Por Rinaldo Remígio*
Reencontrar amigos é como folhear um velho álbum de fotografias: as memórias saltam vivas, os sorrisos se renovam e o tempo, por alguns instantes, parece suspenso. Foi com esse espírito que eu e minha esposa, Ilza Remígio, vivenciamos uma noite memorável em Petrolina – uma noite que misturou história, política e afeto.
O reencontro teve como pano de fundo o lançamento do livro ‘Os Leões do Norte’, do jornalista Magno Martins, nosso amigo dos tempos de adolescência e juventude. E que alegria foi revê-lo, agora não apenas como o rapaz sonhador de outrora, mas como um dos mais respeitados analistas da política pernambucana e brasileira.
Leia maisMagno não escreveu apenas um livro – ele nos entregou um legado. Em Os Leões do Norte, ele resgata com maestria a trajetória política de 22 governadores que marcaram quase um século de Pernambuco. Mais que uma coletânea de fatos, o livro é um mergulho profundo na alma da política nordestina, narrado por alguém que não apenas estudou, mas conviveu com os bastidores do poder.
Este livro precisa ser lido pelas gerações e mantido vivo nas bibliotecas públicas, nas universidades, nas recepções de hotéis, clínicas e empresas. A população precisa conhecer quem construiu, no passado, os caminhos e estruturas que hoje nos proporcionam o presente que vivemos. A memória política é um alicerce para a cidadania – e ‘Os Leões do Norte’ cumpre esse papel com excelência.
O evento, realizado no auditório da Fundação Nilo Coelho, foi mais que um lançamento: foi uma verdadeira aula magna sobre o Brasil que fomos, o Pernambuco que somos, e os caminhos que ainda temos a percorrer. Ao lado de autoridades como o prefeito da cidade, o ex-prefeito Augusto Coelho, o ex-senador Fernando Bezerra e tantas outras figuras públicas, tivemos o privilégio de ouvir – e viver – um momento raro de celebração da memória política e do jornalismo sério.
Magno falou como só ele sabe: com a segurança de quem conhece os bastidores, a clareza de quem domina os fatos e a paixão de quem acredita que a história precisa ser contada – com coragem, com verdade, com alma.
Saímos de lá mais ricos de informações. Pela emoção do reencontro. Pela honra de testemunhar o nascimento de uma obra tão importante. E, sobretudo, pela certeza de que Pernambuco – e o Brasil – precisam cada vez mais de vozes como a de Magno Martins: firmes, lúcidas e comprometidas com a verdade.
*Professor universitário aposentado, historiador, memorialista e cidadão petrolinense.
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