Os formados no concurso da Polícia Penal de Pernambuco continuam aguardando a nomeação prometida pelo Governo do Estado. Apesar do orçamento aprovado em 2024, que prevê recursos suficientes para a convocação de todos, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) não efetivou as nomeações.
Ontem (19), os aprovados marcaram presença na Ilha de Itamaracá, durante a cerimônia de demolição da antiga Unidade Barreto Campelo, desativada recentemente. Eles recepcionaram a governadora Raquel Lyra no local e mais uma vez cobraram a definição da data de nomeação, lembrando que já estão formados há mais de dois anos e prontos para atuar.
Leia maisA situação ganhou destaque após protestos organizados pelos aprovados, que denunciaram a falta de transparência e o improviso da gestão. O Tribunal de Contas de Pernambuco, provocado pelas manifestações, já solicitou novos esclarecimentos à SEAP, reforçando a cobrança por um planejamento formal.
Outro ponto criticado é a permanência de policiais militares em atividades típicas de policiais penais, como a vigilância em muralhas, além da contratação de temporários para funções próprias do cargo. Enquanto isso, 648 aprovados já formados aguardam há mais de um ano para ingressar no sistema, mesmo diante do déficit reconhecido no efetivo.
Para os formados, não há justificativa plausível para a demora. Eles afirmam que o governo já reconheceu publicamente a necessidade de nomear todos, mas insiste em adiar a decisão, criando insegurança entre os aprovados e dificuldades para o sistema prisional do Estado.
A manifestação da governadora foi recebida de forma positiva pelos presentes, que ressaltam a importância do reconhecimento oficial. No entanto, os formados reforçam que continuarão cobrando da governadora a definição de uma data concreta, defendendo que a nomeação seja feita de maneira única e coletiva, atendendo à expectativa de centenas de aprovados que aguardam há mais de um ano para assumir suas funções.
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