Na sessão de ontem, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou, por unanimidade, o recurso da vereadora do município de Cortês Letícia Nascimento Borba (Republicanos) contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) que a condenou a pagar multa de dez mil reais por empenhar despesas com publicidade institucional acima do limite permitido em ano eleitoral.
Em seu voto, o relator do recurso, ministro André Mendonça, afirmou que a prática caracteriza conduta vedada e, assim, confirmou a decisão do TRE-PE. O ministro destacou que o montante de R$ 42 mil empenhado em janeiro de 2024 para contratação de empresa especializada em assessoria de comunicação, publicidade e marketing digital ultrapassava em seis vezes o limite legal para o primeiro semestre do ano eleitoral de 2024, calculado com base em anos anteriores ao pleito, em 2021, 2022 e 2023.
O ministro também contestou a argumentação da defesa de que não houve finalidade eleitoral, destacando que a prática se enquadra na jurisprudência do TSE e na Lei das Eleições (artigo 73, inciso VII, da Lei nº 9.504/1997).
O Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas (CODAI), unidade de ensino técnico da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), ganhará um novo impulso na formação de seus estudantes com a construção do setor de Equideocultura. A iniciativa será viabilizada graças ao apoio do senador Fernando Dueire (MDB), que destinará recursos para custear a obra, fortalecendo o compromisso com a educação técnica e com o desenvolvimento rural da Zona da Mata Norte de Pernambuco.
A Equideocultura, ciência voltada à criação, manejo e bem-estar de equinos como cavalos e jumentos, tem grande importância no cenário agropecuário brasileiro. A atividade movimenta cadeias produtivas que envolvem desde o turismo rural, esportes equestres, transporte e até terapias assistidas com animais. Na região onde está localizado o CODAI, há uma forte presença de haras e criadores que demandam profissionais capacitados – um campo de trabalho promissor para os alunos do curso Técnico em Agropecuária.
“Essa parceria representa um avanço fundamental para a formação prática dos nossos estudantes”, destacou o professor Dr. Luiz Carlos Leal Torres, docente da disciplina de Equideocultura no CODAI. “Com a construção do setor, poderemos proporcionar uma formação mais completa e alinhada às necessidades do mercado. Agradecemos profundamente ao senador Fernando Dueire por acreditar no nosso projeto e no potencial transformador da educação técnica”, completou o professor.
O novo setor contará com a construção de quatro baias, um redondel e um espaço para armazenamento de materiais, rações e utensílios usados no manejo dos animais. Para o senador Fernando Dueire, investir na estruturação do CODAI é investir no futuro dos jovens pernambucanos. “A Equideocultura tem forte impacto econômico e social na região. Apoiar a formação de técnicos qualificados é garantir oportunidades reais de emprego e renda no campo. Tenho orgulho de contribuir com esse projeto que une tradição, inovação e compromisso com a juventude”, afirmou o senador pernambucano.
A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia, articulou uma nova parceria entre o Ministério dos Transportes e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), via Centro de Informática (CIn). A iniciativa resultou na assinatura de um Termo de Execução Descentralizada (TED) no valor de cerca de R$ 3 milhões, que viabiliza o projeto “Inovação Aberta para o Setor de Transportes”, com execução prevista entre outubro de 2025 e março de 2027.
Reconhecida nacionalmente pelas experiências bem-sucedidas em tecnologia e inovação na gestão pública, a Prefeitura do Recife foi referência e inspiração para o Governo Federal, que buscou na capital pernambucana exemplos e recursos para impulsionar a transformação digital no setor de transportes.
A assinatura do termo contou com a presença do vice-reitor da UFPE, Moacir Araújo; do vice-diretor do Centro de Informática (CIn), Ricardo Massa; do subsecretário de Gestão Estratégica, Tecnologia e Inovação do Ministério dos Transportes, Diogo Tabalipa; e do secretário de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia do Recife, Rafael Cunha.
O projeto será desenvolvido em três eixos complementares: diagnóstico e estratégia, pesquisa e prototipação, e capacitação e disseminação do conhecimento. As ações envolvem o mapeamento de desafios do setor, o desenvolvimento de soluções baseadas em tecnologias emergentes e a formação de equipes técnicas, fortalecendo a cultura de inovação dentro do Ministério.
“O papel da Prefeitura do Recife foi decisivo para aproximar as instituições e transformar uma oportunidade em projeto concreto. A secretaria tem atuado como elo entre governo, academia e mercado, fortalecendo o ecossistema de inovação e estimulando o ambiente de negócios da capital pernambucana”, destacou Rafael Cunha, secretário de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia do Recife.
Com a parceria, o CIn conduzirá pesquisas aplicadas e o desenvolvimento de protótipos até o nível de maturidade tecnológica TRL 6, gerando estudos e provas de conceito que orientarão investimentos estratégicos do Ministério dos Transportes.
A direção nacional do União Brasil decidiu, há pouco, afastar preliminarmente o ministro do Turismo, Celso Sabino, das funções exercidas na gestão do partido A medida, tomada em uma reunião com membros da executiva do partido, valerá até a análise final de um processo que pode levar à expulsão definitiva de Sabino da sigla. O prazo para isso, segundo o estatuto da sigla, é de até 60 dias. As informações são do portal G1.
Atualmente, Celso Sabino participa das decisões partidárias a nível nacional e ocupa uma vaga na executiva nacional e outra no diretório nacional do partido. Com a decisão desta quarta, ele não poderá mais exercer as funções. O ministro do Turismo é alvo de um procedimento, aberto no último dia 30, que o acusa de desrespeitar orientações partidárias, como o ultimato da legenda para a entrega de cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além deste, Sabino também está no centro de outro processo que pede a intervenção da direção nacional do União Brasil no escritório do partido no Pará, atualmente comandado pelo ministro. Os dirigentes do partido ainda vão votar se o diretório estadual sairá das mãos de Sabino.
Em rota de colisão com o Planalto, o União Brasil decidiu que filiados teriam de deixar cargos na gestão Lula até o dia 19 de setembro. À época, a legenda afirmou que o descumprimento seria considerado infidelidade partidária.
Depois de anunciar publicamente que pediria demissão, Celso Sabino ignorou a ordem e permaneceu no ministério, participando, inclusive, de compromissos com Lula em Belém (PA). Em uma das agendas, o ministro afirmou que apoiaria o petista, independentemente do cenário político
Ao chegar à reunião do partido nesta quarta, Sabino afirmou que permaneceria no governo e indicou que ficaria até o limite de desincompatibilização, em abril do próximo ano, quando detentores de cargos públicos precisam deixar as funções para disputar eleições.
O ministro planeja disputar uma das vagas ao Senado pelo estado do Pará e avalia que o apoio de Lula o ajudaria nas eleições. “Pelo bem do turismo, pelo bem dos serviços que a gente vem fazendo em todo o país, mas especialmente pelo bem do povo do Pará pela realização da COP30, vou permanecer no governo”, afirmou.
“Fico, tenho confiança do presidente Lula e pretendo continuar desenvolvendo os trabalhos que venho fazendo no Ministério do Turismo, tenho apoio da maior parte da bancada”, acrescentou o ministro.
O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) não acredita em uma eventual condenação no Supremo Tribunal Federal (STF), que resultaria em sua prisão e perda de mandato. Foi o que revelou com exclusividade durante entrevista ao podcast ‘Direto de Brasília’, que foi gravada na manhã desta terça-feira e será exibida a partir das 18h, no canal do YouTube do blog e da Folha de Pernambuco, além da Gazeta News, a Rede Mais Rádios da Paraíba, a Rede de Rádios ANC do Ceará e a revista Mais Nordeste, somando mais de 165 emissoras da região.
A ação penal por calúnia contra Moro decorre de um vídeo de uma festa junina em 2022, em que o senador aparecia falando em “comprar um habeas corpus” do ministro do STF, Gilmar Mendes. A Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereceu denúncia contra o senador, que foi eleito para o mandato em outubro daquele ano. A PGR pediu pena de quatro anos de prisão para Moro, além da perda do mandato.
Atualmente, a Primeira Turma julga um recurso do senador contra a decisão do Supremo que o tornou réu, em junho de 2024. Quatro ministros já votaram no sentido de manter esta condição (Carmen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin), faltando apenas o voto de Luiz Fux, que tem até esta sexta-feira (10) para apresentar seu posicionamento.
“Houve uma denúncia que foi recebida pelo Supremo. Apresentamos embargos de declaração, porque havia uma série de omissões em relação ao acórdão. Estou confiante de que, durante esse processo, com a apresentação das provas, vai tudo ser considerado improcedente. Porque é um absurdo. Era uma festa junina, antes de eu ter o mandato, e houve uma brincadeira infeliz. Obviamente que não estou acusando o ministro Gilmar Mendes de vender sentença numa festa junina. Explicamos isso, mas o STF entendeu de receber a denúncia”, elencou Moro.
“O mais surpreendente é que foi antes da minha eleição, então nem era competência do Supremo porque eu não era senador. E não divulguei nem gravei esse vídeo, quem divulgou aquilo, em abril de 2023, foram perfis vinculados à esquerda, querendo gerar animosidade do STF em relação a mim. Quem divulgou na verdade foram apoiadores do governo Lula, então se alguém tem que ser punido por isso é esse pessoal. O vídeo só foi divulgado em abril de 2023, e três dias depois estava denunciado pelo procurador-geral anterior (Augusto Aras). É uma tentativa de atacar meu mandato, de me atacar, esperamos que o STF tenha serenidade de julgar conforme a lei, as provas. Mas não vou me intimidar com isso”, completou.
Sobre o risco de ficar inelegível em 2026, em que lidera as pesquisas de intenções de voto para o Governo do Paraná, Moro classifica como uma “hipótese muito improvável”. “A sanção penal é tão absurda que não podemos levar a sério. Agora é esperar que a gente tenha a oportunidade de mostrar a origem, que são perfis da esquerda. Eu nem tinha interesse de divulgar isso. Sempre fiz críticas respeitosas ao Supremo, com base em fatos, e acho que eles erraram em alguns temas. Acho excessivas as penas do 8 de janeiro, teve uma série de problemas, mas minha crítica é honesta, não é brincadeira de festa junina”, concluiu.
O ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), afirmou, hoje, que vai permanecer à frente da pasta até o ano que vem, contrariando a ordem da direção nacional do partido para que os filiados entreguem os cargos no governo Lula (PT).
Alvo de um processo que pode levar à sua expulsão do União Brasil, Sabino avaliou que a legenda tomou decisões “açodadas” e que pretende tentar seguir no partido por meio do diálogo. “Pelo bem do turismo, dos serviços, pelo bem do povo do Pará, vou permanecer no governo”, disse.
A cúpula do União Brasil se reúne, neste momento, para analisar um processo que pede a expulsão do ministro por suposta infidelidade partidária. Também hoje, o ministro dos Esportes, André Fufuca, foi afastado do partido Progressistas (PP). A decisão do partido foi comunicada pelo presidente da legenda, Ciro Nogueira, dois dias depois do ministro declarar estar “ao lado” do presidente Lula.
O procedimento contra Celso Sabino no União Brasil foi aberto no último dia 30 e acusa o ministro de desrespeitar orientações da legenda, como o ultimato do partido para a entrega de cargos no governo Lula.
Em 18 de setembro, o União Brasil aprovou uma resolução que exigia que filiados ao partido deixassem, em até 24 horas, cargos ocupados no governo Lula. Desde então, Sabino tem tentado dialogar para garantir sua permanência na pasta pelo menos até a COP 30, marcada para novembro, em Belém.
Sabino chegou a pedir demissão do governo em 26 de setembro, mas afirmou que permaneceria no cargo até a semana seguinte para acompanhar o presidente em agendas da COP no Pará.
Líder em todas as pesquisas para o Governo do Paraná, o senador Sérgio Moro (UB) participa, hoje, do meu podcast ‘Direto de Brasília’, uma parceria deste blog com a Folha de Pernambuco, transmitido para mais de 165 emissoras do Nordeste. Sua entrevista vai ao ar às 18 horas, com transmissão também pelo YouTube do blog e da Folha, além da Gazeta News, a Rede Mais Rádios da Paraíba, a Rede de Rádios ANC do Ceará e a revista Mais Nordeste.
O podcast ‘Direto de Brasília’ vai ao ar logo mais, das 18h às 19h, com transmissão pelo YouTube da Folha de Pernambuco e do meu blog, incluindo também cerca de 165 emissoras de rádio no Nordeste.
Retransmitem o programa a Gazeta News, do Grupo Collor, em Alagoas, a Rede Mais Rádios, com 25 emissoras, na Paraíba, e a Mais-TV, do mesmo grupo, sob o comando do jornalista Heron Cid. A Rede ANC, do Ceará, formada por mais de 50 emissoras naquele Estado, também retransmite, assim como a LW TV, de Arcoverde.
Os parceiros neste projeto são o Grupo Ferreira de Santa Cruz do Capibaribe, a Autoviação Progresso, o Grupo Antonio Ferreira Souza, a Água Santa Joana, a Faculdade Vale do Pajeú, o grupo Grau Técnico e o Berlitz Idiomas.
O PP afastou, hoje, o ministro do Esporte, André Fufuca, do partido. A decisão foi tomada em razão da permanência dele na pasta. A sigla ainda anunciou que ele deixa a vice-presidência nacional e perderá o comando do partido no Maranhão.
“O Progressistas comunica que, diante da decisão de desobedecer a orientação da Executiva Nacional do partido e permanecer no Ministério do Esporte, o ministro André Fufuca fica, a partir de agora, afastado de todas as decisões partidárias, bem como da vice-presidência do partido”, diz a nota.
O texto, escrito pelo presidente do PP, Ciro Nogueira, reforça a oposição do partido ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O partido reitera o posicionamento de que não faz e não fará parte do atual governo, com o qual não nutre qualquer identificação ideológica programática”, diz.
No começo do mês de setembro, PP e União anunciaram um desembarque oficial do governo, dizendo que entregariam cargos que possuem na atual gestão de Lula. O presidente do União, Antonio Rueda, deu o prazo de um mês para que correligionários entregassem o cargo.
No último dia 1.º, Ciro Nogueira disse que Fufuca teria que escolher entre a permanência com Lula ou se acataria a decisão do partido de sair do governo. Já no dia 6, em discurso durante agenda de Lula em Imperatriz (MA), Fufuca disse que cometeu um erro ao apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022 e que vai endossar a campanha à reeleição de Lula no ano que vem, mesmo que esteja com o “corpo amarrado”.
“O importante não é justificar o erro, o importante é evitar que ele se repita. Em 2022, eu cometi um erro. Agora, em 2026, pode ser que o meu corpo esteja amarrado, mas a minha alma, o meu coração e a minha força de vontade estarão livres para brigar e ajudar Luiz Inácio Lula da Silva a ser presidente do Brasil”, afirmou Fufuca.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que aumenta a pena para quem vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar bebida alcoólica para menores de idade. A medida foi publicada no Diário Oficial da União de ontem.
No texto anterior, o artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente previa pena de detenção que variava de dois a quatro anos para esse crime. Com a sanção da nova lei, a punição será aumentada de um terço até a metade se a criança ou o adolescente utilizar ou consumir o produto.
A lei também é válida para qualquer produto cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, no caso de o menor de idade utilizá-lo ou consumi-lo. O Plenário do Senado aprovou o projeto em setembro. Ele foi proposto pela deputada federal Laura Carneiro. As informações são do portal Estadão.
A comemoração de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela escolha de Marco Rubio, secretário de Estado americano, para ser o negociador do lado dos Estados Unidos com o Brasil sobre o tarifaço – baixado pelo presidente norte-americano, Donald Trump – não preocupa a diplomacia brasileira.
Segundo os diplomatas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Rubio cumprirá as instruções e missões que receber de Donald Trump, e ele é um profissional. Um diplomata disse que vão prevalecer as instruções do presidente dos Estados Unidos, e não os desejos de Rubio.
Além disso, a visão do Itamaraty é que Rubio é realmente ideológico, mas não deve deixar esse seu lado dominar as negociações com o Brasil se esse não for o desejo de Donald Trump.
O fato é que Trump percebeu que o Brasil pode se virar mesmo com o tarifaço em vigor, o que não é um bom sinal para os Estados Unidos. O presidente dos EUA deve ainda despachar com Marco Rubio para começar a passar as instruções sobre como deve ser a retomada das negociações com o Brasil.
Os diplomatas destacam também que Rubio e o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, têm uma boa relação, o que ajuda e muito. A única coisa que pode atrapalhar agora, na visão do governo, seria uma posição de Trump avessa a negociações com o Brasil. Mas sua aproximação e elogios a Lula demonstram que essa não é sua intenção.
O ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), pode levar até 60 dias para ser expulso do partido, caso a legenda decida punir com expulsão a decisão do ministro de adiar sua saída do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além do prazo estabelecido.
A Executiva Nacional do União Brasil julga, hoje, parecer do deputado Fabio Schiochet (Uniao-SC), relator do caso, defendendo a expulsão de Sabino por não deixar o governo Lula, conforme determinação da Executiva. As informações são da GloboNews.
Um processo disciplinar contra o ministro no União foi aberto no último dia 30, e acusa Sabino de desrespeitar as orientações partidárias, como o ultimato da legenda para entrega de cargos no governo federal, em um prazo de 24 horas.
O comando do União queria uma expulsão sumária de Sabino. Mas, o relator optou por tirar do ministro o comando do partido no Pará e abrir o processo regular de desfiliação, dando direito à defesa do ministro. Com isso, Sabino ganha uma sobrevida até a COP 30. A cúpula vai ocorrer no Pará e Sabino gostaria de permanecer até o evento, em novembro, no cargo de ministro.
Na avaliação do relator, a expulsão sumaria geraria insegurança jurídica no partido. Mas, o tempo do processo não muda nada em relação ao mérito. O União esperava que Sabino deixasse o ministério até ontem, mas isso não ocorreu.
Pesquisa Quaest, divulgada hoje, mostra que a aprovação ao governo Lula voltou a empatar, dentro da margem de erro, com a desaprovação: 49% dos brasileiros desaprovam a gestão petista, enquanto 48%, aprovam. As informações são do portal G1.
Esta é a primeira vez, desde janeiro, que há empate entre os dois indicadores. No início do ano, 49% desaprovavam Lula, já a aprovação era de 47%. A diferença de um ponto é a menor desde dezembro de 2024, quando a aprovação era maior que a desaprovação (52% a 47%).
Entre fevereiro e setembro, os indicadores mostravam maior desaprovação. O pico de diferença ocorreu em maio deste ano, quando 17 pontos separavam a avaliação negativa (57%) da positiva (40%).
Veja os números:
Aprova: 48% (eram 46% na pesquisa de setembro);
Desaprova: 49% (eram 51%);
Não sabem/não responderam: 3% (eram 3%).
A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
O levantamento aponta que:
Mulheres voltaram a aprovar mais Lula do que desaprovar: 52% a 45%, indicadores que estavam empatados em 48% no levantamento anterior;
Os católicos voltaram a aprovar mais o governo petista, após empate registrado em setembro: 54% aprovam, e 44%, desaprovam. A margem é de 3 pontos para mais ou menos;
Os mais ricos (renda familiar de 5 salários mínimos ou mais) apresentam empate entre os indicadores: 52% desaprovam e 45%, aprovam. O público mais desaprovava o governo até setembro. A margem de erro é de 4 pontos;
Há empate entre o público de 35 a 59 anos, mas com aprovação e reprovação invertendo posições: enquanto 51% desaprovaram e 46% aprovavam em setembro, agora 51% aprovam e 46%, desaprovam;
Voltou a ter empate entre o público de 60 anos ou mais, com 50% aprovando e 46%, desaprovando. Havia maior aprovação a Lula (53% a 45%) em setembro.
A Quaest também ouviu a opinião dos entrevistados sobre a relação de Lula com Trump e sobre assuntos econômicos, incluindo a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Veja abaixo:
49% acham que Lula saiu mais forte após encontro com Trump na ONU; 27% acham que saiu mais fraco;
79% são a favor de isentar IR de quem ganha R$ 5 mil;
Cai a parcela de brasileiros que consideram que economia piorou no último ano.
Faltando menos de um ano para a eleição, a corrida para o Senado em Pernambuco é um grande embrulho, mas com um ângulo incontestável: com exceção do deputado Eduardo da Fonte (PP), hoje aliado da governadora Raquel Lyra (PSD), os nomes mais competitivos apontados na pesquisa do Opinião, com exclusividade para este blog, brigam para figurar na chapa do pré-candidato do PSB, João Campos (PSB). É o caso do líder Humberto Costa (PT), que a princípio seria o único com lugar garantido na chapa.
Além de estar no exercício do mandato, com direito de disputar a reeleição, Humberto é do PT, partido do presidente Lula, que terá apoio de João em Pernambuco. Miguel Coelho (UB) e Sílvio Costa Filho (Republicanos) disputam a segunda vaga, com um ingrediente que brevemente pode ganhar outro concorrente: Eduardo da Fonte.
O que se ouve nos bastidores é que não está descartada uma travessia de Eduardo da Fonte para a oposição, saindo com o seu grupo da base governista. Se isso acontecer, será o tiro de misericórdia no projeto da reeleição de Raquel, uma vez que Da Fonte lidera hoje um dos maiores grupos políticos no Estado.
Detém o controle de uma bancada de oito deputados na Assembleia Legislativa, com um verdadeiro exército de prefeitos e vereadores espalhado em todas as regiões do Estado. Dudu, como é mais conhecido, não teria dificuldades em fechar um acordo com João, mesmo com o seu partido ocupando cargos na gestão estadual, porque a federação PP-UB tende a liberar as alianças estaduais para uma tomada de posição divergente da corrida presidencial.
Neste cenário, João terá um grande abacaxi para descascar, porque seus aliados de primeira hora, Miguel e Sílvio Filho, já estão em plena campanha para o Senado, alimentando uma grande expectativa para serem escolhidos na chapa de João em uma das duas vagas para o Senado.
COMPETITIVO – Considerado a grande incógnita quanto ao rumo que tomará na disputa pelo Senado, o deputado Eduardo da Fonte (PP) detém hoje o controle da federação PP-UB, que terá a maior fatia do fundo partidário e também o maior tempo na propaganda eleitoral. Dizem que para onde ele pender, tem amplas chances de decidir a eleição.
Fenômeno regional – Já o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, que aparece na cola de Eduardo da Fonte, parte com uma grande votação no Sertão do São Francisco, quase 50%, exatos 46%. Nenhum dos nomes ventilados para o Senado aparece tão bem situado numa região exclusiva. O grande desafio de Miguel será romper a fronteira do São Francisco, especialmente no Grande Recife, que concentra quase metade do eleitorado do Estado.
Os números de Silvio – Embora presente fortemente na mídia, o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho (Republicanos), aparece abaixo de Eduardo e Miguel porque só pontua com uma performance melhor no Agreste, onde tem 9,3%. Na Região Metropolitana desponta com apenas 4%, na Zona da Mata 8,1%, no Sertão 3,1% e no São Francisco 0,8%. Eleição para o Senado, entretanto, não depende do candidato. Historicamente em Pernambuco, os candidatos a governador puxam.
Voto contra – Seis congressistas de partidos que têm ministros no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votaram contra a medida provisória 1.303 de 2025, aprovada, ontem, por 13 votos a 12, em comissão especial do Congresso. O texto foi apresentado pelo governo como alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Perde a validade hoje se não for votada em plenário. Votaram contra Efraim Filho (União Brasil-PB), senador; Tereza Cristina (PP-MS), senadora; Hamilton Mourão (Republicanos-RS), senador; Marangoni (União Brasil-SP), deputado; Pedro Lupion (PP-PR), deputado; e Gilberto Abramo (Republicanos-MG), deputado.
Bolsonarismo em baixa – Representante do bolsonarismo raiz no Estado, o ex-ministro Gilson Machado, que disputa a preferência no PL pela vaga ao Senado, no campo da direita, com o ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, aparece no mesmo patamar do concorrente, com menos de 10% das intenções de voto. Diante da falta de um candidato a governador competitivo na direita, é muito provável que Gilson saia candidato a deputado federal. Já Anderson aceita ser candidato ao Senado na chapa de Raquel.
CURTAS
Lira reage a Renan – Arthur Lira (PP-AL) rebateu as críticas de Renan Calheiros (MDB-AL) sobre a tramitação da proposta que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil. O ex-presidente da Câmara pediu que “não se faça politicagem” com o tema, após Renan afirmar que o texto serviu de “chantagem” contra o governo. A troca de farpas reacende a histórica rivalidade entre os dois alagoanos em Brasília.
ERRO AMARGO – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pediu desculpas após ironizar os casos de intoxicação por metanol durante coletiva de imprensa. Ao ser questionado sobre o avanço das investigações, Tarcísio afirmou que “só se preocuparia quando começassem a adulterar Coca-Cola” — comentário feito em tom de brincadeira, mas que gerou forte repercussão negativa. Em vídeo publicado nas redes sociais, o governador reconheceu o erro e pediu perdão às famílias das vítimas, dizendo que a fala “não cabia diante da gravidade do que vem acontecendo”.
CAPITAL VERDE – O Congresso aprovou a transferência simbólica da capital do Brasil de Brasília para Belém durante a COP30, que ocorrerá entre 11 e 21 de novembro. O projeto, de autoria da deputada Duda Salabert (PDT-MG) e relatado pelo senador Jader Barbalho (MDB-PA), permite que atos e despachos do presidente Lula e de ministros sejam assinados com referência à capital paraense durante o período do evento. A proposta ainda depende de sanção presidencial e tem como objetivo reforçar o protagonismo da Amazônia e do Brasil nas discussões globais sobre clima e sustentabilidade.