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Pesquisa Quaest, realizada de 6 a 9 de novembro de 2025, mostra que houve um freio na melhora das taxas de aprovação/desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O estudo repete resultado divulgado ontem pela Paraná Pesquisas, que também registrou a mesma tendência.
Na Quaest, assim como na Paraná Pesquisas, Lula parou de melhorar e registrou um recuo, dentro da margem de erro do levantamento. O estudo, divulgado hoje, indica que a taxa de aprovação oscilou negativamente de 48% para 47%. Já a desaprovação foi de 49% para 50%.
Leia maisA margem de erro da Quaest é de 2 p.p (pontos percentuais). Na prática, o petista está, portanto, no mesmo lugar. Mas a curva da pesquisa mostra o filme completo, como no infográfico abaixo. Lula havia melhorado gradualmente nas últimas 4 pesquisas Quaest. Agora, esse movimento foi freado.
O estudo anterior da Quaest foi feito de 2 a 5 de outubro. De lá para cá, 3 fatos podem ter influído na interrupção da melhora da aprovação do presidente. Um deles foi positivo: a visita de Lula à Malásia, onde se encontrou com o presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano).
O petista fez fotos amistosas e apareceu como um estadista. Mas teve outros 2 episódios que talvez tenham sido negativos. Na própria viagem à Ásia, Lula declarou que traficantes “são vítimas dos usuários” de drogas. E, 4 dias depois, o governo do Rio de Janeiro realizou a operação Contenção, que resultou em 121 mortos. Esse fato precipitou fortes mudanças na opinião pública e grande destaque na mídia.
Lula, inicialmente não comentou o caso e parecia não saber como reagir. Foi criticado pela maior nêmesis da esquerda na internet, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Quando falou diretamente sobre o tema, disse que a operação foi “desastrosa” e uma “matança”. Para 45% dos entrevistados, Lula saiu mais forte do encontro com Trump, enquanto 30% afirmam que ele saiu mais fraco.
A Quaest realizou 2.004 entrevistas presenciais, de 6 a 9 de novembro de 2025, com brasileiros de 16 anos ou mais. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.
Questionados se avaliam o trabalho de Lula como “negativo”, “positivo” ou “regular”, os entrevistados responderam:
- negativo – 38% (eram 37% em outubro);
- positivo – 31% (eram 33% em outubro);
- regular – 28% (eram 27% em outubro);
- não sabem/não responderam – 3% (eram 3% em outubro).



















