janja, teve baixa presença. “Não tinha nem gente para o coquetel que a primeira-dama organizou e que chegou atrasada também. Foi um fiasco político.”
O ex-deputado também criticou Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, e Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas. Disse que ambas participam da marcha climática e depois “voltam para São Paulo, onde têm domicílio e mandato”, enquanto a Amazônia “fica entregue ao seu destino”.
Rebelo citou indicadores sociais e afirmou que a região mantém “as maiores taxas de analfabetismo, doenças infecciosas, mortalidade infantil e os piores números de saneamento básico e acesso à energia elétrica”. Para ele, a marcha climática realizada na COP30 seria “uma atividade esvaziada” e contrária ao desenvolvimento regional.
Histórico
A crítica se soma à linha que Rebelo vem adotando nas últimas semanas. Em 8 de novembro, ele publicou outro vídeo em que acusou ONGs de “controlarem” o Ministério do Meio Ambiente e afirmou que existe uma “caixa-preta” dentro do Estado brasileiro.
Ex-ministro da Defesa (2015-2016), ex-ministro da Ciência e Tecnologia (2015), ex-ministro do Esporte (2011-2015), ex-ministro da Secretaria de Coordenação Política da Presidência da República (2004-2005) e ex-presidente da Câmara dos Deputados (2005-2007), Aldo Rebelo foi deputado federal por seis mandatos consecutivos, a partir de 1991, sempre eleito pelo Estado de São Paulo.
Foi por muitos anos do PC do B, legenda na qual militou desde o movimento estudantil nos anos 1970 e 1980. Afastou-se do partido em 2017, passou por outras siglas e é filiado ao MDB desde 2024.
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O presidente da Associação de Empresários do Brasil (AEBR), Fernando Mendonça, fez um apelo pela preservação das praias ao divulgar um vídeo em que aparece recolhendo lixo na areia: “Todos nós somos responsáveis pela limpeza desse mar. A gente se alimenta dos peixes, temos que ser educados, mas acima de tudo ter a consciência de que o mar é para todos e de que quem suja está prejudicando”, afirmou.
Não esperava, confesso, tamanha repercussão entre os leitores da minha crônica domingueira de hoje, relatando o início de carreira no Diário de Pernambuco, ao mesmo tempo uma homenagem ao bicentenário do jornal mais antigo em circulação na América Latina.
“Acabo de ler sua crônica domingueira de hoje sobre os anos dourados do Diário. Sua escrita é fluida e ágil, além de prazerosa”, escreveu o cantor e compositor Geraldo Maia, a quem fiz uma visita, ontem, em Taquaritinga do Norte, onde mora numa aconchegante casa em um sítio.
Leia mais“Grande Magno, sinto-me honrado com a citação do meu nome na sua auspiciosa crônica domingueira entre os personagens que povoavam a redação do icônico Diário. Somos todos diaristas na vida e nas letras”, enviou o jornalista José Adalberto Ribeiro, colunista político na época em que, aos 17 anos, imberbe, pisei pela primeira vez na redação do Diário de Pernambuco.
“Bela crônica. O Diário foi isso e muito mais”, reagiu, por sua vez, o jornalista Antônio Magalhães, o Tonico, que foi editor de Economia e também de Política do velho DP. “Magno, acabei de ler sua crônica domingueira. Como eu, você venceu no sofrimento, na pancada, mas isso faz parte da vida e só nos estimula para nunca esmorecer”, escreveu Ivan Feitosa, diretor da rádio Cidade, de Caruaru.
“Caro Magno, na condição de leitor de tudo e de todos (inclusive dos colegas blogueiros), li vossa crônica com esmerada atenção e gosto. A ‘desvantagem’ é que estou impactado pelo saudosismo daqueles tempos bons que também eu passei no velho DP, de 1978 a 1986. Devo dizer que fui transportado ao passado, por tudo o que lá vivenciei. Nem sei se teria algo mais a dizer, diante dessa preciosidade escrita. Parabéns, meu caro magnânimo Magno Martins”, escreveu o jornalista Luiz Machado.
“Bom dia, Magno! É por isso que a diferença entre a qualidade, o aprofundamento e a checagem da notícia do jornalismo impresso jamais será superado pela mídia digital. Uma coisa é o texto impresso, contextualizado, bem apurado, e outra é a fofoca em disparada por um simples clique eletrônico. Esta última tem o poder de disseminar a mentira em alta rotatividade igual à Vizinha Faladeira. Todavia, jamais terá a verdade absoluta. Desconfio sempre de tudo que recebo pelo celular. Ótima crônica”, escreveu o jornalista Muciolo Ferreira.
“Eu era crianca quando lia o Clube das Leitoras e brincava de ser jornalista com uma máquina de escrever Olivetti, manual da minha mãe, que foi da primeira turma de jornalistas da Unicap. Meu primeiro estágio e depois emprego foi na Rádio Clube e cheguei a transmitir várias vezes o Carnaval e eventos políticos da varanda do Diário. Conheci alguns nomes citados no texto, todos, como vc, fazem parte de uma imprensa de texto forte e e apuração profunda. Referências para qualquer foca”, escreveu minha amiga Carol Fleisch, jornalista que atuou também em vários veículos e em Fernando de Noronha.
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A OAB Subseccional de São José do Egito inicia amanhã (17) e segue na terça-feira (18) um dos roteiros institucionais mais extensos de 2025, com ações simultâneas em cinco municípios do Sertão do Pajeú. A programação reúne inaugurações, requalificações de equipamentos públicos, instalação de Casas de Justiça e Cidadania, entrega de títulos de cidadania e etapas do projeto Moradia Legal, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). As atividades começam em São José do Egito, com a inauguração do Núcleo da Defensoria Pública e a entrega de títulos de propriedade a famílias do conjunto habitacional Júnior Valadares.
Na terça-feira (18), a agenda segue por Tuparetama, Santa Terezinha, Brejinho e Itapetim, com a presença de magistrados, autoridades municipais e estaduais e representantes da advocacia. Em Tuparetama, serão entregues títulos de cidadania ao desembargador Mozart Valadares e à presidente da OAB-PE, Ingrid Zanella, além da instalação da Casa de Justiça e Cidadania. Em Santa Terezinha e Brejinho, novas homenagens reconhecem o trabalho de defensores, promotores, delegados e lideranças da advocacia, enquanto Itapetim recebe requalificação do fórum e inauguração de mais uma Sala da OAB.
O encerramento ocorre em São José do Egito, com audiência pública do Moradia Legal, reforçando o compromisso regional com a regularização fundiária e o direito à moradia. Para a presidente da Subseccional, Hérica Nunes Brito, o roteiro representa “um dos maiores ciclos de entregas institucionais já realizados no Sertão do Pajeú”, fruto da parceria entre OAB, TJPE, Defensoria e gestores municipais. Segundo ela, a participação da presidente da OAB-PE, Ingrid Zanella, homenageada em duas cidades, reforça o compromisso da Seccional com a interiorização da advocacia.
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, cumpre agenda na COP30, em Belém (PA), amanhã (17). Ele participa de um painel sobre a “Proteção social flutuante e territorial das populações vulneráveis no contexto da crise climática”, quando apresentará ao público a política do PREVBarco no atendimento a comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas. Também participam do Painel o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, e a Secretária-Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (Conselhão), Raimunda Monteiro.
Criado com o objetivo de levar o atendimento de serviços previdenciários a populações de regiões mais remotas e isoladas da Região Norte do Brasil, o PREVBarco existe há 28 anos e já transformou a vida de mais de 2 milhões de pessoas, que antes precisavam enfrentar longas e custosas viagens para chegar a uma agência física. Em 2025, as cinco embarcações em funcionamento pelo INSS percorrerão mais de 100 municípios brasileiros.
Previdência Social e os impactos climáticos
Nos últimos 10 anos, 83% dos municípios brasileiros sofreram com desastres naturais. Só em 2023, a Previdência Social fez um repasse emergencial de R$ 1,21 bilhão aos municípios que enfrentaram desastres associados a eventos extremos, como as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024 e os deslizamentos em Petrópolis (RJ) em 2023.
No último dia 7, o estado do Paraná, atingido pelo tornado que assolou o município de Rio Bonito do Iguaçu, o INSS agiu rapidamente e promoveu três ações para atender a população local: antecipou o pagamento para o próximo dia 24 para todos os beneficiários; disponibilizou como empréstimo renda extra no valor de um benefício – sem juros e com o prazo de até 90 dias para começar a pagar; e está priorizando a análise dos requerimentos de benefícios dos moradores do município atingido.
Por Inácio Feitosa*
Com mais de 85% dos municípios brasileiros integrados a algum consórcio público, o modelo de cooperação intermunicipal já se consolidou como um dos caminhos mais eficientes para enfrentar desafios estruturais da gestão pública. Em um cenário de demandas crescentes e recursos limitados, os consórcios surgem como alternativa capaz de ampliar serviços, reduzir custos e oferecer soluções que, isoladamente, seriam inviáveis para a grande maioria das cidades.
Regulamentados pela Lei nº 11.107/2005, eles permitem que municípios unam esforços para áreas como saúde, resíduos sólidos, saneamento básico, meio ambiente, turismo, compras compartilhadas e desenvolvimento regional. Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), o país conta atualmente com 723 consórcios ativos, reunindo 4.783 cidades — um dado que traduz a força e a maturidade do modelo. É nesse contexto que ganha destaque a figura do chamado “superprefeito”, o gestor eleito pelos demais chefes do Executivo para representar institucionalmente o consórcio e conduzir projetos que ultrapassam os limites geográficos de seu município.
Leia maisPresidir ou dirigir um consórcio público é muito mais do que assumir uma função administrativa. É coordenar interesses políticos, técnicos e operacionais de múltiplas cidades, todas com necessidades e capacidades distintas. A tarefa, muitas vezes extenuante, exige habilidade de negociação, firmeza decisória, gestão de conflitos e visão regional. Os presidentes e diretores executivos desses arranjos lidam com pressões constantes por resultados, mantêm articulação com governos estaduais e federal, dialogam com órgãos de controle e administram uma estrutura que precisa funcionar com eficiência e transparência. A entrega de resultados — e, sobretudo, a manutenção da coesão entre os municípios consorciados — depende da compreensão de que o sucesso do consórcio exige apoio político, corresponsabilidade e confiança mútua entre os prefeitos participantes.
A formação de um consórcio começa pelo protocolo de intenções, documento que estabelece regras, objetivos e responsabilidades. Cada município precisa aprovar esse protocolo por meio de lei específica, garantindo segurança jurídica ao arranjo. Somente após essa etapa é celebrado o contrato do consórcio e eleita a sua liderança. Esse processo evidencia que os consórcios não são estruturas improvisadas, mas organizações planejadas, com governança própria e sustentação legal sólida.
Na prática, os consórcios avançam de maneira mais consistente em áreas onde os municípios enfrentam maiores limitações individuais, especialmente na saúde. Unidades regionais, contratação conjunta de especialistas, aquisição de equipamentos e organização de redes de atendimento transformaram a realidade de regiões inteiras. Cidades que antes não tinham acesso a exames de alta complexidade passaram a contar com serviços integrados, diminuindo filas, ampliando diagnósticos e fortalecendo o SUS. Além da saúde, áreas como meio ambiente, resíduos sólidos, turismo, agricultura e segurança pública também registram avanço expressivo dentro do modelo.
Os resultados são mensuráveis. Estudos indicam que municípios consorciados podem reduzir em até 5% suas despesas correntes per capita, sem prejuízo da qualidade dos serviços. A economia de escala gerada pelas compras compartilhadas, a otimização de equipes técnicas e a eliminação de duplicidades contratuais fortalecem a capacidade do poder público de investir melhor e entregar mais. Em muitas regiões, a formação de consórcios permitiu que pequenas cidades alcançassem padrões de gestão que antes eram possíveis apenas em grandes centros urbanos.
Esse avanço, entretanto, exige capacitação constante dos gestores. Para atender essa demanda, o Instituto Igeduc realizará no Recife um curso executivo sobre consórcios públicos, reunindo especialistas nacionais para discutir modelo jurídico, governança, sustentabilidade financeira, prestação de contas e desafios operacionais. A proposta é preparar prefeitos, secretários e equipes técnicas para liderarem arranjos cooperativos com eficiência e responsabilidade, fortalecendo ainda mais esse instrumento de desenvolvimento regional.
O “superprefeito” não é alguém com superpoderes, mas um gestor com visão ampliada, capaz de perceber que administrar uma cidade hoje significa compreender que problemas, soluções e oportunidades não respeitam fronteiras municipais. Os consórcios públicos representam essa nova lógica: colaborativa, técnica, econômica e orientada a resultados. Com quase todos os municípios brasileiros já integrados a algum arranjo cooperativo, o futuro da gestão pública no país é, inevitavelmente, interligado — e cresce na velocidade em que prefeitos entendem que, juntos, avançam mais.
*advogado, escritor e Fundador do Instituto IGEDUC | projetos@igeduc.org.br
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A expectativa no Supremo Tribunal Federal (STF) é de que o desfecho do julgamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fique para 2026, após ele ser transformado em réu de forma unânime pela Primeira Turma da Corte. Ele responde por tentar interferir no julgamento da trama golpista em favor do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações são do blog da Andréia Sadi, do portal g1.
Isso ocorre porque a Turma pretende concluir os julgamentos de todos os núcleos que envolvem a trama da tentativa de golpe de estado antes de avaliar a denúncia contra Eduardo, conforme apurou a reportagem com fontes ligadas ao STF.
Leia maisAo todo, cinco núcleos compõe o julgamento da trama golpista. São eles:
Todos os ministros integrantes da Primeira Turma — formada por Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia — votaram a favor de acolher a denúncia da PGR para tornar o deputado réu. O colegiado está sem um integrante desde que Luiz Fux passou a integrar a Segunda Turma do Supremo.
A avaliação é que o julgamento dos outros quatro núcleos da trama golpista torna impossível a análise do caso de Eduardo ainda em 2025. Atualmente são julgados os integrantes do Grupo 4, acusados de disseminarem desinformação e de ataques virtuais a autoridades.
Além da fila de processos, o julgamento de Eduardo Bolsonaro pode ser afetado por ele ter sido denunciado conjuntamente com o influencer Paulo Figueiredo, que não tem domicílio no Brasil. Esse fato torna mais difícil, por exemplo, notificá-lo para apresentar defesa.
Caso seja condenado em um eventual julgamento na Corte, Eduardo Bolsonaro pode ficar inelegível para eleição de 2026.
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Do Poder360
O Chile realiza eleições presidenciais neste domingo (16) sem que os eleitores saibam o cenário real da disputa entre os candidatos. A lei chilena número 18.700, conhecida como Lei Orgânica Constitucional sobre Votações Populares e Escrutínios, proíbe a publicação de pesquisas eleitorais nos 15 dias que antecedem a eleição. Por isso, não é possível saber quem realmente lidera as intenções de votos dos eleitores.
Nas últimas principais pesquisas eleitorais realizadas no país, ainda no fim de outubro, a ex-ministra do Trabalho Jeannette Jara (Partido Comunista, esquerda), aliada do atual presidente Gabriel Boric (Frente Ampla, esquerda), aparecia na frente na preferência do eleitor para a presidência no Chile. A lei que proíbe a divulgação de levantamentos no período foi promulgada em 19 de abril de 1988.
Leia maisNa pesquisa realizada pela AtlasIntel e Bloomberg, de 25 a 30 de outubro, o cenário para o 1º turno ficou assim:

Além de presidente, os chilenos votarão também para deputados e senadores. Serão renovados 155 assentos da Câmara e 23 dos 50 do Senado.
Além de Jara, disputam o pleito presidencial José Antonio Kast (Partido Republicano, direita), Evelyn Matthei (União Democrática Independente, centro-direita), Johannes Kaiser (Partido Nacional Libertário, direita) e Franco Parisi (Partido do Povo, direita). Uma pesquisa da AtlasIntel de outubro mostra Jara à frente, com 32,7% dos votos, contra 20,1% de Kast e 13,8% de Matthei.
Levantamentos anteriores já mostravam cenário favorável para a candidata governista — e a única de esquerda com mais de 10% das intenções de voto — desde agosto. As pesquisas de outubro projetam a ex-ministra alguns pontos percentuais à frente de Kast — que disputou o 2º turno em 2021 contra Boric.
No entanto, em um provável 2º turno, marcado para 14 de dezembro —caso nenhum candidato alcance mais de 50% + 1 dos votos válidos no domingo —, o cenário muda. Segundo a AtlasIntel, Jara perderia para todos os adversários. Contra Kast, a diferença seria de 8 pontos percentuais — 47% X 39%.

A projeção mais favorável aos candidatos de direita no 2º turno é reflexo das dificuldades de Boric em cumprir as promessas de seu mandato, como a reforma da Constituição, que continua a mesma desde a ditadura de Augusto Pinochet (1915-2006), que governou o país de 1973 a 1990. O mandato é de 4 anos para deputados e presidente e de 8 anos para os senadores.
Eis os principais candidatos ao cargo de presidente e suas intenções de voto segundo a média das pesquisas compiladas pelo Radar Electoral, em 1º de novembro:
• Jeannette Jara (Partido Comunista do Chile, esquerda) – 28,58%;
• José Antonio Kast (Partido Republicano, direita) – 19,93%;
• Johannes Kaiser (Partido Nacional Libertário, direita) – 15,66%;
• Evelyn Matthei (União Democrática Independente, direita) – 14,18%.
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