Se o leitor não conseguiu assistir a exibição ao vivo do podcast ‘Direto de Brasília’, com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, clique no link abaixo e confira. Está imperdível!
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Após ler a minha coluna de hoje, um médico me enviou o relato abaixo, mas pedindo anonimato, o que de pronto aceitei e compartilho com os leitores do blog.
Caro Magno,
A crise nos hospitais em Pernambuco é antiga. Mas no atual governo, mudou sim. Mudou para pior. A gestão é altamente centralizada, o que não impede (segundo alguns servidores) vários problemas de uso dos poucos recursos. Falta até medicações básicas.
Leia maisO governo, formado por um inexperiente corpo de técnicos, investiu na estruturação dos organogramas dos hospitais, que passaram, sobretudo os menores, a ter vários cargos de gerência. O que poderia ser bom, se não faltasse o básico.
Nas urgências pediátricas faltam até as bombinhas de spray para asma brônquica em crise, forçando as mães e pais aflitos a comprarem medicamentos. Quando muitas vezes, infelizmente, não têm sequer o básico alimentar.
Em Garanhuns, o Governo Federal ofereceu uma Carreta Da Mulher a ser usada por pacientes encaminhadas primeiramente pelo município, o que deu certo, e no mês seguinte (iniciado agora em novembro) seria pela Geres. Após inúmeras conversas, o Estado PARECE que vai iniciar o envio dos pacientes para realizar mamografias, punções, biópsias, já tendo desperdiçado vários dias.
Isso tudo por conta da ira insana que parte mais da gestora estadual, que não quer sequer estar no mesmo ambiente do prefeito Sivaldo Albino. É o samba do crioulo doido, onde só perde de verdade os pacientes”.
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) publicou, hoje, a ata do julgamento e, nos próximos dias, o acórdão de sua decisão de rejeitar os embargos de declaração de Bolsonaro e dos demais seis condenados no núcleo crucial da ação penal do golpe.
Os advogados de defesa do ex-presidente vão apresentar novos recursos, provavelmente agora os embargos infringentes, e não mais de declaração, para evitar provocações à Primeira Turma. As informações são do blog do Valdo Cruz.
Leia maisCiente de que suas chances são praticamente nulas, a defesa de Bolsonaro já prepara laudos médicos para solicitar de imediato a prisão domiciliar no cumprimento da sentença de 27 anos e três meses de reclusão. Se não conseguir a prisão domiciliar de imediato, vai arguir que Bolsonaro, por ser capitão reformado do Exército, tem direito de cumprir sua pena em uma dependência do Exército.
A equipe de defesa de Bolsonaro agora é que tem pressa. Afinal, quer ter tempo para garantir uma prisão domiciliar para o ex-presidente antes do Natal. Se esticar ainda mais os prazos, a execução da sentença do ex-presidente pode ocorrer próximo das datas festivas do final do ano. E isso é tudo que a família de Bolsonaro não deseja.
Principalmente se a Primeira Turma decidir que, no início do cumprimento da pena, o ex-presidente terá de passar por um regime fechado em um estabelecimento prisional. É tudo que a defesa quer evitar agora. Mas sabe que pode ser uma realidade. Daí, espera ter tempo para pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Bolsonaro tenha o direito de cumprir sua pena em casa.
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Retomo minha agenda de palestras e lançamentos de ‘Os Leões do Norte’, hoje, pela cidade de Pedra, bacia leiteira do Estado, produtora de queijos e manteiga de qualidade. O evento, que conta com o apoio do prefeito Júnior Vaz (PV), está marcado para o Espaço Dona Vilma, a partir das 13 horas.
Amanhã, tenho jornada dupla: logo cedo, às 8 horas, em Bom Jardim, na quadra esportiva Dr. Oswaldo Lima Filho, anexa à Escola Municipal 19 de Julho, no bairro Noelândia, com apoio do prefeito Janjão (UB), que estará presente com toda sua equipe, diretores de escolas e professores, além de vereadores.
Leia maisAinda na terça, estarei em Itaíba, no Agreste Meridional, a partir das 19 horas, na Câmara de Vereadores, com apoio e a presença do prefeito Pedro Pilota (Republicanos), da ex-prefeita Regina da Saúde, candidata a deputada estadual, secretários, vereadores, professores e estudantes.
‘Os Leões do Norte’ é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
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Por José Adalbertovsky Ribeiro*
MONTANHAS DA JAQUEIRA – A crônica da humanidade adâmica gira em torno de três maçãs desde o Paraíso perdido: a maçã da cobiça, oferecida a Eva pela serpente do pecado; a maçã da sabedoria, que revelou a força da gravidade ao cair na cabeça do cientista Isaac Newton; a maçã da gravadora Apple nos anos 1970, incandesceu o planeta com os acordes dos Beatles, os quatro cavaleiros do Big Bang musical de Liverpool.
Dizei-nos cowboy Donald Tramp, quem é esse cara, o muçulmano Zohran Mamdani, prefeito eleito de New York? “É um comunista lunático”. Nascido em Kampala, capital da Uganda, Mamdani é filho de pai ugandês e mãe indiana. Migrou com a família para a América aos 7 anos. Estudou em colégios e faculdade de elite.
Leia maisNovayorquinos e outsiders saúdam a Big Apple na voz de Francis Albert Sinatra, americano oriundo da Sicília, berço dos mafiosos na Itália: “Dê uma volta no coração da cidade que não dorme/ E encontre o seu rei/ no topo da montanha/ New York New York”.
Mamdani hoje habita o topo da montanha na Big Apple. “Nacionalidade é acaso de migrações e desordem”, ensinou Sua Excelência o poeta Mário de Andrade, paulistano da gema do ovo dos bandeirantes.
Zohran Mamdani aprendeu vários idiomas, dominou os recursos dos aplicativos da Internet. Com essas ferramentas da Internet fez campanha e foi eleito prefeito da Big Apple. Cultiva uma vistosa barba socialista, pois todo revolucionário que se preza é barbudo. Se você é barbudo, sinta-se um revolucionário. Em sendo eleitor da caterva vermelha, paciência. Acontece até nas melhores famílias. Se você é um cara escanhoado, tá na cara que é um cara conservador. No tempo da universidade Mamdani atuou como rap num grupo musical. Grunhia sons de protesto contra o sistema capitalista que fez dele um príncipe na vida.
Mamdani é um self-made-man na definição da cultura americana. Se permanecesse na sua pátria-mãe a Uganda, ou vivesse num País subdesenvolvidos, tipo o Brazil, seria hoje mais um entre milhões de jovens subjugados pelo sistema e pelas engrenagens sociais.
Ele era ainda um espermatozoide quando o general Idi Amin Dada, conhecido como “o açougueiro de Uganda”, instalou uma das mais brutais e sangrentas ditaduras em seu País, de 1971 a 1979. Escrevi na época um artigo intitulado “O furibundo ditador”, publicado no Diário de Pernambuco idos 1978-1979. Era uma alma tenebrosa, tipo um Nicolas Maduro. Naqueles tempos as esquerdas combatiam ditaduras, e eu próprio defendia a caterva vermelha, mas já paguei meus pecados.
O lunático prometeu transporte público gratuito para todos, hospitais e clínicas de saúde para adotar políticas afirmativas da ideologia de gênero e criar um “santuário” LGBT em New York, na linguagem da galera. Faz parte da cultura Woke de esquerda combatida pelo valente cowboy Donald Tramp.
Assim feito preconizado pela comuna de Paris de 1871, Mamdani irá comandar o “assalto aos céus” para implantar o paraíso socialista na Big Apple. Em sua cruzada quixotesca o lunático irá aprender que o céu não é perto.
*Periodista, escritor e quase poeta
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Com Raquel, a saúde nada mudou
O drama dos hospitais públicos não é exclusividade de Pernambuco. É do País e vem de longe. Depender deles, para quem não pode pagar um plano de saúde, é botar o pé na cova. Mas a governadora Raquel Lyra (PSD) prometeu um Estado de mudanças, aliás mote da sua gastança em publicidade, principalmente na saúde. Fechando seu terceiro ano de gestão, os hospitais em Pernambuco continuam sendo matadouros. Ao invés da cura dos pacientes, matam sem piedade.
Símbolo da mudança tão propalada, o Hospital da Restauração, uma das maiores emergências do Nordeste, obra da era Paulo Guerra, continua sangrando, literalmente. É objeto de uma reforma que anda a passos de tartaruga, travada, como travado é o Governo Raquel. No último fim de semana, postei vídeos de mães aflitas na pediatria do HR, algumas implorando por atendimento, outras por falta de segurança nos médicos, incapazes de dar um diagnóstico.
Leia maisO caos não é exclusividade do HR. Há 20 dias, o teto de um hospital, recentemente “reformado”, veio abaixo, uma semana após o jornal da Globo mostrar, em rede nacional, pacientes em outro hospital de emergência no Recife travando uma guerra contra a invasão das muriçocas, usando raquetes eletrônicas.
Os hospitais regionais também agonizam. Vivi uma experiência dramática no de Afogados da Ingazeira com minha sogra Ivete Lira. Ela deu entrada na emergência com uma crise de pancreatite. Foi tratada pessimamente, como um bicho. A saída foi removê-la para um hospital em Arcoverde. Se dependesse do “matadouro” de Afogados teria morrido, como morrem tantos pacientes indefesos.
Raquel é culpada pelo caos na saúde em Pernambuco? Sim, porque nada fez para mudar este cenário de horror. Gerou uma grande expectativa. Na gestão dela, nem o Sassepe funciona, porque os hospitais credenciados não estão recebendo os repasses do Estado. Raquel prometeu cuidar da saúde e não cuida.
Cuidar da sua saúde é um ato de amor próprio. A saúde é a base para uma vida boa e cheia de energia. Pequenas mudanças num governo podem ter grande impacto. Saúde pública de qualidade não é caridade. É um direito fundamental.
Mulheres também esquecidas – As promessas de Raquel viraram letra morta para todos os segmentos sociais. Até hoje, as mulheres esperam os mirabolantes anúncios que ela fez após a manifestação do Dia da Mulher, em 8 de março, no Centro do Recife. Ela desceu de seu gabinete no Palácio do Campo das Princesas para encontrar as integrantes dos movimentos feministas e fez uma promessa. Acompanhada da vice-governadora e das mulheres que integram o primeiro escalão do governo, Raquel ouviu o manifesto elaborado pelas organizações sociais e, em discurso que durou aproximadamente cinco minutos, se comprometeu em reunir algumas representantes dos movimentos para criar um Grupo de Trabalho para debater e elaborar políticas públicas voltadas para as mulheres. Até hoje, nada!

Não à reeleição – As mudanças na gestão Raquel, como se vê na propaganda paga na mídia pernambucana, não convencem quem vive o dia a dia no Estado, sobretudo na Região Metropolitana, onde se concentram quase metade do eleitorado. Essa voz rouca das ruas não quer a reeleição dela. Segundo pesquisa da Quaest, 54% dizem que ela não merece continuar, contra 43% que acreditam que sim. A eleição se aproxima. A governadora tem apenas dez meses para reverter esse sentimento dos pernambucanos.
O grito da polícia – A Polícia também agoniza. O Sindicato dos Policiais Civis (SINPOL), em nota recente, voltou a cobrar o cumprimento de promessas de valorização e melhorias na infraestrutura das delegacias, alegando que os policiais continuam pagando para trabalhar. A contratação de concursados para a segurança pública ocorreu apenas próximo às eleições de 2022. A governadora prometeu uma revolução em Pernambuco, mas as mudanças apresentadas até agora não foram percebidas como reais pela oposição.
Garanhuns sem esperança – Nem em Garanhuns, terra do coração de Priscila Krause, Raquel consegue cumprir promessas. O hospital Dominguinhos até hoje é ficção. Há pouco, houve uma republicação do edital para e até uma suspensão por parte do TCE que viu sobrepreço na licitação. Não há absolutamente nada concreto da maternidade e até o IML também não há garantia de ser entregue até o próximo ano. “Se Raquel quiser ver como se faz, pode visitar as obras do Hospital de Amor, parceria com o Governo Federal”, ironiza o suplente de deputado Cayo Albino (PSB), filho do prefeito Sivaldo Albino (PSB), tratado a pão e água pela governadora.

Zé Martins é só felicidade! – Ao contrário da maioria dos prefeitos, que estão perdendo a paciência com Raquel por acertos não concretizados, Zé Martins, de João Alfredo, que fez a travessia do PSB para o PSD, é só elogios à governadora. “Comigo, tudo que ela prometeu, cumpre. Não tenho do que me queixar”, disse, em conversa com este colunista, sexta-feira passada, em meio ao lançamento de “Os Leões do Norte”, evento super prestigiado, no auditório da Faculdade Vale do Pajeú, com a presença de Painha, diretor da instituição. Ele anunciou mais dois cursos e afirmou que Medicina, tão sonhado e aguardado, pode sair no próximo ano.
CURTAS
EM PEDRA – Dando sequência à agenda de palestras e lançamentos de “Os Leões do Norte” pelo Agreste estarei hoje, a partir das 13 horas, em Pedra, a 232 km do Recife, região intermediária entre o Sertão e o Agreste. O evento, com apoio do prefeito Júnior Vaz (PV), está marcado para o espaço Dona Vilma, voltado exclusivamente para estudantes.
BOM JARDIM – Já amanhã será a vez de Bom Jardim, com apoio e participação do prefeito Janjão (UB) e toda sua equipe. Será bem cedinho, por volta das 8 horas, na quadra esportiva Dr. Oswaldo Lima Filho, anexa à Escola Municipal 19 de Julho, no bairro Noelândia, com a presença de estudantes da rede municipal de ensino.
ITAÍBA – Também amanhã, a partir das 19 horas, dou prosseguimento a maratona em Itaíba, no Agreste. A palestra sobre “Os Leões do Norte”, seguida de uma sessão de autógrafos, está marcada para o plenário da Câmara de Vereadores, com apoio e a presença do prefeito Pedro Pilota (Republicanos) e da ex-prefeita Regina da Saúde.
Perguntar não ofende: Quando a saúde de Pernambuco vai sair da UTI?
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Neste domingo (16), o presidente do Podemos e da Amupe, Marcelo Gouveia, foi homenageado com o Título de Cidadão Camaragibense, em reconhecimento aos serviços prestados ao município. A entrega da honraria ocorreu durante um encontro na residência do vereador Severino Gomes, o Cabeça, autor da proposição.
A concessão do título foi oficializada pelo Poder Legislativo de Camaragibe através do Decreto Legislativo nº 12/2025. Durante o evento, Marcelo Gouveia agradeceu publicamente ao vereador e à Câmara Municipal pela homenagem. “Queria agradecer publicamente a Cabeça e à Câmara de Vereadores que concedeu o Título de Cidadão Camaragibense para minha pessoa”, disse Gouveia. “É um orgulho, Cabeça, ser cidadão de Camaragibe. Agradeço a você pela sua iniciativa.” O homenageado também firmou um compromisso com a cidade, mencionando planos futuros.
O vereador Cabeça retribuiu o agradecimento e destacou os méritos de Gouveia. “Marcelo, obrigado, a honra é toda minha. Trabalhar com dedicação pra Camaragibe dá o título de cidadão a você. Você é uma pessoa merecedora”, declarou o parlamentar, lembrando a proximidade entre os municípios. “É vizinho, Paudalho é vizinho de Camaragibe, e você é merecedor pelo título de cidadão.”
A vereadora de Santa Cruz do Capibaribe Jessyca Cavalcanti (Avante) fez críticas duras à governadora Raquel Lyra (PSD) durante discurso na Câmara. Ela afirmou que Pernambuco está “nas mãos de uma verdadeira madrasta malvada”.
Jessyca citou promessas que, segundo ela, não foram cumpridas pelo governo estadual, como a construção da escola do Santo Agostinho e melhorias no abastecimento de água em Santa Cruz do Capibaribe. A parlamentar também mencionou a retirada de servidores cedidos no início da gestão, a ausência de gestor do Detran local por dois anos e a falta de licitação da merenda escolar. Para ela, prefeitos de várias regiões têm enfrentado “muitas promessas e pouca entrega” por parte da governadora.
Por Carlos Madeiro
Do UOL
O CNJ determinou a abertura de um PAD (Processo Administrativo Disciplinar) contra sete magistrados suspeitos de integrarem um esquema de corrupção dentro do TJ-MA (Tribunal de Justiça do Maranhão). Entre os alvos está a cunhada do ex-presidente José Sarney, a desembargadora Nelma Sarney, que era corregedora-geral de Justiça.
Ela e os demais suspeitos que estavam na ativa foram afastados de seus cargos. A análise do caso ocorreu na sessão ordinária do CNJ da terça-feira, e a abertura de processo foi aprovada por unanimidade.
Leia maisSegundo o corregedor nacional de Justiça, Mauro Luiz Campbell, relator do caso, a denúncia revelou uma “organização criminosa estruturada” que articulava decisões fraudulentas contra o Banco do Nordeste. O esquema envolvia corrupção de desembargadores e juízes, que se encarregavam de proferir decisões em desacordo com as normas.
A apuração, que também corre na esfera criminal e tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça), começou após uma sindicância aberta com base em relatórios de inteligência financeira do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
“Esses relatórios indicavam a existência de transações suspeitas e apontavam para a ocorrência de diversas movimentações atípicas de levantamento de alvarás em processos fraudulentos, causando prejuízo ao Banco do Nordeste, mediante o proferimento de decisões judiciais suspeitas”, afirmou Campbell em seu voto pela abertura do PAD.
Além de Nelma, também foram afastados os desembargadores Marcelino Chaves (aposentado), Antônio Pacheco Guerreiro Júnior, Luiz Gonzaga Almeida Filho, e os juízes Sidney Cardoso Ramos (aposentado), Alice de Souza Rocha e Cristiano Simas de Souza.
Casos citados
O esquema seria centralizado em torno de Francisco Xavier de Sousa Filho, ex-advogado do Banco do Nordeste, que ingressava na Justiça com ações fraudulentas de cobrança de honorários advocatícios.
Os desembargadores, segundo Campbell, “articulavam a indicação de magistrados específicos” para proferir decisões favoráveis a Francisco mediante o recebimento de propina.
A primeira fraude citada para a abertura do PAD ocorreu em 2 de outubro de 2015, quando a juíza Alice Rocha determinou a expedição de um alvará de R$ 14,1 milhões em favor de Francisco Xavier, “em flagrante contrariedade ao parecer técnico da contadoria”.
Indignado, o Banco do Nordeste ajuizou um mandado de segurança, e o processo foi distribuído para o desembargador Marcelino Chaves.
“Em uma manobra dilatória, para ganhar tempo e permitir a consumação do crime, solicitou informações da magistrada. Essa estratégia possibilitou que o levantamento da totalidade dos valores ocorresse no dia 5 de outubro, antes que qualquer medida judicial pudesse impedir.”
Uma segunda fraude foi apontada em uma ação de cobrança ajuizada em 2000, também contra o Banco do Nordeste. Francisco pedia crédito decorrente de sua atuação como advogado do banco público.
Em 12 de julho de 2019, a juíza Alice Rocha reconheceu a prescrição do pedido, mas a apelação foi distribuída ao desembargador Guerreiro Júnior, que determinou o cumprimento provisório — e, depois, o definitivo — para o pagamento de R$ 3,5 milhões.
O Banco do Nordeste recorreu, demonstrando que o valor correto seria R$ 13,5 mil, alegando erro na conversão do cálculo de honorários.
“Em 27 de julho de 2022, a juíza Alice Rocha simplesmente acolheu o pedido sem sequer remeter os autos à contadoria e determinou a penhora de R$ 4.851.921,74”, relatou Campbell.
O desfecho do esquema, segundo ele, ocorreu em 17 de março de 2024, quando o juiz Cristiano Simas determinou a liberação de um novo alvará de R$ 3,4 milhões em favor de Francisco Xavier.
Propinas pagas
O corregedor cita que, para proferirem decisões fraudulentas, os magistrados recebiam propina em valores que foram especificados na apuração.
A juíza Alice Rocha, por exemplo, teria recebido R$ 164 mil em depósitos fracionados, com “indícios de lavagem de dinheiro e contraprestação ilícita”.
Já Cristiano Simas de Souza teria recebido R$ 606 mil em 52 depósitos em espécie, parte deles feitos por ele próprio — uma operação “típica de lavagem de dinheiro”. Mensagens indicam também a sua participação na “divisão do dinheiro da propina”.
O desembargador Marcelino Chaves também foi citado: ele recebeu R$ 57.050,50 em 18 depósitos fracionados de dinheiro em espécie como “contraprestação ilícita”.
Outros suspeitos não tiveram valores identificados, mas aparecem em conversas que revelam pedidos de pagamento. Em uma delas, o desembargador solicitava ao advogado “aquele negócio prometido de Luna” (em referência à propina), e seu assessor teria movimentado “milhões de reais” para dissimular transferências ilícitas.
Nelma no centro do esquema
Segundo o corregedor, a desembargadora Nelma Sarney teve papel relevante no esquema por usar o cargo de corregedora-geral de Justiça do Maranhão para direcionar casos a magistrados favoráveis às fraudes.
Campbell cita que ela agiu “sem qualquer critério objetivo [ao] redistribuir a execução para a magistrada Alice de Souza Rocha”, caracterizando um ato crucial para o êxito da organização criminosa.
“Todos esses elementos comprovam a existência de verdadeira organização criminosa estruturada no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, cujo objetivo específico era a concertação de decisões judiciais fraudulentas direcionadas contra o Banco do Nordeste para a obtenção de valores indevidos. O esquema criminoso seguia um padrão operacional bem definido”, afirmou Campbell.
O UOL tentou contato com o advogado Francisco Xavier de Sousa Filho, mas o número indicado no cadastro da OAB não completou as ligações. O espaço segue aberto.
A coluna também solicitou ao TJ-MA que contatasse os magistrados investigados para saber se gostariam de se manifestar, mas não houve resposta.
Durante a sessão do CNJ, os advogados dos magistrados negaram as acusações e afirmaram que não houve qualquer ilegalidade nos processos, o que, segundo eles, teria sido demonstrado ainda na fase de inquérito policial.
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Ligado a entidades da farra dos descontos indevidos de aposentados, um empresário correu para agências bancárias de Brasília e fez diversos saques de R$ 50 mil, mesmo após o início da operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF), que investiga as fraudes contra aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Gutemberg Tito é um dos empresários que controlam duas associações implicadas nos esquemas. São elas: a União Brasileira de Aposentados da Previdência (Unibap) e a Associação de Amparo aos Aposentados e Pensionistas do Brasil, que atualmente é chamada de Ampaben, mas, no auge da farra, tinha o nome de Abenprev. Ele não foi um dos alvos das investigações, mas a Controladoria-Geral da União e a PF já identificaram indícios de sua relação com essas entidades. As informações são do portal Metrópoles.
Leia maisComo mostrou o Metrópoles, um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou como transações milionárias ligam essas entidades a empresas de Tito. Somente essas duas associações faturaram R$ 263 milhões com descontos sobre aposentadorias.
Um dos movimentos de Tito que chamaram a atenção do órgão foi a realização de 22 saques em espécie em terminais de autoatendimento e guichês de caixas bancários em agências na Asa Norte, em Brasília.
Houve saques mais discretos, no valor de R$ 10 mil. Outros ficaram na casa dos R$ 50 mil. Apenas um deles foi antes da deflagração da Operação Sem Desconto, no fim de abril de 2025. Pelo menos três saques de quase R$ 150 mil foram feitos entre maio e julho de 2025.
O relatório do Coaf foi encaminhado à Comissão Parlamentar de Inquérito Mista do INSS no Senado. Tito tem sido objeto de diversos pedidos de senadores e deve depôr no colegiado.
Ele foi um dos personagens da série de reportagens Farra do INSS, que revelou o esquema. Tito faz parte de um grupo de donos de seguradoras e de clubes de benefícios, que também têm enfrentado problemas na Justiça por descontos indevidos em débito automático junto a bancos.
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Deputados da base do governo têm usado as redes sociais para manifestar insatisfação e pressionar contra a articulação de Guilherme Derrite (PP-SP) no PL Antifacção. Alguns deles pedem que Derrite deixe a relatoria do projeto.
Governistas têm usado as redes sociais para manifestar insatisfação. No X, o deputado Rogério Correia (PT-MG) disse que Derrite “derreteu” o PL Antifacção. Glauber Braga (PSOL-RJ) chegou a pedir que ele deixe a relatoria da proposta. As informações são do portal UOL.
Leia mais“Com certeza o Derrite está arrependido de ter topado ser relator do chamado projeto ‘antifacção’. Achou que estava fazendo uma jogada de mestre, mas na vida real está saindo profundamente desgastado”, disse Glauber Braga.
Para eles, o texto de Derrite é mais uma tentativa da oposição de blindar políticos de investigações. Os deputados alegam que isso ficou mais evidente depois da foto em que o relator aparece jantando com os ex-presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e Eduardo Cunha. “Virou símbolo de um projeto desmascarado”, disse Glauber Braga.
“Eu acho que Derrite perdeu a condição de ser relator. O fato de ele fazer uma reunião secreta com Eduardo Cunha e Arthur Lira para discutir, com certeza, blindagem de políticos que sustentam o crime organizado, fez com que ele perdesse qualquer condição de apresentar um texto que não cause desconfiança”, afirmou Rogério Correia.
Derrite nega ter se arrependido e fala que é preciso ter coragem para estar no seu lugar. Na última quarta-feira, o deputado disse a jornalistas que tem adotado uma postura técnica, e não política, como relator da proposta. No mesmo dia, foi flagrado jantando com Lira e Cunha. O UOL procurou o relator, mas ele não se manifestou até a publicação desta reportagem.
O texto inicial tirava da Polícia Federal a competência de investigar crimes de facções. Na primeira versão do parecer, Derrite propôs que a corporação só poderia entrar nas investigações se fosse provocada pelos estados ou pela Polícia Civil. O governo bateu o pé e o relator precisou retomar o papel da PF.
A proposta segue sem consenso entre governo e oposição. Derrite já apresentou quatro versões do seu parecer, mas o governo segue insatisfeito. Os deputados da base alegam que a Polícia Federal continua enfraquecida, com um desmonte orçamentário.
“Em vez de fortalecer a PF, o texto promove uma fragmentação orçamentária em relação aos fundos, o que compromete a eficiência no enfrentamento às organizações criminosas de atuação interestadual”, afirmou o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ).
A ideia é votar o texto na terça-feira, mas a falta de consenso e a COP, em Belém, dificultam. Ao encerrar a sessão plenária na última quarta-feira, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), concordou com Derrite e lideranças que a votação da proposta poderia ficar para esta semana. Na pauta do plenário, da próxima semana, o PL Antifacção é o único item a ser votado. A ver se haverá novos pareceres e consenso para que o texto caminhe.
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Do portal Metrópoles
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou repasses milionários e saques suspeitos que ligam empresários de Brasília a duas associações que faturaram R$ 263 milhões com a farra dos descontos sobre aposentadorias pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), revelada pelo Metrópoles. As entidades em questão faturaram R$ 263 milhões e estão formalmente em nome de aposentados. Os empresários, do setor de seguros e clubes de benefícios, são apontados como os verdadeiros beneficiários delas.
Esses empresários foram personagens da série de reportagens Farra do INSS, que mostrou os controladores de associações que agiam em nome de aposentados pobres e moradores das periferias de capitais como São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. Eles são donos de um grupo de seguradoras e de clubes de benefícios, que também têm enfrentado problemas na Justiça por descontos indevidos em débito automático junto a bancos.
Leia maisGutemberg Tito e Zacarias Canuto Sobrinho são os sócios da empresa Thinking Blue, cujos serviços eram oferecidos a aposentados filiados à União Brasileira de Aposentados da Previdência (Unibap) e da Associação de Amparo aos Aposentados e Pensionistas do Brasil, que atualmente é chamada de Ampaben, mas, no auge da farra, tinha o nome de Abenprev. A primeira associação faturou R$ 183 milhões com descontos sobre aposentados. A segunda, R$ 80 milhões.
Na boca do caixa
Basicamente, as entidades faziam repasses milionários às empresas ligadas à dupla. A Thinking Blue, por exemplo, recebeu R$ 1,8 milhão das associações. Outra empresa recebeu R$ 11 milhões da Abenprev. Somente uma delas enviou R$ 290 mil de uma vez só para a conta de Zacarias após repasses das entidades. Tito aparece fazendo saques fracionados de altos valores na boca do caixa.
Somente entre abril e junho de 2025, Tito retirou R$ 173 mil em dinheiro vivo de empresas que estão na teia de favorecidos das associações. Parte desses saques, em agências de Brasília, foi feita mesmo após a deflagração da Operação Sem Desconto, que investiga a farra das entidades.
O relatório do Coaf menciona que a presidente da Ampaben, por exemplo, aparenta ser “uma pessoa interposta” de terceiros que realmente a controlaram. Menciona ainda que quem responde por demandas relacionadas à entidade é, na verdade, Gutemberg Tito. Cita ainda que contatos com as associações são encaminhados a funcionários da empresa Pryde Seguros. Como mostrou o Metrópoles, foi usando os contatos e o endereço da Pryde que o grupo tentou erguer mais uma entidade, a Abenpreb, em Brasília.
A Abenpreb, de nome quase idêntico a outra do mesmo grupo, firmou acordo com o ex-diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis, hoje suspeito de receber propina do esquema. Ela esteve em uma lista de sete entidades que receberam seus acordos em 2024 das mãos de Fidelis, mas tiveram seus descontos interrompidos após o início da série de reportagens.
Os empresários ligados a essas entidades são também donos de um negócio semelhante: o Clube Multual de Benefícios. Trata-se de uma empresa que também oferece seguros. Ela tem sido acusada por correntistas de bancos de fazer descontos indevidos em débito automático diretamente em suas contas. À semelhança de filiados às entidades do grupo, eles afirmam sequer saber o que é o Multual.
Desde o início da série de reportagens Farra do INSS, o Metrópoles busca contato com Gutemberg Tito e Zacarias Canuto Sobrinho. Eles nunca se manifestaram.
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Do jornal O Globo
Com sua trajetória política marcada pelos discursos em tom emocional, muitas vezes espontâneos, o presidente Lula tem demonstrado dificuldade, neste terceiro mandato, de seguir roteiros previamente acertados com seus auxiliares. O resultado, em alguns casos, tem sido declarações que acabam repercutindo negativamente, afetando sua popularidade. A menos de um ano da eleição, o comportamento acendeu um alerta no governo, que tem demonstrado preocupação com as escorregadas do titular do Palácio do Planalto.
Auxiliares dizem saber que não há como controlar totalmente as falas de Lula. Reconhecem que caso siga apenas os scripts, o presidente poderia perder a espontaneidade, considerada um dos pontos fortes de sua atuação política.
Leia maisDiante desse diagnóstico, o plano, de olho na eleição do ano que vem, é tentar controlar as manifestações do petista repassando a ele informações baseadas em pesquisas para reduzir os deslizes.
O caso mais recente envolveu a operação policial promovida pelo governo do Rio nos complexos da Penha e do Alemão, no fim de outubro, que deixou 121 mortos. Ao falar pela primeira vez sobre o tema, uma semana depois do ocorrido, o presidente tratou a ação como “desastrosa” e ainda afirmou que houve uma “matança”. A declaração foi dada em uma entrevista para agências internacionais.
Até então, o governo vinha adotando uma linha mais cuidadosa, sem críticas diretas à operação, que, segundo pesquisas, foi majoritariamente apoiada pela população. Em uma postagem em seus perfis nas redes sociais no dia 29, Lula dizia que “não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades”, e defendeu a necessidade de trabalho integrado que “atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”.
A posterior mudança de tom de Lula não estava acertada com os auxiliares. O plano era que o presidente criticasse o fato de a ação promovida pela polícia do governador Cláudio Castro (PL) não ter cumprido os objetivos de prender os principais líderes do Comando Vermelho. O argumento era que a operação, mesmo com as mortes e prisões, não quebrou a espinha dorsal do tráfico de drogas nos complexos do Alemão e da Penha. O desejo era que Lula dissesse que a operação serviu apenas para “enxugar gelo”.
Mas a frase sobre a “matança” não estava alinhada à estratégia da Secretaria de Comunicação Social (Secom), comandada pelo ministro Sidônio Palmeira. Imediatamente, a manifestação do presidente passou a ser usada pela oposição para propagar que o governo “defende bandidos”.
Logo após a declaração, a equipe de comunicação do petista fez uma postagem nas redes sociais de Lula com o intuito de tentar reduzir o impacto da fala. A mensagem exaltava ações do governo federal na área da segurança pública.
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta semana mostra que 57% da população discorda da declaração em que Lula considera a operação no Rio “desastrosa”.
A Quaest avalia que a preocupação com a segurança pública despertada pela operação policial no Rio brecou a tendência de melhora da popularidade de Lula que vinha sendo registrada desde julho. A aprovação do governo, que era de 48% em outubro, oscilou para 47% no levantamento divulgado na quarta-feira. A desaprovação foi de 49% para 50%.
Além de declarações polêmicas, o estilo de Lula tem atrapalhado a estratégia política definida para dar mais impacto para suas ações. Em 23 de outubro, na Indonésia, o petista anunciou que irá concorrer a um novo mandato e atropelou todo o planejamento que vinha sendo discutido pelo governo e pelo PT para dar relevância à decisão. Embora a tentativa de reeleição já tivesse sido tratada anteriormente, foi a primeira vez que ele falou do assunto sem colocar ressalvas, como sua saúde.
Impacto eleitoral
A principal preocupação está no fato de que falas mal colocadas têm impacto maior nas avaliações de governo e na intenção de voto feitas da parcela do eleitorado que não se declara nem petista nem bolsonarista. Em um cenário de polarização, essa fatia da população é considerada decisiva no ano que vem.
O diretor da Quaest, Felipe Nunes, diz que esse eleitorado, que representa cerca de 10% da população, apoiou as ações do governo de defesa da soberania nacional contra o tarifaço imposto aos produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em julho:
“Quando a gente olha o dado (das pesquisas) por dentro percebe que é o eleitor independente que está mudando de opinião. Era aquele eleitor que apoiava o governo na soberania e agora fica contra o presidente no tema da violência. Temos evidência que a segurança pública produziu efeito.”
Antes da operação no Rio, Lula já havia enfrentado desgaste ao afirmar que os traficantes de drogas são “vítimas dos usuários”.
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