Em entrevista exclusiva ao Frente a Frente, o secretário nacional de Inclusão Socioprodutiva, Artesanato e Microempreendedor Individual do Governo Federal, Milton Coelho (PSB), fez duras críticas ao governo Raquel Lyra (PSD). Segundo ele, a gestão estadual não tem correspondido às expectativas dos pernambucanos, especialmente nas áreas de segurança, educação e saúde. “O fim do Pacto pela Vida impactou seriamente a violência no Estado. E hoje o povo sente nas ruas o aumento da criminalidade”, afirmou.
Na educação, Milton considera que Pernambuco regrediu após ter se tornado referência nacional, durante o governo Eduardo Campos (PSB). Para ele, a alternância frequente no comando da Secretaria de Educação e a escolha de gestores sem conhecimento do território prejudicaram a continuidade dos avanços obtidos nas últimas décadas. A saúde pública, segundo o secretário, enfrenta abandono. “Pergunte a qualquer pernambucano quem é a secretária de Saúde do Estado. Quase ninguém sabe e isso já diz tudo”, disparou.
Leia maisO secretário também acusou o governo estadual de não possuir um projeto estratégico para o futuro econômico de Pernambuco, enquanto estados vizinhos avançam em temas como hidrogênio verde e novas matrizes energéticas. “Toda essa inovação está sendo feita no Ceará e na Bahia, em Pernambuco nada”, criticou.
Pré-candidato a deputado federal, Milton Coelho afirmou que sua campanha terá como principal bandeira a defesa do governo Lula (PT) no Congresso e o fortalecimento da bancada de centro-esquerda. Ele reforçou sua identificação histórica com o PSB e descartou qualquer mudança partidária.
Milton poderá dar início oficial à sua campanha após abril do próximo ano, quando deixará o cargo no Governo Federal. Ele afirmou tratar a política como missão e acredita ser necessário fortalecer parlamentares comprometidos com a democracia e o interesse público. “Precisamos de uma representação qualificada para discutir o futuro do Brasil”, declarou.
A aposentadoria recente no Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), segundo o próprio, foi uma decisão para abrir um novo ciclo de dedicação exclusiva à política. Auditor concursado desde 1992, ele atuou em funções técnicas e de direção na Corte, embora tenha sido constantemente convocado para cargos executivos na esfera estadual e federal. “Cumpri minha jornada no Tribunal, agora vou me dedicar inteiramente aos projetos políticos dos quais faço parte”, concluiu.
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