Bolsonaristas atacam PRF em Novo Progresso, no Pará

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) atacaram agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Novo Progresso, no sudoeste do Pará, hoje. Houve disparos de tiros, mas ainda não é possível identificar de onde partiram. As imagens são do canal no YouTube “TV Afiada”.

Viaturas da PRF foram atacadas por manifestantes que mantêm bloqueio na BR-163. Uma criança sofreu intoxicação pelo uso de gás e precisou ser socorrida. Um agente foi ferido pelos manifestantes.

No vídeo que registra o confronto, é possível ver ao menos quatro viaturas da PRF. Manifestantes jogam pedras contra os veículos da polícia, que percorrem o trecho da rodovia em velocidade. Há gritaria e palavrões proferidos pelo grupo de bolsonaristas contra os agentes de segurança. Um dos bolsonaristas também arremessa uma cadeira de plástico em direção à viatura da PRF, que é atingida. Diversos tiros são disparados.

Segundo a PRF, vídeos divulgados em redes sociais mostraram a ação que “tem objetivo de desbloquear trecho da rodovia federal (BR-163) que está sendo obstruído por manifestantes”.

A corporação informou que, durante o confronto, uma criança precisou ser socorrida e levada ao pronto atendimento. Ela passa bem. Novo Progresso foi a cidade paraense que mais deu votos a Jair Bolsonaro no segundo turno: quase 83%.

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Com destino incerto desde que foi demitido do Ministério dos Direitos Humanos por acusações de importunação e assédio sexual, o ex-ministro Silvio Almeida avaliar deixar o Brasil em 2025 para trabalhar no exterior.

A aliados, o ex-ministro de Lula contou ter recebido convites de universidades de fora do Brasil para atuar como professor. Silvio, porém, ainda não decidiu se aceitará assumir um cargo em outro país.

O ex-ministro dos Direitos Humanos já atuou como professor visitante da Universidade Columbia e pesquisador da Universidade Duke, ambas nos Estados Unidos.

Como a coluna mostrou, Silvio fez sua primeira aparição pública após a demissão no dia 11 de dezembro, na festa de final de ano do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE).

Silvio Almeida quer ser mais ativo nas redes

A aliados, o ex-ministro tem dito que pretende, aos poucos, voltar à vida pública e a usar as redes sociais, especialmente para falar sobre questões raciais, tema que marcou a carreira de Silvio.

Uma das primeiras sinalizações desse desejo de ser mais ativo nas redes foi a postagem feita pelo ex-ministro desejando “plena recuperação” a Lula após as recentes cirurgias na cabeças.

O ex-ministro foi demitido pelo próprio Lula em setembro após o Metrópoles revelar que ele era alvo de denúncias de assédio sexual. Uma das vítimas foi a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Após as acusações, negadas pelo ex-ministro desde o início, a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar os fatos. Apesar disso, ele não tem qualquer impedimento para deixar o Brasil.

Procurado oficialmente pela coluna, Silvio Almeida não respondeu até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para eventuais manifestações do ex-ministro.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto que torna permanente o Pronampe, programa que facilita empréstimos bancários para pequenos e micro empresários. O mesmo texto também prevê o uso de R$ 4 bilhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para o Programa Pé-de-Meia, que incentiva a permanência de estudantes de baixa renda no ensino médio.

As linhas de crédito do Pronampe são voltadas para microempreendedores (MEI), micro, pequenas e médias empresas. O programa, porém, poderia se tornar inócuo a partir do ano que vem com o fim do financiamento do programa via FGO. O fundo funciona como garantia para os bancos caso os empresários não consigam pagar o empréstimo.

A nova lei retira a previsão de que sobras do FGO sejam usadas para pagamento da dívida pública. Segundo o texto, 50% dos valores do fundo não utilizados deverão ser para garantias de empréstimos no âmbito do Pronampe e o restante poderá ser utilizado para o programa Pé-de-Meia.

À época da criação do Pronampe, em 2020, a sobra deveria ser exclusivamente para arcar com o endividamento público, mas a flexibilização se iniciou com a criação do Pé-de-Meia, que tem previsão total de custos de R$ 20 bilhões.

Do jornal O Globo.

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O período de estiagens e a elevação sustentada e crescente das ondas de calor vêm impactando fortemente os níveis de armazenamento das Barragens de Bita e Utinga, que também abastecem o Cabo de Santo Agostinho, Muro Alto e Porto de Galinhas, em Ipojuca.

A elevação das temperaturas implica no aumento inevitável dos índices de evaporação das águas armazenadas nas barragens para abastecimento humano. Por sua vez, as ondas de calor precipitam o crescimento repentino do consumo.

Por essas razões, os níveis dessas barragens vêm baixando de maneira significativa, fora dos padrões de anos anteriores. A Compesa, inclusive, antevendo o período mais crítico de ocupação das praias, reativou, em novembro deste ano, a captação feita no Rio Ipojuca para irrigar e robustecer os níveis de armazenamento da Barragem de Bita.

Ainda assim, a velocidade com que os níveis de armazenamento baixaram, obrigou a Compesa a deflagrar, em caráter de urgência, plano de contingência que tem por objetivo administrar os volumes de água armazenados, a fim de evitar eventual colapso nas áreas informadas.

A Compesa, por essas razões, está organizando ajustes nos calendários de abastecimento a fim de assegurar o atendimento sustentado das regiões de praias, indústrias e das regiões mais impactadas do município do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, ao longo dos meses de janeiro e fevereiro, que compreendem o período de contingência (considerando as previsões de chuvas que impactam tais barragens).

A situação é, portanto, de alerta e de monitoramento e controle máximo dos níveis das barragens para distribuição de água à população, contexto em que o uso racional da água é medida necessária ao enfrentamento da situação.

A Compesa divulgará na próxima segunda-feira (30) os calendários emergenciais de abastecimento em vista ao período de contingência, que passarão a vigorar a partir do dia 03/01 nessas áreas.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira que a taxa de desemprego no Brasil, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é “uma mentira” por parte do órgão. A taxa no trimestre encerrado em novembro foi de 6,1%, a menor do país na série histórica iniciada em 2012.

Segundo o ex-chefe do Executivo, as informações não servem para balizar a economia brasileira. “Quem não procura emprego, para o IBGE, está empregado. Para quem recebe qualquer benefício social, [como o] Bolsa Família, está empregado. Então sobra uma quantidade bem pequena de pessoas para saber se está empregado ou não. E essa mentira é corroborada pelo fato de ter aumentado o número de pessoas que procuram o seguro-desemprego”, disse Bolsonaro em live da rádio AuriVerde Brasil.

Metodologia do IBGE

A taxa de desemprego é calculada na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua do IBGE. Considera em situação de desemprego aqueles que tentaram e não conseguiram encontrar trabalho no período analisado. Os que não estão empregados, mas não buscaram vaga, são considerados fora da força de trabalho e não entram no cálculo.

Há também a situação dos desalentados, pessoas que gostariam de trabalhar e estariam disponíveis, mas não procuraram trabalho por acharem que não encontrariam vagas e desistem de ingressar no mercado. Também são considerados fora da força de trabalho e não entram no cálculo do IBGE.

Esta metodologia é adotada pelo IBGE desde o início da Pnad, em 2012. Ou seja, era a mesma utilizada durante o governo de Bolsonaro (2019-2022). Segue a definição e recomendação da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Em relação ao Bolsa Família, o programa não exige que o beneficiado esteja desempregado para receber o auxílio.

O IBGE também explica que o recebimento de outros programas sociais, como o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e o seguro-desemprego, não tem correlação direta com a ocupação ou desocupação. Os beneficiários, segundo o órgão, podem ser classificados como parte da força de trabalho (como ocupados ou desocupados) ou como fora da força de trabalho.

Há casos em que beneficiários de seguro-desemprego trabalham informalmente, por exemplo, como motorista de aplicativo ou no comércio ambulante. Dessa forma, são classificados como ocupados pelo IBGE.

Também há a possibilidade de beneficiários do programa seguro-desemprego não estarem ocupados e não terem tomado providência efetiva para conseguir trabalho. Portanto, são classificados como “fora da força de trabalho”.

Veja as divisões do mercado de trabalho adotadas pelo IBGE:

Desemprego na mínima histórica

A taxa de desemprego do Brasil foi de 6,1% no trimestre encerrado em novembro. É o menor nível de desocupação do país na série histórica, iniciada em 2012. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta sexta-feira.

Segundo o instituto, a taxa de desemprego caiu em relação ao trimestre anterior (de junho a agosto), quando foi de 6,6%. Em relação ao mesmo período do ano passado (7,5%), recuou 1,4 ponto percentual. Em números absolutos, o Brasil tinha 6,8 milhões de pessoas que procuravam empregos no trimestre de setembro a novembro. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.

A população desocupada caiu 7,0% em comparação com o trimestre anterior, o que representa uma diminuição de 510 mil pessoas. Em 1 ano, o número de desempregados recuou 17,5%, ou 1,4 milhão de brasileiros.

Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que divulga mensalmente os dados do mercado de trabalho.

Do Poder360.

As estatais federais sofreram um processo de deterioração durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo especialistas. O resultado primário das companhias levantado pelo Banco Central corrobora essa visão.

Segundo dados atualizados do BC, de 2023 até outubro deste ano, o rombo nas empresas públicas federais somou R$ 5,1 bilhões. Apenas neste ano até outubro, o déficit foi de R$ 4,45 bilhões, o maior da série histórica para o período, descontada a inflação. Por enquanto, também é o maior de todos os anos fechados.

A base de comparação são os anos desde 2009, quando o BC deixou de colocar na conta a Petrobras e a Eletrobras que, por serem empresas muito grandes, acabam distorcendo os números. Os bancos públicos também não são contabilizados já que, pela natureza do negócio, não são equiparáveis a companhias não financeiras.

Para efeito de comparação, durante os dois últimos anos do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, quando as contas públicas e das estatais entraram em um processo bastante crítico, o déficit dessas companhias foi menor do que o valor atual. De 2013 até outubro de 2014, o rombo nas empresas públicas federais foi de R$ 1,8 bilhão. Descontada a inflação, ficou em R$ 3,1 bilhões.

Se a Petrobras for levada em conta, a situação foi mais precária sob Dilma. Além das inúmeras intervenções nos preços praticados pela petroleira e de investimentos inchados, a estatal esteve no centro das investigações da Operação Lava Jato, que revelou um rombo bilionário relacionado a corrupção na empresa.

Consultado, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos disse que apenas o resultado primário não é capaz de avaliar a saúde financeira nem o desempenho das empresas. Segundo a pasta, esses fatores só podem ser avaliados nas demonstrações de resultados de cada companhia.

“Em 2023, as 44 estatais federais e suas subsidiárias geraram lucro líquido de R$ 197,9 bilhões e recolheram R$ 49,4 bilhões em dividendos e Juros sobre o Capital Próprio para o Tesouro Nacional, além de outros R$ 78,7 bilhões para acionistas privados”, disse a pasta em nota enviada à reportagem.

Ainda segundo o ministério, parte expressiva desse déficit exposto nas estatísticas do BC corresponde a investimentos feitos pelas companhias.

Ainda assim, para a economista Elena Landau, responsável pelo programa de desestatização durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a situação é preocupante. Segundo ela, os dados das estatais federais só tendem a piorar nos próximos anos.

Landau critica a liminar do então ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski que afrouxou a Lei das Estatais em março do ano passado para permitir indicações do presidente Lula nas companhias públicas.

A decisão derrubou, por exemplo, a quarentena de 36 meses imposta a dirigentes de partidos políticos ou de pessoas que tenham atuado em campanhas eleitorais, permitindo que elas ocupassem cargos de direção em empresa pública e sociedade de economia mista.

Aloizio Mercadante (PT) foi nomeado para a presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em meio às discussões sobre a Lei das Estatais, no início do governo de Lula.

Em nota, o BNDES disse que a nomeação de Mercadante ocorreu antes de mudanças na Lei das Estatais e que um parecer do TCU (Tribunal de Contas da União) não viu impedimento para a indicação do atual presidente do banco.

“A corte entendeu que a sua contribuição à campanha vitoriosa do presidente Lula em 2022 teve natureza meramente intelectual e não foi remunerada”, afirmou. “Assim, ao retomar um assunto já superado, a Folha insiste em uma narrativa que não encontra semelhança na realidade dos fatos.”

Da Folha de São Paulo.

O prefeito eleito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, anunciou mais quatro integrantes de seu primeiro escalão. Izabel Urquiza comandará a Secretaria de Projetos Especiais, Sueleide Torres será titular da Secretaria Executiva de Agricultura, Luana Valentim responderá pela Secretaria Executiva de Comunicação e Imprensa e Aline Melo ocupará a Secretaria Executiva da Mulher. Elas se juntam a Penélope Andrade, que coordenará a pasta de Assistência Social, Mulher e Direitos Humanos.

Izabel Urquiza possui uma trajetória destacada na gestão pública, com ampla experiência em cargos estratégicos. Foi secretária executiva do PRODETUR no governo do Estado e representante do escritório descentralizado do Ministério das Cidades em Pernambuco. Em Olinda, atuou como secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. Em Jaboatão dos Guararapes, foi secretária de Projetos Especiais e Captação de Recursos. É graduada em Direito pela UFPE e pós-graduada em Direito Administrativo e Tributário, pela mesma instituição e é procuradora de carreira da Caixa Econômica Federal. Ao longo de sua carreira, especializou-se em desenhar e implementar soluções que impactam positivamente as cidades e a qualidade de vida das pessoas, especialmente a partir da captação de recursos e gerenciamento de projetos estratégicos.

Sueleide Torres tem uma trajetória consolidada na luta em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar. Desde 2017 preside o Sindicato dos Assalariados e Assalariadas Rurais do Cabo de Santo Agostinho e integra a Comissão Estadual de Mulheres Assalariadas Rurais junto a Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais (CONTAR), desde 2022. Ex-vereadora da cidade também atuou como representante do Legislativo municipal no Conselho de Agricultura do Cabo. Tem participação atuante na Marcha das Margaridas e na organização do programa estadual Chapéu de Palha. Atualmente está cursando gestão pública.

A jornalista Luana Valentim é graduada pela Universidade Católica de Pernambuco e pós-graduada pela Universidade de São Paulo, na área de Digital Business. Atua na área de comunicação e marketing político e tem experiência gestão de equipes, planejamento, gestão de estratégias e relacionamento com a imprensa. Atuou na iniciativa privada e no setor público e tem forte ligação com a cidade do Cabo.

Com formação em Pedagogia e Marketing, e especialização em Comunicação Pessoal, Aline Melo, desenvolveu uma carreira como professora, palestrante e consultora de mulheres empreendedoras, tornando-se referência em desenvolvimento pessoal. Durante quatro anos, liderou a organização de mulheres Sociedade de Socorro nas cidades de Cabo e Jaboatão. Nesse período, coordenou projetos voluntários transformadores, promovendo apoio essencial para o progresso feminino e comunitário. É idealizadora e fundadora do projeto POR ELAS, uma iniciativa que tem como missão o empoderamento feminino em todas as suas dimensões. O projeto atua com um impacto profundo ao oferecer suporte jurídico e psicológico às mulheres.

“Estamos na fase final de formação de nosso time e é com muita alegria que anunciamos os nomes dessas quatro mulheres, que chegam trazendo suas experiências e uma imensa capacidade técnica. O Cabo precisa, e merece, uma equipe de primeira linha, que tenha expertise e vivência para trazer para nossa população iniciativas e ações que se traduzam em qualidade de vida e desenvolvimento com justiça social. Temos pouco mais de 203 mil habitantes e somos a 5ª maior economia de Pernambuco, com um papel estratégico no desenvolvimento do estado. Todo esse potencial tem que se transformar em resultados e oportunidades para nossa gente e nossa equipe está focada nisso”, destacou Lula Cabral.

Meus filhos Magno Filho e João Pedro, que passaram o Natal com a mãe no Recife, acabam de colocar os pés no Sertão de vidas secas para o réveillon comigo e minha Nayla, em Afogados da Ingazeira. A grande família ainda não está completa.

Faltam Filipe, meu primogênito, e André Gustavo, que moram nos Estados Unidos. Nayla me deu duas enteadas: minhas duas Marias – Beatriz e Heloísa, mas só Heloísa, a Helô, curte a emoção da chegada do novo ano conosco.

Com receio de perder as eleições para a renovação de 2/3 do Senado em 2026 (quando haverá 54 das 81 cadeiras em disputa), integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) querem mudar as regras da escolha. Em vez de os eleitores escolherem dois candidatos para as duas vagas em cada unidade da Federação – como manda a Constituição –, o voto seria em apenas um nome.

Aí, em 2026, seriam eleitos os dois mais bem votados em cada UF. Dessa forma, os candidatos governistas ao Senado teriam mais chance de ficar com uma das duas vagas em disputa em cada UF. Por quê? Porque não haveria mais as “dobradinhas”, de chapas com dois candidatos de direita disputando e com possibilidade de vitória.

A proposta de emenda à Constituição foi apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), que é líder do Governo na Casa Alta. Randolfe é um dos 54 senadores cujo mandato termina daqui a dois anos e que terá dificuldades para se reeleger em seu Estado. Se a regra for alterada, ele teria um pouco mais de chance, pois todos os votos da esquerda poderiam ser concentrados nele.

Controlar o Senado, como acontece hoje, é fundamental para um eventual 2º mandato consecutivo de Lula ou de algum candidato de esquerda a partir de 2027. Além disso, há um temor de que a Casa Alta, se ficar com maioria da oposição (de centro-direita ou de direita), possa também levar adiante uma proposta de aprovar um pedido de impeachment de 1 ou mais ministros do Supremo Tribunal Federal.

O próprio presidente Lula, líderes governistas e até ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) têm feito reuniões e conversas para traçar estratégias e evitar esse cenário de um Senado oposicionista em 2027. Além de priorizar o apoio a candidatos pró-Planalto desde já, uma mudança das regras eleitorais seria de grande utilidade para evitar uma maioria de senadores anti-esquerda daqui a dois anos.

Em muitos Estados, há hoje pré-candidatos se apresentando com uma plataforma quase única: “Vote em mim que eu vou ser a favor dos ministros do Supremo”. Um dos nomes mais visados é Alexandre de Moraes, que é o relator do inquérito das fake news e dos processos contra os vândalos do 8 de janeiro.

Do Poder360.

Por Magno Martins, especial para a Folha de Pernambuco

O prefeito eleito de Aliança, na Zona da Mata Norte do Estado, Pedro Freitas (PP), confirmou, em entrevista à Folha, sua candidatura à presidência da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). A disputa será realizada no final de fevereiro de 2025 e o adversário principal de Pedro Freitas é o atual prefeito de Paudalho, também na Mata Norte, Marcelo Gouveia (Podemos), que já preside a entidade e vai buscar à reeleição.

O pano de fundo do pleito é a uma guerra silenciosa entre os Gouveia e os Da Fonte, grupo dos deputados federais Eduardo da Fonte (PP) e Lula da Fonte (PP), que já resultou na derrota do deputado estadual Gustavo Gouveia (SD), quando tentou buscar à reeleição para a primeira-secretaria da Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), no início deste mês. Uma articulação da bancada do PP na Casa levou o deputado Francismar Pontes (PSB) a vencer a disputa contra Gustavo Gouveia.

Agora, o próximo duelo será a eleição da Amupe. O grupo dos Da Fonte aposta na eleição de um prefeito que esteja em mandato, como Pedro Freitas, que vai tomar posse em 1° de janeiro. Marcelo Gouveia está encerrando sua segunda gestão à frente da Prefeitura de Paudalho no próximo dia 31 e, portanto, não será prefeito ano que vem. Mas ele aposta na história do ex-presidente da associação, o ex-deputado estadual José Patriota, que presidiu a Amupe mesmo sem mandato.

“Existe uma tradição nos últimos anos de a associação sair com uma candidatura única. Estamos à disposição para sentar e discutir o assunto. O que a gente não quer abrir mão é de que a Amupe seja a prioridade. Que a gente possa unir aí um bom time em prol do protagonismo da associação”, afirmou Freitas. Segundo ele, o seu projeto ganhou força porque os prefeitos não cogitavam esse movimento da continuidade da gestão Gouveia.

“Acho que isso foi dando muito espaço e corpo ao nosso projeto. Depois ele (Marcelo) se pronunciou, que pretende disputar, acho que a discussão tem avançado, tanto da parte dele, quanto da minha, afinal, vamos ver se chega a um consenso, ou se realmente a eleição vai ter mais de uma chapa”, comentou.

Questionado se poderia abrir mão de ser candidato para que a eleição tivesse apenas uma chapa, como na tradição, Freitas disse que no cenário atual, com Gouveia na disputa, ele não abre. “Eu acho que a gente precisa ter tranquilidade nas decisões. A candidatura hoje está posta, é firme. A gente tem tido a cada dia uma adesão maior, de mais prefeitos, mais partidos. Mas isso não significa que a gente não possa estar na mesa para construir um projeto. Conversamos com quase a totalidade dos prefeitos e pretendo concluir todos esse ano ainda. Digo a você com muita tranquilidade que o projeto é competitivo e que a gente vai continuar nessa busca”, reforçou.

O prefeito também falou sobre sua candidatura representar o lado da governadora Raquel Lyra (PSDB) ou do prefeito do Recife, João Campos (PSB). Mas disse que espera que a disputa não tome esse rumo. “Acredito que a Amupe é suprapartidária, a gente tem conversado com partidos da base do Governo, com partidos de oposição, para demonstrar que independente do Governo Estadual ou do Governo Federal, os municípios sempre vão precisar ter autonomia e capacidade de discutir o que é importante para eles. A gente teve um grande exemplo na gestão de Zé Patriota. Apesar do alinhamento político que ele sempre teve, nas discussões que envolviam os interesses dos municípios esses interesses sempre estavam acima”, defendeu.

O senador Fernando Dueire (MDB) recebeu o título de cidadão de João Alfredo, agreste pernambucano. O reconhecimento foi feito pelo presidente da Câmara Municipal da cidade, Walquer do Celular, por proposição do vereador David Prazeres dos Santos. Na justificativa da homenagem, ocorrida ontem na Faculdade Vale do Pajeú, foi destacado o empenho do senador em projetos e ações em favor da população, além de parcerias que impulsionaram o desenvolvimento local.

“João Alfredo reconhece com muita honra seu mais novo cidadão, que tem uma lista de serviços relevantes prestados não só na nossa cidade, mas nos demais municípios pernambucanos. Conheço Dueire desde quando atuou ao lado do ex-governador Jarbas Vasconcelos. Ele hoje, como senador, segue trabalhando de uma forma muito dedicada por todos nós”, afirmou o vereador autor da proposição, que foi acompanhada de perto pelo prefeito da cidade, José Martins.

“Me tornar cidadão de João Alfredo e conterrâneo de um povo batalhador e determinado é motivo de muito orgulho. Renovo meus compromissos com a cidade e com todos o que trabalham por dias melhores para o nosso povo”, afirmou o senador Fernando Dueire.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) – responsável pela ponte que desabou entre Tocantins e Maranhão – soma 108 obras paradas em todo o país, de acordo com dados do Tribunal de Contas da União (TCU) analisados pela coluna. Tratam-se de serviços estagnados de recuperação, manutenção e conservação de rodovias federais e pontes. O valor previsto de investimento nessas obras é de R$ 3,7 bilhões.

Outras 973 obras estão em andamento, segundo o painel do TCU. O Dnit, vinculado ao Ministério dos Transportes, é responsável por vias de navegação, ferrovias e rodovias federais.

O número de obras em execução caiu em relação aos últimos anos, assim como o total de paralisadas. O ano passado tinha 250 paradas e 1.551 em andamento, ante as 277 suspensas e as 1.680 em construção em 2022.

Obras do Dnit

A Ponte Juscelino Kubitschek, que desabou no último domingo, ligava Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA). No balanço atual, já são nove mortos e oito desaparecidos. Corpos de duas vítimas foram encontrados a, aproximadamente, 35 metros de profundidade na última quinta-feira.

Conforme revelou a coluna, o Dnit já havia identificado fissuras em todos os pilares, bem como danificações, irregularidades e “vibrações excessivas” na estrutura. As armaduras (ferragens) da ponte também se encontravam expostas e corroídas.

“As condições atuais da OEA [Obra de Arte Especial] merecem atenção, pois verificam-se vibrações excessivas e desgaste visual de suas estruturas e do seu pavimento”, diz o termo de referência, que tem por base um memorial de 2020.

Procurado pela coluna, o Dnit não se manifestou sobre a quantidade de obras paralisadas.

Do portal Metrópoles

Impedido de viajar por causa da cirurgia de emergência a que foi submetido no último dia 11 para retirada de um hematoma na cabeça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem usado a Granja do Torto, casa de campo da Presidência da República, para despachos e lazer durante o fim deste ano.

Lula recebeu no local, nos últimos dias, ministros, assessores e o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), nome favorito para ser eleito presidente da Câmara em fevereiro.

O Torto fica fora do plano piloto de Brasília, a 14 quilômetros do Palácio do Planalto e a 16 quilômetros do Palácio da Alvorada. Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, dormiram por lá do dia 25 para o dia 26.

Antes da cirurgia, o plano do presidente era viajar na virada do ano para a base de Aratu, em Salvador. No ano passado, o casal passou o Réveillon na base naval da Restinga da Marambaia, no Rio.

Agora este ano, Lula e Janja foram para o Torto no dia de Natal, quando a primeira-dama postou um vídeo nas redes sociais do presidente com jabutis. O petista dizia que o espaço dos animais foi recuperado, com melhorias no lago. Revelava também que há uma tentativa de que os jabutis e tartarugas da Granja do Torto coloquem ovos para se reproduzirem em uma área de areia ao lado do lago.

“No início de 2023, encontramos vários jabutis descuidados, alguns com o casco quebrado e sem a devida atenção, e as emas com uma alimentação nada adequada”, escreveu Janja na publicação.

Segundo o site do governo federal, a Granja do Torto tem 37 hectares, que incluem lago e córrego artificiais, piscina, campo de futebol, quadra, churrasqueira, heliponto e uma área de mata nativa.

O local recebeu esse nome porque fica na Fazenda do Riacho Torto. Além da casa, na propriedade foi construída no passado uma granja para fornecimento de ovos e frangos.

O presidente João Figueiredo (1979-1985), o último do período da ditadura militar, optou por morar no local em vez do Alvorada e usava a área para criar cavalos.

Durante a transição para o primeiro governo de Lula em 2002, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) disponibilizou a Granja do Torto para que o petista pudesse se hospedar.

Durante os seus dois primeiros mandatos, Lula ainda usava o local para partidas de futebol com ministros e parlamentares. No fim de 2023, o Torto foi palco da confraternização de fim de ano do governo.