A deputada Dani Portela denunciou, em discurso proferido na Tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco, hoje, a exclusão de mulheres eleitas delegadas na Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres, para participação na etapa nacional. A lista final, divulgada pelo Governo do Pernambuco, através da Secretaria Estadual das Mulheres, retirou as 10 indicações aprovadas em votação no plenário da Conferência, realizada nos dias 27 a 29 de agosto, no município de Gravatá.
De acordo com as organizações, a lista final seria composta por 65 nomes. Destes, 10 seriam de representações da sociedade civil organizada e os 55 restantes seriam divididos entre as regiões administrativas do estado. A composição foi votada e aprovada por três vezes durante a conferência. Com a divulgação da lista pelo governo estadual, a sociedade civil denunciou não ter acesso à ata final da conferência.
“As mulheres são maioria do eleitorado, maioria da população, inclusive da população economicamente ativa. Mulheres são chefes de família e não podem mais ser tratadas como minoria pelo poder público. A participação dos movimentos sociais foi aprovada em votação três vezes no pleno da conferência. A lista divulgada pelo Governo do Estado desrespeita a ampla participação popular legitimada pela instância coletiva. Isso é um silenciamento da sociedade civil organizada”, afirmou a parlamentar em sua fala.
Segundo Portela, as representantes dos movimentos sociais entregaram um ofício à secretaria da Mulher solicitando uma reunião para tratar da recomposição da lista. A deputada anunciou que irá oficiar a secretaria da mulher, a partir da comissão da mulher da Assembleia Legislativa de Pernambuco, da qual é vice-presidenta. Também irá denunciar a situação ao Ministério Público de Pernambuco, para que sejam tomadas as providências cabíveis.
Quando a gente pensa que não há mais o que acontecer de absurdo no meio político no Brasil, vem uma novidade querendo fazer a população brasileira de otária, mais uma vez. Nos últimos anos, a gente já viu de tudo: negacionismo, pandemia chamada de “gripezinha”, bolsonazifascismo, agressões a cortes como o TSE e o STF, tentativa de golpe de estado, quebradeira violenta dos prédios públicos. E até o fracassado plano para eliminar autoridades constituídas como o Presidente Lula, o Vice Geraldo Alckmin e o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Recentemente, a penalização da cúpula do atentado de 8 de janeiro contra a democracia passou a ser chamada pela extrema direta de “ditadura”. E Xandão, o herói da Nação, é agora classificado de “terrorista”, segundo um bando de “patriotas”, que de patriotas só têm o nome, pois estão com representante lá fora, na terra do supremacista Donald Trump, conspirando contra a nossa soberania. Um deles é o vulgo Bananinha, que está sendo pago com nosso dinheiro – o meu, o seu, o nosso – para trabalhar contra o Brasil, sem dar um dia de expediente na Câmara Federal. Ou seja, comendo dinheiro público sem trabalhar onde deveria.
Pois bem, quando a gente pensa que é só isso, aparece uma tal de uma PEC da Blindagem, que nada mais é do que uma PEC da Bandidagem, para proteger políticos que sabotarem a confiança que o povo lhes depositou nas urnas. Mas isso não vai ficar assim não e, neste domingo (21) o povo vai às ruas protestar contra esse descalabro. E, também, contra a anistia para golpistas e esses, sim, que agiram como terroristas, querendo golpear a nossa democracia, conquistada a duras penas. Artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Anita, Alceu Valença, Antônio Nóbrega e muitos outros estão convocando a população para os atos que acontecem, hoje, em várias capitais do país. E, também, no interior.
Em Pernambuco, por exemplo, haverá manifestações em Garanhuns (Agreste) e Petrolina (Sertão). No Recife, a concentração “antifa” começa às 14h, na Rua da Aurora, em frente ao Ginásio Pernambucano. No nosso Estado, surpreendeu o “sim” dado por quatro deputados do PSB à PEC da bandidagem, entre eles Pedro Campos, irmão do Prefeito João Campos, também do PSB, que agora dá uma de Madalena arrependida nas redes sociais. Acreditem, o placar do PSB ficou empate com o do PL. Cada qual contribuiu com quatro votos para apoiar a bandidagem.
Ao contrário de representantes de outros estados, o PT de Pernambuco votou contra. Não nos envergonhou. Nenhum dos nossos deputados petistas foi conivente com esse descalabro. Mas houve, sim, de petistas de outros estados. Coisa feia mesmo! Os demais de Pernambuco que votaram a favor da PEC da bandidagem não constituíram surpresa para os pernambucanos, pois pertencem a bancadas conservadoras e fisiológicas, que sempre votam com as piores propostas apresentadas ao nosso poder legislativo. Aliás, nosso não. Porque tem deputado que quer que o legislativo trabalhe só a favor deles, não é?
Veja quem (de Pernambuco) votou a favor da PEC que protege deputados bandidos: Guilherme Uchoa, Felipe Carreras, Eriberto Medeiros, Pedro Campos, todos do PSB; André Ferreira, Fernando Rudolfo, Pastor Eurico, Coronel Meira (PL); Luciano Bivar, Fernando Coelho, Mendonça Filho (União); Eduardo da Fonte e Clarissa Tércio, e Lula da Fonte (PP); Fernando Monteiro, Augusto Coutinho e Odéssio Silva (Republicanos). Houve, ainda, a deputada Isa Arruda (MDB), que ficou em cima do muro. Não votou.
Percebam um detalhe: com discurso metido a progressista, o PSB de Pernambuco marcou o mesmo Placar do PL, que é partido ultra conservador. É nessa hora, infelizmente, que o eleitorado termina repetindo o velho ditado: “político é tudo farinha do mesmo saco”. Vamos, pois, ficar de olho nestes daí, para que jamais tenham o voto de quem prefere política feita com princípios e seriedade, a favor do povo e para o povo, e não para o benefício deles.
Vamos à rua da Aurora contra o bolsonazifascismo, contra a anistia, e contra a pretendida impunidade defendida para políticos bandidos. Somos contra a PEC da blindagem. Ops… da bandidagem! O Ginásio Pernambucano fica bem pertinho do monumento Tortura Nunca Mais, onde estão os nomes de mortos e desaparecidos da ditadura militar de 1964. Que os bolsonazifscistas dizem nunca ter existido (e que, infelizmente, querem mais).
A pressão do PL para filiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e lançá-lo à Presidência em 2026 vem gerando incômodo em seu atual partido, o Republicanos, que já pleiteia compensações caso perca seu principal ativo eleitoral. Em estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, a legenda busca marcar posição com pré-candidaturas ao governo e ao Senado, sinalizando concorrência com o PL por postos-chave nessas disputas.
Reservadamente, lideranças do Republicanos admitem que o objetivo do partido é fazer com que o PL ceda espaços. Um enredo semelhante ocorreu nas eleições de 2022, quando a própria filiação de Tarcísio ao Republicanos foi articulada pelo então presidente Jair Bolsonaro como uma compensação ao partido. À época, o deputado federal Marcos Pereira (Republicanos-SP), presidente do partido, vinha ameaçando retirar o apoio à coligação de Bolsonaro por insatisfação com o fato de o PL concentrar candidaturas relevantes. As informações são do jornal O Globo.
Em São Paulo, como mostrou a newsletter Jogo Político, do GLOBO, o próprio Tarcísio avalia filiar o atual vice-governador Felício Ramuth (PSD) ao Republicanos e lançá-lo como candidato à sucessão estadual em 2026. Em paralelo, o Republicanos passou a incentivar a candidatura do prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, ao Senado.
Reorganização
A articulação pode impedir uma candidatura ao governo do deputado estadual André do Prado (PL), atual presidente da Assembleia Legislativa (Alesp) e nome de confiança do chefe do PL, Valdemar Costa Neto. Vice-presidente da Alesp, o deputado Gilmaci Santos (Republicanos) defende que Tarcísio concorra à reeleição, e diz que uma eventual saída do governador para a disputa nacional levaria a um rearranjo “complexo”.
— Eu trabalho com a hipótese de Tarcísio ficar no governo. A filiação do Felício (Ramuth) seria algo complicado, ele já é de um partido da base, o PSD. É claro que, se Tarcísio se lançar à Presidência, o Republicanos vai ter que discutir os espaços — afirmou Gilmaci.
No Rio, o Republicanos vem rejeitando investidas do PL para compor com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e com o governador Cláudio Castro (PL), e tenta apresentar candidatura própria ao Senado. Por ora, os nomes cotados são o do deputado federal Marcelo Crivella — autor do projeto que servirá de base para a tentativa de reduzir penas da trama golpista — e o da ex-deputada Clarissa Garotinho.
Outra compensação pleiteada pelo Republicanos é em Minas, onde o partido avalia lançar o senador Cleitinho Azevedo como candidato ao governo. Aliado de Cleitinho, o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) também articula uma vaga ao Senado.
Ambos têm dialogado com Valdemar, que estuda uma composição em que o PL indique a outra cadeira de senador. O desenho, porém, não agrada ao vice-governador de Minas, Mateus Simões (Novo), que concorrerá ao Executivo estadual e busca o apoio do bolsonarismo.
No fim de agosto, Valdemar afirmou que Tarcísio já se comprometeu, em conversas com dirigentes partidários, a migrar para o PL caso dispute a Presidência em 2026. Dias depois, Pereira sugeriu que poderia lançar o governador de São Paulo como candidato ao Palácio do Planalto pelo Republicanos.
Apesar do discurso de Pereira, interlocutores de Bolsonaro e de Tarcísio afirmam que o governador já acenou, mais de uma vez, que a migração para o PL é questão de tempo.
Inicialmente, Tarcísio havia dito a Bolsonaro e a aliados que se filiaria ao PL no início deste ano. A condenação de Bolsonaro a 27 anos de prisão pela trama golpista reforçou os apelos de aliados tanto para que o ex-presidente formalize o apoio a Tarcísio, quanto para que o governador oficialize a troca de partido.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca neste domingo (21), às 10h, para os Estados Unidos (EUA) para participar da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas. A assembleia ocorre entre os dias 22 e 24 de setembro em Nova York. Lula será acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e por outros ministros e especialistas que integram a comitiva.
Como tradição desde 1955, o Brasil será o primeiro Estado-membro a discursar na abertura do debate geral. Lula falará na terça-feira (23) de manhã, logo após os discursos do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e da presidente da 80ª assembleia geral, Annalena Baerbock.
Além de apresentar prioridades da política externa brasileira, o presidente deve participar de encontros que discutem desde o cenário na Palestina até a crise climática, em preparação para a 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30), que ocorre em Belém em novembro.
Palestina
Durante a viagem a Nova York, Lula participa, na segunda-feira (22), da segunda sessão da Confederação Internacional de Alto Nível para Resolução Pacífica da Questão Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados, convocada pela França e pela Arábia Saudita.
Segundo o Itamaraty, o governo brasileiro espera que o momento sirva de oportunidade para que mais países reconheçam a Palestina como Estado – além do Brasil, outras 147 nações já reconhecem a Palestina. Países como França, Reino Unido, Canadá e Portugal manifestaram interesse em fazer o mesmo durante o encontro da ONU.
Democracia
Na quarta-feira (24), o presidente participa da segunda edição do evento Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo, acompanhado de representantes de cerca de 30 países. Além do Brasil, lideram a iniciativa os presidentes do Chile, Gabriel Boric, e da Espanha, Pedro Sánchez.
De acordo com o Itamaraty, a iniciativa pretende avançar em uma diplomacia ativa, que promova a cooperação internacional contra a deterioração das instituições, a desinformação, o discurso de ódio e a desigualdade social. O primeiro encontro sobre democracia ocorreu no Chile, em julho, quando foi publicada uma declaração conjunta.
Crise climática
Também no dia 24, um evento sobre crise climática – outra prioridade da agenda de Lula em Nova York – será copresidido pelo Brasil e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres. O encontro deve incluir a apresentação de novas contribuições nacionalmente determinadas (NDC, na sigla em inglês).
O presidente ainda participa, em Nova York, de evento organizado pelo Brasil para ampliar o apoio à construção do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, a ser lançado em Belém com o objetivo de financiar a preservação de florestas. Outra agenda é o encontro promovido pelo Centro Global de Adaptação para discutir mecanismos de adaptação à mudança climática.
A delegação brasileira também deve participar, a partir do dia 22 de setembro, da Semana do Clima de Nova York 2025. O encontro, que promove cerca de 500 eventos com lideranças de governos e da sociedade civil do planeta, ocorre desde 2009 de forma simultânea à Assembleia Geral da ONU e serve como evento preparatório à COP30.
A pouco mais de um ano das eleições gerais, temas que polarizam o Congresso entram no cálculo de eleitores que ainda não decidiram em quem votar para presidente. Aprovada na Câmara na semana passada, a chamada PEC da Blindagem virou alvo de críticas desse grupo, que enxerga na proposta um mecanismo para ampliar privilégios da classe política. Já o projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro, em discussão na Casa, divide opiniões: há quem veja mérito em pontos como a revisão de penas impostas aos condenados, mas também quem rejeite o endosso que pré-candidatos ao Planalto vêm dando à ideia de perdão.
Esses indecisos, fundamentais para a vitória de Lula em 2022 e que serão novamente decisivos no próximo pleito, são o foco de uma série de reportagens do Globo. Até outubro do ano que vem, o jornal acompanhará as percepções de oito moradores de colégios eleitorais estratégicos. Na primeira rodada, eles falaram sobre os efeitos do tarifaço anunciado pelo presidente americano Donald Trump e a resposta do governo brasileiro à crise. Agora, opinam sobre a PEC da Blindagem e o plano de anistia. Apesar das divergências, o grupo converge num ponto: a prioridade é escapar da polarização entre esquerda e direita.
Em São Paulo, o atendente da Shopee Vinícius Ribeiro, de 31 anos, relata ter acompanhado de perto a votação do texto que estabeleceu a necessidade de aval do Congresso para a abertura de processos criminais contra parlamentares. Para ele, a PEC é “revoltante” e os que a defendem “são corruptos e não merecem o cargo que exercem”. A estudante de Psicologia Lorena Mendes, de 20 anos, moradora de Manhuaçu, em Minas, compartilha a visão:
— Com certeza, essa PEC vai proporcionar mais espaço para a impunidade. Modificam as leis para benefício próprio.
Lucas Santana, 25 anos — Foto: Rafael Martins
O mesmo tom é adotado por Lucas Santana, de 25 anos, dono de uma loja em Salvador. Ele classifica a medida como um “tiro no pé da direita”, que ajudou a articular o texto com o Centrão, e também como “munição” para a esquerda. Sobre a anistia, porém, o empresário tem posição diferente. A urgência da proposta foi aprovada na última quarta-feira e, por decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a relatoria ficou com Paulinho da Força (Solidariedade-SP). O deputado anunciou que deve transformar o texto em revisão das penas aplicadas a envolvidos no 8 de Janeiro, frustrando aliados de Jair Bolsonaro que defendem perdão “amplo, geral e irrestrito”. Essa mudança, no entanto, agrada eleitores como Lucas:
— Quem estava lá para destruir um patrimônio do nosso Brasil tem que pagar, mas não com a mesma pena que a de um bandido que rouba ou mata alguém.
Ele diz que nomes como o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem ajudado a articular uma anistia a Bolsonaro, entraram no seu radar. Tarcísio também é considerado por Walter Dias, de 69 anos, taxista na capital paulista. Ex-eleitor de Bolsonaro, ele defende que a escolha de um sucessor deveria ser “de alguém de fora da família dele”, rejeitando nomes como o de Michelle, Eduardo e Flávio Bolsonaro.
Já a advogada Luana Santos, de 34 anos, de Salvador, busca uma “terceira via”, depois de ter votado no PT contra Bolsonaro. Embora critique a PEC da Blindagem, ela avalia que a medida pode servir como freio a eventuais excessos do Judiciário.
Luana Santos — Foto: Acervo pessoal
Célio Gomes — Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo
No Rio, Célio Gomes, de 46 anos, é contrário à anistia, mas considera a pena aplicada a Bolsonaro no julgamento no STF — 27 anos e três meses — “muito pesada”. Quase metade dos brasileiros (49%), segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada na semana passada, compartilha dessa visão. O levantamento mostrou crescimento na percepção de que houve trama golpista (de 50% em agosto para 55% agora) e na crença de que Bolsonaro participou do plano (54% hoje, ante 52% no mês anterior).
“Organização criminosa”
O advogado Benedicto Patrão, de 46 anos, de Niterói (RJ), avalia que a análise judicial deixou “muito claro” que realmente houve “uma organização criminosa e uma tentativa efetiva de conquistar o poder”. Por isso, ele diz ser “radicalmente contra” qualquer proposta de anistia. A administradora Fabiana Gomes, de 48 anos, de Belo Horizonte, também rejeita a ideia. Para ela, a discussão é “completamente descabido”:
— Todos os candidatos que estão apoiando anistia demonstram falta de compromisso com o Estado Democrático de Direito.
Fabiana Gomes — Foto: Flavio Tavares
Benedicto Patrão — Foto: Arquivo pessoal
A percepção divergente sobre as movimentações em Brasília é compatível com resultados de uma análise qualitativa feita pelo projeto Plaza Publica, dirigido pelo pesquisador Eduardo Sincofsky. Segundo ele, quando perguntados sobre o que esperam do país, os eleitores trocam expectativa por insegurança:
— O Brasil é visto como uma bomba prestes a estourar ou um grande ponto de interrogação, marcado por tensão e incertezas sobre o futuro. Se o país oferece instabilidade e turbulências diárias, as pessoas buscam formas e caminhos de superar isso.
Opinião dos indecisos
Walter Dias, taxista
Walter Dias — Foto: Matheus de Souza/Agência O Globo
“Entre (os pré-candidatos à Presidência) que estão aparecendo, o Tarcísio é o mais forte, mas acho que deve ir para a reeleição (em SP)”
Benedicto Patrão, advogado
“Sou contra a anistia porque repetiria os vícios da nossa história, de sempre anistiar situações de instabilidade política”.
Lucas Santana, dono de loja
“É válido livrar quem não fez vandalismo. Os que foram extremistas e vandalizaram devem pagar, mas com penas mínimas”
Fabiana Gomes, administradora
“Um presidente eleito de forma democrática tem que defender a democracia, não ser conivente com a rejeição ao resultado das eleições”.
Célio Gomes, balconista
“Uma vez que conseguiram comprovar (a culpa), não tem jeito, Bolsonaro tem que responder pelo que fez, mas a pena foi pesada”.
Lorena Mendes, estudante
Lorena Mendes, estudante — Foto: Arquivo pessoal
“(A PEC) É uma nítida expressão de que o único objetivo dos políticos é beneficiar a si mesmos em vez de representar a população”.
Luana Santos, advogada
“Acho uma pena a PEC estar sendo discutida agora, mas entendo que pode ser necessário por conta de possíveis excessos do Judiciário”.
Vinícius Ribeiro, atendente
Vinicius Ribeiro — Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo
Estão marcados para este domingo (21), em, ao menos, 30 cidades e 22 capitais, protestos contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, como ficou conhecido o projeto aprovado pela Câmara na última terça-feira (16). A proposta, na prática, dificulta a abertura de processos criminais contra parlamentares.
Os atos também vão criticar a proposta de anistia para condenados por tentativa de golpe de Estado. Dentre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão.
A mobilização deste domingo também é feita por integrantes da base do governo no Congresso, bem como centrais sindicais, movimentos populares e outras organizações da sociedade civil. Eles desaprovam o que chamam de “PEC da Bandidagem”, devido ao potencial de suspender a apuração de crimes.
Atos musicais
Em Brasília, o ato está marcado para começar às 10h na frente do Museu Nacional. O cantor Chico César está confirmado para a parte musical do ato. Em Belo Horizonte, na Praça Raul Soares, o ato está marcado para começar às 9h, com a presença da cantora Fernanda Takai.
Em São Paulo, a concentração será no Masp, na Avenida Paulista, às 14h. No Rio de Janeiro, o movimento foi chamado para Copacabana e deve contar com um show gratuito de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque, que prometem cantar juntos sobre um trio elétrico que partirá do Posto 5, às 14h.
Em vídeo nas redes sociais, Caetano disse que o movimento do Congresso, de aprovar regra que suspende investigações, não pode ficar sem resposta. “A gente tem que ir pra rua, pra frente do Congresso, como já fomos outras vezes. Voltar a dizer que não admitimos isso, como povo, como nação”, conclamou o cantor.
Outros artistas, como Djavan, Maria Gadú, o grupo Os Garotin e Marina Sena também confirmaram presença.
A manifestação na orla do Rio é uma das que foram convocadas por coletivos como Frente Povo Sem Medo, Frente Brasil Popular e Central de Movimentos Populares, com grande movimentação nas redes sociais.
Proposta
A PEC da Blindagem, como aprovada pela Câmara em regime de urgência, prevê que que qualquer abertura de ação penal contra parlamentar depende de autorização prévia, da maioria absoluta do Senado ou da Câmara.
Pelo texto, os parlamentares têm 90 dias para decidir se autorizam ou não a investigação criminal contra um colega, a contar de quando o Supremo enviar o pedido ao Congresso.
Defensores da medida dizem que a proposta é uma reação ao que chamam de abuso de poder do Supremo Tribunal Federal (STF) e que as medidas restabelecem prerrogativas originais previstas na Constituição de 1988, mas que foram mudadas posteriormente.
Retorno ao passado
Os críticos, por sua vez, acusam que a PEC é um retorno ao que vigorava antes de 2001, quando o Congresso aprovou uma emenda para derrubar a exigência de autorização parlamentar para se processar parlamentares.
Na época, a decisão foi tomada diante de centenas de casos de impunidade de senadores e deputados investigados em crimes que incluíam corrupção, assassinatos e tráfico de drogas que chocaram a opinião pública durante toda a década de 1990.
Movimentos de combate à corrupção também acusam os deputados que votaram a favor da medida de tentarem escapar de investigações em curso no STF sobre desvios na aplicação de emendas parlamentares.
Tramitação
Após ser aprovada em dois turnos na Câmara, a PEC foi enviada ao Senado, onde deve enfrentar resistência. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), demonstrou indignação com a iniciativa.
“A repulsa à PEC da Blindagem está estampada nos olhos surpresos do povo, mas a Câmara dos Deputados se esforça a não enxergar. Tenho posição contrária”, declarou o senador nas redes sociais.
Locais dos atos
AL
Maceió – 9h – Sete Coqueiros – Praia do Pajuçara
AM
Manaus – 8h – Av. Getúlio Vargas
AP
Macapá – 16h – Teatro das Bacabeiras
BA
Salvador – 9h – Morro do Cristo
CE
Fortaleza – 15h30 – Estátua de Iracema Guardiã, Av. Beira Mar, 1140
DF
Brasília – 9h – Concentração no Museu Nacional
ES
Vitória – 15h – ALES
GO
Goiânia – 16h – Praça Universitária
MA
São Luis – 9h – Praça da Igreja do Carmo
MG
Belo Horizonte – 9h – Praça Raul Soares Juiz de Fora – 10h – Praça da Estação Serra do Cipó – 10h – Praça Uberaba – 10h30 – Feira da Abadia Uberlândia – 9h – Feira Livre do Bairro Luizote Pirapora – 8h30 – Rotatória Av. Pio XII Ituiutaba – 9h – Feira da Junqueira Alfenas – 10h – Praça do Coliseu Montes Claros – 9h – Parque Municipal Milton Prates
MT
Cuiabá – 8h – Praça Cultural do CPA II Cuiabá – 14h – Praça Alencastro
MS
Campo Grande – 8h – 14 de Julho com Afonso Pena Corumbá – 15h – 13 de Junho com Frei Mariano Dourados – 9h – Feira Central (Cafelândia, 490)
PA
Belém – 9h – Praça da República
PB
João Pessoa – 09h – Busto do Tamandaré
PE
Recife – 14h – Ginásio Pernambucano – Rua da Aurora
PR
Curitiba – 14h – Boca Maldita
RJ
Rio de Janeiro – 14h – Posto 5 de Copacabana
RN
Natal – 15h – Midway
RO
Porto Velho – 16h – Pça da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré
RS
Porto Alegre – 14h – Redenção
SC
Florianópolis – 13h – Ponte Hercílio Luz ( em frente ao Parque da Luz) Itajaí – 14h – Praça do Centro de Eventos Jaraguá do Sul – 14h – Praça da Meia Luz Joinville – 14h -Praça da Bandeira
SE Aracaju – 16h – Praia da Cinelândia
SP
Bauru – 16h – Vitória Régia Ribeirão Preto – 15h30 – Praça Spadoni Santos – 16h – Praça da Cidadania Av Ana Costa, 340 São Paulo – 14h – MASP São Paulo – PEDALULA – Concentração 13h13, saída às 14h – Praça do Ciclista (Av. Paulista 2440)
Muitos amigos próximos me alertam sobre o meu ritmo de vida. Acham que não dou sossego ao meu corpo, à minha alma. Mas quando o trabalho é um prazer, a vida se torna cada dia mais bela. Quando, entretanto, tudo nos é imposto, a vida vira uma escravatura.
Minha filosofia de vida tem sido assim: fazer que cada hora vivida seja bela. A beleza da vida se multiplica na dependência do seu estado de espírito. Sigo Marcus Aurelius, imperador romano: “Medite sobre a beleza da vida. Olhe para as estrelas e olhe para si mesmo correndo com elas”.
Nos pequenos detalhes, seja no alvorecer, no cantar dos pássaros, numa noite enluarada, nos deparamos com as coisas mais belas da vida. Sou o último dos românticos, daqueles que ainda mandam flores. Minha Nayla, a quem entreguei meu coração e depositei os segredos da minha alma, é prova disso!
Com Chaplin aprendi igualmente que a vida é maravilhosa quando não se tem medo dela. Algum dia se cai e chora, mas grande parte da jornada as batalhas são vencidas porque elas estão dentro de nós. As grandes jornadas, não se engane, são as que fazem a felicidade.
Medite, raciocine comigo: um guerreiro não desiste do que ele ama. Ele encontra amor no que faz. Ser guerreiro não exige perfeição. Ou vitória. Ou invulnerabilidade. Ele é a vulnerabilidade absoluta. Essa é a única coragem verdadeira. Muitas vezes, já li em algum lugar, precisamos enlouquecer para recuperar a sanidade.
Leio muito Machado de Assis. Aliás, meu pai Gastão Cerquinha, no sertão de vidas secas, onde a luz nos fugia do convívio diário às 22 horas, nos forçava a ler as lições machadianas à luz de candeeiro.
Aprendi com ele que “a vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal” e que é muito melhor contentar-se com a realidade.
Se essa realidade não é tão brilhante como os sonhos, tem pelo menos a vantagem de existir. Suas obras, como “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Dom Casmurro”, exploram a complexidade das emoções, a força dos costumes e a dualidade da existência.
As nossas paixões, aprendi também com Machado, não aceleram nem moderam o passar do tempo. Grandes escritores oferecem perspectivas diversas sobre a vida, como Vinicius de Moraes, que define a vida como a “arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”, ou Carlos Drummond de Andrade ao afirmar “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada”.
Franz Kafka falou sobre a humanidade e seus sonhos. Para ele, os sonhos nos mantêm aquecidos, enquanto o mundo dorme. Já William Shakespeare nos ensinou que a vida é uma peça de teatro que não nos permite ensaios. Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer forma, pregou Martin Luther King.
Tudo vale na vida quando a alma não é pequena, disse o poeta Fernando Pessoa, o maior de todos. Ou como disse Oscar Wilde: “A vida é muito importante para ser levada a sério”, para completar: “Viver é a coisa mais rara do mundo. À maioria das pessoas apenas existe”.
Sou da filosofia de Mahatma Gandhi: a alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita. Temos que nos tornar a mudança que queremos ver. Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova.
Disse Gandhi: “Toda noite, quando vou dormir, morro. E na manhã seguinte, quando acordo, renasci”. Se você prefere Clarice Lispector, então grave: “Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento”.
Lute, persevere, nunca desista. A vida é bela quando todos os dias estamos felizes. Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Kicks Platinum muda de patamar sem sair da categoria
O SUV compacto Nissan Kicks chegou ao mercado há 10 anos e logo foi bem aceito. Somente em 2024, emplacou 60 mil unidades — sendo o quarto utilitário-esportivo mais popular do país. No entanto, a configuração mecânica estava dando sinais de cansaço. O motor 1.6 aspirado, entregando no máximo 113cv, estava sendo engolido pela concorrência, que se valia de 1.0 turbos ágeis e econômicos. A Nissan entendeu o “recado” e reagiu bem: trocou o motor, o fez crescer, o encheu de equipamentos de conforto e segurança e o deixou mais bonito — e, certamente, mais caro. Valeu a pena? Este colunista avaliou por uma semana a versão topo de linha, a Platinum. E chegou à conclusão de que sim, valeu. É um outro carro. Com um porém: o motor 1.0 turbo, emprestado do Renault Kardian é superior ao 1.6 antigo, mas poderia ser melhor. Exige atenção do motorista em retomadas e acelerações, por exemplo (leia mais sobre ele abaixo).
Dito isso, vamos destacar, então, o que esta versão tem de bom — e se realmente vale os R$ 199 mil (ou R$ 202.150, com a cor vermelha de lançamento e o texto preto) exigidos por ela. Vamos começar por um item adorado por brasileiros que, muitas vezes, não é dado o devido valor pelos fabricantes e montadoras: o som. Vide as customizações e tunagens, exageradas quase sempre com caixas até no porta-malas, que se vê por aí (e playlist muito ruim, por sinal). A versão Platinum oferece o melhor sistema de som de todos os carros que este colunista testou nos últimos anos: o Bose, que no modelo ganhou o sobrenome de Personal Plus.
O som que sai de oito alto-falantes de alta performance (dois deles são tweeters) e um amplificador digital é potente e, ao mesmo tempo, equilibrado. Também, pudera: dois alto-falantes Bose de 2,5 polegadas estão localizados dentro do encosto de cabeça do banco do motorista. É uma experiência imersiva, daquelas que a gente só consegue em bons cinemas. O sistema pode ser controlado na tela do multimídia, criando desde um efeito restrito somente à frente até um totalmente envolvente, por todo o interior do habitáculo. Enfim: com redução nas distorções e potência equilibrada nos graves, o Bose entrega um som, enfim, de primeira linha. E, para completar as boas sensações, a cabine é bem silenciosa, com acústica aprimorada.
Comandos intuitivos – O painel de instrumentos e a tela multimídia (ambas de 12,3″) são eficientes. A segunda é sensível ao toque, com comandos intuitivos. Vem com Android Auto e Apple CarPlay e assistência de voz para ler mensagens, além de aplicativos de streaming de áudio. E permite conectar simultaneamente dois equipamentos via Bluetooth. Um para o uso de um deles para a condução com as mãos livres e outro para ouvir o aplicativo de música, por exemplo. São duas entradas USB, uma tipo USB Type-C,mais rápidas para recarregar. O seletor de marchas é eletrônico e diferente, que permite a troca apenas pressionando um botão. Há um modo Sport para uma condução esportiva (a ECO é para economizar combustível).
Dimensões – O Kicks é um SUV compacto, mas tem porte médio, com 4,37m de comprimento entre-eixos de 2,66m (6cm mais longo ou 13cm maior que o do Fiat Fastback. É uma boa estratégia de posicionamento, de argumento de venda. Afinal, há um movimento de tornar os compactos tanto maiores quanto mais equipados – algo que o novo Kicks também o fez. Com os bancos dianteiros em posição padrão, alguém de 1,80m não sofrerá nos traseiros. O porta-malas é um dos maiores desse segmento específico: são 470 litros.
Equipamentos – Os R$ 200 mil são melhor compreendidos quando se avalia a oferta de equipamentos da versão – tanto em termos de segurança quanto em conforto. Por exemplo: nela, há um pacote avançado de assistência à condução chamado de Pró Pilot. Ele combina câmeras e sensores para manter o veículo centralizado na faixa, ajustar automaticamente a velocidade e a distância para o carro da frente, e auxiliar na frenagem e aceleração.
Para ativar, basta pressionar um botão no volante, definir a velocidade e a distância desejadas, e o sistema opera com mínima intervenção do motorista. São seis airbags disponíveis. Tem, ainda, teto solar panorâmico, carregador por indução, full LED nos faróis e DRLs e por aí vai. O freio de estacionamento sempre é eletrônico, com auto-hold. O ar-condicionado, automático, poderia ser dual zone – e falta saída traseira. As rodas de 19’’ são bem bonitas.
Motor – O Nissan Kicks foi testado em vias urbanas engarrafadas e em trechos de asfalto e terra. Ele não deixa o condutor enraivecido, mas não o empolga. Afinal, são apenas 22,4kgfm de torque – força abaixo dos 27,5kgfm oferecidos por um Jeep Renegade. Embora o consumo esteja muito relacionado ao comportamento do motorista, ele pareceu bom. Tipo 12 km/l na cidade e de 14km/l na cidade.
Começa a pré-venda dos SQ5 e SQ5 Sportback – Você tem até R$ 640 mil disponíveis aí? Então, fique de olho: a Audi acaba de iniciar a pré-venda dos novos SQ5 e SQ5 Sportback. O lote inicial terá preços de R$ 624.990 (SQ5) e R$ 639.990 (SQ5 Sportback). Os veículos encerram a série de 13 lançamentos propostos para 2025 e o retorno do esportivo. O modelo está mais tecnológico e eficiente — e com a nova linguagem visual da marca — e é o terceiro a usar a plataforma premium para veículos a combustão, chamada PPC. Os SUVS de luxo só estarão disponíveis a partir de novembro na rede de 40 concessionárias.
O modelo vem com o poderoso 3.0 V6 TFSI com 367 cavalos e 56kgfm de torque. O conjunto mecânico também conta com a transmissão S Tronic de sete velocidades e a tração integral quattro com tecnologia ultra – que possui embreagem multidisco com desacoplador integrado e distribuição de torque majoritariamente dianteira, podendo transferir até 50% do torque para o eixo traseiro. O desempenho é impressionante: o carro acelera de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos, o melhor tempo da categoria, e a velocidade máxima é de 250 km/h.
Haval H9, da GWM: 600 unidades em sete horas – A GWM brasileira lançou seu primeiro modelo a diesel, o Haval H9, dando um desconto de R$ 20 mil. Resultado: o SUV de 7 lugares e projetado para todos os terrenos, superou a meta de vendas do mês inteiro em apenas 7 horas. Foram 600 unidades previstas para atender 30 dias. Agora, ele passa a custar R$ 319 mil . Tem como diferencial um pacote completo de itens de segurança (que incluem controle de cruzeiro adaptativo com Stop & Go, alerta de ponto cego, assistente de permanência em faixa, frenagem autônoma de emergência e monitoramento de tráfego cruzado traseiro).
Mercado em setembro – Os emplacamentos superaram 103 mil unidades nos primeiros quinze dias de setembro – um crescimento de 3% diante de agosto e 7% acima da primeira quinzena de setembro de 2024. Ao longo de 2025, foram vendidos 1.67 milhão de automóveis e comerciais leves – ou 3,3% a mais do que no mesmo período do ano passado. A consultoria Bright também levantou que a média diária de vendas (11 dias úteis em setembro) saiu de 9.071 em agosto para 9.339 unidades. A modalidade de vendas diretas respondeu por 46,3% dos negócios, contra 44,8% um mês antes. Em 2025, as negociações diretas entre montadoras e clientes finais cresceram 8,2%, para 771,1 mil veículos. A Fiat manteve a ponta no ranking de marcas, com 20% do total de licenciamentos, à frente da Volkswagen, 17,1%; da GM, 11,5%; Hyundai, 10,1%; e Toyota, 7,4%.
Kwid: mais rentável em agosto – Após um domínio absoluto da Toyota no ranking de veículos mais rentáveis no mercado de usados, o Renault Kwid se tornou o melhor negócio durante o mês de agosto. É o que revelou o Estudo Megadealer de Performance de Veículos Usados powered by Auto Avaliar (PVU), divulgado nesta semana. O modelo da montadora francesa apresentou o maior retorno sobre investimentos, chamado de ROI, com preço médio de R$ 55 mil – ou 11,5% de margem bruta de lucro e uma média de 27 dias de giro de estoque. Apesar de perder o topo da lista, a Toyota se manteve na segunda e na terceira posição, com o Corolla Cross (preço médio em R$ 156 mil; margem bruta de 9,5% e giro de estoque em 22 dias) e o Yaris Hatch (preço médio em R$ 92 mil, margem bruta de 11,3% e giro de estoque em 32 dias), respectivamente.
Modelos 0km têm redução de preços – Os veículos 0km apresentaram redução de preços em agosto pelo terceiro mês consecutivo. É o que apontam os dados do Índice Webmotors, que calcula todos os meses as variações percentuais dos valores dos carros anunciados na plataforma. Segundo o levantamento, o preço médio dos veículos novos apresentou redução de -0,117%, o que representa uma variação de -0,047 ponto percentual com relação a julho, quando o índice apresentou -0,070%. Desta forma, agosto dá sequência à tendência de redução nos preços dos 0km iniciada em junho.
O sucesso do Dolphin – O BYD Dolphin emplacou 4.611 unidades em agosto, sendo 3.300 do Mini e 1.311 do “normal”, segundo a Fenabrave. Com isso, chinês supera hatches tradicionais como o Honda City (1.357) e os franceses Citroën C3 (852) e Peugeot 208 (749). No ranking da categoria, se destacam o VW, com 12.908; Fiat Argo, com 10.097; e o Hyundai HB20, com 7.590. Outros elétricos bem emplacados foram o BYD Yuan Pro, com 651; GWM Ora 03, com 320; e BYD Seal, com 257.
O sucesso do Dolphin 2 – A atenta à boa aceitação do BYD Dolphin Mini no mercado brasileiro, a Mobiauto — segundo maior marketplace de veículos do Brasil — verificou em sua base de dados a variação do preço médio do modelo no último ano. Entre agosto de 2024 e agosto de 2025, o elétrico apresentou uma desvalorização média de -7,85%. O carro importado da China, que há um ano custava R$ 115.800, atualmente vale R$ 106.715. Para efeito de comparação, o Volkswagen Polo Track — versão de entrada do automóvel mais vendido do Brasil em 2024, com mais de 140 mil emplacamentos — desvalorizou -17% no período analisado. O hatch foi vendido por R$89.990 em agosto de 2024 como 0km; como seminovo, é avaliado em R$ 74 mil. O BYD Dolphin Mini soma mais de 39 mil emplacamentos no acumulado de 2025, enquanto o Volkswagen Polo já vendeu mais de 83 mil unidades nos primeiros oito meses do ano.
Direção defensiva: você sabe praticá-la? – O ato de conduzir um veículo de modo a impedir a ocorrência de acidentes, independentemente das ocorrências impróprias realizadas por terceiros ou das condições inseguras encontradas nas vias de tráfego, é o que chamamos de direção defensiva. Portanto, elementos da direção defensiva permitem conduzir um carro a fim de assegurar uma maior proteção ao dirigir, diminuindo a probabilidade de se envolver em um acidente e encorajando a condução consciente.
Importância e benefícios – A direção defensiva envolve um conjunto de técnicas e comportamentos que permitem ao motorista antecipar e responder a possíveis incidentes e perigos no trânsito, independentemente das condições de tráfego ou do comportamento de outros condutores. Dirigir defensivamente pode trazer uma série de benefícios para o motorista. Além de diminuir significativamente a probabilidade de se envolver em acidentes, conduzir de maneira mais segura e eficiente pode resultar em economia de combustível e menor desgaste do veículo, além de proporcionar uma experiência de condução mais tranquila, com menos estresse e preocupação.
Princípios – Existem 5 elementos básicos da direção defensiva que são como pilares para a boa prática de condução.
1. Conhecimento e prevenção – Um motorista defensivo deve estar atualizado sobre as leis e regras de trânsito e deve ter conhecimento dos procedimentos e problemas com o veículo que podem ser considerados infrações ou podem oferecer algum risco. Ele também precisa agir de forma preventiva, garantindo que seu veículo está em boas condições e que possui o conhecimento e recursos necessários para agir no caso de algum imprevisto.
2. Habilidade – Assim como em todas as atividades na vida, quanto mais você pratica algo, mais você treina e desenvolve sua competência. É essencial desenvolver suas habilidades no volante de forma segura e gradual. Pratique rodando por vias mais calmas em dias menos movimentados antes de pegar um trânsito na estrada.
3. Atenção – Uma direção defensiva exige estar sempre preparado para agir. Para isso, é preciso estar em boas condições físicas e mentais para dirigir, conhecer bem o veículo que está conduzindo e estar pronto para tomar medidas evasivas, se necessário. Evite distrações durante a condução, observe se o volume do rádio ou a conversa com o carona não atrapalham a sua percepção do trânsito ao redor.
4. Previsão – Não podemos prever o futuro, mas precisamos treinar nossa habilidade de antecipar situações de risco. Isso significa estar atento ao comportamento de outros motoristas, pedestres e ciclistas, bem como às mudanças nas condições da via, como obras ou acidentes. Manter uma distância segura dos outros veículos, observar sempre os retrovisores e mais à frente do caminho e prestar atenção aos sinais de trânsito com o máximo de antecedência são atitudes cruciais para uma condução defensiva.
5. Ação – Um motorista defensivo utiliza todo o conhecimento e habilidade que adquiriu para tomar as decisões corretas e no momento certo. Ele precisa ser capaz de executar ações de maneira segura e eficaz. Isso pode incluir uma frenagem de emergência, o desvio de obstáculos ou a comunicação com outros motoristas através de sinais.
Práticas de direção defensiva
Existem alguns procedimentos que fazem parte do que chamamos de direção defensiva:
Faça manutenção preventiva: manter a manutenção do seu veículo em dia é uma das melhores maneiras de mantê-lo seguro. Não se esqueça dos pneus também.
Mantenha distância: sempre mantenha uma distância segura entre seu veículo e o da frente, permitindo tempo para reação em caso de frenagem brusca.
Conheça os pontos cegos: uma dica importante para todos os motoristas é avaliar os pontos cegos da direção antes de dirigir; dessa forma, você pode se atentar a eles antes de mudar de faixa ou fazer uma curva.
Observe as condições da via e do clima: fique atento ao caminho, reduza a velocidade em estradas esburacadas e ajuste os recursos do veículo de acordo com as condições climáticas, como chuva e neblina. Tenha certeza de escolher um pneu adequado para o seu veículo e para as vias em que costuma trafegar.
Ser um motorista defensivo é ser um motorista consciente e responsável. A direção defensiva é essencial para garantir a segurança no trânsito. Adotar essas práticas não só protege você, mas também os outros usuários da via, contribuindo para um trânsito mais seguro e harmonioso.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
O deputado federal Ossesio Silva (Republicanos-PE), presidente nacional do Republicanos 60+, deu posse hoje (20), no Hotel Atlântico Business, no Rio de Janeiro, à nova Executiva Estadual do movimento, em evento que reuniu lideranças como a deputada estadual Tia Ju (Republicanos-RJ) e a vereadora Tânia Bastos. Foram empossados Janaina Mussalem Dias Barbosa como secretária estadual, Renato Costa de Oliveira como secretário executivo, além de outros dirigentes que terão a missão de fortalecer as políticas voltadas à população idosa no estado.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na tarde deste sábado (20), Lucas Ribeiro Leitão, de 30 anos, suspeito de planejar um atentado em Brasília. A ação foi conduzida pela Divisão de Proteção e Combate ao Extremismo Violento (DPCev), após trabalhos de inteligência que monitoraram as redes sociais do investigado, onde ele fazia ameaças explícitas e incitava atos de violência.
Trechos das publicações que embasaram a investigação mostram o suspeito convocando seguidores para uma “guerra”. Em uma das mensagens, Lucas afirma que já possui uma “ogiva pronta para destruir a metade desse país”, já em outra, diz que “já temos um primeiro país para conquistar: Portugal”. As informações são do Correio Braziliense.
Além disso, ele teria incentivado apoiadores a se reunirem em rodovias e manifestado a intenção de “subir” para Brasília com presos, dizendo que viraria o ano “no presídio com eles”. Devido ao teor das postagens, as equipes iniciaram o monitoramento que culminaram na detenção do suspeito.
Outra tentativa
A prisão de Lucas acontece menos de um ano após outra detenção, ocorrida em 29 de dezembro de 2024, quando ele foi capturado na Bahia, também pela DPCev, enquanto se deslocava em direção ao Distrito Federal. Na ocasião, o suspeito carregava uma faca, admitiu planos de ataque e utilizava uma conta fechada no Instagram para anunciar intenções de “botar fogo” no DF, um “ataque cirúrgico” e pedir aumento drástico na segurança pública.
Após a primeira prisão, Lucas passou por audiência de custódia e permaneceu detido enquanto as investigações continuavam. No entanto, a reativação das ameaças e o retorno de comportamentos semelhantes nas redes motivaram a reabertura das diligências que resultaram na nova prisão deste sábado.
A DPCev é especializada no combate ao extremismo violento e à prevenção de atos de terrorismo, está agora concentrada em apurar se Lucas tinha meios concretos para colocar seus planos em prática. A polícia investiga se havia estrutura logística, armamentos, possíveis coautores ou articulações que pudessem tornar reais as ameaças divulgadas.
O projeto de anistia ampla defendido por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no Congresso não inclui benefícios à deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que está presa desde julho em Roma.
Segundo o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), o texto defendido pelo partido inclui o perdão a todos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por atos de antidemocráticos de 2019 até agora. Neste contexto, o líder avalia que Zambelli ficaria de fora porque ela não foi condenada por esse tipo de crime, mas por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o auxílio do hacker Walter Delgatti Neto.
O projeto da anistia teve a urgência aprovada pela Câmara dos Deputados, que agora debate o mérito da proposta. O relator do texto, Paulinho da Força (Solidariedade-SP) ,disse que não cabe uma anistia ampla e que o projeto debaterá a redução das penas dos condenados. O partido de Bolsonaro afirma que não aceita essa proposta.
Mesmo admitindo que a parlamentar não está detida por um crime de ataque à democracia, os correligionários do PL seguem com o discurso de que ela seria uma perseguida política e usam o caso para atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Ontem (19), os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Damares Alves (Republicanos-DF), Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES) visitaram a deputada. O foco foi verificar as condições da prisão de Zambelli.
A deputada foi presa na Itália há dois meses, depois de fugir do Brasil e ficar foragida na Europa. Após a audiência de custódia, a Justiça italiana determinou que Zambelli fique presa enquanto seu pedido de extradição aguarda uma resposta.
O ministro de Lula, Silvio Costa Filho, esteve, neste final de semana, no município de Águas Belas, no Agreste do Estado, para assinar as ordens de serviço que marcam um novo ciclo de desenvolvimento para a cidade. Ao lado do prefeito Dr. Elton, foram anunciados investimentos na ordem de R$ 3,5 milhões para a pavimentação asfáltica contemplando 20 ruas, além de recursos para recuperação de estradas vicinais e para a saúde.
O anúncio de investimentos reuniu centenas de moradores, além de prefeitos, ex-prefeitos e lideranças de diferentes cidades do Agreste. Estiveram presentes, além da vice-prefeita Eniale Jônatas, o pré-candidato a deputado federal Carlos Costa, o pré-candidato a deputado estadual Bruno Marques e os representantes da Codevasf, Edilazio Wanderley e Samuel Andrade.
“Esse é um momento muito importante para a nossa cidade. Quero agradecer ao ministro Silvio Costa Filho pelo empenho e pelo trabalho incansável para cuidar do nosso município e melhorar a vida da nossa gente”, afirmou o prefeito Dr. Elton.
Silvio Costa Filho, por sua vez, fez questão de destacar o grande trabalho que o gestor vem fazendo no município. “Quero parabenizar o prefeito Elton pela grande gestão que vem realizando. Nosso compromisso é continuar trabalhando junto com a prefeitura e o presidente Lula para levar mais obras e mais qualidade de vida para o povo”, declarou o ministro, sob aplausos de lideranças e populares.
Ao contrário do que aconteceu no ano passado, na primeira reunião sobre Democracia feita em conjunto com a Espanha, às margens da Assembleia Geral da ONU, agora o Brasil não convidou os Estados Unidos a participar das discussões sobre como preservar o ambiente democrático, que serão conduzidas por Lula e o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez na próxima quarta-feira (23) em Nova York.
Dessa vez, além de Brasil e Espanha, co-patrocinam o evento Chile, Colômbia e Uruguai. À exceção dos EUA, todos os demais países que foram convidados em 2024 voltaram a receber convites. No entendimento da diplomacia brasileira, a troca de comando da Casa Branca, do democrata Joe Biden para o republicano Donald Trump, alterou significativamente o cenário a ponto de inviabilizar a participação dos norte-americanos no evento, batizado de “Defendendo a democracia contra os extremismos”. As informações são do portal UOL.
Auxiliares do presidente Lula têm dito que parte justamente do governo Trump o maior ataque à democracia brasileira em 40 anos. Logo, a presença de funcionários do governo Trump seria impraticável e um convite a eles poderia até ser visto como “provocação”.
Há dois meses, o governo do republicano mobiliza uma série de instrumentos contra o Brasil — um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, sanções financeiras da Lei Global Magnitsky sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, restrições de entrada e circulação a autoridades brasileiras —, justificando-os tanto pelo processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, ao qual Trump chama de “caça às bruxas”, quanto por decisões do STF de regulações de discurso de ódio em big techs.
No ano passado, a discussão do evento brasileiro girou em torno de como coibir discursos de ódio e o avanço da extrema direita em redes sociais. O atual governo norte-americano vê tais iniciativas como antidemocráticas e cerceamento de liberdade de expressão, conforme entendida pelas leis do país.
O governo de Biden tinha a questão da democracia como prioridade, especialmente depois do ataque de trumpistas ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, o que chegou a interromper a certificação da vitória de Biden por algumas horas.
O governo do democrata fez um evento próprio em prol da democracia e convidou o Brasil, que não compareceu porque viu na iniciativa uma tentativa de fustigar a China. Em resposta, os norte-americanos compareceram ao evento brasileiro sem mandar representantes do primeiro escalão.
Lula chega a NY amanhã e discursará na abertura da Assembleia Geral da ONU na próxima terça (22), sob o fantasma de novas punições ao Brasil, prometidas por Trump após a condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e outros 4 crimes.