O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chamou de “golaço” a escolha do secretário de Estado, Marco Rubio, para dar sequência às negociações dos Estados Unidos com o Brasil, após reunião ocorrida na manhã desta segunda (6) entre o presidente Lula (PT) e o mandatário americano, Donald Trump.
Agora, cabe a Rubio continuar as conversas com o governo brasileiro, este representado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, pelo chanceler Mauro Vieira e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Em publicação na rede social “X” (antigo Twitter), Eduardo afirmou que o chefe da diplomacia americana, que é filho de imigrantes cubanos, “conhece bem a América Latina” e sabe “como funciona os regimes totalitários de esquerda na região”. As informações são da CNN.
Na postagem, em tom de crítica ao STF (Supremo Tribunal Federal), o parlamentar disse que Rubio “sabe como o Judiciário foi instrumentalizado como ferramenta de perseguição política”, além de classificar o Brasil como um “regime de exceção”.
Eduardo está desde o início do ano nos EUA, buscando sensibilizar o governo Trump para a aplicação de medidas mirando contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo que levou à condenação de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por golpe de Estado.
Tarifaço e sanções Nesta primeira conversa oficial dos líderes para tratar das tarifas, Lula pediu a retirada da sobretaxa de 40% aos produtos brasileiros, bem como das medidas restritivas a autoridades brasileiras.
Conforme comunicado do Palácio do Planalto, os líderes conversaram por 30 minutos em “tom amistoso” e combinaram de se encontrar pessoalmente “em breve”.
Lula também se dispôs a viajar aos EUA para um encontro com o líder americano, além de sugerir que eles se reúnam na cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático), na Malásia, e reiterar o convite para que Trump vá à COP30, que acontecerá em Belém, no Pará, em novembro.
“O presidente Lula descreveu o contato como uma oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente. Recordou que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços”, afirmou o Palácio do Planalto.
No dia 6 de agosto, os EUA aplicaram tarifa de 50% a alguns produtos brasileiros e justificaram que uma das razões era o julgamento pelo qual estava submetido Jair Bolsonaro pelo STF.
Além disso, o governo norte-americano também impôs sanções individuais e a familiares de ministros da Corte, especialmente contra Moraes, enquadrado na Lei Magnistky, que permite sanções econômicas a acusados de corrupção ou graves violações de Direitos Humanos pelo mundo, segundo os EUA.
Praticamente nada mudou no cenário ainda amplamente desfavorável para a governadora Raquel Lyra (PSD) emplacar a reeleição nas eleições que se aproximam. Para fechar o calendário eleitoral de 2026 falta menos de um ano, mas a vantagem do pré-candidato do PSB, João Campos, se mantém no mesmo patamar. Na soma total, 31 pontos.
Mas quando se comparam os números por região, a dor de cabeça da governadora aumenta. Na Região Metropolitana do Recife, por exemplo, onde se concentra 46% do eleitorado do Estado, a diferença é discrepante: 46 pontos percentuais, 61% para 15%. Como tirar tamanha diferença no Interior, se nas cidades só existem duas forças antagônicas, e uma delas estará no palanque de João?
Ilustro com o caso de Caruaru, terra em que a governadora foi prefeita. Com apoio do prefeito Rodrigo Pinheiro (PSD), ela tende a ser majoritária, mas as oposições transferem, no mínimo, 30% dos votos para o adversário de Raquel, que terá no seu palanque lideranças como os ex-prefeitos Zé Queiroz e Tony Gel.
Isso sem contar que João tem ainda o chamado voto da gratidão, daquele eleitor que admirava Arraes, bisavô dele, e o pai Eduardo. Perfil de eleitor que sempre votou em candidatos de esquerda e que enxerga João com as legítimas credenciais para dar continuidade aos legados de Arraes e Eduardo.
Há ainda o fator Lula. Pernambuco é um Estado extremamente lulista. Sempre foi e não será diferente na eleição que se aproxima, levando-se em consideração que o presidente está recuperando a sua popularidade, apontado em todas as pesquisas como franco favorito a conquistar o seu quarto mandato.
Pelo andar da carruagem, um palanque dois para Lula em Pernambuco, armado por Raquel, está descartado. A não ser, como disse o senador Humberto Costa, que a governadora saía do muro e assuma que seu candidato será Lula. Raquel está filiada ao PSD, de Gilberto Kassab, que já lançou a candidatura do governador do Paraná, Ratinho Júnior.
Mas não deve assumir também o candidato do seu partido. Orientada pelos seus marqueteiros, a governadora tende a adotar o muro na disputa presidencial, como fez na eleição passada. Teve votos de lulistas e bolsonaristas que não queriam Marília Arraes governadora. Deu certo, mas em política a história só se repete na primeira vez como tragédia. Na segunda, como farsa.
SEM RESULTADO – Há um ano, exatamente quando viu João Campos despontando em todas as pesquisas, a governadora Raquel Lyra inverteu as suas prioridades e também mudou a agenda, concentrando-se no Interior. Tudo porque percebeu que a Região Metropolitana, onde o adversário reina absoluto, está minada. Mais movimentos que pudessem refletir nas pesquisas e contagiar o humor sairiam do interior para a capital. Pelo menos até agora, segundo os números da pesquisa do Opinião, a estratégia não deu em nada. A não ser que Raquel imagine que adesão de prefeito resolve eleição.
Um clássico que depende do tempo – Mesmo sem reagir, a governadora Raquel Lyra e o prefeito João Campos tendem a travar o duelo do século, segundo analistas políticos dos mais variados perfis. Tudo porque, segundo eles, Raquel está com a máquina nas mãos, dinheiro em caixa sobrando, contraído por meio de empréstimos e obras em andamento que podem lhe dar visibilidade. A pedra no meio do caminho da gestora se chama tempo. O ano praticamente acabou e Raquel só pode participar de inauguração de obras até abril, espaço muito exíguo, até pelos atropelos que vem tendo com licitações no Tribunal de Contas.
O estilo atrapalha – Em reserva, até os próprios aliados da governadora reclamam do seu estilo de governar, sem ouvir ninguém, sem dar autonomia aos secretários e sem fazer nenhum tipo de esforço na relação com os políticos no dia a dia, especialmente os deputados estaduais. “Ela é inflexível, só faz o que passa pela sua cabeça”, revela um deputado da própria base do Governo na Alepe. Para ele, João é simpatia, Raquel antipatia. “Até quando quer ser simpática, não consegue convencer e agradar”, resume o mesmo parlamentar.
Raquelzista juramentado – O deputado Luciano Duque, do Solidariedade, partido de Marília Arraes, virou um raquelzista empedernido. Subiu à tribuna ontem para fazer um discurso batendo na oposição. “É incompreensível que nós temos uma Assembleia Legislativa onde estamos há mais de 100 dias para votar um empréstimo quando a Câmara de Vereadores do Recife passou uma semana”, disse, referindo-se a mais um pedido de autorização de empréstimo à Casa feito por Raquel.
O amor é lindo – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), disse, ontem, após a videoconferência com o presidente Lula, que pode vir ao Brasil no futuro. A declaração foi dada a jornalistas na Casa Branca depois de ser questionado sobre a conversa sobre o tarifaço que teve pela manhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Em algum momento, eu irei [ao Brasil]”, afirmou Trump. Segundo o republicano, Lula também concordou em visitá-lo nos EUA. A princípio, a próxima oportunidade de encontro entre os líderes será na Malásia, às margens da cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), no final deste mês, sugestão dada por Lula.
CURTAS
JOGOU A TOALHA – Aliado de primeira hora da governadora, Danilo Simões, filho da ex-prefeita de Afogados da Ingazeira, Gisa Simões, entregou, ontem, de forma irreversível, a sinecura que ganhou de Raquel depois de perder a eleição de prefeito. Tantos quanto ele surrupiam o erário sem dar uma hora de trabalho.
REELEIÇÃO COMPLICADA – O que corre nos bastidores da política no Piauí é que o senador Ciro Nogueira (PP) teria um cenário sombrio para a reeleição, daí a razão de passar a ser o maior defensor da candidatura de Tarcísio de Freitas para presidente, sonhando em ser o seu vice. Ronaldo Caiado, concorrente de Tarcísio no bloco da direita, disse que Ciro sofre de ansiedade vergonhosa.
UMA BAGATELA- O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reservou R$ 6,5 bilhões para pagamento de emendas ao Congresso nas últimas duas semanas. Nesse período, foi articulada a votação na Câmara da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 por mês. O projeto foi aprovado de forma unânime na Casa na quarta-feira passada com o apoio de todos os deputados presentes. A liberação das emendas voltou a acelerar no fim de setembro, depois de ficar quase estagnada em agosto.
Perguntar não ofende: Trump vai suspender o tarifaço de 50% depois do balacobaco com Lula?
Faltando menos de um ano para as eleições de 2026, o pré-candidato do PSB a governador de Pernambuco, João Campos (PSB), mantém uma folgada dianteira frente à governadora Raquel Lyra (PSD), de 31 pontos percentuais. De acordo com levantamento do instituto Opinião, João seria eleito logo no primeiro turno com 55,3% dos votos, enquanto Raquel teria 24,4%. Testado como nome do PL, o Coronel Meira, deputado federal, aparece com 1,9%, Eduardo Moura (Novo), 1,5% e Ivan Moraes (PSOL) 0,7%.
Brancos e nulos somam 8,2% e indecisos 8%. Na espontânea, modelo no qual o entrevistado é forçado a lembrar o nome do seu candidato preferido, sem a lista com todos os nomes, João também lidera com 28% contra 12% da governadora. No quesito rejeição, os números se invertem e Raquel aparece no topo.
Entre os entrevistados, 27,5% disseram que não votariam nela de jeito nenhum. Coronel Meira aparece em segundo. Entre os que foram ouvidos no levantamento, 11,5% disseram que não votariam nele de jeito nenhum, enquanto 10,2% afirmaram que não votariam em João de jeito nenhum.
João bate Raquel com folga em todas as regiões do Estado, inclusive o Agreste, onde está localizada a cidade de Caruaru, governada por Raquel. A maior vantagem do prefeito está na Região Metropolitana do Recife, que detém 43% do eleitorado pernambucano. Nela, João aparece com 61,3% das intenções de voto contra apenas 15,7% de Raquel.
Na Zona da Mata, João tem 57,2% das intenções de voto ante 29,5% da governadora. No Agreste, João pontua 48,3% e Raquel 32,9%. Já no Sertão, João tem 51,6% e Raquel 29,3%, enquanto no São Francisco, por fim, João desponta com 47,2% e Raquel 26%.
Estratificando o levantamento, os maiores percentuais de João aparecem entre os eleitores jovens, entre 16 e 24 anos (57,2%), entre os eleitores eleitores com grau de instrução até o 9º ano (57,3%) e entre os eleitores com renda familiar até dois salários (56,9%). Por sexo, 58,2% dos seus eleitores são mulheres e 52,9% dos seus eleitores são homens.
A governadora, por sua vez, tem maiores índices de intenção de voto entre os eleitores com renda familiar entre cinco a dez salários (28%), entre os eleitores com grau de instrução superior (27,5%) e entre os eleitores na faixa etária entre 35 e 44 anos (26,2%). Por sexo, 26,8% dos seus eleitores são homens e 22,3% dos seus eleitores são mulheres.
A pesquisa foi à campo nos dias 30 de setembro, um, dois e três de outubro, sendo aplicados dois mil questionários em 80 municípios das mais diversas regiões do Estado. O intervalo de confiança estimado é de 95,5% e a margem de erro máxima estimada é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.
Logo mais, exatamente à meia-noite, este blog traz mais uma pesquisa exclusiva do Instituto Opinião, de Campina Grande (PB), para governador de Pernambuco, faltando agora menos de um ano para as eleições gerais do ano que vem. Vale a pena dormir hoje um pouquinho mais tarde.
Alguém tem certeza de que Donald Trump é aliado de Bolsonaro? Porque, sinceramente, desde que ele fez aquela carta anunciando a punição à economia brasileira — incluindo o agronegócio e o setor industrial — por causa do que estava acontecendo com o ex-presidente, ficou no ar a tese da amizade destrutiva.
Não apenas porque isso rendeu a Bolsonaro uma prisão domiciliar, mas porque deu ao presidente Lula um discurso que o salvou do pé da ladeira nos índices de popularidade, oferecendo um mote de “defesa do Brasil e dos brasileiros” nunca antes visto na história. E, não bastasse isso, há ainda um Eduardo Bolsonaro, lá dos States, gritando palavras (em inglês) de ordem contra o Brasil e em favor (?) de seu pai. Também há de se perguntar: seria Eduardo um inimigo oculto de Bolsonaro?
O desfecho dessa história, no entanto, está ficando cada vez mais surpreendente. Depois de colocar em Bolsonaro a culpa pelas maldades contra o Brasil, o presidente norte-americano está sinalizando que vai dar a Lula a chance de sair com a pecha de herói que resolveu o problema. Já pensou que maldade? Com Bolsonaro, claro.
Depois dos afagos públicos no discurso da ONU, em Nova York, eis que Trump sai de uma conversa por videoconferência com o presidente petista confirmando que eles falaram sobre arranjos comerciais e ainda projetaram um encontro presencial.
Lula está colocando a música na vitrola para sambar, caso consiga qualquer avanço nas negociações com o presidente de direita dos Estados Unidos.
E vai dar aos seus marqueteiros, se isso vier a acontecer, o bolo já com recheio para o próximo mote de pré-campanha — algo como “Faz bem ao Brasil!”.
A comemoração dos 20 anos de jornalismo digital do jornalista Jamildo Melo, na noite desta segunda-feira (6), no Mirante do Paço, no Recife, está bombando.
Várias autoridades prestigiam o evento neste momento. O prefeito do Recife, João Campos (PSB) já se encontra na festa. A governadora Raquel Lyra (PSD) também está confirmada.
Esta jornalista está no evento a convite do próprio Jamildo e na missão de representar o chefe, titular deste blog, que viajou para Brasília, hoje, para produzir o podcast Direto de Brasília.
Jamildo e Magno são precursores do jornalismo político digital em Pernambuco e estão à frente de dois dos mais respeitados veículos de imprensa do país, inspirando as gerações seguintes de repórteres e empreendedores da comunicação.
Não à toa, são tão prestigiados pelas fontes, autoridades em geral e pelos colegas jornalistas.
Quem está na festa
Neste momento, por volta das 20h20, estão presentes na festa de Jamildo, além de vários amigos e familiares, o ministro da Pesca, André de Paula (PSD); o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Valdecir Pascoal; o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB); e as deputadas estaduais Dani Portela (Psol) e Gleide Ângelo (PSB).
Também estão presentes os deputados estaduais Antônio Moraes (PP), Diogo Moraes (PSDB); Cayo Albino (PSB); Joãozinho Tenório (PRD); e Luciano Duque (SD).
O deputado federal Coronel Meira (PL) celebrou nas redes sociais a confirmação da instalação da Escola de Sargentos do Exército em Pernambuco, com investimento estimado em R$ 2,2 bilhões e geração de milhares de empregos diretos e indiretos. O anúncio foi feito após reunião com o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, que elogiou a atuação do parlamentar nas articulações pelo projeto. Confira!
O bolsonarismo, de fato, não vive uma boa fase. Na verdade, atravessa um verdadeiro inferno astral. Quem imaginaria que os presidentes Lula e seu análogo Donald Trump teriam uma relação “cordial”, que começasse logo após a condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado? Sinceramente, ninguém. Nem eles. A videoconferência entre Lula e Trump, nesta segunda-feira (6), é apenas mais um elemento dessa sequência de terror para quem é um fervoroso admirador do ex-presidente brasileiro e de suas causas.
O bolsonarismo hard contava com o apoio, sem ressalvas, do presidente americano para sua estratégia de vingança contra o “sistema” brasileiro – o que inclui o governo, o Judiciário e até mesmo partes do chamado Centrão. As coisas iam até que relativamente bem, com sanções a torto e a direito, até o casual e surpreendente encontro pessoal de “39 segundos” entre Trump e Lula, com toda a química anunciada, na Assembleia Geral da ONU, no dia 23 de setembro. Nesse dia, eles combinaram de se falar novamente.
Após a Assembleia, os bolsonaristas tentaram nos convencer de que Lula havia caído numa armadilha. Que, na eventual reunião entre Lula e Trump, o brasileiro seria humilhado, massacrado ou coisa pior – assim como ocorreu com o ucraniano Volodymyr Zelensky. Até mesmo a diplomacia brasileira parecia ter comprado essa tese. Apressaram-se em dizer que, por questões de agenda, o tal encontro seria virtual.
O filho 03 foi rápido em espalhar essa tese conspiratória: “Para quem conhece as estratégias de negociação de Donald Trump, ele fez exatamente o que sempre praticou: elevou a tensão, aplicou a pressão e, em seguida, reposicionou-se com ainda mais força à mesa de negociações”, disse Eduardo Bolsonaro já no dia 23/9.
Mas o que o bolsonarismo tem para hoje é a seguinte frase de Trump sobre o encontro ocorrido há algumas horas: “Esta manhã, tive uma ótima conversa telefônica com o presidente Lula, do Brasil. Discutimos muitos assuntos, mas o foco principal foi a economia e o comércio entre nossos dois países”, afirmou. O encontro virtual durou 30 minutos e, num tom de cordialidade, Lula teria pedido para Trump suspender a sobretaxa imposta a produtos brasileiros e desistir das sanções a autoridades públicas. Teriam também trocado seus números particulares e aventado um encontro presencial no final do mês, na Malásia.
O que resta ao bolsonarismo agora para manter a narrativa (de tão usada, essa palavra deveria ser sancionada)? Restam alguns fios de esperança. Segundo foi divulgado, as negociações agora cabem ao secretário de Estado, Marco Rubio, personagem que, em tese, não tem qualquer simpatia pela causa brasileira. A conferir os próximos desdobramentos dessa palpitante novela. Na dúvida, o empresário Paulo Figueiredo, braço direito de Eduardo Bolsonaro nas trapalhadas norte-americanas, mandou avisar que “está de férias”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou que teve uma “ótima conversa” por telefone com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (6), mas não respondeu se diminuirá as tarifas contra o Brasilum dos pedidos feitos pelo petista durante a chamada.
Ao relembrar o encontro que teve com Lula durante a Assembleia Geral da ONU, enquanto trocavam de lugar para discursar, o republicano comentou: “Nos encontramos e gostamos um do outro… e tivemos uma ótima conversa, vamos começar a fazer negócios”.
Questionado se considera ir ao Brasil, Trump disse que, “em algum momento, faria isso”, e destacou que o presidente brasileiro deve ir aos Estados Unidos. As informações são da CNN.
Segundo apuração de Teo Cury, analista de Política da CNN, Lula se dispõe a viajar aos EUA para um encontro com o líder americano.
Ainda assim, o presidente sugeriu que eles se reúnam na Cúpula da Asean, na Malásia, e reiterou o convite para que Trump vá à COP30, que acontecerá em Belém, no Pará, em novembro.
Em outro momento durante as declarações na Casa Branca, o republicano chamou Lula de “um bom homem”.
A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) publicou, no último sábado (4), o edital de licitação para a obra de ampliação do sistema de abastecimento de água do município de Bonito, no Agreste. O projeto tem como objetivo reforçar o fornecimento de água a partir de uma conexão com a Adutora de Serro Azul, que parte do município de Palmares, na Mata Sul. A iniciativa beneficiará diretamente cerca de 37 mil moradores da área urbana e representa um investimento de R$ 21,9 milhões, dentro do Programa Águas de Pernambuco, do Governo do Estado.
As obras, com conclusão prevista para outubro de 2026, incluem a implantação de uma nova adutora com 5.420 metros de extensão, interligando a Adutora de Serro Azul à Estação de Tratamento de Água (ETA) de Bonito. O reforço proporcionará um acréscimo de aproximadamente 100 litros por segundo ao volume de água disponível atualmente. O projeto também contempla a instalação de uma estação de tratamento por ultrafiltração e a construção de uma subestação elétrica para alimentar o novo sistema.
Atualmente, o abastecimento de Bonito depende exclusivamente da Barragem de Bonitinho. Com a nova adutora, o município passará a contar com uma fonte adicional de captação, o que permitirá maior equilíbrio entre oferta e demanda. “A rede da Adutora de Serro Azul passará próxima à barragem de Bonitinho. Nesse ponto, será feita uma derivação na rede, o que permitirá o reforço significativo no abastecimento em Bonito”, explicou o presidente da Compesa, Douglas Nóbrega.
A Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento de Pernambuco (SRHSPE) abriu, nesta segunda-feira (6), as inscrições para a seleção simplificada que oferece 40 vagas para profissionais de níveis técnico e superior. Os salários variam de R$ 1.624,67 a R$ 5.200,00, com contratos em regime presencial e carga horária de 30 ou 40 horas semanais, conforme o cargo.
As oportunidades de nível médio são destinadas a técnicos em Edificações e em Saneamento. Já entre os cargos de nível superior, há vagas para advogados, jornalistas, engenheiros civil, elétrico, mecânico e ambiental, além de assistentes sociais, contadores e outras formações. A seleção terá validade de dois anos a partir da homologação do resultado, podendo ser prorrogada por igual período.
A avaliação dos candidatos será feita por meio de análise curricular. As inscrições, que custam R$ 40, podem ser realizadas até o dia 21 de outubro no site do Instituto AOCP (www.institutoaocp.org.br). O edital completo e outras informações estão disponíveis no portal da SRHSPE (www.srhs.pe.gov.br).
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) solicitou nesta segunda-feira autorização para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar. O pedido será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Nogueira quer encontrar Bolsonaro ainda nesta semana, na quarta ou quinta-feira.
No fim de semana, o senador disse ao GLOBO acreditar que Bolsonaro já decidiu qual candidato apoiar em 2026, e que os únicos postulantes “viáveis” seriam os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). A declaração motivou uma troca de farpas com o governador de Goiás, Ronald Caiado (União Brasil), que é pré-candidato à Presidência. As informações são do jornal O GLOBO.
Nogueira, que foi ministro da Casa Civil de Bolsonaro, já visitou o ex-presidente uma vez, no primeiro dia de prisão domiciliar, no início de agosto.
Na entrevista ao GLOBO, o senador defendeu um anúncio até janeiro do candidato da oposição:
— Acredito que ele já decidiu. Defendo que comunique isso em dezembro para ser anunciado em janeiro. Quem vai ser, só ele sabe. Eu imagino, mas quem tem legitimidade e autoridade para dizer é ele ou o Flávio (um dos filhos) ou até a Michelle (ex-primeira-dama), que tem contato direto com ele.
Nogueira considera que Tarcísio e Ratinho Jr têm potencial de crescimento e baixa rejeição:
— Se fosse hoje, vejo dois candidatos viáveis: Tarcísio e Ratinho Júnior. Eles têm metade da rejeição do Bolsonaro e quase 40% de desconhecimento, o que é potencial de crescimento. Mas só têm viabilidade com o apoio do presidente Bolsonaro.
Caiado reagiu e disse que Nogueira tenta se cacifar como vice em uma chapa de Tarcísio. O governador de Goiás acrescentou que ele não é um “porta-voz” de Bolsonaro. O senador, então, respondeu com ironia e sugeriu que Caiado estaria “com tempo livre” para escrever textos grandes nas redes sociais.
Os políticos devem torna-se colegas na federação entre União Brasil e PP, que está em processo de formação.
A convite do prefeito Diego Cabral (Republicanos), a governadora Raquel Lyra (PSD) vai a Camaragibe, nesta segunda (6), inaugurar a requalificação de um campo de futebol. O que vem chamando atenção na cidade, porém, é que, além de o projeto não ter recebido nenhum recurso do Governo de Pernambuco, foi inspirado em uma das principais vitrines da gestão do prefeito do Recife, João Campos (PSB), líder nas pesquisas e virtual adversário da governadora nas eleições de 2026.
A obra no Estádio Canetão custou cerca de R$ 1,5 milhão e é a primeira entrega do Tapetão, projeto de Camaragibe que replica a proposta do programa Gramadão, do governo de João Campos. Na capital, mais de 15 unidades já foram entregues. A similaridade é tanta que até mesmo a ata de registro de preços da iniciativa da Prefeitura do Recife foi usada pela gestão de Diego Cabral para tirar o projeto do papel. A revitalização do campo incluiu a instalação de gramado sintético, alambrados, vestiários, drenagem e iluminação.
A decisão da governadora de pegar carona em uma obra municipal inspirada na gestão de seu potencial adversário ocorre em um momento de escassez de entregas de sua gestão em Camaragibe, mesmo seis meses após o prefeito Diego Cabral ter lhe declarado apoio. Projetos estruturadores, a exemplo da construção de uma creche, da conclusão do Ramal da Arena e da reforma do terminal de Camaragibe, seguem em ritmo lento e sem previsão de conclusão dentro dos prazos estabelecidos.