O ministro Alexandre de Moraes determinou a devolução do equipamento apreendido pela Polícia Federal (PF) com o hacker Thiago Eliezer Martins Santos, investigado sob suspeita de envolvimento com a deputada Carla Zambelli na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023.
Moraes aceitou a solicitação de Martins após manifestação favorável da PF e da Procuradoria-Geral da República (PGR). No pedido, o hacker argumentou não ter sido indiciado pela PF ao final das investigações, que resultaram na condenação de Zambelli a 10 anos de prisão. As informações são do portal Metrópoles.
Leia mais“É crucial destacar que, após exaustiva investigação, Thiago Eliezer Martins Santos não foi indiciado pela autoridade policial, tampouco denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), não se comprovando qualquer envolvimento seu com a prática dos crimes”, afirmou a defesa de Martins.
Em seu parecer, a PF alegou que o aparelho celular, o notebook e dois HDs apreendidos com o hacker passaram por perícia e não foi encontrado nenhum elemento que apontasse a participação de Martins na invasão ao sistema do CNJ.
“Todos os procedimentos periciais obtiveram êxito na extração do conteúdo e posterior categorização por meio do software forense Indexador e Processador de Evidências Digitais (IPED)”, relatou o delegado responsável pelo inquérito, Fabio Shor.
Prazo para retirada
Dessa forma, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu a solicitação e determinou um prazo de 30 dias para que o equipamento seja retirado. “No caso específico, há ausência de interesse na manutenção da apreensão dos bens apreendidos, conforme manifestação da Polícia Federal, inclusive que os dispositivos apreendidos já foram periciados, não havendo dúvida, ainda, quanto à propriedade lícita dos bens”, argumentou Moraes.
“A retirada dos referidos itens deve ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias, de modo que autorizo a destruição dos equipamentos se não forem retirados nesse prazo”, afirmou o ministro, na decisão.
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Por Jorge Henrique Cartaxo e Lenora Barbo*
Especial para o Correio Braziliense
“No sábado, 7 de agosto de 1976, o país levou um susto com o alarme falso de que Juscelino havia morrido em um desastre de automóvel na estrada Rio–São Paulo. O desmentido só veio à noite, nos jornais, e no dia seguinte, no Fantástico, da TV Globo.
Do Rio, pressionada pela reportagem do Jornal do Brasil, Sarah Kubitschek ligou para Vera Brant, amiga de JK em Brasília. Vera recebeu também telefonemas dos jornalistas Carlos Castelo Branco e Hélio Doyle.
Leia maisFoi imediatamente à fazendola de Juscelino, em Luziânia, a 70 quilômetros de Brasília. Encontrou-o, como sempre, extrovertido, mas cercado de jornalistas e muito intrigado. Quando a imprensa saiu, Vera lhe disse:
— Juscelino, acho que jogaram esse alarme falso para avaliar que tipo de emoção causaria no país a sua morte. Cuidado, que vão matar você.
— Olha, Vera, sem brincadeira, acho que só com a minha morte será possível o processo de redemocratização. Eles temem demais a minha volta.
Dois dias depois (9 de agosto), Juscelino desembarcava no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, recebido por seu amigo Serafim Jardim:
— Presidente, o senhor nos deu um susto anteontem!
— Serafim, esses canalhas sonham com a minha morte.
Mais dois dias (11 de agosto), JK voltou a Brasília e, no bar do Hotel Eron, abatido, deprimido, olhando o Eixão de Brasília todo iluminado lá embaixo, disse a Vera Brant e Olavo Drummond:
— Será que não verei minha pátria livre nunca mais?
No dia 22 de agosto, JK ia de São Paulo para o Rio, pela Via Dutra, e, em Resende, o carro dirigido pelo motorista Geraldo, com ele no banco de trás, recebeu uma fechada. Segundo testemunhas, ouviu-se um estampido; o veículo desgovernou-se para a pista contrária e bateu de frente numa carreta.
Os dois morreram na hora. Quando a polícia chegou, alguns senhores de terno, cabelo curto e óculos escuros fotografavam os corpos. Disseram-se repórteres e saíram rápido numa Caravan marrom, placa 0001.
No necrotério de Resende, para onde foram levados, tropas do Exército cercaram o caixão do motorista, não deixando ninguém aproximar-se. Já o de JK podia ser visto por quem quisesse. Anos depois, em 1996, o amigo Serafim Jardim conseguiu a exumação dos corpos, constatando-se o crânio do motorista perfurado por um artefato metálico, apontado como ‘prego do caixão’”.
Essa história está contada em Folclore político — Sebastião Nery — Geração Editorial, 2002. Nery (1932–2024) foi jornalista, deputado federal, adido cultural do Brasil em Paris e em Roma. Como homem de imprensa, notabilizou-se pelo brilho, talento, humor e seriedade.
Todas as investigações sobre a morte de JK sempre concluíram pelo “fator acidental”. O atentado jamais seria comprovado exatamente. De todo modo, o relato de Sebastião Nery, com seus atores e personagens, e a crônica anunciada da tragédia, trazem para a cena histórica do país o impacto do destino contra a virtude pública. Dom Pedro II foi escorraçado do Brasil numa madrugada fria e solitária. Getúlio tiraria a própria vida com um tiro no coração, numa manhã de agosto. Juscelino teria a vida interrompida na penumbra de uma cena irresoluta. Menos de dez anos depois, o também mineiro, parceiro e amigo de Getúlio e de JK, Tancredo Neves seria traído pela saúde na véspera de sua posse como presidente da República, em 1985.
JK, o herói deste texto, como seu contemporâneo Winston Churchill, era destemido e determinado na batalha, porém magnânimo na vitória. Como homem que enfrentou, com rara coragem e sabedoria, as glórias e os infortúnios do seu tempo, Juscelino nos remete ao shakespeariano Benvolio. Primo e amigo de Romeu, Benvolio Montague, no clássico Romeu e Julieta, exerce o papel de mediador e pacificador na sangrenta disputa movida pelo ódio e pelos ressentimentos entre as famílias Montéquio e Capuleto. A raiz latina bene (bom) e volo (desejo) constitui o significado do nome Benvolio: benevolente e pacificador. Assim era o cidadão e homem público Juscelino Kubitschek, em seus passos pela nação, buscando o diálogo entre a opulência e a miséria, a brutalidade e a cordialidade, os descaminhos e o destino.
Jan Nepmuk Kubícek, bisavô de Juscelino, marceneiro de grande talento, nasceu na Boêmia durante o Império Austro-Húngaro (não havia ainda a República Tcheca). Ruivo e de olhos azuis, Jan chegou ao Brasil em 1835 e logo teve seu nome abrasileirado: João Alemão. Em 1840, na região do Serro, em Minas, consta o primeiro registro de João Nepomuck Kubitschek no Brasil. Augusto Elias Kubitschek e João Nepomuceno Kubitschek, filhos de João, tiveram presenças distintas na história do País. Elias Kubitschek, comerciante de armarinhos, foi o pai de Júlia, mãe de Juscelino. Nepomuceno Kubitschek, tio-avô de JK, foi professor, advogado, jornalista, fazendeiro e vice-governador de Minas Gerais entre 1894 e 1898.
Juscelino nasceu em 1902 na cidade de Diamantina. Seu pai, João César Oliveira — caixeiro-viajante, garimpeiro e delegado de polícia — faleceu, vítima de tuberculose, em 1905. Com 32 anos, professora primária, Júlia teria que cuidar e educar duas crianças: Maria da Conceição, então com quatro anos, e Juscelino, então com três anos. Eufrosina, a primeira filha de Júlia, nascida em 1900, havia falecido nos primeiros meses de vida.
Em 1914, então com 12 anos, Juscelino ingressa no seminário diocesano de Diamantina. Em 1919, com o apoio de um tabelião da cidade, alterou sua certidão de nascimento para poder se inscrever em um concurso de telegrafista, em Belo Horizonte. Ele tinha 17 anos, e as inscrições não eram permitidas para menores de 18. Em maio de 1921, foi divulgada sua nomeação para telegrafista auxiliar. No ano seguinte, JK prestou vestibular e matriculou-se no curso de Medicina.
Em 1926, já concluindo o curso, iniciou suas atividades profissionais com o cunhado, Júlio Soares, na enfermaria da clínica de cirurgia da Santa Casa. Famoso entre os amigos pelo gosto de dançar, numa festa Juscelino conhece Sarah Gomes de Souza Lemos, filha do deputado federal Jaime Gomes de Souza Lemos. Em novembro de 1927, conclui o curso de medicina, passando a trabalhar em uma clínica particular, como assistente do professor Baeta Viana, e como médico da Caixa Beneficente da Imprensa Oficial do Estado.
Em 1930, Juscelino realiza sua primeira viagem à Europa, onde faria um curso rápido em Paris — três semanas — com o professor Maurice Chevassu. Antes do retorno ao Brasil, esteve em Viena, Berlim e na Tchecoslováquia. De volta a Paris, foi informado sobre a Revolução de 1930 e a vitória de Getúlio Vargas. Naquela mesma noite, ele e os amigos Cândido Portinari e Leopoldo Fróes comemoraram na noite parisiense.
De volta ao Brasil, em novembro de 1931, montou seu consultório, voltou a trabalhar na Santa Casa de Misericórdia e foi nomeado, com o apoio de Gustavo Capanema — então secretário de Justiça — médico da Força Pública. Iria servir como capitão-médico do Hospital Militar. Em dezembro, casou-se com Sarah na Igreja da Paz, em Ipanema, no Rio de Janeiro. Com a Revolução Constitucionalista de 1932, JK, como médico-militar, apoiou o governo Vargas nos combates na Serra da Mantiqueira.
Nomeado por Vargas como interventor federal no governo de Minas Gerais, Benedito Valadares convidou JK para sua chefia de gabinete. Com o prestígio do cargo, ele cuidou de preservar edifícios históricos em Diamantina e providenciou a construção de uma ponte sobre o Ribeirão do Inferno, que ligava Diamantina à cidade de Rio Vermelho. Em 1934, foi eleito deputado federal. Essa primeira experiência parlamentar foi curta.
Com o Estado Novo em 1937, o Congresso Nacional foi fechado. Em 1940, nomeado prefeito de Belo Horizonte, Juscelino consolida sua liderança no Estado e começa a aparecer no cenário nacional com a inauguração do Conjunto Arquitetônico da Pampulha e a famosa Exposição de Arte Moderna, em BH. Em 1945, com o fim do Estado Novo e a redemocratização do País, elege-se deputado federal para a Assembleia Nacional Constituinte. Em julho de 1950, foi indicado pelo PSD como candidato ao governo de Minas. Por ironia, disputou as eleições com o concunhado Gabriel Passos, casado com a irmã de Sarah.
“Energia e Transporte.” Foi esse o slogan de sua campanha. Minas, com suas montanhas, ainda era um Estado predominantemente rural e agrário. Desenvolvimentista e modernista, JK queria a indústria, a técnica e o fascínio das grandes cidades. Vitorioso, construiu mais de mil quilômetros de estradas, 251 pontes e 160 centros de saúde. Matriculou, até o final de seu governo, mais de um milhão de alunos — quando assumiu, eram 680 mil jovens estudantes. Criou a Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), aumentou de forma exponencial a capacidade energética do Estado com a construção de cinco usinas hidrelétricas e iniciou investimentos para a edificação de uma significativa e transformadora produção metalúrgica. Foi na inauguração da siderúrgica Mannesmann — à época um grande investimento de capital alemão — que Vargas fez sua última aparição pública, aceitando o convite de JK. O presidente da República se mataria dias depois. Juscelino foi o único governador do País a comparecer ao velório no Catete.
Eleito presidente da República em 1955, num cenário de tensão política e ameaças de golpe que o obrigaram a tomar posse, em janeiro de 1956, com o País em estado de sítio, Juscelino, enquanto presidente, manteria o mesmo vigor e a mesma ousadia que haviam caracterizado suas gestões como prefeito de Belo Horizonte e governador de Minas.
Com o slogan “Cinquenta anos em cinco”, JK impulsionou a industrialização no Brasil, de certo modo iniciada por Vargas, construiu Brasília e ofereceu ao mundo a feição da possibilidade de um novo país no concerto das grandes nações em reconstrução no Ocidente do pós-guerra. Com o desenvolvimentismo e seu arrojado Plano de Metas, fez convergir para a economia brasileira, entre 1956 e 1961, mais de dois bilhões de dólares em investimentos. O país crescia 7,9% ao ano. A consolidação do que então se entendia por progresso parecia inexorável. Não aconteceu exatamente assim, mas ele foi, depois de Vargas, o maior estadista da história republicana brasileira.
Veio a inflação e a concentração de renda. A eleição de Jânio Quadros e sua renúncia. A crise do governo João Goulart e o golpe de 1964. As perseguições, as injúrias, os processos, as intimidações, o exílio e o silêncio. A expectativa de um retorno triunfal até a morte surpreendente, em 1976.
*Jorge Henrique Cartaxo é jornalista e Diretor de Relações Institucionais do IHGDF | Lenora Barbo é arquiteta e Diretora do Centro de Documentação do IHGDF
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O Diário Oficial de ontem (15) trouxe a oficialização do que já vinha sendo especulado há alguns dias: a saída de Fúlvio Wagner da presidência da Empresa Pernambuco de Comunicação, para assumir uma função estratégica na comunicação institucional do Estado.
Com experiência em rádio e TV, e integrante do núcleo de confiança da governadora Raquel Lyra (PSD), o comunicador será o secretário executivo da pasta comandada por Rodolfo Costa Pinto, auxiliando na relação com a imprensa e divulgação das ações da gestão. O cargo era exercido por Diego Abreu, que foi exonerado e, até então, não apareceu nomeado em outra função. As informações são do blog Cenário.
Já Thaís Toledo assumiu a vice-presidência da EPC, mas Fúlvio, embora tenha sido exonerado do cargo de presidente, foi designado em nova portaria para assumir o comando da empresa pública.
A mudança acontece em um momento estratégico para o Governo, que pretende massificar as informações sobre o que Raquel Lyra vem realizando e pretende entregar ao longo de 2026. A missão dele será justamente fazer com que chegue até às pessoas, as ações que o Governo vem desenvolvendo.

Do Metrópoles
A operação da Polícia Federal (PF) que mirou um esquema de fraudes em licitações voltadas a compras de material escolar em prefeituras do interior de São Paulo teve como um dos alvos o empresário Daniel Lancaster, filho do ex-deputado estadual Gil Lancaster.
A investigação da PF aponta que Daniel atuou como uma espécie de operador financeiro informal por meio de suas empresas, cujas contas teriam sido utilizadas para a lavagem de dinheiro proveniente de contratos suspeitos da empresa Life Tecnologia com municípios.
Leia maisO dono da Life, André Mariano, é apontado pela PF como o líder do esquema, que teria movimentado cerca de R$ 111 milhões por meio de contratos suspeitos de corrupção com quatro prefeituras do interior paulista: Hortolândia, Sumaré, Limeira e Morungaba.
A operação Coffee Break, realizada na última quarta-feira (12) pela Polícia Federal, prendeu Mariano e outras quatro pessoas, incluindo o vice-prefeito e o secretário de Educação de Hortolândia. Cerca de 50 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
Dinheiro bloqueado
Daniel Lancaster foi alvo de busca e apreensão em um endereço em Barueri, teve o sigilo telemático quebrado e uma de suas empresas, a Metrópole Soluções, teve R$ 187 mil bloqueados pela Justiça. De acordo com a PF, a conta da empresa foi indicada por um intermediador de André Mariano para o recebimento dos valores ilícitos.
“Para o recebimento de valores da Life, João [apontado como um intermediador] teria indicado para André Mariano conta da Metrópole Soluções, cujo sócio formal é Daniel Lancaster Gonçalves Grassano de Moraes, o qual, ao menos entre 2019 e 2020, ocupou cargo comissionado no município de Cajamar (SP)”, diz a PF.
Ainda segundo a investigação, empresas de fachada ligadas a doleiros e usadas para lavagem de dinheiro da organização também remeteram recursos para a Lancaster Holding Administradora de Bens, vinculada a Daniel.
O Metrópoles não conseguiu contato com Daniel e Gil Lancaster. O espaço segue aberto para manifestação.
Cajamar e Barueri
Entre 2019 e 2020, Daniel Lancaster ocupou dois cargos comissionados na prefeitura de Cajamar, na Grande São Paulo. Em 6 de agosto de 2019, foi nomeado pelo então prefeito Danilo Joan (PSD) como assessor especial. Em 30 de dezembro do mesmo ano, Lancaster foi exonerado do cargo.
Já em 2 de janeiro de 2020, dias depois da exoneração, foi renomeado como oficial executivo do prefeito, nomeação também assinada por Danilo Joan.
O Metrópoles mostrou que Joan e o atual prefeito de Cajamar, Kauan Berto, que é seu aliado, são investigados pela Polícia Civil por um suposto esquema de desvios no município. Os contratos suspeitos somam R$ 875 milhões.
Além de Cajamar, Daniel Lancaster tem ligações com a política de Barueri. Ele é genro do ex-prefeito Gil Arantes e, até as eleições municipais de 2024, ocupava o cargo de presidente do diretório do PP em Barueri.
Na campanha eleitoral do ano passado, Lancaster participou de um evento de campanha do então candidato Gil Arantes, que acabou perdendo o pleito no município. Em publicação no perfil oficial do PP de São Paulo, o empresário aparece discursando aos presentes.
Operação Coffee Break
Uma mulher morreu e outras três pessoas ficaram feridas após um grave acidente por volta das 7h30 da manhã deste domingo (16) na rodovia estadual PE-360, nas proximidades da conhecida curva do Airi, no município de Floresta, no Sertão de Pernambuco. As informações são do blog do Elvis.
De acordo com informações apuradas pela reportagem do blog do Elvis, as vítimas são da cidade de Ibimirim e viajavam em um Corsa Classic com destino a Floresta, onde participariam de um evento católico. Durante o trajeto, o motorista teria perdido o controle do veículo, que saiu da pista e capotou.
A vítima fatal foi identificada, até o momento, apenas pelo nome de Quitéria. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local. As três pessoas que sobreviveram ao acidente foram socorridas e encaminhadas para o Hospital Municipal de Floresta, onde receberam atendimento médico. Não há detalhes oficiais sobre o estado de saúde delas.
A curva do Airi é conhecida pela grande quantidade de acidentes e pela péssima sinalização, segundo relatos de moradores e motoristas que trafegam pela região. A comunidade cobra providências urgentes do Governo do Estado para reforçar a segurança do trecho e evitar novas mortes. As causas do acidente ainda serão investigadas.
Retomo minha agenda de palestras e lançamentos de “Os Leões do Norte” amanhã pela cidade de Pedra, bacia leiteira do Estado, produtora de queijos e manteiga de qualidade. O evento, que conta com o apoio do prefeito Júnior Vaz (PV), está marcado para o Espaço Dona Vilma, a partir das 13 horas.
Na terça-feira, tenho jornada dupla: logo cedo, às 8 horas, em Bom Jardim, na quadra esportiva Dr. Oswaldo Lima Filho, anexa à Escola Municipal 19 de Julho, no bairro Noelândia, com apoio do prefeito Janjão (UB), que estará presente com toda sua equipe, diretores de escolas e professores, além de vereadores.
Leia maisAinda na terça, estarei em Itaíba, no Agreste Meridional, a partir das 19 horas, na Câmara de Vereadores, com apoio e a presença do prefeito Pedro Pilota (Republicanos), da ex-prefeita Regina da Saúde, candidata a deputada estadual, secretários, vereadores, professores e estudantes.
“Os Leões do Norte” é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
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Do Poder360
O ex-deputado federal Aldo Rebelo (MDB), 69 anos, voltou a criticar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), classificando a COP30 como um “fiasco político”. Em vídeo publicado ontem (15), o ex-ministro afirmou que o encontro climático em Belém (PA) teve pouca participação de líderes estrangeiros e acusou o Palácio do Planalto de permitir que a Amazônia permaneça com os piores indicadores sociais do país.
Aldo Rebelo disse que a conferência foi esvaziada e que países centrais das discussões climáticas não compareceram. “Não veio o presidente dos Estados Unidos, que além de não comparecer retirou-se da conferência de Paris e não mandou nem o porteiro da Casa Branca. Não veio o presidente da Rússia. Não veio o presidente do Uruguai, do Paraguai, da Argentina. Ou seja, os Brics e o Mercosul não apareceram por aqui”, declarou.
Leia maisA COP 30 é um fiasco político. pic.twitter.com/T4OeMb6GDJ
— Aldo Rebelo (@aldorebelo) November 15, 2025
Segundo ele, até o evento organizado pela primeira-dama, Janja, teve baixa presença. “Não tinha nem gente para o coquetel que a primeira-dama organizou e que chegou atrasada também. Foi um fiasco político.”
O ex-deputado também criticou Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, e Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas. Disse que ambas participam da marcha climática e depois “voltam para São Paulo, onde têm domicílio e mandato”, enquanto a Amazônia “fica entregue ao seu destino”.
Rebelo citou indicadores sociais e afirmou que a região mantém “as maiores taxas de analfabetismo, doenças infecciosas, mortalidade infantil e os piores números de saneamento básico e acesso à energia elétrica”. Para ele, a marcha climática realizada na COP30 seria “uma atividade esvaziada” e contrária ao desenvolvimento regional.
Histórico
A crítica se soma à linha que Rebelo vem adotando nas últimas semanas. Em 8 de novembro, ele publicou outro vídeo em que acusou ONGs de “controlarem” o Ministério do Meio Ambiente e afirmou que existe uma “caixa-preta” dentro do Estado brasileiro.
Ex-ministro da Defesa (2015-2016), ex-ministro da Ciência e Tecnologia (2015), ex-ministro do Esporte (2011-2015), ex-ministro da Secretaria de Coordenação Política da Presidência da República (2004-2005) e ex-presidente da Câmara dos Deputados (2005-2007), Aldo Rebelo foi deputado federal por seis mandatos consecutivos, a partir de 1991, sempre eleito pelo Estado de São Paulo.
Foi por muitos anos do PC do B, legenda na qual militou desde o movimento estudantil nos anos 1970 e 1980. Afastou-se do partido em 2017, passou por outras siglas e é filiado ao MDB desde 2024.
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O presidente da Associação de Empresários do Brasil (AEBR), Fernando Mendonça, fez um apelo pela preservação das praias ao divulgar um vídeo em que aparece recolhendo lixo na areia: “Todos nós somos responsáveis pela limpeza desse mar. A gente se alimenta dos peixes, temos que ser educados, mas acima de tudo ter a consciência de que o mar é para todos e de que quem suja está prejudicando”, afirmou.
Não esperava, confesso, tamanha repercussão entre os leitores da minha crônica domingueira de hoje, relatando o início de carreira no Diário de Pernambuco, ao mesmo tempo uma homenagem ao bicentenário do jornal mais antigo em circulação na América Latina.
“Acabo de ler sua crônica domingueira de hoje sobre os anos dourados do Diário. Sua escrita é fluida e ágil, além de prazerosa”, escreveu o cantor e compositor Geraldo Maia, a quem fiz uma visita, ontem, em Taquaritinga do Norte, onde mora numa aconchegante casa em um sítio.
Leia mais“Grande Magno, sinto-me honrado com a citação do meu nome na sua auspiciosa crônica domingueira entre os personagens que povoavam a redação do icônico Diário. Somos todos diaristas na vida e nas letras”, enviou o jornalista José Adalberto Ribeiro, colunista político na época em que, aos 17 anos, imberbe, pisei pela primeira vez na redação do Diário de Pernambuco.
“Bela crônica. O Diário foi isso e muito mais”, reagiu, por sua vez, o jornalista Antônio Magalhães, o Tonico, que foi editor de Economia e também de Política do velho DP. “Magno, acabei de ler sua crônica domingueira. Como eu, você venceu no sofrimento, na pancada, mas isso faz parte da vida e só nos estimula para nunca esmorecer”, escreveu Ivan Feitosa, diretor da rádio Cidade, de Caruaru.
“Caro Magno, na condição de leitor de tudo e de todos (inclusive dos colegas blogueiros), li vossa crônica com esmerada atenção e gosto. A ‘desvantagem’ é que estou impactado pelo saudosismo daqueles tempos bons que também eu passei no velho DP, de 1978 a 1986. Devo dizer que fui transportado ao passado, por tudo o que lá vivenciei. Nem sei se teria algo mais a dizer, diante dessa preciosidade escrita. Parabéns, meu caro magnânimo Magno Martins”, escreveu o jornalista Luiz Machado.
“Bom dia, Magno! É por isso que a diferença entre a qualidade, o aprofundamento e a checagem da notícia do jornalismo impresso jamais será superado pela mídia digital. Uma coisa é o texto impresso, contextualizado, bem apurado, e outra é a fofoca em disparada por um simples clique eletrônico. Esta última tem o poder de disseminar a mentira em alta rotatividade igual à Vizinha Faladeira. Todavia, jamais terá a verdade absoluta. Desconfio sempre de tudo que recebo pelo celular. Ótima crônica”, escreveu o jornalista Muciolo Ferreira.
“Eu era crianca quando lia o Clube das Leitoras e brincava de ser jornalista com uma máquina de escrever Olivetti, manual da minha mãe, que foi da primeira turma de jornalistas da Unicap. Meu primeiro estágio e depois emprego foi na Rádio Clube e cheguei a transmitir várias vezes o Carnaval e eventos políticos da varanda do Diário. Conheci alguns nomes citados no texto, todos, como vc, fazem parte de uma imprensa de texto forte e e apuração profunda. Referências para qualquer foca”, escreveu minha amiga Carol Fleisch, jornalista que atuou também em vários veículos e em Fernando de Noronha.
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A OAB Subseccional de São José do Egito inicia amanhã (17) e segue na terça-feira (18) um dos roteiros institucionais mais extensos de 2025, com ações simultâneas em cinco municípios do Sertão do Pajeú. A programação reúne inaugurações, requalificações de equipamentos públicos, instalação de Casas de Justiça e Cidadania, entrega de títulos de cidadania e etapas do projeto Moradia Legal, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). As atividades começam em São José do Egito, com a inauguração do Núcleo da Defensoria Pública e a entrega de títulos de propriedade a famílias do conjunto habitacional Júnior Valadares.
Na terça-feira (18), a agenda segue por Tuparetama, Santa Terezinha, Brejinho e Itapetim, com a presença de magistrados, autoridades municipais e estaduais e representantes da advocacia. Em Tuparetama, serão entregues títulos de cidadania ao desembargador Mozart Valadares e à presidente da OAB-PE, Ingrid Zanella, além da instalação da Casa de Justiça e Cidadania. Em Santa Terezinha e Brejinho, novas homenagens reconhecem o trabalho de defensores, promotores, delegados e lideranças da advocacia, enquanto Itapetim recebe requalificação do fórum e inauguração de mais uma Sala da OAB.
O encerramento ocorre em São José do Egito, com audiência pública do Moradia Legal, reforçando o compromisso regional com a regularização fundiária e o direito à moradia. Para a presidente da Subseccional, Hérica Nunes Brito, o roteiro representa “um dos maiores ciclos de entregas institucionais já realizados no Sertão do Pajeú”, fruto da parceria entre OAB, TJPE, Defensoria e gestores municipais. Segundo ela, a participação da presidente da OAB-PE, Ingrid Zanella, homenageada em duas cidades, reforça o compromisso da Seccional com a interiorização da advocacia.
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, cumpre agenda na COP30, em Belém (PA), amanhã (17). Ele participa de um painel sobre a “Proteção social flutuante e territorial das populações vulneráveis no contexto da crise climática”, quando apresentará ao público a política do PREVBarco no atendimento a comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas. Também participam do Painel o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, e a Secretária-Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (Conselhão), Raimunda Monteiro.
Criado com o objetivo de levar o atendimento de serviços previdenciários a populações de regiões mais remotas e isoladas da Região Norte do Brasil, o PREVBarco existe há 28 anos e já transformou a vida de mais de 2 milhões de pessoas, que antes precisavam enfrentar longas e custosas viagens para chegar a uma agência física. Em 2025, as cinco embarcações em funcionamento pelo INSS percorrerão mais de 100 municípios brasileiros.
Previdência Social e os impactos climáticos
Nos últimos 10 anos, 83% dos municípios brasileiros sofreram com desastres naturais. Só em 2023, a Previdência Social fez um repasse emergencial de R$ 1,21 bilhão aos municípios que enfrentaram desastres associados a eventos extremos, como as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024 e os deslizamentos em Petrópolis (RJ) em 2023.
No último dia 7, o estado do Paraná, atingido pelo tornado que assolou o município de Rio Bonito do Iguaçu, o INSS agiu rapidamente e promoveu três ações para atender a população local: antecipou o pagamento para o próximo dia 24 para todos os beneficiários; disponibilizou como empréstimo renda extra no valor de um benefício – sem juros e com o prazo de até 90 dias para começar a pagar; e está priorizando a análise dos requerimentos de benefícios dos moradores do município atingido.
Por Inácio Feitosa*
Com mais de 85% dos municípios brasileiros integrados a algum consórcio público, o modelo de cooperação intermunicipal já se consolidou como um dos caminhos mais eficientes para enfrentar desafios estruturais da gestão pública. Em um cenário de demandas crescentes e recursos limitados, os consórcios surgem como alternativa capaz de ampliar serviços, reduzir custos e oferecer soluções que, isoladamente, seriam inviáveis para a grande maioria das cidades.
Regulamentados pela Lei nº 11.107/2005, eles permitem que municípios unam esforços para áreas como saúde, resíduos sólidos, saneamento básico, meio ambiente, turismo, compras compartilhadas e desenvolvimento regional. Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), o país conta atualmente com 723 consórcios ativos, reunindo 4.783 cidades — um dado que traduz a força e a maturidade do modelo. É nesse contexto que ganha destaque a figura do chamado “superprefeito”, o gestor eleito pelos demais chefes do Executivo para representar institucionalmente o consórcio e conduzir projetos que ultrapassam os limites geográficos de seu município.
Leia maisPresidir ou dirigir um consórcio público é muito mais do que assumir uma função administrativa. É coordenar interesses políticos, técnicos e operacionais de múltiplas cidades, todas com necessidades e capacidades distintas. A tarefa, muitas vezes extenuante, exige habilidade de negociação, firmeza decisória, gestão de conflitos e visão regional. Os presidentes e diretores executivos desses arranjos lidam com pressões constantes por resultados, mantêm articulação com governos estaduais e federal, dialogam com órgãos de controle e administram uma estrutura que precisa funcionar com eficiência e transparência. A entrega de resultados — e, sobretudo, a manutenção da coesão entre os municípios consorciados — depende da compreensão de que o sucesso do consórcio exige apoio político, corresponsabilidade e confiança mútua entre os prefeitos participantes.
A formação de um consórcio começa pelo protocolo de intenções, documento que estabelece regras, objetivos e responsabilidades. Cada município precisa aprovar esse protocolo por meio de lei específica, garantindo segurança jurídica ao arranjo. Somente após essa etapa é celebrado o contrato do consórcio e eleita a sua liderança. Esse processo evidencia que os consórcios não são estruturas improvisadas, mas organizações planejadas, com governança própria e sustentação legal sólida.
Na prática, os consórcios avançam de maneira mais consistente em áreas onde os municípios enfrentam maiores limitações individuais, especialmente na saúde. Unidades regionais, contratação conjunta de especialistas, aquisição de equipamentos e organização de redes de atendimento transformaram a realidade de regiões inteiras. Cidades que antes não tinham acesso a exames de alta complexidade passaram a contar com serviços integrados, diminuindo filas, ampliando diagnósticos e fortalecendo o SUS. Além da saúde, áreas como meio ambiente, resíduos sólidos, turismo, agricultura e segurança pública também registram avanço expressivo dentro do modelo.
Os resultados são mensuráveis. Estudos indicam que municípios consorciados podem reduzir em até 5% suas despesas correntes per capita, sem prejuízo da qualidade dos serviços. A economia de escala gerada pelas compras compartilhadas, a otimização de equipes técnicas e a eliminação de duplicidades contratuais fortalecem a capacidade do poder público de investir melhor e entregar mais. Em muitas regiões, a formação de consórcios permitiu que pequenas cidades alcançassem padrões de gestão que antes eram possíveis apenas em grandes centros urbanos.
Esse avanço, entretanto, exige capacitação constante dos gestores. Para atender essa demanda, o Instituto Igeduc realizará no Recife um curso executivo sobre consórcios públicos, reunindo especialistas nacionais para discutir modelo jurídico, governança, sustentabilidade financeira, prestação de contas e desafios operacionais. A proposta é preparar prefeitos, secretários e equipes técnicas para liderarem arranjos cooperativos com eficiência e responsabilidade, fortalecendo ainda mais esse instrumento de desenvolvimento regional.
O “superprefeito” não é alguém com superpoderes, mas um gestor com visão ampliada, capaz de perceber que administrar uma cidade hoje significa compreender que problemas, soluções e oportunidades não respeitam fronteiras municipais. Os consórcios públicos representam essa nova lógica: colaborativa, técnica, econômica e orientada a resultados. Com quase todos os municípios brasileiros já integrados a algum arranjo cooperativo, o futuro da gestão pública no país é, inevitavelmente, interligado — e cresce na velocidade em que prefeitos entendem que, juntos, avançam mais.
*advogado, escritor e Fundador do Instituto IGEDUC | projetos@igeduc.org.br
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