
Honda terá novas motos no Brasil

A marca japonesa sediada em Manaus anunciou investimentos de R$ 1,6 bilhão até 2029 para lançar novas motocicletas no Brasil. Ela, garante os dirigentes da empresa, serão mais econômicas e ambientalmente responsáveis, com motores eficientes, recursos de segurança aprimorados e maior conectividade. Com isso, a marca ampliará seu portfólio de produtos, que atualmente conta com 20 produzidos localmente e 7 importados — que vão de 110cc a 1.800cc e atendem a uma ampla variedade de perfis de clientes e necessidades de mobilidade, desde o deslocamento diário e trabalho até o lazer. Confira as novidades:
NC750X – A nova versão da crossover, que chegará às revendas da marca ainda em 2025, será oferecida em versão com câmbio DCT ou convencional, e trará novidades estéticas e atualizações nos aspectos técnicos e itens voltados à praticidade e segurança.
CB750 Hornet e XL750 Transalp – Os modelos reforçam o apelo esportivo e versátil.
Leia maisCG 160 Titan Special Edition – Tem design alusivo ao marco de 50 anos da produção da motocicleta mais vendida do Brasil – e 1ª Honda a ser fabricada em Manaus. O modelo ganhará uma versão inédita com cores e logotipias exclusivas. A previsão de lançamento no mercado brasileiro será no primeiro trimestre de 2026.
Tornado Special Edition – A XR 300L Tornado, lançada em meados de 2024, se confirmou como um dos modelos mais cobiçados do lineup por conciliar versatilidade com espírito aventureiro. Ela dará destaque a esportividade por meio de grafismos/cores alusivos às CRF campeãs do Rally Dakar. A previsão de lançamento é para o primeiro trimestre de 2026.
CB1000 Hornet – A streetfighter chega no primeiro trimestre de 2026 para complementar a família Hornet. O modelo será oferecido em duas configurações, com destaque para a SP — que traz quickshifter, suspensão Ohlins e freios Brembo.
GL1800 Gold Wing Tour 50 Anniversary – Versão comemorativa do modelo, especialmente para celebrar os 50 anos do lançamento da primeira Gold Wing, a GL 1000 de 1975. Pintura especial 50 Anniversary e aperfeiçoamentos no sistema de áudio e na tecnologia de bordo tiveram como alvo a melhoria da experiência ao guidão, que estará disponível no primeiro semestre de 2026.
O investimento ocorre em um mercado em crescimento, que demanda por soluções de mobilidade ágeis e versáteis. A Honda aumentará a capacidade produtiva de sua fábrica em Manaus para 1,6 milhão de unidades por ano (tanto lançamento de novos produtos — tanto modelos inéditos quanto versões atualizadas de modelos consagrados — e a otimização de processos para melhorar a eficiência e ampliar a flexibilidade operacional da planta. Com isso, 350 novos empregos serão criados. A Honda emprega mais de 9 mil trabalhadores diretos apenas na fábrica de Manaus. A Fenabrave, que reúne os fabricantes de veículos, está otimista quanto ao crescimento para o mercado de motocicletas. E eleva de 10% para 15% a expectativa de vendas (para quase 2,2 milhões de emplacamentos). O segmento tem maior participação do consórcio e, por isso, sofre menos com os juros altos.
Projeção da venda de veículos leves – Por falar em Fenabrave, ela reduziu a expectativa de expansão para o mercado de automóveis e comerciais leves. A meta de crescer 5% baixou para 3% — o que representará 67,5 mil unidades a menos do que o inicialmente previsto. A estimativa inicial de atingir 2.608.777 emplacamentos de veículos leves em 2025 foi revista para 2,6 milhões. No ano passado, as vendas atingiram 2.484.740 unidades. O programa Carro Sustentável, que contempla os mais baratos de cinco marcas, ainda é positivo, com aumento de 24,2% no comparativo interanual do mês de setembro.
O recorde da GWM – A marca chinesa estabeleceu no Brasil um novo marco histórico em sua trajetória. Pela primeira vez desde sua chegada, ultrapassou a barreira das 4 mil unidades vendidas em um único mês, somando 4.044 veículos emplacados. Esse resultado é o terceiro recorde de vendas neste ano. No acumulado de janeiro a setembro, a GWM alcançou um avanço de 30,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho contrasta com a média do mercado automotivo, que conta com menos de 1% de crescimento no período. Esses números foram impulsionados pela chegada da linha diesel, a picape Poer P30 e o SUV de 7 lugares Haval H9, e pela rápida expansão da rede de concessionárias.
Venda eletrificados se supera – O segmento, até impulsionado pelos híbridos da Stellantis, continuam ampliando a participação no mercado.Dados da Bright Consulting indicam recorde de vendas em setembro, com 26.257 unidades, o que representou alta de 100% sobre idêntico mês de 2024 e de 7% em relação a agosto. As marcas chinesas cravaram 10% de participação em setembro. As que mais vendem localmente são a BYD e a GWM. Os eletrificados, incluindo 100% elétricos e híbridos, chegaram a 11,3% em setembro.
As médias reais de preços dos 0Km – A Megadealer lançou, este mês, o PVZ Estudo de Preços de Veículos 0km, uma ferramenta inédita no mercado brasileiro de veículos novos que reúne dados e insights valiosos sobre precificação e descontos praticados pelas concessionárias. Somente no primeiro semestre deste ano, foram coletadas informações de mais de 430 mil operações de vendas de veículos, que integram a primeira versão do estudo. Mensalmente, serão analisados indicadores-chave de performance dos preços praticados pelas concessionárias, nos vários segmentos, cores, modelos e, principalmente, os respectivos descontos sobre o preço sugerido pelo fabricante.
A primeira versão do estudo revelou que as vendas gerais de 0km no mercado, durante o mês de agosto, apresentaram aos consumidores um desconto médio de 7,3% no valor de compra dos veículos, em comparação com os preços sugeridos pelas fabricantes. Os dados mostraram que o ticket médio dos veículos vendidos ficou em R$ 155.642,00, contra o preço médio de R$ 167.871,00 sugerido pelas montadoras. Ainda segundo o PVZ, o mercado de carros zero km apresenta, atualmente, um bom giro de estoque de 39 dias, em média. Ari Kempenich, diretor da Megadealer, avalia que o estudo já dá mostras do impacto da redução do IPI , que entrou em vigor em julho.
“A redução do imposto promovida pelos programas do governo beneficiou principalmente os segmentos com os menores preços, sendo o segmento de hatch compacto o que apurou o maior nível de desconto ao consumidor final (11,9%)”, diz. Os estados do Sudeste (RJ/MG/ES) são aqueles onde os maiores descontos estão sendo praticados (7,7%), seguidos por São Paulo que, analisado individualmente, apresentou um desconto médio de 7,5%. Nas regiões Norte e Centro-Oeste foi observada a menor taxa, ambas com 6,2%, enquanto o Sul e o Nordeste tiveram boas médias de descontos de 7,3% e 7%, respectivamente.
No recorte por montadoras, as redes de concessionárias que apresentaram maior desconto no preço para os consumidores foram as da Renault (10,7%), Jeep (10,6%) e Peugeot (10%). Já as redes da GWM (0,6%), CAOA Cherry (1,4%) e KIA (2.5%) tiveram os menores índices de redução nos preços.

M2 CS: 30 unidades a R$ 981 mil cada – A BMW começou a fazer reservas do esportivo de alto desempenho M2 CS. São 30 unidades, numa referência às três décadas de atuação da marca no mercado brasileiro, ao preço de R$ 980.950. O carro combina ajustes para pistas de corrida aos das condições urbanas. Por exemplo: há modos de condução programáveis, suspensão adaptativa e, claro, pacote de tecnologias de assistência de direção. O modelo tem rodas de 19 polegadas na dianteira e 20’’ na traseira, escapamento com duplas saídas, bancos tipo concha, teto de fibra de carbono e freios de carbono-cerâmica com pinças vermelhas. O motor biturbo 3.0 de 510cv o fez bater recorde no circuito de Nürburgring-Nordschleife (na categoria de esportivos compactos) com em 7 minutos e 25,5 segundos.

Novo Porsche 911 S – E por falar em carro caro, a Porsche começou o processo de pré-vendas do novo 911 Turbo S (agora, híbrido). Preço? R$ 2,1 milhões – com uma diferença de uns R$ 50 mil entre o cupê e o cabriolet. A motorização (dois turbos elétricos e boxer 3.6) entrega 711cv e 81,6kgfm de torque. É o 911 de série, para ser usado nas ruas, potente já produzido. Faz, por exemplo, 0 a 100 km/h em 2,5 segundos, com velocidade máxima de 322 km/h. Também em Nürburgring, o novo S completou a volta em 7:03,92 – ou 14 segundos mais rápido que seu antecessor.

Accord híbrido por R$ 332 mil – A versão única da linha 2026 do sedã grande Honda ganhou algumas novidades tecnológicas – como a nova central multimídia de 12,3”, compatível com o Google Assistente integrado, que permite comandos por voz e acesso direto a aplicativos. O preço do modelo importado dos EUA é de R$ R$ 332.400. A motorização híbrido de 194cv não mudou: vem com motor 2.0 a combustão de 146 cv e um elétrico de 184 cv, o que garante consumo de até 17,8 km/l na cidade e 16,1 km/l na estrada, segundo a marca. Os equipamentos, compatíveis com o preço, claro, incluem sistema de som Bose com 12 alto-falantes, quatro entradas USB-C iluminadas, carregador por indução, teto solar e pacote de segurança com controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma, assistente de faixa, mitigação de evasão de pista, farol alto automático e 8 airbags.
Os elétricos nas empresas – A Edenred Ticket Log, marca da Edenred Brasil em soluções de mobilidade na América Latina, fez uma pesquisa com gestores de 300 empresas para entender o estágio atual da eletrificação de frotas. O estudo revelou que 18% das companhias já utilizam veículos elétricos e outros 18% planejam adotá-los nos próximos três anos. Isso significa que quatro em cada dez empresas estão diretamente envolvidas com esse movimento. Entre as que já operam com veículos elétricos, 60% afirmam que a decisão foi impulsionada por metas de descarbonização, enquanto 47% mencionam a busca por inovação como principal motivador. Além disso, 23% dessas empresas já estabeleceram metas para expandir o uso desse tipo de veículo em suas frotas. Entre aquelas que ainda não possuem veículos elétricos, mas pretendem adquirir, a descarbonização é o principal objetivo para 69% destas.

Erros comuns na lavagem do carro para se evitar – A lavagem a seco conquistou espaço entre motoristas que buscam praticidade, economia de água e preservação da pintura do veículo. Mas é preciso ter atenção nesse processo e não inverter a ordem. Se realizada de forma incorreta, pode causar danos à lataria e comprometer o brilho da pintura. Marco Lisboa, CEO e fundador da KoalaCar, rede de microfranquias especializada em limpeza a seco de veículos, explica que um dos equívocos mais frequentes é não utilizar produtos específicos para lavagem a seco. “Muitas pessoas recorrem a soluções caseiras ou sprays genéricos, que não possuem os componentes necessários para encapsular a sujeira e evitar riscos. É preciso atenção ao produto indicado, pois sua formulação cria uma película que envolve as partículas de poeira e facilita a remoção sem arranhar a superfície”, diz Lisboa.
- Um erro recorrente está no uso inadequado dos panos de microfibra. Toalhas comuns, lenços ou tecidos ásperos podem arranhar a pintura. Além disso, vale ressaltar que ela precisa estar limpa e dobrada em várias partes, para que cada lado seja usado apenas uma vez. “Muita gente não dá importância ao pano usado, mas a microfibra é fundamental, porque tem uma estrutura de fios extremamente finos (muito mais que o algodão, por exemplo), que encapsula e retém a sujeira nas tramas, em vez de arrastá-la pela pintura. Já um pano comum pode causar riscos que só aparecem depois de um tempo, comprometendo o brilho da pintura”, diz o CEO de KoalaCar.
- A ordem da limpeza também faz diferença. Começar pelas áreas mais sujas, como para-choques e saias laterais, pode transferir partículas maiores de sujeira para outras partes da carroceria. O ideal é iniciar pelas superfícies superiores, descendo gradualmente até a parte inferior.
- Muitos motoristas ainda exageram na quantidade de produto ou, ao contrário, aplicam menos do que o necessário. O excesso pode deixar manchas e resíduos, enquanto a falta compromete a proteção da pintura. A recomendação é seguir a indicação do fabricante conforme o rótulo da embalagem.
- Um erro pouco comentado, mas bastante comum, é lavar o carro sob sol forte. A alta temperatura acelera a secagem do produto, deixando marcas e prejudicando o acabamento. O indicado é realizar a lavagem em local coberto e arejado. A lavagem a seco, quando feita da maneira correta, é uma aliada da sustentabilidade e da estética automotiva. Para quem não sabe ou tem dificuldades em fazer sozinho, chamar um especialista pode ser a melhor opção para preservar a pintura, economizar água e garantir um brilho duradouro ao veículo”, diz Lisboa.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
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