O ministro Alexandre de Moraes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou, hoje, que sejam retiradas do ar mensagens publicadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro com fake news sobre o ex-presidente Lula.
Moraes, na condição de presidente em exercício do TSE, atendeu a um pedido do PT. A decisão vale para postagens feitas pelo senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) e pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), além de outros apoiadores do presidente da República. A multa por descumprimento da decisão é de R$ 10 mil.
No pedido enviado ao TSE, o PT argumentou que a disseminação de fake news busca convencer os eleitores a não votar em Lula nas eleições deste ano (o petista é pré-candidato à Presidência).
“A veiculação de propaganda eleitoral antecipada negativa por meio de notícias falsas, descontextualizadas ou sem qualquer demonstração de provas, por meio de redes sociais e veículos de comunicação que divulgam matérias tendenciosas e parciais […] tem evidente propósito de desincentivar os cidadãos brasileiros a votarem no ex-presidente Lula”, afirma a ação.
Uma das postagens com fake news relaciona o PT e o ex-presidente Lula ao crime organizado. Outra associa o partido ao fascismo e ao nazismo.
A decisão do ministro
Na decisão, Moraes afirma que “a liberdade de expressão não permite a propagação de discursos de ódio e ideias contrárias à ordem constitucional e ao Estado de Direito, inclusive pelos pré-candidatos, candidatos e seus apoiadores antes e durante o período de propaganda eleitoral”.
“O sensacionalismo e a insensata disseminação de conteúdo inverídico com tamanha magnitude pode vir a comprometer a lisura do processo eleitoral, ferindo valores, princípios e garantias constitucionalmente asseguradas, notadamente a liberdade do voto e o exercício da cidadania”, afirmou.
Peugeot 208 e 2008 híbridos: R$ 127 mil e R$ 163 mil, respectivamente
A marca francesa pertencente à Stellantis acaba de inserir o segmento de hatches compactos no mundo dos eletrificados: fabricados na Argentina, o hatch 208 e o SUV 2008 chegarão às concessionárias brasileiras no dia 11 de setembro como linha 2026. A princípio, o sistema (do tipo híbrido leve) será usado apenas nas configurações topo de linha, a 208 GT Hybrid (R$ 127 mil) e 2008 GT Hybrid (R$ 163 mil). O conjunto híbrido leve usado nos Peugeot já equipa os Fiat Pulse e Fastback e traz motor 1.0 turbo flex T200 de até 130cv, acoplado por uma correia a uma máquina elétrica (BSG) de 4cv e 2kgfm. A bateria do sistema é de íon-lítio e 12 volts, instalada sob o banco do motorista.
Essa tecnologia, segundo os engenheiros da marca, garante até 10% de redução no consumo de combustível no ciclo urbano e 8% a menos nas emissões de CO₂. Além disso, alguns recursos, como um avançado start & stop e freio eletrônico, trabalham juntos para oferecer uma experiência de condução mais confortável, silenciosa e eficiente. Entre os ganhos, paradas suaves, com um aumento de conforto e redução de ruídos e recuperação de energia durante as frenagens e nas desacelerações, aproveitando cada movimento do carro. Tudo isso acontece de forma automática, sem exigir mudanças no estilo de dirigir, transmitindo ao motorista a sensação de estar ao volante de um carro inteligente, econômico e alinhado com a sustentabilidade.
Os modelos contam ainda com sistemas de assistência ao condutor — como alerta de colisão, frenagem automática de emergência, detector de fadiga, reconhecimento de placas e controle de faixa. Entre os benefícios adicionais, os híbridos oferecem descontos de até 70% no IPVA em diversos estados, acesso a zonas de restrição por rodízio e vagas preferenciais em shoppings. Por dentro, o 208 e o 2008 na versão híbrida apostam em um ambiente escurecido e sofisticado, marcado pelo volante Sport Drive em couro com costuras contrastantes e comandos integrados.
O painel de instrumentos elevado com cluster 3D Hybrid de 10” traz informações em tempo real sobre o sistema híbrido. O sistema híbrido utiliza a configuração BSG no qual um motor gerador elétrico, conectado ao virabrequim por correia, trabalha em conjunto com uma bateria de íons de lítio de 12 volts. Esse componente atua como motor de partida de alta eficiência e também como gerador durante as fases de desaceleração e frenagem.
A integração com o sistema start & stop permite que o motor a combustão seja desligado em paradas e religado de forma praticamente instantânea e suave. Além disso, o sistema explora duas formas de regeneração de energia: o e-Braking, que recupera energia cinética durante frenagens, e o e-Coasting, que faz a regeneração durante desacelerações por inércia.
Aircross e C3 ganham versão XTR – A Citroën acaba de incorporar à sua linha de produtos as novas versões Aircross XTR 7 e Citroën C3 XTR. Do inglês “eXTReme”, a linha XTR, que estreou na Citroën nos anos 2000, retorna agora à marca com nova estilização. Em comum, os Aircross XTR 7 e Citroën C3 XTR trazem em seu interior bancos, painel, apoio de braço das portas e volante com revestimento premium.
A tonalidade verde pistache exclusiva do modelo, segundo a marca, faz alusão a uma vida voltada mais ao ar livre e cria um contraste elegante com o interior escurecido. A central multimídia Citroën Connect touchscreen de 10,25″ passa a ter novas bordas ultrafinas em preto brilhante — tonalidade que também se estende à moldura das saídas de ar, proporcionando um visual frontal mais leve e uniforme. O sistema mantém o nível de navegação imersiva e moderna, com espelhamento sem fio via Android Auto e Apple CarPlay. O C3 XTR conta com porta USB tipo A e duas portas USB tipo C para a segunda fileira e, no caso do Citroën Aircross XTR 7, mais 1 porta USB tipo C para a terceira fileira. O exterior ganha uma estilização desenhada também para atender a proposta aventureira.
Os pneus escolhidos para equipar esta nova versão são do tipo misto Pirelli Scorpion ATR para o Citroën XTR com rodas escurecidas de 15”e Pirelli Scorpion HT com rodas de 17” escurecidas para o Aircross XTR. Este tipo de pneu é direcionado justamente para que o cliente possa experimentar um bom desempenho no asfalto, mas também em terrenos diferenciados como terra batida ou cascalho, ideal para quem se locomove nos centros urbanos e escapismos para áreas mais afastadas aos finais de semana. O Aircross 7 turbo 200 custa R$ 130 mil. C3 XTR, por sua vez, R$ 89 mil – mas com motor 1.0 Firefly aspirado.
Basalt Dark Edition é a nova versão topo de linha – E por falar em Citroën, a marca também lançou no mercado a nova versão topo de linha do Basalt, a Dark Edition. A versão, desenvolvida especialmente para o consumidor brasileiro, eleva o estilo do SUV Coupé mais acessível a um novo patamar. A novidade combina visual escurecido com um toque sofisticado e esportivo, oferecendo uma série de diferenciais marcantes: rodas de liga leve 16” pintadas de preto, pedaleira esportiva, soleiras personalizadas, além de emblema Dark Edition nas laterais frontais, skid plate, duplo chevron escurecidos. Outro destaque é o aerofólio traseiro com detalhes em vermelho no tom Andre Red — uma homenagem a André Citroën, fundador da marca. O preço sugerido é de R$ 115 mil.
Chega a Triton Tarmac por R$ 255 mil – A Mitsubishi Motors anunciou o começo da pré-venda da Triton Tarmac, primeira série especial da picape produzida em Catalão (GO). Limitada a 140 unidades, ela tem preço de R$ 255 mil. O nome Tarmac remete ao uso no asfalto e traduz a proposta da versão: oferecer robustez e versatilidade da Triton em um pacote mais voltado para rodovias e áreas urbanas, dispensando a tração 4×4. Todas as unidades serão vendidas na cor exclusiva Azul Tarmac, com detalhes em preto brilhante.
A picape herda elementos da versão topo de linha Katana, como grade frontal com o conceito Dynamic Shield, faróis em LED com assinatura em “L” e skid plate. Entre os itens exclusivos, destacam-se as rodas diamantadas de 20 polegadas, projetor de luz com o logotipo Tarmac ao abrir as portas e capota retrátil ajustável. O interior segue com acabamento em couro e tecido com textura Alcantara, volante revestido em couro, tapetes personalizados e sistema de som JBL com amplificador, tweeters, alto-falantes e subwoofer.A série mantém o motor 2.4 turbodiesel de 205cv e 47,9kgfm de torque, aliado ao câmbio automático de seis marchas com calibração adaptativa.
BMW lança o novo iX3 com 800 km de autonomia – A tradicional montadora alemã recuperou o nome Neue Klasse – usado nas décadas de 1960 e 1970 – para marcar a chegada do iX3, o primeiro produzido em série. O modelo elétrico, com a tecnologia BMW eDrive de sexta geração, oferece autonomia de até 805 quilômetros e potência máxima de recarga de 400 kW.
De fato, são novos padrões de eficiência e capacidade para longas distâncias. Uma nova arquitetura eletrônica e de software, incluindo quatro supercomputadores de alto desempenho — os chamados “supercérebros” — torna o primeiro modelo da Neue Klasse mais inteligente e preparado para o futuro, segundo os engenheiros. Ele será produzido na recém-construída planta do BMW Group em Debrecen, Hungria. A primeira variante a sair da linha de produção será o BMW iX3 50 xDrive, com potência de 345 kW/469 cv e tração integral elétrica. Outras variantes totalmente elétricas serão lançadas na sequência, incluindo um modelo de entrada.
Os 60 anos da Transit – A Ford está comemorando os 60 anos da Transit, van que nasceu na Europa e tornou-se a mais vendida do mundo, com mais de 13 milhões de unidades produzidas até hoje. Ela é conhecida pela robustez, com várias versões para atender as necessidades de diferentes tipos de negócios. Ao longo de suas quatro gerações, a Transit trouxe seguidas inovações para o segmento. Ela começou a ser produzida em 9 de agosto de 1965, no Reino Unido, e com o crescimento da demanda logo passou a ser montada também em outros países, como Bélgica, Turquia, Holanda e Austrália.
O piso de carga plano, com mais espaço e facilidade para o carregamento, e o motor dianteiro, que proporciona uma experiência de direção semelhante à de um carro, foram desde o início diferenciais importantes da van da Ford diante das concorrentes. A primeira geração da Transit, equipada com motores V4 ou V6 a gasolina, ou diesel de quatro cilindros em linha, foi a que permaneceu mais tempo no mercado sem grandes alterações, até a primeira remodelação em 1977.
A segunda geração, lançada em 1986, trouxe o chamado design “one-box”, com para-brisa e capô inclinados praticamente no mesmo ângulo, e suspensão dianteira independente. A terceira geração, em 2000, seguia o design New Edge, também adotado em modelos como o Focus e o Ka, e tinha como principal inovação a oferta de tração dianteira ou traseira. Com a quarta geração, lançada em 2013, a Transit tornou-se um produto global. Hoje a linha Transit é formada pelas versões minibus, furgão, chassi, vidrada e a elétrica E-Transit na América do Sul, totalizando 22 modelos e mais de 60 configurações.
Os carros mais anunciados por estado – O Renault Kwid tem sido o carro mais anunciado do Brasil em 2025, segundo o levantamento realizado pela Mobiauto em sua base de dados. De acordo com a pesquisa, o subcompacto lidera as ofertas de modelos à venda em 17 estados brasileiros: Amapá, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Em segundo lugar, o Toyota Corolla aparece como o modelo mais anunciado nos estados do Acre, Ceará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O terceiro carro mais ofertado no país é o Volkswagen Gol, liderando os anúncios em Alagoas e Amazonas. Nas demais unidades federativas, os anúncios são liderados por outros modelos: Fiat Mobi (Distrito Federal), Ford Ka (Sergipe), Chevrolet Montana (Roraima) e Volkswagen Polo Track (Espírito Santo).
Preço do diesel em agosto – A mais nova análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL) mostra que o preço do diesel ficou mais caro em agosto na comparação com julho. Enquanto o tipo comum do combustível aumentou 0,65% no período, atingindo preço médio de R$ 6,19, o diesel S-10 teve média de R$ 6,22, um aumento de 0,81% em relação a julho. Na análise individual de cada região do país em agosto, o Sudeste se destacou como a região com o maior aumento para o diesel comum, de 1,15% (R$ 6,14). Já o diesel S-10 teve seu maior aumento no Centro-Oeste, de 1,28% (R$ 6,34).
Para o tipo comum, a maior queda foi registrada no Norte, de 0,73% (R$ 6,76). Para o tipo S-10, nenhuma região registrou queda. Os preços de diesel comum e S-10 mais altos em agosto foram registrados no Norte. Sergipe, por sua vez, apresentou a alta mais significativa do país para o diesel comum, de 4,06%, comercializando por R$ 6,41, em média. Em relação ao diesel S-10, em Pernambuco foi identificado o menor preço médio do mês: R$ 5,96, mesmo após aumento de 0,51% no valor do combustível no estado. O Rio Grande do Norte foi a unidade federativa com a maior queda para o S-10 em agosto: de 0,81%, registrando preço médio de R$ 6,11.
Os ganhos de um juiz e de um motorista de app – Rodar mais de 60 horas por semana para levar pouco mais de R$ 4 mil líquidos no fim do mês. Essa é a realidade de milhares de motoristas de aplicativo em São Paulo, segundo dados da plataforma GigU. O cenário se repete em outras capitais: em Curitiba, com jornadas médias de 56 horas semanais, o lucro mensal é de R$ 3.409,68; em Belém, 54 horas de volante garantem R$ 2.977,35; já em Maceió, o rendimento despenca para apenas R$ 1.877,20, mesmo após 50 horas semanais de trabalho.
Grande parte desse esforço é consumido pela gasolina: em Manaus, por exemplo, os motoristas gastam em média R$ 2.439,67 por mês só com combustível — praticamente o mesmo valor que sobra de lucro líquido (R$ 2.152,89). Enquanto motoristas enfrentam longas jornadas e altos custos para garantir rendas modestas, a elite do Judiciário brasileiro vive em outro patamar. Segundo o Índice de Disparidade Salarial (IDS), lançado pela associação Livres, juízes chegam a receber até 339 vezes a renda média da população local. Em 2024, o Conselho Nacional de Justiça registrou mais de 63 mil contracheques acima de R$ 100 mil, com casos isolados que chegaram a R$ 678 mil em apenas um mês — valor que um motorista de app levaria mais de dez anos para acumular, mesmo trabalhando sem descanso.
No Supremo Tribunal Federal, cada ministro tem IDS de 22,4 — mais que o dobro do verificado em cortes constitucionais da Alemanha (6,1) e do Canadá (5,8). Para Magno Karl, diretor executivo do Livres, o quadro revela uma desconexão estrutural. “É inaceitável que, em um país onde milhões vivem com menos de dois salários mínimos, um magistrado receba meio milhão de reais em um único mês — com verba pública e dentro da legalidade.” As propostas do grupo incluem proibir verbas extras acima do teto constitucional, criar mecanismos de transparência para gratificações e estabelecer tetos proporcionais à renda local. Enquanto isso, motoristas seguem rodando horas a fio para garantir pouco mais que a sobrevivência — em um contraste que escancara não apenas desigualdades salariais, mas também a distância entre quem julga e quem sobrevive do trabalho diário.
Preços de automóveis usados tem alta de 0,92% – O banco BV, uma das principais instituições financeiras do país, criou o IBV Auto, índice que acompanha a variação de preços e a desvalorização dos automóveis leves usados. Baseado em valores reais de financiamentos, segmento que o banco lidera há 12 anos, o índice traz também visões regionais e estaduais. Em agosto, o índice de preços de automóveis usados teve alta de 0,92% sobre o mês anterior, tendo a região Sudeste puxado a valorização.
No acumulado em 12 meses até agosto, o indicador subiu 6,0% do preço dos automóveis usados. Em agosto, a inflação de veículos usados na região Sudeste foi de 1,2% e, na região Norte, de 1,1%. Rio de Janeiro (1,25%), Bahia (1,21%), Minas Gerais (1,10%) e Amazonas (1,02%) apresentaram as maiores taxas mensais e, no acumulado em 12 meses, o estado do Rio de Janeiro se destaca com elevação de 7,1%. Entre os modelos que mais impulsionaram o índice estão Volkswagen Gol, GM Celta e Ford Fiesta.
Em contrapartida, modelos como GM Tracker, Fiat Palio e Volkswagen Voyage estiveram entre os que apresentaram maior queda nos preços. O índice também traz uma análise comparada da desvalorização de veículos por tipo de motorização. Veículos elétricos de 2022 acumulam desvalorização de 46,6% desde o lançamento até agosto de 2025, pressionados pela queda nos preços dos veículos elétricos novos. Os preços dos híbridos de 2022 caíram 20,1% no período, enquanto os a combustão, na mesma base de comparação, perderam 12,7% em valor.
Assinar ou comprar um carro? – Com preço médio acima de R$ 140 mil e juros em alta, a assinatura de veículos cresce como alternativa à compra. Por isso, especialistas explicam para a coluna os prós e contras de cada modelo segundo o perfil de uso. Dados da Jato Dynamics mostram que o valor médio de um veículo 0km no Brasil superou os R$140 mil no último ano, quase o dobro do modelo de entrada mais barato, o Citroën C3, que parte de R$ 73.490. A isso se soma à alta da taxa Selic, que chegou a 14,75% em maio. Resultado: financiar um carro ficou ainda mais caro. Em contrapartida, os serviços de assinatura de veículos têm ganhado espaço. Um levantamento da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis mostrou que as elas foram responsáveis por mais de 649 mil carros 0km emplacados no ano passado, o que equivale a 26% de todos os automóveis vendidos no Brasil.
Alternativa? – Neste cenário, a assinatura cresce como alternativa à compra, mas é preciso levar em conta o perfil do motorista. Segundo Luiz Bonini, diretor de Crescimento da Turbi, a quarta maior locadora de carros do país que atua com aluguel de carros, inclusive por assinatura, é preciso avaliar o momento financeiro e a rotina pretendida com esse veículo: “A assinatura atende quem busca flexibilidade, enquanto a compra faz mais sentido para quem vê o carro como parte da estrutura familiar”, afirma Bonini.
Quando a assinatura faz mais sentido? – Se você mora em uma cidade grande e tem uma rotina dinâmica, a assinatura pode ser a escolha mais prática. “Quem assina um carro não precisa se preocupar com IPVA, licenciamento, manutenção ou seguro. Tudo isso já está incluído, junto com assistência 24h e carro reserva”, explica o executivo da Turbi.
E os custos? – Além da comodidade, há a questão financeira. Um estudo do BTG Pactual indicou que a assinatura de carros pode custar até 40% menos que um financiamento e 14% menos que a compra à vista, considerando todos os custos de manutenção, impostos e desvalorização do veículo. “Se você aplicar o valor que pretende destinar para entrada no financiamento ou pagamento à vista em renda fixa, é possível obter mais de 10% ao ano em rendimentos. Isso, somado à economia com algumas despesas e burocracias de ter um carro, mostra que a assinatura pode ser vantajosa financeiramente”, destaca Bonini.
Flexibilidade – Outro diferencial está na flexibilidade dos prazos: há planos mensais, trimestrais ou anuais. “Esse modelo é ideal para quem está em transição de cidade, mudança de emprego ou quer testar diferentes modelos de carro”, complementa o executivo.
Quando comprar pode ser mais vantajoso? – Para quem usa o carro diariamente e busca estabilidade, a compra tende a ser a melhor opção no longo prazo. Nesse sentido, o seminovo entra em destaque considerando o alto valor dos carros 0km e a depreciação menos agressiva. “Hoje é possível encontrar veículos com baixa quilometragem e ainda dentro da garantia de fábrica, algo que, para quem prefere ter o carro próprio, reduz riscos e traz mais segurança na aquisição”, destaca o executivo da Turbi. Enfim: a melhor escolha depende do momento de vida, das prioridades financeiras e da forma como cada pessoa se relaciona com o carro. Seja para ter mais liberdade e controle de gastos com uma assinatura, seja para comprar um veículo para chamar de seu.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
Instagram político que mais cresce no Nordeste, o deste blog, atingiu, há pouco, a casa dos 100 mil seguidores, uma façanha e tanto, sem nenhum tipo de artifício, apenas pela qualidade do noticiário, o mais completo, o mais atual, o mais veloz, o que deixa o leitor por dentro dos principais fatos da cena nacional política e também regional.
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Na manhã deste sábado (6), o deputado estadual Nino de Enoque (PL) esteve em Manassu, Jaboatão dos Guararapes, para esclarecer junto aos moradores os motivos pelos quais a prometida construção do posto de saúde da localidade ainda não foi realizada, apesar dos recursos já terem sido destinados para a Prefeitura do município.
Durante a visita, o parlamentar reforçou seu compromisso com a população local e explicou que já havia feito sua parte enquanto deputado. “Destinei R$600 mil de emenda parlamentar para a Prefeitura de Jaboatão executar a obra, e o deputado federal André Ferreira destinou mais R$ 1 milhão. Ou seja, o recurso necessário foi enviado, mas infelizmente, até agora, o posto não foi construído”, explicou.
A ausência de um posto de saúde próximo tem gerado transtornos e prejuízos à população de Manassu, que precisa se deslocar para outras localidades em busca de atendimento médico.
“A minha parte como deputado foi feita. Meu compromisso com os moradores de Manassu foi assumido e será mantido. O povo de Manassu sabe que pode contar comigo e com meu apoio sempre”, afirmou o parlamentar durante o encontro com os moradores.
O ex-deputado Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, movimentou a partir de 2021 grandes quantias de reais e até de dólares em espécie. Cálculos do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e da Polícia Federal avaliam que o grupo do ex-deputado movimentou R$ 140 milhões em 5 anos.
A ostentação era tanta que TH se deixava fotografar junto a grande quantidade de dinheiro. A polícia suspeita que essas fotos ocorressem na casa de Gabriel Dias Oliveira, o Índio, ou em sua própria residência. Em uma das imagens, TH está deitado na cama junto a notas de reais que cobrem todo móvel. Os policiais acreditam que ele esteja com R$ 5 milhões do traficante. Em outro momento, ele está em outro ponto da casa segurando maços de dinheiro. TH foi preso pela Polícia Federal na quarta-feira (3).
Para a Polícia Federal, TH, Dudu e Índio patrocinaram um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro: “Os elementos probatórios reunidos nos Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) revelam um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro, caracterizado pela movimentação de grandes volumes de dinheiro em espécie, operações de câmbio no mercado paralelo, uso de “laranjas” e empresas aparentemente legítimas para ocultar a origem ilícita dos fundos, e transferências financeiras incompatíveis com a renda declarada dos investigados, tudo visando consolidar e expandir as operações do crime organizado”
Investigação da Delegacia de Repressão à Entorpecentes, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal mostra que um dos beneficiados no esquema de TH foi o traficante Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, também chamado de “mano”. Para o criminoso que está foragido há mais de uma década, reais foram convertidos em dólares. De acordo com a investigação, TH enviou para Pezão, em dois meses, abril e maio de 2024, US$ 1,7 milhão.
Na ação de abril de 2024, TH cuidou, segundo a PF, de converter R$ 5 milhões de Pezão em US$ 1 milhão. O traficante Índio fotografou o dinheiro junto a uma parede de sua casa. A foto aconteceu em 16 de abril de 2024.
Os policiais federais descobriram que foi montada uma verdadeira operação entre TH e Dudu, a pedido de Índio, para converter os reais de Pezão em dólares. Em 17 de abril de 2024, TH buscou, segundo a PF, o dinheiro na casa de Índio, no Complexo do Alemão.
Do total, pouco mais de R$ 1 milhão foram enviados a Dudu em Copacabana para o câmbio, enquanto o restante ficou com “TH Joias”, que levou o dinheiro para sua casa na Barra da Tijuca. Parte do dinheiro foi trocado por US$ 60 mil com um doleiro em 17 de abril. E o restante ao longo dos dias seguintes.
A devolução dos dólares começou dois dias depois:
19/4/2024 – US$ 405 mil também foi entregue pessoalmente por “TH Joias a Índio dessa vez em um escritório do traficante;
21/4/2024 – TH entrega US$ 270 mil;
30/4/2024 – TH repassa mais US$ 265 mil;
Em 30/4/2024, faltavam mais US$ 60 mil que já estavam com TH que foi repassado a Índio e totalizou US$ 1 milhão.
Em maio, Pezão entregou a TH R$ 4 milhões e recebeu US$ 750 mil. Como TH apresentava a Índio taxas de conversão mais altas do que as cobradas por doleiros, os investigadores acreditam que ele embolsava o lucro.
A investigação mostra que Pezão voltou ao Alemão em 2022. Estava há anos fora da favela fugindo da polícia. Em 2023, a polícia descobriu Índio comunicando TH de que precisava enviar dinheiro a Pezão. Em uma das ocasiões, Índio, segundo a PF, enviou R$ 55 mil em espécie a Pezão pelo pagamento de bazucas antidrones.
Para a Polícia Federal, esse grande número de dinheiro em espécie é uma tentativa de evitar o sistema de controle bancário: “A materialização dos crimes de lavagem de capitais perpetrados pela organização criminosa investigada fica ainda mais evidente ao se analisar a vultosa e constante movimentação de valores em espécie, prática intrinsecamente ligada à ocultação e dissimulação de recursos de origem ilícita. Ao longo da apuração, descortinou-se que os investigados transacionam rotineiramente centenas de milhares e até milhões de reais em dinheiro vivo, como forma de evitar o sistema de controle financeiro e branquear os proventos do crime”.
A defesa de TH Joias considera “absurdas as acusações”. A seguir, a nota:
“A defesa do deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva considera absurdas as acusações que vêm sendo reiteradas contra ele. Sobre as fotos expostas, a cenografia das imagens representa o público de sua joalheria que consiste em jogadores, artistas do rap e do funk brasileiro.
Existe um claro movimento de perseguição política a um representante legítimo do povo do Rio de Janeiro. Reafirmamos nosso compromisso em esclarecer todos os pontos e demonstrar a total inocência do deputado.”.
As defesas de Dudu e Índio não foram encontradas para comentar o caso.
Uma empresa da mulher e dos filhos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o Lex Instituto de Estudos Jurídicos, está no centro das discussões no governo Donald Trump sobre estender ou não aos familiares as sanções da Lei Magnitsky adotadas contra ele no fim de julho. O instituto é dono de 11 imóveis cujos valores declarados somam R$ 12,4 milhões, incluindo a residência de Moraes em São Paulo, a sede do escritório de sua mulher, a advogada Viviane Barci de Moraes, e apartamentos em Campos do Jordão (SP).
A ampliação das sanções é uma reivindicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do ex-apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo, que estão em campanha nos Estados Unidos contra o Supremo e o julgamento de Jair Bolsonaro, e nos últimos dias tiveram conversas com secretários e diplomatas da gestão Trump na Casa Branca e no Departamento de Estado. As informações são do blog da Malu Gaspar, do jornal O Globo.
Aliados de Bolsonaro familiarizados com as discussões sobre a Magnitsky têm tratado o avanço das sanções sobre a mulher de Moraes, Viviane, como algo iminente. De acordo com fontes que acompanham as negociações, o Lex tem sido tratado nos bastidores pelos bolsonaristas como o grande trunfo para destravar as sanções ainda antes do final do julgamento do chamado “núcleo crucial” da trama golpista, previsto para terminar no próximo dia 12. O argumento deles é que as sanções já aplicadas contra Moraes não terão efeito caso não incluam os familiares e o Lex.
Segundo a listagem, à qual a reportagem teve acesso, além do apartamento no bairro nobre do Jardim Europa, em São Paulo, e da sede do escritório Barci de Moraes, que tem Viviane à frente como sócia-administradora, o Lex é dono de dois apartamentos em Campos do Jordão e várias outras propriedades no estado.
Até o ano passado, o instituto também era dono de um apartamento de 387 m² em um condomínio de alto padrão no Guarujá (SP), o Tortugas, com vaga para barcos, mas o imóvel foi vendido por R$ 1,26 milhão segundo o registro do cartório e a vaga, por R$ 140 mil.
Os americanos também tentam levantar possíveis propriedades em nome do ministro, da mulher, dos filhos e do instituto Lex em outros estados do Brasil.
O Globo conferiu as certidões dos imóveis e constatou que 11 deles foram transferidos para o Lex ao longo de 2014. Outros dois foram adquiridos pelo próprio instituto no mesmo ano e em 2025 diretamente de uma construtora. São apartamentos de cobertura contíguos em um condomínio de um bairro nobre de Campos do Jordão, que segundo o registro oficial foram comprados por R$ 4 milhões cada um.
O Lex não tem registro público do exercício de cursos ou outras atividades jurídicas. Já a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) do instituto é de “treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial”.
Há apenas uma página do Lex no Instagram. Criada em setembro de 2017, quando Moraes já estava no Supremo, ela não é atualizada desde dezembro do mesmo ano. No curto período de atividade, foram publicados apenas memes e um único conteúdo relacionado à doutrina do Direito.
“Advogado especialista em Direito Processual Civil pelo IPD [sic], vem falando sobre a dinamização do Ônus da prova!!! É excelência Jurídica! É Instituto Lex!!!”, diz a legenda do vídeo que vem a ser o último post feito pelo perfil.
A descrição do Lex no Instagram destaca como objetivos o preparatório para concursos públicos e para o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) através de aulas presenciais e remotas.
O instituto foi fundado em 2000 pelo próprio ministro, mas desde 2013 pertence apenas a Viviane e aos filhos Alexandre, Giuliana e Gabriela. A sede do Lex fica no mesmo endereço do escritório Barci de Moraes, controlado por Viviane. Lá também funcionou o escritório de Moraes, que deixou a advocacia privada após ser nomeado secretário de Segurança Pública de São Paulo em 2015. Fotos disponíveis na internet demonstram que nem o visual da sala comercial foi alterado.
Há ainda várias outras residências e lotes no estado de São Paulo transferidas do casal Moraes para o instituto em questão desde 2014, além de carros registrados no CNPJ do Lex. Entre as propriedades estão quatro terrenos em São Roque (SP) comprados por Moraes nos anos 2000 que entraram no regime de comunhão parcial de bens do casal e acabaram no nome do Lex.
Carreira em governos
As transferências de patrimônio para o instituto se concentraram em 2014 – quando Moraes, que se filiaria ao PSDB no ano seguinte, cogitava disputar um cargo eletivo em São Paulo.
Ele já tinha então sido secretário de Justiça do então governador Geraldo Alckmin – cargo que ocupou de 2002 a 2005, quando assumiu um mandato de dois anos no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em 2007, tornou-se uma espécie de supersecretário de Transportes do então prefeito Gilberto Kassab (DEM). Deixou o cargo em 2010 e se dedicou à advocacia privada até 2015, quando foi novamente chamado para ser secretário de Alckmin, eleito novamente governador. Passou a chefiar a Segurança Pública de São Paulo.
Foi neste período que sua mulher, Viviane, assumiu o CNPJ do escritório do marido e o rebatizou de “Barci de Moraes” no mesmo imóvel controlado pelo Lex.
Pouco mais de um ano depois, durante o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT), Moraes foi convidado por Michel Temer (MDB) para assumir o Ministério da Justiça de seu governo. A nomeação para o Supremo viria menos de 12 meses depois, por indicação de Temer, após a morte do ministro do STF Teori Zavascki em um acidente aéreo.
Procurado por meio da assessoria de imprensa do STF, o ministro Alexandre de Moraes mandou informar que não se manifestaria sobre as propriedades repassadas ao Instituto Lex e nem sobre o mapeamento realizado pelo governo americano.
Ao lado da governadora Raquel Lyra, o ex-prefeito de Vertentes, Romero Leal, comemorou a assinatura da ordem de serviço da 1ª etapa do Projeto de Urbanização da Vila Canaã, em Caruaru. A intervenção terá R$ 35,3 milhões já garantidos, dando início a uma transformação aguardada há décadas pela comunidade.
Durante o ato, também foi anunciada a licitação da 2ª etapa, que contará com mais R$ 67,8 milhões em obras, ampliando ainda mais o pacote de investimentos que promete garantir infraestrutura de cidade grande e mais qualidade de vida aos moradores.
Romero Leal sempre teve a Vila Canaã como uma de suas principais bandeiras, junto com seu filho, o ex-vice-prefeito de Toritama Romero Filho (Romerinho). Pai e filho se reuniram em diversas ocasiões com a governadora Raquel Lyra e o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, para cobrar avanços e acelerar os investimentos, que começaram a se concretizar desde 2023, com uma emenda de R$ 400 mil articulada junto ao deputado federal Mendonça Filho.
De um “certo desconforto” a um “superconstrangimento”, ao menos seis empresários ou representantes setoriais brasileiros relataram ao UOL incômodo e surpresa com a presença do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do comentarista político Paulo Figueiredo no hotel em que parte da delegação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que veio a Washington tentar negociar tarifas se hospedou.
Na manhã da quinta-feira (4), Eduardo e Figueiredo conversaram com um empresário supostamente do setor da pesca no café do hotel. No entanto, a Abipesca, que compõe a comitiva de cerca de 130 pessoas, negou à reportagem que algum de seus representantes tenha convidado Eduardo para uma conversa ou se encontrado com ele. Nos grupos de WhatsApp, os empresários especulavam quem seriam os “anfitriões” de Eduardo – mistério que permanecia até o início da noite na capital americana.
“Não foi a CNI que nos chamou. Foram cinco empresários, encontramos com alguns ontem e fizemos um café da manhã menor. Mas não faz sentido dizer quem são, não vamos expor”, afirmou Figueiredo à coluna. Segundo ele, Eduardo teria sido convidado por interlocutores a falar para um público de vários empresários, mas condicionou a conversa a conhecer previamente a lista de quem estaria presente, o que não foi entregue ao deputado. No fim, a conversa ficou restrita a um pequeno grupo de empreendedores que ele já conhecia previamente.
Eduardo e Figueiredo fazem há meses uma campanha junto à administração de Donald Trump por sanções ao Brasil que, segundo eles, possam levar à aprovação de uma anistia a Jair Bolsonaro e seus aliados. Na carta em que determinou o tarifaço de 50% sobre o Brasil, Trump ecoa os argumentos da dupla ao chamar de uma “caça às bruxas” o processo judicial por golpe de Estado contra Bolsonaro.
“É algo que não tem nem sentido, né?! Não foi ele [Eduardo] quem criou o problema? Agora vai aparecer aqui para vender solução?”, questionou à reportagem um dos representantes de industriais do Sudeste. Outro qualificou a situação como “estranhíssima”. Todos falaram reservadamente por temor de retaliação política. Nenhum integrante da comitiva ouvido defendeu a presença de Eduardo entre o grupo.
Segundo Ricardo Alban, presidente da CNI, a delegação empresarial foi cuidadosamente planejada para excluir o fator político do discurso. Por isso, não foram admitidos parlamentares ou mesmo quadros técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que expressaram desejo de participar da comitiva. O próprio Alban foi pego de surpresa pela presença de Eduardo. O deputado admite abertamente que está em Washington em busca de novas sanções ao Brasil, enquanto seu pai, Jair Bolsonaro, é julgado por tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal.
“Por que é que nós vamos perder a razão, para quê vamos misturar alhos com bugalhos? A visita dos senadores [brasileiros, há algumas semanas] era política, queríamos fazer uma visita empresarial”, disse Alban, sobre a tentativa de blindagem política do grupo. “Eu sei que a CNI não convidou [Eduardo], mas não sei se alguém convidou porque tem relação pessoal”, completou.
CNI acena a Trump com minerais e etanol, mas política trava negociação
A questão política, porém, foi colocada como “prioritária” para o governo dos EUA em todas as reuniões com autoridades que a comitiva da CNI teve. O grupo foi recebido no Departamento de Estado, no Departamento de Comércio e no Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês).
“Ficou claro que a dimensão política é muito importante, uma espécie de chave para que possamos desenvolver soluções concretas [para o tarifaço]”, afirmou o embaixador Roberto Azevêdo, atual consultor da CNI e ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio. Segundo ele, em todos os encontros a carta de Trump foi citada — e a redução global das taxas não parece provável em um horizonte próximo.
Na missiva a Lula, o líder da Casa Branca lista o processo contra Bolsonaro e as decisões do STF sobre big techs como motivos para a imposição das tarifas. Desde o início da crise, uma efetiva mesa de negociação entre representantes dos dois governos não foi estabelecida. Os americanos condicionam o diálogo à negociação sobre esses dois pontos. O governo Lula afirma que não aceita negociar com a independência do Judiciário e a soberania nacional.
“Há uma certa frustração dos empresários com o fato de que os canais oficiais não estão funcionando a contento”, reconheceu Azevêdo, sobre o atual estado diplomático das relações bilaterais.
Para tentar atrair os norte-americanos para a mesa de negociação, a CNI apresentou a eles a possibilidade de explorações comerciais em parceria em três diferentes áreas: a mineração de terras-raras, o mercado de etanol e a construção de data centers. A estratégia, segundo Alban, teria sido adotada com a anuência do MDIC. O vice-presidente Geraldo Alckmin, que comanda a pasta, lidera no governo brasileiro as tentativas de negociação.
As terras-raras estão na lista de minerais críticos para os EUA, que atualmente têm uma forte dependência da China para abastecer seu mercado interno. O Brasil possui reservas significativas dos materiais e haveria oportunidades para iniciar mineração. Quanto ao etanol, o Brasil se mostrou disposto não apenas a abrir seu mercado, como a trabalhar conjuntamente no desenvolvimento do Combustível Sustentável de Aviação (SAF), à base de etanol.
Por fim, a delegação acenou aos americanos com um grande potencial de produção de energia elétrica de fontes renováveis para a instalação de data centers para treinamento de Inteligência Artificial no Brasil — a questão está na ordem do dia para a administração Trump: entre maio de 2024 e o mesmo mês de 2025, o preço da energia subiu quase 7% no país, puxada pela demanda desses centros de supercomputadores.
“Eles querem que sejamos ousados e propositivos. É um governo que pensa fora da caixinha, então nós também temos que pensar”, afirmou Alban.
Já Azevêdo reconheceu que “entraves políticos” e a própria lista de prioridade e capacidade burocrática do Executivo dos EUA impede que um diálogo como esse se aprofunde agora.
“Eu fiz a pergunta a eles: ‘Quais são as áreas de interesse de vocês?’ E essa resposta não foi muito clara”, afirmou o ex-diretor da OMC, que seguiu: “Eles estão assolados de coisas pra fazer, estão negociando acordo comercial com o mundo inteiro, estão usando o tempo deles para estudar outros países com negociação mais avançada, não pararam para se debruçar sobre o que poderia ser feito com o Brasil”.
Um elevador despencou do quinto ao segundo andar do Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, área central do Recife. O incidente aconteceu na manhã deste sábado (6) e a ascensorista, que ficou presa entre dois andares, foi resgatada pelo teto do equipamento por colegas de trabalho. Ela não se feriu.
O acidente aconteceu logo no início do plantão, no trajeto até o térreo. De acordo com o hospital, o incidente “não alterou a rotina da assistência aos pacientes” e que técnicos da empresa terceirizada responsável pela manutenção dos equipamentos foram acionados para fazer o conserto.
O HR é o maior hospital público de Pernambuco e tem a maior emergência das regiões Norte e Nordeste. A ascensorista que ficou presa, que tem 49 anos, trabalha há 16 anos na unidade de saúde.
Imagens registradas por outros profissionais do hospital mostram o momento em que a ascensorista é retirada através do teto do elevador por colegas de trabalho. O resgate foi realizado por técnicos de enfermagem e de farmácia.
Ela passou cerca de 20 minutos presa no local. A ascensorista estava sentada em uma cadeira no elevador e, com o impacto, caiu no chão, mas não se feriu.
Pessoas que trabalham no hospital contaram que essa não foi a primeira vez que a mulher sofreu um acidente em elevadores do hospital. Há cerca de 10 anos, fraturou a perna em outro equipamento da unidade, na área da emergência.
Por causa disso, por segurança, os ascensoristas costumam apertar o botão de andares intermediários como forma de frear o equipamento e evitar que ele despenque de andares mais altos.
Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) disse que “está atuando na melhoria do transporte vertical do HR” e que, entre as medidas adotadas, está a dispensa emergencial de licitação para substituição de dois dos elevadores do HR, “já com empresa definida e em fase de contratação”.
Uma licitação também foi iniciada para renovar os demais equipamentos da rede estadual de saúde.
Hospital em reforma
Atualmente, o Hospital da Restauração está passando por um processo de reforma. A manutenção, anunciada em setembro de 2023 pela governadora Raquel Lyra (PSD), previa a recuperação do quarto, quinto, sexto e oitavo andares do prédio com um investimento de R$ 20 milhões.
Na última segunda-feira (1º), a governadora anunciou mais R$ 10 milhões em investimentos para a reforma da fachada do hospital.
Apesar dos investimentos, o presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE), deputado estadual Gilmar Júnior (PV), disse que os elevadores estão sucateados e que os problemas são constantes. Segundo ele, muitos profissionais evitam utilizar os equipamentos.
“Teve casos de a gente [enfermeiros] precisar transportar incubadora. A gente transportou a incubadora pelas escadas, recém-nascido em situação grave. As mães também, com pré-eclâmpsia, em situação grave, sendo transferidas por escada. Isso é um trabalho que não cabe à enfermagem fazer. […] Sobrecarrega o profissional, tem adoecimento mental, medo”, disse o presidente do Coren-PE.
O g1 procurou a Secretaria Estadual de Saúde e o Hospital da Restauração para saber se, nas reformas pelas quais a unidade está passando, há previsão de melhoria para os elevadores e como é realizada a manutenção, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
A comunidade de São João e São Paulo, em Camaragibe, recebeu na manhã deste sábado (6) o médico inglês Dr. Matthew Harris, que atuou no posto de saúde local entre 1999 e 2003 e replicou o programa municipal de atenção primária em saúde em cidades da Inglaterra. O prefeito Diego Cabral recepcionou a comitiva britânica e elogiou o médico. “Ele deixou um legado de profissionalismo e humanização na comunidade”. A secretária de Saúde, Ana Perez, também agradeceu ao médico por levar o programa de atenção básica em saúde adiante.
Dr. Matthew explicou que, após seu período em Camaragibe, levou o aprendizado para o Reino Unido, atuando atualmente na Community Health and Wellbeing Worker, com cerca de 200 agentes comunitários de saúde. “Estou muito feliz em retornar a Camaragibe, onde tive uma experiência profissional e de vida muito rica”, disse o médico. Durante a visita, moradores e profissionais recordaram momentos marcantes, incluindo peças de teatro sobre conscientização em saúde básica que contaram com a participação da comunidade na época, cujo roteiro foi elaborado pelo próprio médico.
O Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF-PE) instaurou um procedimento administrativo para investigar a dificuldade de acesso do público à Praia de Muro Alto, em Ipojuca, Grande Recife, causada por empreendimentos de luxo na orla.
Segundo a investigação, em alguns pontos de Muro Alto – como em frente ao resort Nannai Residence e aos flats do Ekoara Residence –, a maré alta cobre toda a faixa de areia e impossibilita a passagem de pedestres. Muros de contenção em imóveis vizinhos também contribuiriam para a obstrução.
O procedimento do MPF é resultado de uma apuração preliminar, iniciada em 2017, sobre suposta irregularidade de um muro, construído em área de faixa de praia, do empreendimento Nannai Resort & Spa. Desde então, novas obras na região teriam provocado outros impactos ambientais e criado mais dificuldade para que o público chegue à praia.
Em setembro de 2024, uma equipe técnica da Superintendência do Patrimônio da União em Pernambuco (SPU-PE) realizou uma vistoria em Muro Alto para avaliar os pontos de acesso. Para o MPF, alguns dos problemas encontrados pela equipe técnica violam a Lei Estadual de Gerenciamento Costeiro.
Vistoria
Ao instaurar o procedimento, o procurador Antônio Nilo Rayol Lobo registra que a distância entre os acessos da praia “varia significativamente”. “Embora muitos intervalos sejam de aproximadamente 180 a 200 metros, foram identificadas distâncias consideravelmente maiores: cerca de 910 metros entre os acessos 7 e 8, 750 metros entre 8 e 9, 600 metros entre 9 e 10, e 350 metros entre 15 e 16”, diz.
De acordo com o procurador, os acessos de ao menos quatro ruas em Muro Alto também “encontram-se parcialmente obstruídos por aterros, vegetação plantada desordenadamente ou crescimento desordenado de vegetação”. Para ele, esse cenário acaba “dificultando ou impedindo o acesso direto à praia”.
A vistoria identificou ainda controle de veículos para estacionamento nos acessos 5 e 6 – o que poderia configurar uma tentativa de privatização do espaço público.
Para instaurar o procedimento, o procurador considerou que a primeira investigação já “se arrasta” há quase uma década, mas também concluiu que o tema não seria de “resolução de curto prazo”. “É evidente que o problema dos acessos à Praia de Muro Alto é complexo e demanda ações contínuas”, diz.
“A questão dos acessos à praia envolve múltiplas partes e requer um monitoramento constante das ações implementadas e dos estudos propostos”, afirma. “A instauração de procedimento de acompanhamento não impede, em futuro, o ajuizamento de ação civil pública ou outro desdobramento judicial possível, caso as medidas adotadas se mostrem insuficientes ou a cooperação das partes cesse”.
Propostas
Questionada pelo MPF, a Prefeitura de Ipojuca informou que tem atuado de forma integrada com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), desde a instalação do Grupo de Atuação Conjunta Especializada (Gace) Praias. A resposta foi encaminhada ao órgão no dia 11 de julho.
Em paralelo, a Prefeitura diz que analisa as situações individuais de empreendimentos instalados na orla. Segundo afirma, já foi verificada a ausência de licenciamento, licenças vencidas e inconformidades construtivas. As informações teriam sido compartilhadas com MPPE para subsidiar as ações corretivas cabíveis.
Para sanar a irregularidade do espaçamento dos acessos, a Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano de Ipojuca (Semac) elaborou duas propostas de reposição dos acessos públicos ausentes, com três novas alamedas distribuídas no trecho analisado.
“Além disso, está sendo avaliada a possibilidade de formalização de Termos de Compromisso Ambiental (TCA) com os empreendimentos lindeiros, os quais estão atualmente em processo de regularização, a fim de viabilizar a abertura das alamedas como medida compensatória obrigatória”, diz a portaria do MPF.
Outra proposta discutida é para que os empreendimentos cedam, no mínimo, 2 metros de seus limites norte e sul, garantindo os 4 metros de largura mínima exigidos por lei para cada alameda a ser implantada.
A Prefeitura de Ipojuca deverá especificar ao MPF a situação das análises individualizadas dos empreendimentos na orla, encaminhar os módelos gráficos relacionados à proposta de elaboração de reposição dos acessos públicos ausentes e informar a situação das tratativas para formalização de Termos de Compromisso Ambiental com os empreendimentos.
Em nota, o Nannai Muro Alto declara que atua de forma responsável e em conformidade com a legislação, sem limitar o acesso à praia. “As situações apontadas resultam de fatores naturais ou de intervenções alheias ao empreendimento”, declara ao Diario de Pernambuco.
O empreendimento acrescenta que tem prestado informações pertinentes aos órgãos competentes. A reportagem não conseguiu contato com a administração do Ekoara Residence ou com a Prefeitura de Ipojuca.
A ex-prefeita de Itaíba e pré-candidata à Assembleia Legislativa de Pernambuco, Regina da Saúde, anunciou neste sábado (6) o apoio do vereador Neto Tavares, de Águas Belas, ampliando sua base política na região. Com a adesão, Regina fortalece sua pré-candidatura, que já conta com apoios de prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e lideranças do Agreste e Sertão.
Um homem de 25 anos foi preso em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, após fazer um comentário criticando a Polícia Militar (PM) em postagem nas redes sociais na quinta-feira (4). “Aqui em Arcoverde tem mais policiais do crime doq bandido msm kkk (sic)”, escreveu Rafael de Alcântara Rocha na mensagem. Ele deve responder por injúria.
O comentário foi feito em uma postagem do Portal Panorama sobre a prisão de três policiais militares do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV), na quarta-feira (3), por suspeita de cobrarem propina durante abordagens em Arcoverde, Buíque e outras cidades do Sertão.
Segundo boletim de ocorrência, ao qual o Diario de Pernambuco teve acesso, o Núcleo de Inteligência do Sertão (NIS) informou a uma equipe do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM) quem seria o autor do comentário em rede social. Rafael Alcântara foi abordado em frente a sua residência.
Conforme o boletim, o comentário dele “veio a generalizar acusação a todos os policiais desta cidade [Arcoverde], sejam militares, civis, bombeiros, penais, etc”. Rafael foi encaminhado à Delegacia da 156ª Circunscrição, em Arcoverde. O celular dele foi apreendido. O comentário foi excluído da publicação.
Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado como injúria. “O fato aconteceu por meio da internet. As investigações foram iniciadas e seguem até o esclarecimento do caso”, diz a instituição em nota. A Polícia Militar (PM) foi procurada, mas não respondeu até a publicação da reportagem.