O deputado federal e líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou, hoje, que os cerca de R$ 400 mil em espécie apreendidos pela Polícia Federal em um endereço dele têm origem lícita e são resultado da venda de um imóvel em Minas Gerais. As informações são do portal Itatiaia.
Sóstenes foi alvo de busca e apreensão na Operação Galho Fraco, que investiga o desvio de recursos públicos ligados às cotas parlamentares. A ação também teve como alvo o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).
Leia maisEm declaração a jornalistas, Sóstenes disse que o valor estava lacrado e identificado, o que, segundo ele, comprovaria a legalidade dos recursos. “Aprendam uma coisa: dinheiro de corrupção não aparece lacrado, identificado e recolhido oficialmente na sua residência. Quem quer viver de corrupção, bota em outro lugar. Vendi um imóvel, o imóvel me foi pago com dinheiro lícito, está lacrado, tem a origem, então não tenho nada a temer”, afirmou.
O deputado disse que comprou o imóvel após 2022 e que o vendeu recentemente, recebendo o pagamento em dinheiro vivo. Questionado sobre quem adquiriu o imóvel, Sóstenes afirmou que não informaria a identidade do comprador. Segundo ele, o valor ainda não havia sido depositado em banco por causa da agenda de compromissos parlamentares.
Além do dinheiro, a Polícia Federal também apreendeu celulares dos deputados durante a operação. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Distrito Federal e no Rio de Janeiro.
Sóstenes atribuiu a operação a uma suposta retaliação política por sua atuação na CPMI do INSS e pela defesa da convocação de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Quero reiterar: desafio aqui o presidente Lula a trazer o Lulinha, botar a Câmara para olhar nas câmeras e explicar ao povo brasileiro como eu estou fazendo. Quem não deve não teme”, disse.
Alvo da PF
A Operação Galho Fraco é um desdobramento de uma investigação iniciada em dezembro de 2024, que apura suspeitas de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Na fase anterior, assessores dos deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy já haviam sido alvo da Operação Rent a Car, que investigou o uso irregular de recursos da cota parlamentar para pagamentos simulados.
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